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RELATÓRIO 2012 DO GRUPO GAY DA BAHIA SOBRE ASSASSINATO DE HOMOSSEXUAIS (LGBT) NO BRASIL





ASSASSINATO DE HOMOSSEXUAIS (LGBT) NO BRASIL:



Publicado por Dudu Michels em 10 de janeiro de 2013 em APRESENTAÇÃO

Visite o portal Homofobia Mata: https://homofobiamata.wordpress.com/author/leme2012/


RELATÓRIO 2012

O Grupo Gay da Bahia (GGB) divulga mais um Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT) relativo a 2012. Foram documentados 338 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil, incluindo duas transexuais brasileiras mortas na Itália. Um assassinato a cada 26 horas! Um aumento de 21% em relação ao ano passado (266 mortes) crescimento de 177% nos últimos sete anos.

Os gays lideram os “homocídios”: 188 (56%), seguidos de 128 travestis (37%), 19 lésbicas (5%) e 2 bissexuais (1%). Em 2012 também foi assassinado brutalmente um jovem heterossexual na Bahia, confundido com gay, por estar abraçado com seu irmão gêmeo. O Brasil confirma sua posição de primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo o planeta. Nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que nosso país, foram registrados 15 assassinatos de travestis em 2011, enquanto no Brasil, foram executadas 128 “trans”.O risco, portanto, de uma trans ser assassinada no Brasil é 1.280% maior do que nos Estados Unidos.

O GGB, que há mais três décadas coleta informações sobre homofobia no Brasil denuncia a irresponsabilidade dos governos federal e estadual em garantir a segurança da comunidade LGBT: a cada 26 horas um homossexual brasileiro foi barbaramente assassinado em 2012, vítima da homofobia. Nunca antes na história desse país foram assassinados e cometidos tantos crimes homofóbicos. A falta de políticas públicas dirigidas às minorias sexuais mancha de sangue as mãos de nossas autoridades.

Crimes por região, estado e capital. Apesar de São Paulo ser o estado onde mais LGBT foram assassinados, 45 vítimas, Alagoas com 18 homicídios é o estado mais perigoso para homossexuais em termos relativos, com um índice de 5,6 assassinatos por cada milhão de habitantes, sendo que para toda a população brasileira, o índice é 1,7 vítimas LGBT por milhão de brasileiros. Paraíba ocupa o segundo lugar, com 19 assassinatos e 4,9 crimes por milhão, seguido do Piauí com 15 mortes, 4,7 por milhão de habitantes. No outro extremo, os estados onde registraram-se menos homicídios de LGBT foram o Acre – aparentemente nenhuma morte nos últimos dois anos, seguido de Minas Gerais, cujas 13 ocorrências representam 0,6 mortes para cada milhão de habitantes, Rio Grande do Sul e Maranhão com 0,7, Rio de Janeiro com 0,8 e São Paulo, 1,07 mortes por cada milhão de habitantes.

Como nos anos anteriores, o Nordeste confirma ser a região mais homofóbica do Brasil, pois abrigando 28% da população brasileira, aí concentraram-se 45% das mortes, seguido de 33% no Sudeste e Sul , 22% no Norte e Centro Oeste. Embora Manaus tenha sido a capital onde foi registrado o maior número de assassinatos, 14, numero altíssimo se comparado com os 12 de São Paulo, em termos relativos, Teresina é a capital mais homofóbica do Brasil, com 15,6 homicídios para pouco mais de 800 mil habitantes, seguida de Joao Pessoa, com 13,4 mortes para 700 mil. Maceió ocupa o terceiro lugar, com 10,4 assassinatos para pouco mais de 900 mil habitantes, enquanto S.Paulo teve 12 mortes de lgbt, o que representa 1,05 para mais de 11 milhões de moradores.

Não se observou correlação evidente entre desenvolvimento econômico regional, escolaridade, religião, raça, partido político do governador e maior índice de homofobia letal.
A pesquisa. Segundo o coordenador desta pesquisa, o Prof. Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia, “a subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, já que nosso banco de dados é construído a partir de notícias de jornal, internet e informações enviadas pelas Ongs LGBT, e a realidade deve certamente ultrapassar em muito tais estimativas. Dos 338 casos, somente em 89 foram identificados os assassinos, sendo que em 73% não há informação sobre a captura dos criminosos, prova do alto índice de impunidade nesses crimes de ódio e gravíssima homofobia institucional/policial que não investiga em profundidade tais homicídios. 

Impunidade observada não apenas no pobre e homofóbico Nordeste, como no Rio Grande do Norte, com 9 dentre 10 crimes impunes, mas também no rico e civilizado Sul, como no Paraná, que dos 19 homocídios, 15 permanecem impunes. Para o Presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, “o mau exemplo vem da própria Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Mick, que declarou recentemente que ‘não existem no Brasil crimes com conotação homofóbica’, ignorando a crueldade da homofobia cultural que estigmatiza e empurra as travestis para a marginalidade, assim como o efeito pernicioso dos sermões dos fundamentalistas ao demonizar os gays, acirrando sobretudo entre os jovens o ódio anti-homossexual.”

Perfil das vítimas: 

Quanto a idade, 7% dos LGBT tinham menos de 18 anos ao serem assassinados, sendo o mais jovem um adolescente gay paulista de 13 anos que se suicidou por não aguentar o bullying que vinha sofrendo em casa e na escola. Suicidas homossexuais também são considerados vítimas da homofobia. 44% desses mortos tinham menos de 30 anos e 8% mais de 50. A faixa etária que apresenta maior risco de assassinato, 57%, situa-se entre 20-40 anos. A vítima mais velha tinha 77 anos, Wilson Brandão de Castro, proprietário de uma sauna em Belo Horizonte, assassinado com 7 tiros.

Quanto à composição racial, chama a atenção o desinteresse dos jornalistas e policiais em registrar a cor dos LGBT assassinados, apenas 42% das vítimas são identificadas e dentre estas, há pequena superioridade de pardos e pretos, 53% para 47% de brancos. Os/as pretos são o menor grupo vítima da homofobia letal, 7,5%, estando ausentes no segmento das lésbicas.

Os homossexuais assassinados exerciam 48 diferentes profissões, confirmando a presença do “amor que não ousava dizer o nome” em todas as ocupações e estratos sociais. Predominam as travestis profissionais do sexo, 72 das vítimas (45%), seguidas de 19 comerciantes, 16 professores, 9 cabeleireiros e empresários, 7 pais de santo, 2 políticos e jornalistas, etc.
Quanto à causa mortis, repete-se a mesma tendência dos anos anteriores, confirmando pela violência extremada, tratar-se efetivamente tais mortes do que a Vitimologia chama de crimes de ódio: 115 dos assassinatos foram praticados com armas de fogo, 88 com arma branca (faca, punhal, canivete, foice, machado, tesoura), 50 espancamentos (paulada, pedrada, marretada), 8 foram queimados. Constam ainda afogamentos, atropelamentos, enforcamentos, degolamentos,asfixia, empalamentos e violência sexual, tortura. Oito das vítimas levaram mais de uma dezena de golpes ou projéteis: José Pedro do Santos, de Ibititá, Ba, morreu com mais de 30 facadas; Dimitri Cabral, gay de 20 anos de Campina Grande, PB, foi morto com 19 tiros.

Característica dos crimes:

O padrão predominante é o gay ser assassinado dentro de sua residência, com armas brancas ou objetos domésticos, enquanto as travestis e transexuais são mortas na pista, a tiros. Um dos crimes mais chocantes ocorreu em fevereiro de 2012: gay Wilys Vitoriano, negro, 26 anos, foi encontrado morto, dentro da casa em que morava, no centro de Vila Velha, ES: “o cenário na casa era de horror. Havia manchas de sangue em várias partes da residência. A vítima estava apenas de sunga e apresentava 68 perfurações no corpo, causadas por diferentes objetos cortantes e na parede da casa de um dos vizinhos, apareceu uma pichação com os dizeres: VIADOS”.

Em Alagoas, no município sertanejo de Olivença, 10 mil habitantes, a travesti Soraia, 39 anos, foi amordaçada, teve pedaços de madeira introduzidos no ânus e o pênis queimado com álcool. Sobreviveu alguns dias, com muitas dores, exalando odor de podridão, até que foi operada, sendo retirado do intestino grosso um pedaço de madeira de 15 cm, morrendo logo a seguir com infecção generalizada.

Em abril, outro crime bárbaro chocou a cidade de Bequimão, no Maranhão. Um adolescente de 14 anos foi assassinado pelo padrasto de 25 anos porque não aceitava que o enteado fosse gay assumido. A vítima foi encontrada enterrada em um terreno nas proximidades de onde morava e segundo a polícia, havia indícios que o garoto teria sido enterrado vivo pelo padrasto, que conseguiu fugir.

2012 fica marcado como o ano em que mais lésbicas foram assassinadas em toda história do Brasil: 19, sendo que nos anos anteriores oscilaram os crimes lesbofóbicos entre 1 a 10 casos anuais. Durante os mandatos de FHC foram assassinadas 27 lésbicas, enquanto no governo Lula/Dilma mataram 44, um aumento de 63% nos últimos 9 anos. Na Bahia, em agosto último, duas lésbicas de 22 e 25 anos, vivendo juntas com a aprovação de suas famílias, foram covardemente assassinadas a tiros quando andavam de mãos dadas no centro comercial de Camaçari. Em Salvador, após uma discussão, um vizinho invadiu a casa de outro casal de lésbicas de 19 e 22 anos, esfaqueando-as, causando a morte da mais jovem. 

Dentro do segmento LGBT, as travestis e transexuais são as mais vulneráveis face aos crimes letais: contando com uma população estimada em 1 milhão de pessoas, o risco de uma trans ser assassinada é 9.354% maior do que a soma das demais categorias, gays/lésbicas/bissexuais, que juntas devem representar por volta de 19 milhões de pessoas, ou seja, 10% da população brasileira, tomando como referência o Relatório Kinsey.

Assassinos: 

Quanto aos autores destes crimes homofóbicos, a mídia é extremamente lacunosa, já que apenas 1/4 dos homicidas foram identificados nos inquéritos policiais. Destes, 17% tinham menos de 18 anos, demonstrando o altíssimo índice de homofobia entre os jovens, 85% abaixo de 30 anos. 21% desses crimes foram praticados por 2 a 4 homens, aumentando ainda mais a vulnerabilidade da vítima. Predominam entre estes criminosos, seguranças particulares, rapazes de programa e ocupações de baixa remuneração, muitos destes crápulas já com passagem pela polícia e uso de revólver, já que 44% das mortes foram praticadas com arma de fogo.

Crimes Homofóbicos.

 Seriam todos esses 338 assassinatos crimes homofóbicos? O Prof.Luiz Mott é categórico: “99% destes homocídios contra LGBT têm como agravante seja a homofobia individual, quando o assassino tem mal resolvida sua própria sexualidade e quer lavar com o sangue seu desejo reprimido; seja a homofobia cultural, que pratica bullying e expulsa as travestis para as margens da sociedade onde a violência é endêmica; seja a homofobia institucional, quando o Governo não garante a segurança dos espaços freqüentados pela comunidade lgbt ou como fez a Presidente Dilma, vetou o kit anti-homofobia, que deveria ter capacitado mais de 6milhões de jovens no respeito aos direitos humanos dos homossexuais.” 

Para o analista de sistemas Dudu Michels, “quando o Movimento Negro, os Índios ou as Feministas divulgam suas estatísticas, não se questiona se o motivo de todas as mortes foi racismo ou machismo, porque exigir só do movimento LGBT atestado de homofobia nestes crimes hediondos? Ser travesti já é um agravante de periculosidade dentro da intolerância machista dominante em nossa sociedade, e mesmo quando um gay é morto devido à violência doméstica ou latrocínio, é vítima do mesmo machismo que leva as mulheres a serem espancadas e perder a vida pelas mãos de seus companheiros, como diz o ditado, ‘viado é mulher tem mais é que morrer!”

Um crime emblemático. Na avaliação dos responsáveis pela manutenção deste Banco de Dados, dentre os 338 assassinatos de LGBT documentados em 2012, o mais emblemático é o caso de Lucas Fortuna, 28 anos, jornalista de Goiânia, destacado ativista gay, morto aos 19-11-2012 por dois assaltantes numa praia na região metropolitana de Recife. Seu corpo com o rosto desfigurado foi encontrado com profundas marcas de espancamento. Irresponsavelmente o Departamento de Homicídios de Pernambuco declarou tratar-se de latrocínio, descartando ódio homofóbico. Presos os dois assassinos confessaram ter na mesma noite assaltado quatro indivíduos, limitando-se a roubar-lhes o celular. No caso de Lucas, espancaram-no, saltaram encima de seu corpo e jogaram-no ao mar de um penhasco de dez metros. Porque mataram com tanto ódio apenas o gay? Homofobia! A imprensa considerou Lucas Fortuna o “Herzog dos gays”!

O Grupo Gay da Bahia disponibiliza em seu site https://homofobiamata.wordpress.com/ o banco de dados completo com todas as notícias de jornal, vídeos, tabelas e gráficos sobre todos os 338 assassinatos de LGBT de 2012, assim como o manual “Gay vivo não dorme com o inimigo” como estratégia para erradicar esse “homocausto”.

Solução contra crimes homofóbicos. Para o Presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, “há quatro soluções emergenciais para a erradicação dos crimes homofóbicos: educação sexual para ensinar à população a respeitar os direitos humanos dos homossexuais; aprovação de leis afirmativas que garantam a cidadania plena da população LGBT, equiparando a homofobia ao crime de racismo; exigir que a Polícia e Justiça investiguem e punam com toda severidade os crimes homo/transfóbicos e finalmente, que os próprios gays, lésbicas e trans evitem situações de risco, não levando desconhecidos para casa e acertando previamente todos os detalhes da relação. A certeza da impunidade e o estereótipo do gay como fraco, indefeso, estimulam a ação dos assassinos.”

Para mais informações e entrevistas: luizmott@oi.com.br
(71) 3328.3782 – 9989.4748 – 9128.9993


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Parabéns ao querido Eduardo Michels pelo excelente trabalho de coleta e sistematização das notícias sobre crimes homofóbicos e transfóbicos. O trabalho publicado pelo Grupo Gay da Bahia, graças a esse esforço, retrata claramente a tragédia que é a homofobia para a população desse país - uma mancha que suja nossa história a cada ano.

Governos municipais, estaduais e federal, quanto desse sangue pode ser colocado na conta dos senhores? Não precisam responder. Basta criar políticas de combate à homofobia e de empoderamento dos cidadãos (LGBT) vulneráveis.

Skinheads atacam dois homossexuais


Ilustração customizada por Sergio Viula


Enviado por Osmar Rezende
LIBERTOS Comunicação, Saúde e Cidadania


Skinheads atacam dois homossexuais


Suspeitos deram até pedrada na cabeça de um rapaz; houve ameaça de morte

JOSÉ VÍTOR CAMILO - Publicado no Super Notícia em 30/10/2012


A Polícia Civil tenta identificar dois skinheads suspeitos de ter espancado dois homossexuais - um jornalista e professor universitário, de 32 anos, e um amigo dele, de 28 -, na madrugada do último sábado, na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A agressão aconteceu depois que os dois deixaram um show, por volta de 00h30, e se despediram com um abraço.

"De repente, começaram os socos, a voadora no peito e depois a pedrada na cabeça do meu amigo. Sem falar nas frases de efeito, como ‘vou te matar’ e ‘vamos exterminar vocês do mundo’", lembrou o jornalista, que preferiu não ser identificado.

A dupla foi identificada pelas vítimas como skinheads justamente pelas frases ditas, pelas cabeças raspadas e pelas tatuagens espalhadas pelo corpo. “O pior, pra mim, é que no horário a Savassi estava lotada, ninguém reagiu, tomou uma atitude", lamentou o jornalista. A poucos metros de onde eles foram atacados, estava uma viatura da Guarda Municipal. "Quando pedimos ajuda, os agressores ainda estavam no ponto de ônibus, fazendo gestos obscenos e rindo de tudo o que tinham feito. O guarda informou que não podia fazer nada e pediu que eu ligasse para a Polícia Militar (PM)".

O jornalista reclamou ainda do atendimento prestado pela PM. "Eles pediram meu telefone e meu nome, disseram que era para eu ir ao hospital e que enviariam uma viatura lá e outra para procurar os agressores. Ainda afirmaram que me ligariam, mas nada disso foi feito". “Precisei de três policiais e nenhum deles me atendeu. No dia seguinte, domingo, foi que registrei a agressão na delegacia”, finalizou.

As duas corporações vão apurar as denúncias.


DENÚNCIAS TÊM QUE SER FEITAS.


Para Leonardo Tolentino, do Núcleo de DH da UFMG, a agressão não pode ser analisada de um ponto de vista individual dos agressores. “Não é só o skinhead que é agressivo ou que não aceita sua homossexualidade reprimida. É um sistema, uma teia que tem como resultado os homossexuais sendo vistos como algo pior, menor que o restante”, explicou.
Segundo a coordenadora de Diversidade Sexual da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Valquíria Laroche, “já existe na capital o Núcleo de Atendimento e Cidadania LGBT (NAC), que é onde devem ser registrados os casos de homofobia. Fica à Rua Paracatu, 822, Barro Preto. Além disso, as vítimas devem denunciar no Disque Direitos Humanos, 0800 0311119”.

OBS: Não me parece que esses casos devam ser resolvidos apenas com o registro da ocorrência em uma delegacia especializada para homossexuais. Temos de parar com esta falácia enganosa de que delegacias próprias são a solução, ou qualquer pretensão neste sentido.

TODAS as delegacias têm de estar aptas a receber a população homossexual, sem qualquer diferenciação, pois são cidadãos e cidadãs como todos os que pagam impostos e cumprem seus deveres como tais. Portanto, o acolhimento policial tem de ser exatamente o mesmo!
O cidadão homossexual é agredido lá em Venda Nova e tem de ir até ao Barro Preto para registrar a ocorrência. Ora, façam-me o favor...

Não queremos tratamento diferenciado; apenas exigimos o mesmo que é dado a todo cidadão e cidadã.

Povo evoluído sabe que em sua essência não são todos iguais, por isso respeita as diferenças.

Osmar Rezende
LIBERTOS Comunicação, Saúde e Cidadania

Assassinatos de homossexuais batem recorde em 2012



Assassinatos de homossexuais batem recorde em 2011, diz entidade

AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

Folha de São Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2012/04/1071307-assassinatos-de-homossexuais-batem-recorde-em-2011-diz-entidade.shtml

O número de assassinatos de homossexuais no Brasil atingiu o ápice em 2011, chegando a 266, segundo o GGB (Grupo Gay da Bahia), que acompanha os casos desde a década de 1970.

Houve crescimento pelo sexto ano consecutivo e, de acordo com a entidade, 2012 deve registrar novo recorde. Isso porque, nos três primeiros meses deste ano, já houve 106 assassinatos.

Os dados divulgados pelo GGB se baseiam em notícias sobre os crimes veiculadas em jornais e na internet.

Para o antropólogo Luiz Mott, fundador da entidade, o número real de mortes deve ser maior. Mott criticou o governo federal por não criar um banco de dados específico sobre crimes contra gays. "Esse banco de dados estava previsto desde o Plano Nacional de Direitos Humanos 2, de 2002. Nem Lula nem Dilma cumpriram essa obrigação", disse.

De acordo com o relatório, a maior parte dos assassinatos foi contra gays (60%), seguido de travestis (37%) e lésbicas (3%).

"A maior visibilidade dos homossexuais --estimulados pelas paradas gays e pela presença de personagens gays e travestis em novelas-- provoca maior agressividade dos homófobos", disse Mott.

Os Estados com mais mortes foram Bahia (28), Pernambuco (25) e São Paulo (24).

Para o GGB, 99% desses homicídios têm relação com homofobia. Segundo o antropólogo, há também uma "homofobia cultural, que expulsa as travestis para a margem da sociedade, onde a violência é mais endêmica" e uma "homofobia institucional, quando o governo não garante a segurança dos espaços frequentados pela comunidade LGBT".

Em 2010, 260 homossexuais foram mortos. As estatísticas começaram a subir a partir de 2006, quando foram registrados 112 assassinatos.

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Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.
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Marlene Xavier fala sobre seu filho Igor, brutalmente assassinado por um homofóbico



Car@ Sergio,


Há algumas semanas você assinou a carta para o Ministro da Justiça José Cardozo, escrita pelos amig@s do Professor Cleides, brutalmente assassinado a facadas depois de ser chamado de "viado" em um bar em Tocantins.


Agora escute a história de Marlene Xavier, que passou por maus bocados. Há 10 anos, seu filho Igor foi brutalmente assassinado - só porque era gay. O assassino confesso disse à polícia : "não suporto homossexuais" - mas por ser rico e ter conexões políticas, ainda está livre. E Marlene, até hoje, não viu justiça ser feita pelas autoridades. Só que agora, ela resolveu falar sobre isso com você:




Agora escute a história de Marlene Xavier, que passou por maus bocados. Há 10 anos, seu filho Igor foi brutalmente assassinado - só porque era gay. O assassino confesso disse à polícia : "não suporto homossexuais" - mas por ser rico e ter conexões políticas, ainda está livre. E Marlene, até hoje, não viu justiça ser feita pelas autoridades. Só que agora, ela resolveu falar sobre isso com você:

Marlene Xavier é uma orgulhosa "Mãe pela Igualdade" - e está de malas prontas para tomar um avião para fazer uma visita ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, em Brasília. Assista ao vídeo desta mulher incrível ,de fibra e coragem, que compartilha sua história e exige uma ação imediata:

www.allout.org/pt/chegamosaolimite/taf

A história de Marlene é tristemente comum no Brasil. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, em janeiro de 2012, pelo menos 36 gays, lésbicas e trans já foram brutalmente assassinado@s. O Brasil está caminhando a passos largos para ser o lugar mais mortal do planeta este ano para LGBTs - assim como foi no ano passado. Vergonha nacional.

Sabemos que uma mudança de atitude e mentalidade leva tempo - e sabemos também que, em algum momento, o Brasil vai escrever um novo capítulo na história do respeito a diversidade sexual no país. Mas agora - como milhares de mães, como Marlene, ainda buscam justiça -precisamos de Ministro José Eduardo Cardozo tome uma atitude imediata, e nos diga que, para o governo federal, as vidas de nossos amigos, família, filhos e colegas que morrem por causa de quem eles amam, tem algum valor.

Na verdade, Cardozo já prometeu destinar recursos de seu Ministério para proteger a população LGBT - mas ele permaneceu em silêncio com o aumento dos crimes contra gays e trans no Brasil e também no caso do assassino filho de Marlene . O congresso brasileiro também empacou na discussão de uma lei federal contra a homofobia. A situação é crítica.

Por favor, tome um minuto para ouvir a história de Marlene. Ela e dezenas de outras "Mães pela Igualdade" em todo o Brasil estão se unindo para lutar pela vida, pela justiça e pelos direitos humanos. Assim,um dia todos os brasileiros terão os mesmos direitos perante a lei.

Chega de mortes.

www.allout.org/pt/chegamosaolimite/taf

Muito obrigad@ por, como sempre, apoiar a All Out.

Andre, Emmy, Erika, Flavia, Guillaume, Jeremy, Joseph, Nita, Oli, Tile, Wesley e o resto da equipe na All Out.

FONTES:

Campanha “Mães pela Igualdade”
www.allout.org/pt/maespelaigualdade

Assassinos de homossexual estão livres - Família de Montes Claros sofre há 10 anos pelo morte do dançarino (TV)
www.alterosa.com.br/html/noticia_interna,id_sessao=7&id_noticia=69435/noticia_interna.shtml

Cresce o numero de homicídios homofóbicos
www.diariodaamazonia.com.br/diariodaamazonia/index2.php?sec=News&id=13730


A All Out está colocando em contato muita gente de todos os cantos do planeta e de todas as identidades – lésbicas, gays, héteros, bissexuais, transexuais e travestis - e tudo no meio e além – para construir um mundo em que cada pessoa viva livremente e seja aceita pelo que é.

Nosso endereço é:Purpose Foundation
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Sul-africanos que assassinaram lésbica pegam 18 anos de cadeia




Sul-africanos são condenados a 18 anos de prisão por morte de lésbica


Publicado pela BBC Brasil 
em 1 de fevereiro, 2012 


Quatro sul-africanos foram condenados a 18 anos de prisão pelo assassinato de uma lésbica de 19 anos. Em 2006, a jovem Zoliswa Nkonyana foi apedrejada e esfaqueada até a morte perto de sua casa na Cidade de Cabo, na África do Sul.

Ao proferir a sentença, o juiz, Raadiyah Wathen, afirmou que a longa pena é um alerta de que violência baseada em discriminação por orientação sexual não será tolerada no país.

O tribunal entendeu que os homens assassinaram a jovem porque ela vivia abertamente como homossexual. A setença foi comemorada por ativistas do lado de fora do tribunal.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


PresidentAAA Dilma, por que a senhora não faz um curso intensivo sobre direitos civis da população LGBT e criminalização da homofobia na África do Sul? Quem sabe assim nosso subdesenvolvido Legislativo - no que diz respeito ao tema - funcionaria melhor? Afinal, se a senhora mesma não fizesse vista grossa para os disparates da Câmara e do Senado, esse assunto já estaria resolvido.

A senhora mesma, PresidentAAA, poderia aprender muito com os herdeiros de Nelson Mandela, e parar de vetar iniciativas governamentais que promovam a igualdade, como a senhora fez com o Projeto Escola sem Homofobia (2011) e - esta semana - com a vinheta que recomendava o uso da camisinha entre homens gays, às vésperas do carnaval 2012.

Brasileiros e brasileiras LGBT e heterossexuais conscientes, não perdoem a conivência governamental com o assassinato motivado por homofobia, o bullying homofóbico nas escolas, a discriminação de LGBT em TV aberta - promovida por alguns políticos e por religiosos fundamentalistas -, os vetos a projetos de lei que promovam a cidadania LGBT, etc. Não esqueçam dessas coisas e das pessoas que apoiam tais atrocidades positivamente ou que simplesmente se calam diante delas. As urnas em breve estarão abertas aos seus votos. Escolham candidatos que não temam promover a igualdade de todos os brasileiros, sem qualquer exceção.

NOVE ANOS de mandato presidencial nas mãos do PT (Lula e Dilma - 2012) e os crimes de homofobia continuam sem legislação que viabilize a devida punição dos culpados. Muitos crimes teriam sido evitados se os criminosos tivessem certeza de que iriam para a cada por muitos anos. Cada novo crime entra na conta da omissão governamental.

Estupro e espancamento em Juiz de Fora



Jovem é estuprado e agredido a pauladas por três homens

Suspeita é de que crime tenha motivação homofóbica; mulher teria fotografado agressões

Por Tribuna

Janeiro de 2012 - 17:30



Um cabeleireiro de 19 anos foi violentado sexualmente e agredido a pauladas na noite de terça-feira (17). A suspeita, conforme a ocorrência registrada como estupro pela Polícia Militar, é de que o crime teve motivação homofóbica. A violência chocou o presidente do Movimento Gay de Minas (MGM), Marco Trajano, que disse não ter conhecimento de casos semelhantes no município. O jovem foi encontrado, por volta das 22h, em estado de choque perto de um matagal no Bairro Santa Maria, na Zona Norte. O frentista de um posto próximo, 34, acionou a PM depois de ser informado por populares que haveria um homem nu no local. A vítima foi abordada pelo funcionário do estabelecimento e estava apenas de blusa e cueca. Ainda nervoso, o cabeleireiro contou que foi abandonado em uma obra, depois de ter sido obrigado a entrar em um carro no Centro e ser submetido às agressões.

O jovem teria ficado cerca de quatro horas em poder do bando. Ele relatou à PM que, por volta das 18h, foi comprar pão em uma padaria na Avenida Rio Branco, no Centro, quando uma mulher loira o abordou. Ela teria pedido ajuda ao rapaz para carregar umas caixas até seu veículo. Quando chegou ao carro, o cabeleireiro teria sido surpreendido por três homens, dois deles sentados no banco traseiro, e outro ao volante. O motorista teria colocado as mãos embaixo da blusa, simulando estar armado, e obrigado a vítima a embarcar. Em seguida, um dos criminosos teria sentado na cabeça do jovem, enquanto outro segurava suas pernas. Já no percurso até a Zona Norte, os bandidos teriam retirado a bermuda do rapaz.

Ainda segundo informações da PM, ao chegar no Santa Maria, os homens teriam levado o cabeleireiro para uma obra. Depois de ser agredido com pauladas na cabeça e nos braços, o jovem teria sido violentado sexualmente por dois integrantes do bando. Um terceiro teria ejaculado em sua boca. A mulher usada como isca para atrair a vítima teria observado e fotografado toda a ação. Durante o crime, o grupo ainda teria feito xingamentos homofóbicos.

Depois de ser encontrado, o cabeleireiro foi socorrido e levado para a Policlínica de Benfica. Conforme a PM, ele sentia dores por todo o corpo e apresentava escoriações na mão direita e na região dos olhos. Depois de receber os primeiros atendimentos e ficar em observação na unidade, foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) para ser submetido a exames, sendo liberado em seguida. O cabeleireiro disse aos militares que não conhecia os integrantes do bando. Os policiais fizeram buscas com base nas características dos suspeitos, mas ninguém foi preso. O caso seguiu para investigação na 7ª Delegacia Distrital. A titular Mariana Veiga informou que a vítima será intimada para passar por exame de corpo de delito e prestar declarações em cartório. "Vamos fazer diligências para apurar a autoria. Pelo relato da ocorrência, tudo indica ter sido um crime homofóbico."

Informado sobre o caso pela Tribuna, o presidente do MGM, Marco Trajano, ofereceu apoio à vítima. "Espero que nos procure. Temos assessoria jurídica e vamos pedir à polícia rigor na apuração. É um absurdo e, com certeza, (o crime) teve cunho homofóbico. Foi um estupro de verdade." Segundo ele, as denúncias que chegam ao MGM costumam ser de violência psicológica. "Raptaram, violentaram sexual e fisicamente, além da violência verbal, e ainda o largaram seminu. É a primeira vez que fico sabendo de uma coisa desse nível em Juiz de Fora."

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Será que esse caso hediondo terá alguma repercussão? Grande parte da população desse país ficou estupefata ante um suposto ato de estupro num reality show dia desses. A suposta vítima nada declarou contra o suposto agressor. Alguns sites chegaram a dizer que ela ficaria com o eliminado se fosse eliminada do programa logo no começo. O assunto que passa muito longe de casos como o que foi publicado acima ganhou a atenção imediata da polícia.

Agora, esse jovem gay foi estuprado e espancado quase à morte. Nada aqui é suposto. Nada aqui é aparente. Está tudo muito claro: foi estupro, foi espancamento, foi homofobia.

Onde estão aquelas pessoas que se indignaram com o 'suposto estupro' na TV? Será que elas vão se sensibilizar com este estupro de fato? Ou será que esse jovem, por ser gay, terá seu sofrimento diminuído ou desprezado pelos hipócritas defensores da moralidade nacional?

Ficou indignado(a)? Twitte o caso, então. Quem sabe se caindo nas redes sociais, esse caso também ganha os holofotes e um chaga social chamada 'homofobia' começa a ser tratada com o rigor que merece?

2011 foi ano que mais se matou Homossexuais na PB: Veja a lista

Movimento LGBT afirma que 2011 foi ano que mais se matou Homossexuais na PB

26/12/2011 | 12h03min



No período de janeiro de 1990 a dezembro de 2011, foram registrados os assassinatos de 128 homossexuais no estado da Paraíba. Neste ano que se encera mataram em nosso estado 21 homossexuais: onze gays; seis travestis ou transexuais; três lésbicas e um heterossexual, distribuídos em oito municípios paraibanos, dentre eles João Pessoa, Campina Grande, Queimadas, Sousa, Cabedelo, Bananeiras, Santa Rita e Patos.

Os 21 crimes ocorridos em 2011 são apresentados no relatório do Movimento do Espírito Lilás- MEL,em parceria com a Comissão da Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo da OAB/PB, o modelo de homicídio relatado define sua motivação no ódio por preconceito, além de repulsivo por sua futilidade é extremamente agressivo, onde quem o pratica não só deseja a morte daquele indivíduo, mas também sua desumanização e despersonalização de suas qualidades morais. Segundo Renan Palmeira vice-presidente do MEL, “Nos inquéritos é comum encontrarmos vítimas desfiguradas por disparos efetuados em seus rostos ou lesionadas por espancamentos gravíssimos, no ensejo de torná-los algo menos que um indigente”.

O crescimento dos assassinatos e das agressões contra a população LGBT no Estado da Paraíba demonstra a falta de ações de políticas públicas a este segmento social, de acordo com Luciano Vieira, presidente do MEL: “Temos conhecimento dos altos índices do aumento da violência contra a população paraibana em geral, porém a falta de políticas sociais, de leis que punam os agressores homofóbicos, a falta de uma política pública para a segurança efetiva e a rearticulação do conservadorismo expresso em alguns meios de comunicação e no cenário político regional motivaram o crescimento dos crimes de ódio contra a comunidade LGBT no nosso Estado”. Contudo, segundo Renan MEL: “Obtivemos ganhos reais em 2011 com o reconhecimento da união homoafetiva pelo STF, a visibilidade da luta pela cidadania LGBT na mídia nacional e regional e a participação da população na luta contra homofobia expressa na realização da 10° Parada da Cidadania LGBT de João Pessoa que contou com a participação de 30 mil pessoas”.

O Movimento do Espírito Lilás no encerramento do relatório de 2011 lamenta os assassinatos dos 21 homossexuais ocorridos na Paraíba, acreditamos que temos que ampliar o combate à homofobia em 2012, sensibilizando o poder legislativo nacional e regional na figura dos três senadores da Paraíba: Cássio Cunha Lima; Cícero Lucena e Vital do Rego e nossa bancada de 12 deputados federais para aprovar o PLC 122 que criminaliza a homofobia e que pune sua prática. E ainda, o MEL concede em memória o título de cidadão Espírito Lilás deste ano para Max Nunes Xavier, heterossexual de 24 anos, assassinado em Cabedelo em 8 de agosto, ao defender dois homossexuais que estavam sendo agredidos, seu exemplo de tolerância e de respeito com as minoria sócias e digno de gratidão e reconhecimento.


Lista dos LGBTs assassinados em 2011 -
João Pessoa


01. Geruza- nome civil desconhecido
Travesti encontrada morta de forma violenta em 01 de fevereiro de 2011, conforme relato da Central de Polícia o Inquérito foi remetido a 2ª DPC da capital.


02. Roberto Confessor da Silva
Travesti, de 28 anos de idade, foi executado a queima roupa com dois tiros quando chegava em casa após noitada com os amigos, por volta das 4h da manhã de domingo de 29 de maio de 2011, em Mangabeira. Populares disseram que o acusado pelo crime é um homem que mantinha relação sexual com a vítima.


03. Alexandro da Silva Oliveira
Líder religioso, homossexual assumido, de 34 anos de idade, executado a queima roupa com cinco tiros quando retornava para casa após ritual religioso. O homicídio aconteceu na Comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa na madrugada de quinta-feira, 6 de janeiro de 2011.


04. Beto Coveiro
Coveiro do cemitério Santa Catarina, localizado no bairro dos Estados em João Pessoa, homossexual assumido, morto a tiros no bairro de Mandacaru, em 30 de março de 2011.


05. Edilene Justino dos Santos
Lésbica, encontrada morta por enforcamento na casa de duas amigas no mês de março de 2011, familiares afirmaram que ela foi morta e assaltada.


06. Albanir Cardoso
Cabeleireira, de 37 anos de idade, assassinada na tarde de terça-feira, 28 de junho de 2011, no bairro São José em João Pessoa. Segundo informações, os acusados são dois homens que cometeram o crime e fugiram a pé. Ela foi morta com três tiros. Segundo a Polícia ela era lésbica e teria um relacionamento com outra mulher casada.


07. Sérgio Benício de Sousa
Homossexual assumido, de 31 anos de idade, assassinado a tiros na comunidade de Baleado, no bairro de Mandacaru, na madrugada do sábado, de 29 de janeiro de 2011.


08. Travesti de identidade desconhecida
Travesti assassinada a pedradas no centro de João Pessoa, sábado 15 de janeiro de 2011. Identidade desconhecida.


09. Alexandro Lourenço Gonçalves - Baby
Travesti assassinado a tiros na rua do Bairro São José, em João Pessoa no dia 16 de agosto. Informações preliminares dão conta que o travesti foi baleado por duas mulheres. Elas teriam praticado o crime após um briga em uma casa de show da Capital.


10. Paulo Pereira Rocha Filho
Homossexual, líder religioso afro-brasileira, supostamente assassinado pelo parceiro que incomodado com a repercussão da relação, agiu contra sua vida. Fato ocorrido no dia 21.10.2011, na Rua Severino Manoel de Lima, QD. 213, LT 29, Loteamento Cidade Verde, Mangabeira VIII. IPL nº 733/2011, livro 238.


11. Edson Gomes da Silva
Homossexual, morto por arma de fogo em via pública, na lateral da Oficina SOS Oxigênio, Bairro das Trincheiras, no dia 12.11.2011. IPL nº 819/2011, livro 238.


Campina Grande


12. Luiz Carlos das Neves
Ex-presidiário de 46 anos de idade, homossexual assumido, assassinado com 26 golpes de faca por volta das 2h de 31 de janeiro de 2011 em Campina Grande, na Avenida Floriano Peixoto. Do veículo, aparentemente nada foi levado.


13. Inete (Daniel Oliveira Felipe)
Travesti de 24 anos, identificado como Daniel Oliveira Felipe foi brutalmente assassinado com 30 facas por quatro rapazes na madrugada da sexta-feira, 15 de abril de 2011, em Campina Grande, câmeras flagraram o ocorrido.


14. Valderi Carneiro
Professor de língua portuguesa, de 44 anos, foi brutalmente assassinado por estrangulamento com sinais de luta corporal, encontrado morte, na noite de sábado, 9 de junho de 2001, às 17h30, dentro de uma pousada, no centro de Campina Grande, câmera flagraram os criminosos.


Queimadas


15. Luciana Batista Dantas
Dona de casa divorciada, de 38 anos, foi encontrada morta ao lado de um prédio abandonado de uma fábrica no distrito do Ligeiro, na cidade de Queimadas, em 10 de fevereiro de 2011. Foi violentada sexualmente antes de ter sido assassinada, o rosto estava completamente desfigurado por golpes de pedradas.


Sousa


16. Raimundo Inácio
O homossexual, de 50 anos, foi esfaqueado e estuprado na sexta-feira 25 de fevereiro na cidade de Souza, por um homem desconhecido. A vítima estava com um homem, não identificado, quando recebeu um golpe de faca peixeira no ânus.


Cabedelo


17. Max Nunes Xavier - Heterossexual.
“Heterossexual, de aproximadamente 24 anos, foi morto na madrugada de segunda-feira (8 de Agosto de 2011) em frente a um bar na praia do Jacaré, em Cabedelo na Grande João Pessoa. De acordo com informações da delegada Aurelina Monteiro, da 7ª DD, o crime teria ocorrido após uma discussão entre quatro homens, dois deles homossexuais. Max Nunes teria defendido os homossexuais que estariam sendo vítimas de homofobia. A delegada informou ainda que um dos homossexuais agredidos verbalmente acusou Aloísio Lucena, filho de um advogado criminalista e empresário da Capital, de ter cometido o crime. Ele é o principal suspeito e está sendo procurado pela Polícia.”.


Bananeiras -levantamento feito no dia 30.08.2011


18. Djair Pereira Cirne - Dija -Nº IP: 27/2011
Homossexual assumido, 53 anos, morto por volta das 07:00hr. no interior de sua residência, Sítio Chã do Lindolfo, no dia 12 de junho de 2011. Conforme perícia, o mesmo foi morto por espancamento, tendo o rosto desfigurado por golpes de instrumento, autoria desconhecida.


Santa Rita


19. Eliézer Gama dos Santos
Homossexual assumido, 35 anos, assassinado a tiros e ainda teve a cabeça esmagada por uma pedra, na madrugada do dia 17 de setembro de 2011.


Patos


20. José de Arimatéia da Silva
Travesti assumido, 27 anos, assassinado com vários tiros no dia 16 de outubro. O crime aconteceu às 22h na rua Ednaldo Torres, por trás da estação ferroviária da cidade de Patos.


21. José Adilson Nóbrega
Homossexual assumido, 23 anos, assassinado com dois tiros na cabeça no dia 8 de dezembro por volta da 00h30, encontrado em um lugar conhecido como Campo da Buraqueira no bairro Jardim Queiroz. A polícia acredita que tenha motivação de cunho homofóbico.

CAMPANHA DE ENFRENTAMENTO DA HOMOFOBIA

Veiculado pela Rede Globo:

ALERTA: Neo-nazistas em salas de bate-papo gay



ALERTA: Tem gang de neonazistas marcando encontro em salas de bate-papo para emboscar gays. Um amigo me disse que um colega dele quase foi morto. Só não chegou a ser assassinado, porque ele falou com os pais do cara e eles acionaram a polícia. E a polícia só chegou ao endereço, porque esse meu amigo estava com o colega dele quando o outro estava combinando tudo por computador. Se não tivesse testemunhado esse contato e sabido dos detalhes do encontro, o outro nunca seria achado.

Os agressores, jovens de classe média, convidam para o próprio apartamento e torturam a vítima para matar mesmo. DETALHE: Eles entram nas salas de bate-papo gay para atraírem suas vítimas.

O rapaz foi hospitalizado.

Esse meu amigo disse que quando falou com os pais do colega dele, não disse que tratava-se um suposto encontro gay. Disse que era uma garota que tinha armado tudo pela internet (o colega dele não é assumido para os pais). Infelizmente, é esse tipo de anonimato e descaracterização de crime (por causa de vergonha ou enrustimento) que impede que a polícia registre todos os casos de homofobia na categoria 'homofobia'.

Para a família, o filho queria apenas encontrar com uma garota e foi surpreendido por um golpe que dois doentes mentais haviam planejado para se divertirem às custas de sua ingenuidade.

O caso, porém, era bem diferente: Ele pensou estar saindo com um cara que também fosse gay, mas encontrou dois homofóbicos pela frente, e não teria escapado se esse meu amigo não tivesse sido inteligente para suspeitar. Aliás, ele já tinha alertado o cara de que estava tudo fácil demais, rápido demais, e que na casa do outro ele poderia estar correndo mais risco do que se fosse a um motel ou coisa assim. Ele não deu ouvidos; acreditou no que via e lia na tela do computador, e quase acabou morto.

Fica aqui o alerta. Não dê bobeira. Homofobia mata, e homofóbico mente. Vigia, mona!

Minas Gerais: Vereadores propõem comissão para acompanhar casos de homofobia



VEREADORES PROPÕEM COMISSÃO
 PARA ACOMPANHAR CASOS DE HOMOFOBIA


DIREITOS HUMANOS
Quinta-feira, 29 Setembro, 2011


A cada 1 dia e meio, um homossexual foi brutalmente assassinado no Brasil em 2010 e o número pode ser bem maior porque muitos casos sequer são notificados. A informação foi apresentada pelo supervisor do Centro de Referência pelos Direitos e Cidadania LGBT, Carlos Magno, neste dia 29, durante a Audiência Pública que discutiu as agressões motivadas por intolerância e preconceito contra homossexuais na capital. Durante a reunião, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, foi proposta uma comissão para acompanhar as ocorrências de agressões e avaliar a legislação, com a participação de parlamentares e entidades representativas.

“O que aconteceu na Praça da Liberdade não poder servir de exemplo para outros. Toda a sociedade tem que se sentir vitimada quando isso ocorre”, ressaltou Leonardo Mattos, referindo-se à agressão sofrida por um casal homossexual no início de setembro por uma tribo conhecida como skinhead.

O vereador manifestou interesse em participar da frente parlamentar em defesa dos direitos dos homossexuais a ser criada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais neste mês de outubro. A proposta, segundo ele, é compor uma frente mista com a participação de parlamentares das duas Casas.

Carlos Magno defendeu que a homofobia seja debatida como algo que viola os direitos civis garantidos pelo Estado. “Quando a discussão é tratada em termos morais ou religiosos, ocorre uma despolitização do preconceito e da hemofobia. Isso acaba retirando a responsabilidade do Estado sobre a questão”, critica.

Para Magno, “ser minoria não é ser menos cidadão. Não se discutem aqui questões morais ou religiosas mas o direito das pessoas que estão sendo assassinadas”.

Uma adolescente transexual de 15 anos presente à reunião relatou a agressão que sofreu por duas vezes quando saía da escola por outro jovem de 17 anos, vizinho de seu bairro. Ela conta que, além de ameaçada com um canivete, levou socos e chutes. “Não se trata de opção sexual. Se fosse assim, eu já teria optado por ser homem há muito tempo para não sofrer tanto, não tentar me matar como já fiz e ser aceito”, ressaltou.

Projeto de lei

Durante a reunião, a vereadora Neusinha Santos (PT) destacou o Projeto de Lei 1853/2011, em tramitação na CMBH, o qual pune os estabelecimentos e agentes públicos que discriminarem cidadão homossexual, bissexual ou transgênero. O PL, originalmente de sua autoria, já foi rejeitado no Plenário, e reapresentado nesse mês de agosto graças às assinaturas de outros vereadores. “Sexualidade é questão de foro íntimo. O que temos de garantir são os direitos civis. Não é de competência do poder público discutir qual deve ser orientação sexual das pessoas”, explicou.

A vereadora solicitou o apoio do vereador Autair Gomes (PSC), pastor evangélico há 30 anos, presente à Audiência Pública. Gomes repudiou as agressões sofridas por homossexuais, e defendeu o direito à pluralidade. “Quando Deus criou o homem deu a ele o livre arbítrio. Tenho o direito de não concordar com outras atitudes, mas precisamos respeitar as idéias contrárias. O respeito deve ser dado ao ser humano e este não tem sexo”, afirmou.

A advogada Maria Emília, presidente da Comissão da Diversidade Social da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), informou que há, em nível nacional, um anteprojeto que cria o Estatuto da Diversidade Sexual. O texto foi entregue em agosto pela Comissão Nacional de Diversidade Sexual aos presidentes da OAB, Ophir Cavalcante, da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do Senado Federal, José Sarney.

Para Daniel Moraes dos Santos, professor de Direito e membro da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MG, o grande desafio da democracia é gerar igualdade. “Muitos apontam essas leis como privilégio, mas é dever do Estado a proteção das minorias ou grupos vulneráveis”, afirmou.

Também participaram da reunião a vereadora Silvia Helena (PPS), além de Dalcira Ferrao Fiori, do Centro de Referência Homossexual, o professor da Faculdade Batista Alexandre Gustavo Melo Bahia.

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Carlos Magno
Coordenador do CRLGBT-BH
Sec. de Comunicação da ABGLT
Militante do CELLOS-MG
Pós- Graduando em Mídias Sociais e Comunicação Digital

Que a gente viva feliz
mesmo sem permissão ( Mário Benedetti)

Por outros olhos - homofobia na escola

Cena do filme


Às vezes, a melhor maneira de entender o que o outro sente é se colocando no lugar dele. Por isso, nesse filme você vai ver um (imaginário) mundo com maioria gay (heterofóbico) e a reação das pessoas à minoria heterossexual. É um exercício de imaginação para facilitar a compreensão sobre a gravidade da homofobia.

Este filme, produzido pela UFRJ em parceria com o Grupo Arco-Íris, oferece uma perspectiva única sobre a homofobia ao apresentar um mundo onde a maioria é homossexual e a minoria heterossexual enfrenta preconceitos e discriminações. ​

Assistir a este vídeo pode ser uma ferramenta valiosa para discussões sobre diversidade sexual, empatia e combate à discriminação em ambientes educacionais e sociais.

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