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Linguagem neutra não-binária (trecho de uma live)

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 Por Sergio Viula Esse é um trecho de uma live feita com @Sviula a convite de @carolina_carolino no perfil das @carolinas_da_borborema no Instagram em 07/04/24. Esse é apenas um trecho da nossa conversa e se refere ao uso da linguagem neutra não-binária. A live completa pode ser vista aqui: https://www.instagram.com/reel/C5en-hhvjuq . Nessa live, além de linguagem não binária, discutimos a falsamente chamada "cura gay", o Movimento LGBT+ no Brasil, temas relacionados à orientação sexual e identidades de gênero.  O trecho abaixo é apenas um recorte da live, mas considero que seja muito interessante e relevante para as diversas discussões sobre linguagem neutra na atualidade. Confira e siga o perfil dos participantes no Instagram. Carolina Carolino e Sergio Viula 07/04/24 Instagram: @carolinas_da_borborema

Andre e Sergio: Quatro anos hoje!

Por Sergio Viula



Andre e eu no Rio, 2018





Se voltássemos no tempo até 2016, hoje seria domingo de carnaval, não apenas uma sexta-feira de trabalho. 

Dias antes daquele 07 de fevereiro, eu tinha acabado de voltar de uma viagem a João Pessoa. Dias depois de entar em casa, estando ainda de férias, vi um anúncio da Trivago e pensei: Por que não viajar no carnaval também? 

Pensei em duas opções diametralmente opostas - Florianópolis ou Belo Horizonte. A razão foi meramente o fato dessas serem as duas únicas capitais do sul e do sudeste que eu ainda não tinha visitado. 

Ganhou Belo Horizonte por não inflacionar os preços loucamente como o faz Florianópolis. Afinal, eu já tinha gasto um bocado curtindo João Pessoa. A capital paraibana fica a 2.422,7 km de distância do Rio de Janeiro. Passagem área para lá pode custar tanto quanto uma passagem para outro país, como a Argentina ou Uruguai. Impressionante mesmo. E tem tudo o mais, é claro: estadia, passeios, alimentação, etc.

Bela, próxima e menos cara que Florianópolis, ganhou Belo Horizonte, que fica a meros 443,6 km do Rio de Janeiro. Fui de ônibus mesmo para economizar. Fiquei hospedado num hotel no centro da cidade, numa rua onde passavam alguns blocos. Tinha a opção de vê-los da janela ou descer e sentir a vibração da música e do povo bem de perto.

O que eu não podia imaginar é que encontraria muito mais do que apenas descanso e diversão em BH. 








Melhor que a encomenda

Passei o sábado sozinho. Descansei, passeei pela cidade, descobrindo pontos belos e recantos pitorescos na capital mineira. 

No domingo de manhã, fui à feira que acontece em frente ao Parque Municipal. Comi acarajé feito na hora. Sim, mineiros têm acarajé na feira. Caminhei pelo parque, vi famílias se divertindo. Crianças fantasiadas dançavam num bloquinho infantil. Mas, o domingo reserva algo especial. 

Graças à leveza que o Carnaval inspira - as pessoas se aproximam, riem juntas, paqueram ou apenas coexistem ao som da música e sabor da alegria de cruzar as avenidas da cidade sem compromissos na agenda. 

Para encurtar uma história longa, conheci Andre. Não podia imaginar que a aparente efemeridade daquele momento se transformaria na doce concretude do relacionamento que germinava ali mesmo e se tornaria frutífero. Desde aquele momento, não nos separamos mais.

Hoje, completamos exatos quatro anos juntos. E nesse tempo, já vivemos um bocado de coisas juntos. A maioria foi alegre. Algumas foram tristes como o falecimento do pai dele e o câncer que minha mãe descobriu ano passado. Ela está muito bem agora, mas ainda está sob supervisão médica. 

Verdade é que nosso amor torna cada alegria mais especial e cada tristeza mais suave, mais suportável. 





São 1462 dias juntos entre o dia do nosso encontro e o momento em que escrevo esse post. Pena que das 35.064 horas que compõem esses quatro anos, a maior parte delas é dedicada ao trabalho, mas é fato que o trabalho consome boa parte do tempo de todos os habitantes do planeta. Como escapar disso? O que fazemos é tornar cada momento juntos uma experiência reconfortante.




O segredo da nossa harmonia? 

Eu poderia fazer uma lista de coisas que são fundamentais para tornar uma relação bela, saudável e benfazeja, mas vou citar apenas três: Lealdade, cumplicidade e uma boa dose de ternura. 

'Química' na cama é indispensável, mas não basta. 

A felicidade não depende de quanto se tem na conta bancária. Na verdade, Andre e eu vivemos dos nossos empregos como a maioria dos trabalhadores que têm a sorte de ter um emprego hoje em dia. Digo sorte, porque não basta ser bom ou excelente. Tem gente excelente desempregada. 

À primeira vista, as pessoas podem pensar que a gente tem grana ou vive com muita facilidade. Na verdade, é bem o oposto. O que nos sobra é criatividade e planejamento. Nossa última viagem, que foi de férias em São Paulo, foi um exemplo disso. Curtimos muito a cidade gastando bem pouco se compararmos com outras pessoas que viajam a passeio. Compartilhei um post sobre essa viagem AQUI. Dá uma olhada. Pode ser que algumas dicas sejam úteis para seu próximo destino. 


Andre e eu em Gramado, 2018


Como saber se dará certo 

Como é que a gente sabe com quem vai dar certo na vida? Não sabe. Podemos pesar vários fatores antes de arriscar uma relação com alguém (e devemos fazer isso), mas a arte de viver a dois e sermos felizes ao ponto de acharmos que a vida começou de verdade a partir do dia em que nos conhecemos ainda não tem seguro que a proteja ou garanta. Relação é construção diária e para dar certo precisam-se de dois seres humanos em sintonia e com honestidade suficientes para serem espontaneamente transparentes e reciprocamente leais um ao outro. 


Andre, lembro dessa música de Ivan Lins. Sei que você super curte MPB. Dedico essa letra linda a você.



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