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"A vítima tem sempre razão?" - Francisco Bosco



A vítima tem sempre razão?

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Sinopse:

A luta política no Brasil se radicalizou, ganhou novas vozes e tomou as ruas e as redes sociais. O livro de Bosco é uma análise sóbria e ponderada – e a quente -- desse novo ambiente marcado por estridência e intolerância. Nos últimos anos, o debate público no Brasil viu o fortalecimento de vozes novas e combativas. Feministas, movimentos negros e LGBTs tornaram-se protagonistas de batalhas por reconhecimento e contra o preconceito. O palco dessa disputa são as redes sociais, sobretudo o Facebook. A nova arena democratizou a discussão, mas também elevou a voltagem dos radicalismos, à esquerda e à direita do espectro político. É esse o cenário analisado por Francisco Bosco. Atento ao colapso das conquistas dos anos Lula e aos efeitos das manifestações de Junho de 2013, Bosco traça um panorama inédito do novo espaço público brasileiro e examina em detalhe algumas polêmicas recentes, como a questão das marchinhas banidas por blocos de carnaval e o caso da garota branca que defendeu seu direito de usar um turbante. Inspirado na leitura de intérpretes do Brasil, como Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda, o autor mostra como a cordialidade, traço constitutivo da identidade brasileira, deu lugar nos últimos anos ao confronto aberto – e examina a consequências dessa mudança com doses generosas de argúcia, sutileza e sobriedade.

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ANISTIA INTERNACIONAL: Espancada e morta aos 24 anos: não deixe Noxolo Nogwaza ser esquecida.

Noxolo Nogwaza


Espancada e morta aos 24 anos: 
não deixe Noxolo Nogwaza ser esquecida. 

Entre em ação agora! 

Em abril, completam-se três anos desde que Noxolo Nogwaza foi assassinada. Ela tinha 24 anos e voltava de uma noite com amigas e amigos quando foi atacada e estuprada por um grupo de homens, que em seguida a espancaram até a morte e a jogaram numa vala de esgoto. Aparentemente, o ataque foi motivado por sua orientação sexual. O caso de Noxolo teve repercussão internacional, mas mesmo assim, após três anos, nenhum progresso foi feito nas investigações e os responsáveis pelo ataque continuam livres.

Acesse: http://ativismo.anistiabrasil.org.br/noxolo/?source=banner_home

Nota: Você pode deixar seu telefone. Se preferir não deixar telefone, mas quiser assinar a petição, coloque uma sequência de oito números 9, tipo 99999999. 
Só não deixe de assinar a petição.

Estupro na UERJ - pronunciamento da reitoria

Detalhe por Sergio Viula:


O COMUNICADO SAI NO MESMO DIA EM QUE UM EVENTO CONTRA A HOMOFOBIA FOI REALIZADO NA UERJ.


O EVENTO INCLUIU PRONUNCIAMENTOS EXIGINDO PROVIDÊNCIAS.




Mais uma da terra Brasilis: Projeto de lei cria ''''bolsa-estupro'''' para evitar que mulheres abortem

Foto: Internet


Proposta em tramitação no Congresso fixa pagamento pelo Estado de um salário mínimo mensal durante 18 anos


Simone Iwasso - O Estadao de S.Paulo


Projeto de lei em tramitação no Congresso pretende combater o aborto em gestações resultantes de estupro - prática permitida no Brasil desde o Código Penal de 1940 - com base em um pagamento pelo Estado de um salário mínimo para a mulher durante 18 anos. A idéia, conhecida como "bolsa-estupro", pretende, nas palavras de um dos autores do texto, o deputado Henrique Afonso (PT-AC), "dar estímulo financeiro para a mulher ter o filho".

A idéia de subsídio para grávidas vítimas de violência sexual está também no projeto do Estatuto do Nascituro - texto que torna proibido no País o aborto em todos os casos, as pesquisas com células-tronco, o congelamento de embriões e até mesmo as técnicas de reprodução assistida, oferecendo às mulheres com dificuldades para engravidar apenas a opção da adoção.

Os textos provocaram enxurrada de reclamações e protestos de organizações não-governamentais ligadas aos direitos humanos, aos movimentos feministas e até mesmo em esferas governamentais. Ontem, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher divulgou carta afirmando que as propostas são um retrocesso nos direitos já obtidos no País. "É retrocesso, uma proposta sem cabimento, equivocada desde o começo. Trata a violência contra a mulher como monetária, como se resolvesse dando um apoio financeiro. Nós apoiamos a liberdade de escolha da mulher", afirma a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.

"O aborto, para nós evangélicos, é um ato contra a vida em todos os casos, não importa se a mulher corre risco ou se foi estuprada", afirma o deputado Henrique Afonso. "Essa questão do Estado laico é muito debatida, tem gente que me diz que eu não devo legislar como cristão, mas é nisso que eu acredito e faço o que Deus manda, não consigo imaginar separar as duas coisas."

A proposta do deputado inclui ainda outro item bastante polêmico, que prevê que psicólogos, pagos pelo Estado, devam atender essas mulheres para convencê-las da importância da vida, fazendo com que elas desistam do aborto. "O psicólogo comprometido com a doutrina cristã deve influenciar a mulher e fazer com que ela mude de opinião", defende Afonso. No entanto, o Código de Ética da profissão proíbe ao psicólogo, no exercício de suas funções, "induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual".

Na justificativa do projeto, o deputado diz que "se, no futuro, a mulher se casa e tem outros filhos, o filho do estupro costuma ser o preferido. Tem uma explicação simples na psicologia feminina: as mães se apegam de modo especial aos filhos que lhes deram maior trabalho".

"A ciência está do nosso lado, pois a genética diz que a concepção acontece no primeiro minuto, a partir daí já é uma vida e vamos fazer de tudo para que ela seja respeitada", defende o deputado Luiz Bassuma (PT-BA). Questionado sobre a proibição de congelamento de embriões in vitro, o deputado é enfático: "As mulheres que adotem. A resposta para quem não consegue ter filhos é adoção. Estamos sendo pioneiros, o mundo inteiro ainda vai rever essas permissões que se dizem científicas e são contra a vida", diz ele.


REAÇÕES

"Há uma dificuldade em compreender que o Estado democrático surge para assegurar a liberdade de crença da população. Há uma confusão no entendimento de alguns parlamentares entre direito e moral, entre religião e política pública", afirma a advogada Samantha Buglione, do Instituto Antígona e das Jornadas Pelo Direito de Decidir.

"Desse modo, propostas como essas corrompem toda a estrutura legal que nós temos, pois pretendem impor uma determinada crença, um pensamento único, baseado numa moral", complementa.

A jurista Silvia Pimentel, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da Comissão das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, realça o caráter de troca da proposta, de pagamento financeiro num contexto de miséria de boa parte da população. "É lamentável que mais uma vez nossos parlamentares estejam se ocupando de questões sérias de maneira esdrúxula. Adoraria perguntar a eles se gastam tanta energia e dedicação à implantação efetiva do Estatuto da Criança e do Adolescente."

"Não é a proteção da maternidade, senão todas as grávidas receberiam. Nem compensação para vítima de violência sexual, pois senão todas também receberiam. É perverso propor oferecer dinheiro para mulheres aderirem a uma tese. Porque é uma tese que eles colocam", diz a antropóloga Débora Diniz, da Universidade de Brasília (UnB).


FRASES

Nilcéa Freire
Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres

"É retrocesso, uma proposta sem cabimento, equivocada desde o começo. Nós apoiamos a liberdade de escolha da mulher"


Henrique Afonso
Deputado do PT-AC

"O Estado deve garantir o que pensa a maioria e acredito que a maioria dos brasileiros acredita no que Deus prega, que é o direito à vida. Não posso separar o deputado do cristão"


Samantha Buglione
Advogada

"Há uma dificuldade em compreender que o Estado democrático surge para assegurar a liberdade de crença da população. Há uma confusão no entendimento de alguns parlamentares entre direito e moral, entre religião e política pública"


Luiz Bassuma
Deputado do PT-BA

"A vida é um bem primordial. A ciência já comprovou isso. Vamos lutar para que isso seja garantido no Brasil e no mundo"

Jovem militar é estuprado em quartel

Para militares, estupro em quartel de Santa Maria foi ‘brincadeira’ entre colegas


por Igor Natusch

Fonte: https://sul21.com.br/ultimas-noticias-geral-noticias-2/2011/07/para-militares-estupro-em-quartel-de-santa-maria-foi-brincadeira-entre-colegas/





O relatório apresentado nesta quarta-feira (13) pelo deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), sobre o estupro de um jovem soldado em um quartel do Exército em Santa Maria, indica que o inquérito militar trata o caso como uma “luta corporal de brincadeira entre os rapazes”. O inquérito foi prorrogado por mais 30 dias, segue em sigilo e os advogados de defesa do jovem afirmam que não recebem informações oficiais.

Em nome da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, o deputado petista visitou a cidade da região central do Rio Grande do Sul no último dia 7, encontrando-se tanto com o Comando do Exército quanto com o próprio soldado vítima da agressão sexual. Fernandes apresentou um relatório sobre a visita em reunião nesta quarta na comissão.

Segundo o relatório, a tendência do inquérito é de não concluir pela violência sexual, tratando o caso como sexo consentido. O exame de corpo de delito feito no hospital militar, segundo os oficiais, teria constatado apenas uma leve lesão no ânus do soldado, insuficiente para comprovar a violência. Os militares também teriam estranhado a suposta demora da vítima em reclamar do fato – segundo eles, só houve comunicação na tarde do dia seguinte.

O soldado de 19 anos teria sido abusado sexualmente por outros quatro colegas na noite do dia 17 de maio, enquanto cumpria pena administrativa no Parque Regional de Manutenção de Santa Maria. O jovem ficou internado durante os oito dias seguintes no Hospital de Guarnição do município – em segredo e incomunicável, segundo familiares e advogados da vítima. De acordo com o general Sérgio Westphalen Etchegoyen, um dos responsáveis pelo inquérito militar, o soldado foi mantido isolado e sob guarda para preservar sua própria segurança, já que havia o temor de que tentasse suicídio.

O general Etchegoyen admitiu, no entanto, que o principal motivo para a prorrogação da investigação é receber o resultado do exame de lesões corporais feito pelo Instituto Médico Legal (IML) a pedido da família e dos advogados do jovem. Caso o exame comprove a violência sexual, a conclusão deve ser modificada – os quatro acusados seriam, então, punidos de acordo com a previsão das Forças Armadas.

Soldado violentado sofreu ameaças: “vai se ferrar”

O relato do jovem soldado, identificado no relatório com as iniciais D.P.K, difere da conclusão do inquérito militar. O jovem garante ter sido atacado pelos colegas de caserna logo após fazer uma faxina no banheiro do alojamento, parte de sua punição de 10 dias por não comparecer a uma vigília. Jogado em uma cama, foi violentado por três dos quatro soldados que o renderam, sem que nenhum colega de alojamento viesse em seu auxílio. A vítima garantiu ao parlamentar não ter desavença anterior com os agressores, sendo apenas vítima de insinuações e xingamentos relacionados à sua sexualidade.

Além de não ter recebido atendimento psicológico durante o período em que permaneceu internado, o soldado garantiu ter sofrido uma série de intimidações. Um dos soldados que fez guarda em seu quarto teria dito que o jovem ia “se ferrar” por causa da repercussão do ocorrido.

Pressionado e envergonhado, o soldado não revelou imediatamente aos pais os reais motivos de sua internação. Os pais da vítima só descobriram a agressão por meio de um amigo da família, que teria ouvido comentários sobre uma vítima de estupro internado no hospital militar de Santa Maria. Só no quinto dia de internação o pai do soldado conseguiu confirmar, em conversa com o filho, o que tinha acontecido. A mãe denunciou ao deputado Jeferson Fernandes ter sido ameaçada de prisão dentro do hospital, sob a alegação de “insubordinação contra autoridades militares dentro do quartel”.

Há risco de suicídio, diz relatório

“Há inúmeras incertezas ao analisarmos as afirmações da vítima e seus pais em contraste com o que dizem os Generais do Exército Brasileiro”, diz o deputado na conclusão do relatório. Uma das principais críticas do relatório refere-se ao modo como foram colhidas as provas materiais pela autoridade militar – o que reforça uma das críticas dos advogados do jovem, que insinuam a intenção do Exército de encobrir evidências do crime.

Um dos pedidos é para que o soldado não seja reconduzido à caserna, já que o estado emocional da vítima é de “abatimento e depressão, com assumida tendência para o suicídio”. Agora, além do acompanhamento da Assembleia gaúcha, o caso será enviado para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e do Senado Federal. A ideia é monitorar de perto a investigação da Justiça Militar.

Homossexuais sul-africanas sofrem com onda de ‘estupros corretivos’

Homossexuais sul-africanas sofrem com onda de ‘estupros corretivos’

04/07/2011
Por BBC Brasil




Estupro e assassinato de ex-jogadora de futebol, entre outros casos, 
provocaram comoção no país


Uma onda de casos de estupro e assassinatos cometidos por homens contra mulheres homossexuais, aparentemente com o objetivo de “corrigir” suas orientações sexuais, está assustando a África do Sul.

Segundo estimativas, pelo menos 31 mulheres já morreram no país vítimas desse tipo de ataque nos últimos dez anos.

Mais de dez homossexuais mulheres são estupradas – por indivíduos ou coletivamente – por semana apenas na Cidade do Cabo (sul do país), segundo a Luleki Sizwe, uma organização de apoio a vítimas de violência sexual.

Muitos outros casos não são relatados ou porque as vítimas têm medo que a polícia as ridicularize ou que seus agressores voltem a procurá-las, explicou Ndumie Funda, fundadora da Luleki Sizwe.

“Os casos reportados pela imprensa não são nem a ponta do iceberg. Lésbicas têm sido atacadas em municípios sul-africanos diariamente”, disse.

Vítimas

Noxolo Nkosana, 23, da Cidade do Cabo, foi vítima recentemente desse tipo de agressão.

Certa noite, quando retornava para casa com sua namorada, ela foi esfaqueada por dois homens – um deles morador da mesma comunidade que ela.

“Eles estavam andando atrás de nós. Começaram a me xingar e a gritar: ‘Ei, sua lésbica, vamos te mostrar’”, relatou Nkosana à BBC.

Antes que pudesse reagir, ela foi atacada com uma faca em suas costas – dois golpes rápidos, que a derrubaram. Semiconsciente, sentiu mais duas facadas.

“Tinha certeza de que eles iam me matar.”

“Eles estavam andando atrás de nós. Começaram a me xingar e a gritar: ‘Ei, sua lésbica, vamos te mostrar’.“

Noxolo Nkosana, vítima


Em abril, Noxolo Nogwaza foi estuprada por oito homens e morta no município de KwaThema, perto de Johanesburgo. Sua face e sua cabeça ficaram desfiguradas por conta das pedradas que recebeu. Ela foi atacada também com pedaços de vidro.

Em 2008, um outro caso teve forte repercussão. A ex-jogadora de futebol e ativista dos direitos homossexuais Eudy Simelane foi estuprada por uma gangue e esfaqueada 25 vezes no rosto, no tórax e nas pernas. Dois dos acusados foram condenados pela Justiça, e outros dois foram absolvidos.

Relatos de vítimas que foram ridicularizadas por policiais também são constantemente relatados pela comunidade gay do país.

“Alguns policiais dizem: ‘Como você pode ser estuprada por um homem se não se sente atraída por eles?’ Eles pedem que você explique como se sentiu ao ser violentada. É humilhante”, contou Thando Sibiya, homossexual da comunidade de Soweto, em Johanesburgo.

Ela disse também conhecer duas pessoas que denunciaram terem sido estupradas à polícia, mas desistiram do caso por terem sido maltratadas pelas autoridades.

‘Não-africano’

Para alguns, a origem do problema está nos bolsões conservadores da sociedade africana que não aceitam a homossexualidade, em especial entre mulheres.

“As sociedades africanas ainda são patriarcais. Ensinam às mulheres que elas devem se casar com homens, e qualquer coisa que escape disso é vista como errada”, declarou Lesego Tlhwale, do grupo de defesa dos direitos dos homossexuais africano Behind the Mask.

“Alguns policiais dizem: ‘Como você pode ser estuprada por um homem se não se sente atraída por eles?’ Eles pedem que você explique como se sentiu ao ser violentada. É humilhante.“

Thando Sibiya, homossexual de Soweto


“O casamento entre duas mulheres é visto como algo não-africano. Alguns homens se sentem ameaçados por isso e tentam ‘consertar’ (a situação).”

Ela notou que as mulheres que foram mortas nos ataques recentes são descritas como masculinizadas.

“(Os agressores) dizem que elas estão roubando suas namoradas. É um senso distorcido de posse e uma necessidade de proteger sua masculinidade.”

A África do Sul é o único país do continente – e um de apenas dez no mundo – que legalizou o casamento homossexual. A Constituição proíbe especificamente qualquer tipo de discriminação por orientação sexual.

Mas, na prática, o preconceito permanece comum.

Nas ruas de Johanesburgo, é fácil encontrar homens que apoiem a ideia do “estupro corretivo”.

“É como se (as lésbicas) estivessem dizendo a nós, homens, que não somos bons o suficiente”, opinou Thulani Bhenu à BBC.

Registros


Pouquíssimos casos de agressões contra lésbicas resultaram em condenações judiciais.

Ninguém sabe ao certo quantos dos 50 mil casos de estupro reportados anualmente na África do Sul são cometidos contra homossexuais, já que a orientação sexual das vítimas não é registrada.

Mas, após a morte de Nogwaza – e de um abaixo-assinado com 170 mil assinaturas de todo o mundo pedindo o fim dos “estupros corretivos” – o Departamento de Justiça local começou a montar uma equipe cuja missão é desenvolver uma estratégia de combate a crime homofóbicos.

Também está em debate a adoção de penas mais duras para casos em que a orientação sexual da vítima seja um fator determinante no crime.

Noxolo Nkosana teme ser atacada novamente, mas se recusa “a voltar para o armário”, ou seja, de fingir que é heterossexual.

“Fizeram de mim uma vítima em meu próprio bairro, mas não vou deixar que eles vençam?, disse. ?Não podem impedir que eu seja quem eu sou.”

Lesego Tlhwale, do grupo Behind the Mask, diz que as homossexuais estão, em geral, bastante preocupadas.

“Estamos observando um aumento nos ataques contra lésbicas nos meses recentes. Todas estão com medo de ser a próxima vítima.”

Fonte: Correio do Brasil

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


O machismo é uma desgraça. Quando somado à homofobia, é totalmente desumano. Ser mulher não deve ser nada fácil, especialmente levando-se em consideração alguns códigos, hábitos e valores culturais construídos sobre a base (falsa!!!) da superioridade masculina.

Ser mais forte não é necessariamente ser mais evoluído. Caso contrário, o humano seria um dos bichos menos evoluídos do planeta. Elefantes são mais fortes, rinocerontes são mais fortes, hipopótamos são mais fortes. O homem (refiro-me aos portadores de pênis) é visto como mais forte do que a mulher. Será que sempre é? Nem sempre. Na verdade, há mulheres que - como as feras domadas - desconhecem a sua força. Embarcaram no mito da superioridade masculina, na fábula do direito do homem ao domínio sobre a mulher. Fábula que recorre frequentemente ao sagrado para se justificar. E esses mesmos homens que protagonizaram a construção dos costumes religiosos, das leis e/ou lideraram seus grupos sociais prepararam tudo para que a mulher nunca se livrasse desse jugo.

Felizmente, o movimento feminista, entre outros, abriu clareiras nessa selva de machos. Felizmente, a emancipação da mulher vai ganhando terreno dia após dia em todas as direções, inclusive no 'universo' lésbico, que não deixa de ser feminino só porque deseja a fêmea.

São os machos ressentidos de sua irrelevância para o prazer dessas mulheres que reagem com sua fúria imbecil e inescrupulosa. O pênis do qual eles tanto se gabam não é mais necessário. Não faz a mínima falta para milhões de mulheres que amam outras mulheres. Escândalo? Só para aqueles que pensam que a glande leva alguma vantagem sobre o grelo. Quão superficiais são esses patrulheiros do desejo alheio!

A África do Sul se destaca no mundo inteiro por uma Constituição Federal justa e exemplar no que diz respeito aos direitos humanos e à igualdade de todos os seus cidadãos, sem discriminação de qualquer espécie, inclusive de orientação sexual. Mas a cultura do preconceito ainda leva tempo para ser modificada. Enquanto isso, nada mais apropriado do que o braço da lei no cangote desses "tarados" disfarçados de moralistas. E, acima de tudo, proteção para essas mulheres. Aliás, as próprias mulheres lésbicas, ou não, precisam unir-se e lutar contra esses estupradores homofóbicos, porque o machismo que os move atinge todas elas, sejam lésbicas, heterossexuais ou bissexuais.

"Estupro corretivo" equivale a dizer que o tarado está a serviço da moral. Isso é tão contraditório quanto dizer que o ódio é pai do amor. Talvez o profeta Gentileza faça bem em nos lembrar que "gentileza gera gentileza". Se os brutos não sabem conter sua brutalidade devem ser gentilmente encaminhados à justiça para receberem as penalidades da lei.

Menina lésbica de 13 anos estuprada na África do Sul

Deixem as crianças LGBT em paz!




Menina lésbica Sul-Africana de 13 anos é estuprada



06 de Maio de 2011


Uma menina lésbica de 13 anos de idade foi estuprada em Atteridgeville, Pretoria, disse esta sexta-feira o Departamento de Justiça e Desenvolvimento Constitucional. “O governo condena esse ato sem sentido e covarde de criminalidade,” disse o porta-voz do departamento Tlali Tlali numa declaração. Ele disse que a menina, que era assumida sobre sua sexualidade, foi estuprada num aparente ato de "estupro corretivo" na quinta-feira.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Quem precisa de corretivo é o estuprador, esse criminoso inescrupuloso. Cadê os fanfarrões que usam a pedofilia como pretexto contra os homossexuais? Por que não se pronunciam agora? Foi um ato de pedofilia e estupro, ou seja, de total violação da dignidade de uma adolescente.

A constituição sul-africana declara textualmente que não há distinção de orientação sexual no que diz respeito aos direitos e deveres civis. Tomara que os responsáveis pela justiça e pela polícia no país prendam e condenem esse criminoso a muitos anos de cadeia. É o mínimo que podem fazer agora...

Pedofilia e sexualidade infantil

💔 Catanduva: Mais 12 crianças são identificadas como vítimas de rede de pedofilia




PARA DENUNCIAR ABUSO SEXUAL DE MENORES,
DISQUE 100


A cada novo dia, a verdade continua sendo arrancada do silêncio em Catanduva, interior de São Paulo. A Justiça acaba de identificar mais 12 vítimas de uma rede de pedofilia que atuava na cidade. Com isso, já são pelo menos 36 crianças — trinta e seis vidas marcadas por traumas, violências e abusos inaceitáveis.

A maior parte dessas crianças vive no bairro Jardim Alpino, na periferia da cidade. Lá, um borracheiro já apontado como o principal aliciador recebia os pequenos em sua casa, onde, segundo os relatos, ocorriam os abusos. As investigações mostram ainda o envolvimento de outros suspeitos: um médico, o filho de um comerciante e um empresário.

Essas famílias agora serão ouvidas pela Justiça e pela CPI da Pedofilia, numa audiência já marcada para a cidade.

✊ Nosso silêncio protege os criminosos. Nossa voz defende as vítimas.

Como blogueiro, ativista e ser humano, me recuso a silenciar diante de um horror como esse. Toda semana, vemos surgirem novos casos de abuso sexual infantil. Não são histórias de ficção. São crianças reais, famílias reais, dor real.

E me pergunto: como alguém é capaz de cometer tal monstruosidade? Como 36 crianças foram abusadas sem que ninguém notasse? Como essa rede cresceu sob nossos olhos?

A resposta pode estar na ignorância, na omissão, no medo de denunciar ou simplesmente no silêncio — esse silêncio cúmplice que permite que o mal se perpetue.

🧠 O que você precisa saber sobre pedofilia

Pedofilia não é orientação sexual. É um desvio mental e de personalidade, reconhecido como distúrbio pela Organização Mundial da Saúde. Pode haver atração, fantasias ou comportamentos sexuais direcionados a crianças — mesmo que não haja ato consumado.

Mas atenção: nem todo abusador é clinicamente pedófilo. Muitos abusam de crianças por oportunismo, por perversidade, por abuso de poder — mesmo sem atração primária por elas.

Abuso sexual de menores é crime, ponto final. E deve ser combatido com toda a força da sociedade e da Justiça.

⚖️ O que diz a lei no Brasil

Apesar de o termo "pedofilia" não estar tipificado no Código Penal, as ações decorrentes desse desvio são sim crimes hediondos, punidos com até 10 anos de reclusão. Já a pornografia infantil, produção, posse ou divulgação, também é crime, com pena de até 6 anos de prisão.

Denúncias podem (e devem) ser feitas anonimamente pelo Disque 100. É rápido, seguro e pode salvar uma vida.

🙏 Às vítimas, nossa solidariedade. Aos criminosos, nenhuma trégua.

Nenhuma criança merece ter sua infância arrancada. Nenhuma família deveria passar por esse tipo de pesadelo. E nenhuma rede de pedofilia deveria conseguir se estabelecer sem ser descoberta.

Infelizmente, a realidade mostra que o buraco é mais profundo. A pedofilia é um mal que se infiltra nas famílias, nas comunidades, nas instituições — inclusive religiosas, como já foi fartamente documentado em escândalos envolvendo padres e pastores ao redor do mundo.

Basta de impunidade. Basta de silêncio.

Enquanto houver uma única criança sendo ameaçada, nós continuaremos gritando. Fora do Armário, na vida, na luta — pela dignidade, pelo respeito e pela justiça.


Fontes:

  • Justiça identifica mais 12 vítimas da rede de pedofilia no interior de SP – G1

  • Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90

  • Organização Mundial da Saúde

  • DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

📢 Denuncie: Disque 100
🌐 Saiba mais: www.safernet.org.br

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