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Amar é... viver feliz ao lado dele

Sergio Viula em casa



É senso comum que segundas-feiras costumam ser dias carregados de preguiça e de reclamação. Não posso negar que esse 09 de novembro foi assim para mim, pelo menos durante uma parte do dia. Ter passado bons momentos com meus alunos em sala foi um verdadeiro alívio, mas o melhor estava por vir no final do dia.

Andre e eu tivemos ótimos motivos para comemorar no final de semana. A derrota de Trump nas urnas foi um deles. A notícia me foi dada por um aluno no final de uma aula online no sábado. Ele viu a notícia num jornal estrangeiro e compartilhou conosco em tempo real. Pulei de alegria sem a menor pretensão de esconder minha euforia. Afinal, Trump é a personificação de tanta coisa que eu detesto que o novo presidente nem precisa ser fantástico para já me parecer infinitamente melhor.

E o que foi aquele discurso da vice-presidente eleita, gente? M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O é pouco para descrever o discurso de Kamala Harris naquele inesquecível 07 de novembro de 2020, logo depois de saber que já contava com os delegados necessários para a vitória.

Andre e eu decidimos comemorar esse momento no terraço com uma refeição levinha, mas bem gostosa. Vocês não imaginam a gostosura que estava esse arroz de polvo. Tudo combinava. O vinho descia aveludado, aquecendo a noite fresquinha daquele sábado.

Ceasar salad, arroz de polvo com brócolis, tábua de queijos e vinho 
(Vinya - vinho regional da Península de Setúbal, Portugal)



O tempo fechado e frio para os padrões do Rio não me afeta. 
Não dá para dizer a mesma coisa do Andre. ^^


Uma das muitas coisas que temos em comum é o gosto por pequenos prazeres - coisas simples, mas que tornam nossos dias mais felizes. Adoramos sair (em tempos sem coronavírus), mas também curtimos muito a nossa casa, as nossas coisas, nosso tempo juntos, um bom papo ao redor da mesa, um filminho gostoso (pode ser de terror também... kkk), e coisas simples e pouco custosas assim. Quem pensa que precisa de muito para ser feliz, dificilmente experimentará a felicidade. E quem não consegue sossegar com o que tem, sempre insaciavel, nunca entenderá o que significa o que "é a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida... nós no embalo da rede, matando a sede na saliva" - como cantava Cazuza.


Vinho, pastinha, azeite saborizado com ervas e croutons preparados por ele ontem
(vinho Tempos de Góes -  Cabernet Sauvignon - São Roque - São Paulo)


Como de costume, Andre chegou do trabalho enquanto eu ainda terminava minha última aula do dia. Depois de preparar tudo, ele abriu um vinho demi-sec com ótimos sabor, textura e aroma. Um vinho brasileiro que não ficou devendo nada ao português que tomamos dois dias antes. Sempre temos a ideia de que vinho brasileiro fica devendo aos vinhos estrangeiros. Claro que tem vinho produzido aqui que não devia nem levar o nome de vinho, mas há alguns excelentes e com preços muito acessíveis.


Encerrar uma segunda-feira assim é como dar a última cartada contra o marasmo do início de uma nova semana - um verdadeiro royal flush nela.

Andre e eu - segunda-feira, 09/11/2020


Apesar da vida ser cruel muitas vezes, ela pode ser maravilhosa quando a gente se propõe a tornar tudo especial. E isso pode ser sozinho, com amigos ou em parceria com alguém que amamos em reciprocidade.

No ano passado, uma das mais terríveis notícias que já recebi foi a de que minha mãe estava com câncer. Passamos por momentos bem difíceis. Ela mais do que todos nós. Porém, há exatos 20 dias, o oncologista encarregado do caso dela nos deu a melhor e mais esperada notícia: Minha mãe está curada. Não há mais sinal algum de câncer em todo o corpo dela. Minha gratidão à toda equipe do INCA, desde o auxiliar de serviços gerais até o mais especializado médico envolvido no tratamento dela. Quando a técnica é bem aplicada e em tempo hábil, isso faz toda a diferença. Agora, é só observação, como manda o protocolo.

Fascistas e outros seres abjetos estarão sempre por aí, em maior ou menor número, com mais ou menos visibilidade, mas o tempo não para e a vida não tem replay. Por isso, aproveito o que a vida me proporciona de bom, mesmo que pareça pouco para outros e muito para outros tantos, mas é apenas suficiente. Experimente fazer o mesmo. A gente nunca sabe quanto tempo nossa sanidade vai durar. Vai que eu acorde amanhã sem nem me lembrar de quem eu sou... Aproveite o que você tem. Talvez, seja tudo o que você precisa e muito mais do que você mereça. Mas, até isso é mera conjectura nossa. Na verdade, a vida ignora seus méritos e seus débitos. Faça o melhor com o que você tem em mãos e pare de se lamentar.

Boa semana! Hoje ainda é terça-feira. ^^

Mais uma translação completa

Por Sergio Viula
Atualizado em 09/05/2020

Bolo feito por Andre. O número foi ele mesmo que fez.
Nada de velas e sopros. O "mocoronga" vírus não foi convidado.





Um beijo especial para quem via isso aqui depois da escola.
(Perdidos no espaço)



Fazer aniversário é sempre um oximoro: "mais um ano a menos". Honestamente, não sei se comemoro ter vivido mais um ano ou se lamento o fato de que tenho um ano a menos para viver daqui para frente. Não o digo com tristeza. Digo-o com um tantinho de humor, quase de deboche para comigo mesmo. Queiramos ou não, a vida é uma comédia dramática. A gente ri da própria desgraça. E se chorar, não muda nada. Só desidrata.

Houve um tempo quando pensar na segunda década de vida parecia uma realidade tão distante, quase uma outra encarnação. Aos nove ou dez anos, a gente acha o primo ou o tio de 20 quase tão velho quanto nossos pais. Nossa percepção ainda imatura sobre a transitoriedade da vida nos impedem de perceber que, nessa fase da nossa vida, nossos pais estão na flor da idade. 

Ao contrário do que muitos pensam, aos 21 anos, já estamos vivendo nossa terceira década. Se você estranhou o que acabo de dizer é porque ainda não havia percebido que a contagem de uma década termina em 0. O primeiro ano depois desse número já é outra década. De 1 a 10, você vive a primeira década; de 11 a 20, você vive a segunda; e a partir dos 21, você já está na terceira década de sua existência, baby. É, fófis, a senhora é mais velha do que pensa, bunyta! [rindo de doer aqui]. 

Na verdade, eu sempre achei o ano de número 40 super charmoso. Esse número, quando se trata de idade, carrega um simbolismo só seu. Pena que é uma vez só. Quando completei quarenta anos, escrevi um texto comemorativo também. Foi divertido relembrar o que havia acontecido no ano da minha estreia por aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2009/04/como-era-o-mundo-40-anos-atras.html 

Aos 50 anos, escrevi outro post marcante, cheio de orgulho gay, inclusive. Dei àquela postagem o título de "Awesome 50!" (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2019/05/meio-seculo-hoje.html) A palavra "awesome" é um adjetivo da língua inglesa que significa "impressionante". Não se pode duvidar que, para uma espécie que dificilmente completa 100 anos, chegar a meio século de vida é um feito impressionante, ainda mais se você é gay num país homofóbico como esse. 

Hoje, completo o primeiro ano da minha sexta década, mas preste atenção: eu não disse que estou fazendo 60 anos. Se você entendeu assim é porque não absorveu o que eu disse no terceiro parágrafo. (risos) Inauguro minha 6ª década de vida hoje justamente por estar completando 51 anos de idade. Quando chegar aos 60, terei encerrado a sexta década. E assim por diante. 

A pergunta é: como me sinto? 

E a resposta é: nada diferente de ontem, quando ainda estava na minha quinta década. ^^

E por quê?

Simplesmente, porque ainda posso me alegrar com o fato de estar saudável, trabalhando, casado com uma pessoa fantástica, tendo meus pais vivos e relativamente saudáveis, e convivendo com meus filhos cheios de vida e saúde - Isaac aqui pertinho e Larissa do outro lado do Atlântico, mas, apesar disso, sempre em contato comigo. Ontem mesmo trocamos algumas ideias super "cabeça" e demos muitas risadas juntos falando sobre todo o tipo de coisa.

Sabe qual foi a melhor frase que ouvi nos últimos dias? 

Foi a de Andre hoje de manhã. Ele me abraçou, parabenizou pelo meu aniversário, e disse com todo carinho: "O aniversário é seu, mas você é o meu presente de todo dia." E isso não é mera frase de efeito, não. Nosso amor e parceria são testemunhados pelo sol nascente e pelo sol poente. 

Esse é o quarto aniversário que eu comemoro ao lado dele, e digo a mesma coisa: Andre é um presente renovado a cada nascer e pôr do sol. Acordar e vê-lo ao meu lado ou saracutiando pela casa, já se organizando para ir trabalhar, é uma alegria diariamente renovada. Só é triste ver quanto tempo precisamos passar separados para ganharmos o pão de cada dia. É tempo demais, capataz! 

Ninguém devia trabalhar mais do que um teto de seis horas por dia. E com duas folgas semanais. É pedir demais? Não. É só uma questão de reorganização socioeconômica. E quem não precisasse atender clientes face a face devia trabalhar de casa. Quem sabe a gente aprende alguma coisa que preste com essa peste - o Covid-19?

Não tenho ambições desvairadas, mas se eu atingir a minha meta de viver até os 90 anos com saúde física e mental, provavelmente estarei sentando diante de um equipamento que fará a ficção científica produzida hoje parecer vintage. Ali, escreverei um texto para esse mesmo blog, só que totalmente "upgraded" para a tecnologia de então. Se eu ainda tiver o jeito espirituoso que tenho de encarar a vida hoje, terei muito sobre o que tricotar do alto do meu nonagésimo aniversário. Alguns amigos que leem esse post hoje ainda estarão por aqui, mas outros já terão se tornado queridas memórias na cabeça de um gay sênior - olha esse termo, que chique! Mas, não se abale com isso, não. Veja por outra perspectiva: há jovens leitores acompanhando esse post agora que farão 90 anos e, quando lá chegarem, já nem se lembrarão mais de mim (totalmente transformado em purpurina) ou desse blog, que ainda deverá ficar vagando pelo cyberspace por muito tempo depois que eu bater as sapatilhas. Isso, sim, é um acinte! (risos)

Então, aos que me leem, um conselho: realizem-se! Vivam suas vidas sem medo da morte, dos outros ou de si mesmos, especialmente, se você for gay, lésbica, bissexual ou transgênero. 

Saia desse armário! E se tiver saído, não retorne nunca. Você é uma borboleta de jardim, não uma traça de roupeiro.  

Viva o dia de hoje como se fosse o último. Você gostaria de estar enfiado no armário no seu último dia de vida? Mas, não deixe de ser previdente. Vai que você dá o "azar" de viver até amanhã... Não acha que é uma boa ideia garantir a comida, a bebida, o teto e algum dinheiro para dar garantia? Eu acho. 

Chega de escrever e de ler por enquanto. Vamos borboletear, crianças! 



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Em tempos de quarentena, aniversário a dois é luxo! 
hehehe

Para envolver outras pessoas, dá-lhe videoconferência pelo WhatsApp, pelo Google Meet e conversas por telefone. Foi um dia agitado. Adorei ver amigos e parentes por meio desses apps. O melhor de tudo é saber que estão bem.





Andre e Sergio: Quatro anos hoje!

Por Sergio Viula



Andre e eu no Rio, 2018





Se voltássemos no tempo até 2016, hoje seria domingo de carnaval, não apenas uma sexta-feira de trabalho. 

Dias antes daquele 07 de fevereiro, eu tinha acabado de voltar de uma viagem a João Pessoa. Dias depois de entar em casa, estando ainda de férias, vi um anúncio da Trivago (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/03/quando-um-anuncio-da-trivago-muda-sua.html) e pensei: Por que não viajar no carnaval também? 

Pensei em duas opções diametralmente opostas - Florianópolis ou Belo Horizonte. A razão foi meramente o fato dessas serem as duas únicas capitais do sul e do sudeste que eu ainda não tinha visitado. 

Ganhou Belo Horizonte por não inflacionar os preços loucamente como o faz Florianópolis. Afinal, eu já tinha gasto um bocado curtindo João Pessoa. A capital paraibana fica a 2.422,7 km de distância do Rio de Janeiro. Passagem área para lá pode custar tanto quanto uma passagem para outro país, como a Argentina ou Uruguai. Impressionante mesmo. E tem tudo o mais, é claro: estadia, passeios, alimentação, etc.

Bela, próxima e menos cara que Florianópolis, ganhou Belo Horizonte, que fica a meros 443,6 km do Rio de Janeiro. Fui de ônibus mesmo para economizar. Fiquei hospedado num hotel no centro da cidade, numa rua onde passavam alguns blocos. Tinha a opção de vê-los da janela ou descer e sentir a vibração da música e do povo bem de perto.

O que eu não podia imaginar é que encontraria muito mais do que apenas descanso e diversão em BH. 








Melhor que a encomenda

Passei o sábado sozinho. Descansei, passeei pela cidade, descobrindo pontos belos e recantos pitorescos na capital mineira. 

No domingo de manhã, fui à feira que acontece em frente ao Parque Municipal. Comi acarajé feito na hora. Sim, mineiros têm acarajé na feira. Caminhei pelo parque, vi famílias se divertindo. Crianças fantasiadas dançavam num bloquinho infantil. Mas, o domingo reserva algo especial. 

Graças à leveza que o Carnaval inspira - as pessoas se aproximam, riem juntas, paqueram ou apenas coexistem ao som da música e sabor da alegria de cruzar as avenidas da cidade sem compromissos na agenda. 

Para encurtar uma história longa, conheci Andre. Não podia imaginar que a aparente efemeridade daquele momento se transformaria na doce concretude do relacionamento que germinava ali mesmo e se tornaria frutífero. Desde aquele momento, não nos separamos mais.

Hoje, completamos exatos quatro anos juntos. E nesse tempo, já vivemos um bocado de coisas juntos. A maioria foi alegre. Algumas foram tristes como o falecimento do pai dele (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2017/07/adeus-sr-walter.html) e o câncer que minha mãe descobriu ano passado. Ela está muito bem agora, mas ainda está sob supervisão médica. 

Verdade é que nosso amor torna cada alegria mais especial e cada tristeza mais suave, mais suportável. 





São 1462 dias juntos entre o dia do nosso encontro e o momento em que escrevo esse post. Pena que das 35.064 horas que compõem esses quatro anos, a maior parte delas é dedicada ao trabalho, mas é fato que o trabalho consome boa parte do tempo de todos os habitantes do planeta. Como escapar disso? O que fazemos é tornar cada momento juntos uma experiência reconfortante.




O segredo da nossa harmonia? 

Eu poderia fazer uma lista de coisas que são fundamentais para tornar uma relação bela, saudável e benfazeja, mas vou citar apenas três: Lealdade, cumplicidade e uma boa dose de ternura. 

'Química' na cama é indispensável, mas não basta. 

A felicidade não depende de quanto se tem na conta bancária. Na verdade, Andre e eu vivemos dos nossos empregos como a maioria dos trabalhadores que têm a sorte de ter um emprego hoje em dia. Digo sorte, porque não basta ser bom ou excelente. Tem gente excelente desempregada. 

À primeira vista, as pessoas podem pensar que a gente tem grana ou vive com muita facilidade. Na verdade, é bem o oposto. O que nos sobra é criatividade e planejamento. Nossa última viagem, que foi de férias em São Paulo, foi um exemplo disso. Curtimos muito a cidade gastando bem pouco se compararmos com outras pessoas que viajam a passeio. Compartilhei um post sobre essa viagem aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2020/02/2020-um-novo-ciclo-de-aulas-comeca.html. Dá uma olhada. Pode ser que algumas dicas sejam úteis para seu próximo destino. 


Andre e eu em Gramado, 2018


Como saber se dará certo 

Como é que a gente sabe com quem vai dar certo na vida? Não sabe. Podemos pesar vários fatores antes de arriscar uma relação com alguém (e devemos fazer isso), mas a arte de viver a dois e sermos felizes ao ponto de acharmos que a vida começou de verdade a partir do dia em que nos conhecemos ainda não tem seguro que a proteja ou garanta. Relação é construção diária e para dar certo precisam-se de dois seres humanos em sintonia e com honestidade suficientes para serem espontaneamente transparentes e reciprocamente leais um ao outro. 


Andre, lembro dessa música de Ivan Lins. Sei que você super curte MPB. Dedico essa letra linda a você.



Uma semana especialmente feliz (19-25 de abril de 2013)



FAÇA UM LEVANTAMENTO DAS SUAS ALEGRIAS.
VOCÊ DEVE SER MAIS FELIZ DO QUE IMAGINA.


Uma semana (19-25 de abril/13) em que a felicidade ganhou novos contornos:

1. O Estado do Rio de Janeiro passa a fazer casamentos entre pessoas do mesmo sexo sem a necessidade comprovar união civil primeiro.

2. Casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado na França. Veja todos os países que já contam com o casamento igualitário.

3. Eu e Emanuel completamos mais um ano de relacionamento. Agora são seis anos! E no mesmo dia em que a França aprovou o casamento igualitário. Memorável. Uhu!

4. O CFP emitiu um parecer final sobre desconforto causado pelo Deputado evangélico João Campos em sua PDC 234/11. O livro Em Busca de Mim Mesmo e este blog foram citados. Veja o trecho e o link para o documento todo aqui: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/04/Parecer-PDC-234-final.pdf

5. O site oficial do IDAHO (Dia Mundial de Combate à homofobia) publicou foto minha com Luana Piovani numa marcha contra Feliciano em Copacabana. Ela me concedeu uma entrevista na ocasião. Colocaram até a citação de uma fala dela na entrevista em inglês. 

6. A pesquisa The “Ex-Gay” Movement in Latin America: Therapy and Ministry in the Exodus Network, cujo relatório fala da Exodus cita o trecho de um vídeo que eu fiz, chamado "As Falácias da Reversão Sexual" (em sua versão inglesa).

7. Tudo certo para a publicação de um conto meu na coletâna "Loveless" da Editora Escândalo. Já recebi até a página diagramada para dar OK. É uma honra poder estar entre gente tão boa e competente. Lançamento em breve.

Sete dias, sete alegrias. A média está boa! Tomara que continue assim. Existem, porém, outras tantas alegrias ligadas à família, amigos, trabalho, etc. A vida pode ser terrivelmente dura em alguns momentos, mas pode ser realmente doce em outros. Vamos viver para transformar os momentos mais difíceis em dias muito melhores. Faça a sua parte. Defenda sempre aquilo que fortalece a liberdade e aumenta a felicidade.

Como dizia um dos maiores gênios da música mundial, "heal the world, make it a better place for you and for me and the entire human race."*

*Cure o mundo, torne-o um lugar melhor para você, para mim e para toda a raça humana.

Roberto Carlos diz que é a favor do casamento gay em entrevista, diz jornal

Roberto Carlos diz que é a favor do casamento gay em entrevista, diz jornal


Cantor teria dito durante gravação do 'Programa do Jô' que 'ser contra a felicidade é loucura'.


Do EGO, no Rio



Roberto Carlos (Internet)


Roberto Carlos revelou nesta quarta-feira, 14, durante a gravação do "Programa do Jô", que é a favor da união homossexual, segundo a coluna "Olá", publicada no jornal "Agora".

O cantor teria dito que a relação entre pessoas do mesmo sexo não o afeta em nada e, por isso, não há motivo para ser contra. "Se um gay se casa com outro e não me causa problema algum, sou a favor. Ser contra a felicidade é loucura. Temos de parar com esse tipo de preconceito", afirmou o Rei.

Enquanto isso, na Dinamarca...



As eleições estão aí. O fundamentalismo religioso ronda as urnas. É gente dizendo coisa do tipo "se você acredita em Deus, vote em Fulaninho"; "Beltraninho - o deputado católico"; "Sicraninho - Deus, família, país", e por aí vai.

Ontem assisti um vídeo do Pr. Caio Fábio descendo o sarrafo no Silas Malafaia (adorei!!! kkk), mas ele diz claramente o que muitos evangélicos pensam sobre a candidata à presidência Marina Silva.


Vamos compreender o contexto:

O Silas Malafaia apóia o Serra, equanto a Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (do Wellington Bezerra) apóia a Marina. Faz anos que a igreja do Silas Malafaia na Pennha, apesar de ser chamada Assembléia de Deus, rivaliza com a CGADB. Caio Fábio, então, diz ao Malafaia que a Marina é uma santa; que ele mexeu com uma mulher santa; que a punição de Deus virá sobre o Malafaia porque este não deu à Marina uma oportunidade ser entrevistada no programa dele.

Agora, imaginem a algazarra que seria o gabinete da presidência com esse monte de "profetas" seguindo Marina, a "santa", a "ungida do Senhor", a "profetiza de Deus"!!!


Enquanto isso, na Dinamarca...

Veja a diferença. A Oprah acostumada a um país de fanáticos que dominam a mídia ficou perplexa diante da ausência da loucura que caracteriza aqueles tele-evangelistas e seus milhões de fiéis idiotas em território americano.


Felicidade é possível?


Existem pelo menos quatro razões para a infelicidade humana: temer a ira dos deuses, apavorar-se diante da morte, escolher mal os objetos do desejo e angustiar-se ante o sofrimento. A felicidade, entretanto, não é difícil.

A ira dos deuses e o pavor da morte caem por terra quando compreendemos que não estamos sujeitos ao temperamento dos deuses — sejam muitos ou seja somente um. O mundo parece funcionar de acordo com uma dinâmica essencialmente atômica. A morte é a desagregação de nossa atual composição atômica, ou seja, essa configuração que resultou em nosso corpo e que o mantém em funcionamento, seja em nível físico, intelectual, emocional, etc. Enquanto somos, não há morte; e, quando a morte chega, deixamos de ser. Não há sofrimento pós-morte. Pode haver algum antes que ela se concretize, mas não depois. E mesmo esse que pode precedê-la tem fim certo.

Já a busca pelo objeto de desejo e a angústia ante o sofrimento têm a ver com a ética que adotamos. Precisamos entender que dor e prazer mesclam-se na vida. Prazer não tem nada de mal em si, mas o modo como o buscamos pode ser destrutivo ou não. Muito do prazer enlatado que as pessoas compram quando vão em busca de fontes imediatas de satisfação acaba por prejudicar sua própria vida e a de outros. Isso traz infelicidade. Devemos, sim, buscar o maior prazer possível e evitar o máximo de dor possível — para nós mesmos e para outras pessoas. Viva com prazer, mas não deixe de avaliar "como" pretende fazer isso. Prazer duradouro e benfazejo conjuga afetividade com racionalidade.

A vida é boa. Ninguém quer perdê-la. Mas o grande barato da vida é desfrutar de bem-estar o maior tempo possível — e isso passa pela paz interior, pelas amizades (de verdade) e pelo gosto pelo que é verdadeiro. Não há deuses a quem temer ou a quem recorrer. Não há mistério na morte. Não há prazer errado, mas modos ilegítimos de se obter prazer. Não há como nunca sentir dor em algum grau, mas podemos evitá-la ou remediá-la de muitas maneiras. Há prevenção e remédio para a maioria das dores que podemos experimentar no dia a dia. O que nunca devemos é nos angustiar ante a possibilidade de perder o que nos dá prazer ou de deparar com o que nos possa causar dor, porque isso já seria sofrimento antes mesmo de qualquer situação concreta de dor.

Viver hoje do jeito mais gostoso possível, sem angústia, sem medo, sem estresse. Extrair prazer das pequenas e grandes coisas. E nunca esquecer que nossa própria finitude deve ser nosso maior incentivo à felicidade e à realização plena de nós mesmos. Colocar metas alcançáveis e produtivas, que tragam satisfação — e não ansiedade na tentativa de fazer o que é impossível — é uma das muitas maneiras de realizar seu potencial sem perder a si mesmo de vista.

Existem mil maneiras de sentir prazer sem prejudicar a si mesmo ou aos outros: invente a sua!!!

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