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Carta de um pai ao filho gay - versão brasileira e anterior à americana

Henrique Meirelles toca música folk irlandesa


Henrique Meirelles é uma daquelas pessoas lindas que cruzam o nosso caminho e enriquecem a nossa vida. A primeira vez que o vi foi num curso preparatório para IELTS (prova internacional para quem pretende estudar ou trabalhar no exterior). Ele era brilhante em tudo o que fazia. Também pudera, ele também era professor de inglês. Eu só não sabia que ele viria a ser meu colega de trabalho no semestre seguinte, depois de desistir de viajar para fora. Fiquei super feliz em vê-lo, porque já tinha dito pessoalmente que ele estava muito além do que aquela prova internacional testava. Não me enganei. ;)

Hoje, durante uma breve despedida do querido amigo André Saidy, que trabalhou como monitor e deve voltar semestre que vem como professor, Henrique mencionou uma carta que seu pai escreveu para ele antes que ele conversasse com ele sobre sua orientação sexual. A menção a essa carta surgiu por causa de um comentário que eu fiz sobre um pai americano que escreveu uma carta para o filho que é gay para tranquiliza-lo sobre sua ainda não realizada saída do armário (veja aqui).

Como já era de se esperar, fiquei super empolgado com a história do Henrique pedi que ele concedesse ao blog Fora do Armário o privilégio de compartilhar essa história em primeira mão. Ele gentilmente concordou. Isso foi há somente duas horas, mas já conversamos pelo Facebook e eu jurei para mim mesmo que não dormiria antes de fazer esse post. ^^


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Fora do Armário:
Quantos anos você tinha quando seu pai escreveu a carta?

Henrique: Eu tinha 19 anos quando meu pai escreveu essa carta.

Fora do Armário: Quantos anos você tinha quando falou com sua mãe?

Henrique:
Eu contei pra minha mãe alguns meses antes, eu tinha 18 anos.

Fora do Armário: Então, houve um intervalo de menos que um ano entre um episódio e o outro, mas como foi viver a fase escolar sem conversar com eles sobre isso todo esse tempo?

Henrique:
Sofri MUITO bullying na escola. As coisas só melhoraram nos últimos dois anos do ensino médio, quando comecei a me aceitar e a me abrir com um amigo ou outro - antes disso, era o inferno na terra. rs Sem fazer a dramática! (grifo dele)

Fora do Armário:
Houve um momento em que você saiu do armário de uma vez? Ou foi por partes - amigos, família, etc., cada um a seu tempo?

Henrique: Eu comecei contando para os amigos mais próximos. A sensação foi sendo cada vez melhor devido à recepção e ao carinho de todos. Esse sentimento culminou na minha conversa com a minha mãe.

Fora do Armário: Qual é a melhor coisa sobre viver fora do armário?

Henrique: A melhor coisa de se viver fora do armário é ser quem você é e não abaixar a cabeça para ninguém por isso.

Veja a carta do pai do Henrique. Um fofo!


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