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Espaço Força e Luz recebe Cassandra Calabouço - 22/11/25

 

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Cassandra Calabouço

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Reprodução do perfil https://www.instagram.com/eflcultural/


No dia 22 de novembro, o Profissão Artista recebe Cassandra Calabuço e Fernanda Rosa para o encontro “Artes do Corpo e Cultura Queer”.Nesta conversa, corpo, arte e identidade se cruzam como formas de criação e resistência — lugares onde a experiência pessoal se transforma em linguagem artística.

🎭 No vídeo, Cassandra fala sobre o que move essa troca e o que podemos esperar dessa manhã dedicada à arte e à potência dos corpos dissidentes.

📅 Sábado, 22/11, das 10h às 12h

📍 Auditório Barbosa Lessa — 4º andar, Espaço Força e Luz

Rua dos Andradas, 1223
Porto Alegre/RS
CEP 90020-009

Whatsapp: +55 51 9105-8501
E-mail: contato@eflcultural.org.br

💬 Entrada gratuita, com certificado e interpretação em Libras.

#ProfissãoArtista #EspaçoForçaeLuz #CulturaQueer #ArteContemporânea #EconomiaCriativa #PortoAlegre #formacaocultural


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Comentário deste blogueiro

Quem é Cassandra Calabouço?

Cassandra Calabouço é uma drag queen com 25 anos de carreira e com uma obra potente, sensível e politicamente engajada. Ela transcende o entretenimento. 


Cena do espetáculo
Onde está Cassandra?

Drag Queens dos Anos 90: As Verdadeiras Influenciadoras da Cultura Pop

Drag Queens dos Anos 90: As Verdadeiras Influenciadoras da Cultura Pop





Por Sergio Viula

Na virada para os anos 90, quando muitos olhavam para o futuro da cultura pop sem imaginar a força de expressão que emergia nos clubes, nas subterrâneas pistas de dança e nas runways alternativas, as drag queens assumiram o papel de verdadeiras arquitetas da transformação — invisíveis nos holofotes tradicionais, mas fundamentais para tudo o que viria depois.

Artistas como RuPaul (que em 1993 alcançou sucesso com “Supermodel (You Better Work)”), Lady Bunny (Ícone da cena de Nova York, fundadora da Sunday Sundays party no clube Roxy) e Lypsinka (performer cult reconhecida por suas montagens teatrais de lip-sync e aparições no circuito underground de Los Angeles) foram pioneiras. Elas desbravaram territórios de estilo, metamorfose e visibilidade quando se vestirem de salto alto, peruca e maquiagem era um ato de coragem — e muitas vezes de risco.

São essas figuras que estão no cerne da noção de “influenciadora” muito antes das redes sociais: elas criaram tendências, sensações de estilo, estratégias de apresentação que hoje reverberam nos shows de Lady Gaga, nos desfiles da Gucci ou da Louis Vuitton, nas performances de Harry Styles ou de Lil Nas X.

Pioneiras no Brasil: o brilho que começou antes da fama

No Brasil, a arte drag também florescia com força nos anos 90, muito antes de reality shows e reconhecimento midiático. Artistas corajosas abriram caminho em palcos de boates, festivais e espaços culturais que eram, ao mesmo tempo, refúgio e resistência.

Volúpia – Integrante do coletivo Divas de Luxo, no Rio de Janeiro, Volúpia foi uma das figuras mais marcantes da cena drag underground carioca no final dos anos 80 e início dos 90. Com figurinos exuberantes e performances impactantes, ajudou a consolidar o que hoje reconhecemos como o DNA da drag brasileira: teatralidade, humor e provocação.

Pepper Lee – Famosa por seus shows de lip-sync e figurinos criativos, Pepper Lee animava clubes gays do Rio nos anos 90 e tornou-se referência pela ousadia e presença de palco. Em tempos de repressão e preconceito, subia ao palco como quem reivindicava o direito de existir e brilhar.

Essas artistas — e tantas outras que se apresentavam em casas noturnas como o Le Boy, The Week e Boate 1140 — ajudaram a moldar o espaço que hoje permite que drags brasileiras como Pabllo Vittar, Gloria Groove e Ikaro Kadoshi sejam celebradas no mainstream.

Às drags o que é das drags

Há muito pouca diferença entre o que Lady Gaga faz e o que é drag. Sair completamente mascarado — isso é puro ballroom. E elas já faziam isso lá atrás, quando o mundo ainda se perguntava se esse tipo de arte poderia ser aceito no mainstream.

Ser drag sempre foi mais do que se montar: é performar liberdade em um mundo que insiste em impor limites.

Sair de casa de salto alto e de peruca numa época em que isso era muito menos aceitável e muito mais perigoso exigia nervos de aço. Por isso, quando vemos uma drag nas telas, nas campanhas de moda ou nos palcos do mundo, é essencial lembrar: elas já estavam aí batalhando por seu espaço muito antes de tudo isso ser glamouroso. Ela brilharam em meio ao caos e a escuridão, sinalizando o caminho para todas, todos e todes que vieram depois.

Respeito às pioneiras. Gratidão às que pavimentaram o caminho. Viva a arte drag! 

Gloria Groove celebra o amor: casamento com Pedro Lopes marca nova fase na vida da artista

Gloria Groove celebra o amor: casamento com Pedro Lopes marca nova fase na vida da artista


Gloria Groove



Por Sergio Viula


Depois de quase onze anos de relacionamento, Gloria Groove — nome artístico de Daniel Garcia — oficializou sua união com Pedro Lopes em uma cerimônia civil íntima realizada em São Paulo, no dia 6 de novembro de 2025. O evento reuniu apenas familiares e amigos próximos e se destacou pela simplicidade e pela carga simbólica: dois homens que se amam, celebrando livremente sua história, em um país onde a visibilidade LGBTQIA+ ainda é um ato político.

Um amor de 11 anos

Gloria e Pedro estão juntos desde cerca de 2014, construindo uma história de amor, cumplicidade e parceria. Nas redes sociais, a artista compartilhou um texto emocionante que resume o espírito do momento:

“São quase 11 anos de amor, carinho, companheirismo, cumplicidade e lealdade ao seu lado. (…) Meu amor, obrigado por ser minha razão, minha família, meu porto-seguro. (…) Com você aprendi que amar é o privilégio de escolher um ao outro todos os dias.”

Mais do que uma cerimônia, o casamento representa a celebração de uma trajetória. Segundo Gloria, a decisão de oficializar a união veio como um gesto de maturidade e gratidão pelo que o casal construiu ao longo dos anos — uma relação que resistiu ao tempo, às agendas intensas e à exposição pública.

Cerimônia discreta e cheia de significado

A escolha pela discrição foi proposital. Nada de luxo exagerado ou flashes incessantes. Os noivos vestiram roupas claras, em tons de branco e bege, e até a cachorrinha Lola, mascote do casal, participou da ocasião.

O evento transbordou afeto e autenticidade — e foi justamente esse tom que chamou a atenção de fãs e da imprensa. Em um cenário de tantas aparências, o casal mostrou que o amor verdadeiro não precisa de espetáculo.

Representatividade e visibilidade

Para a comunidade LGBTQIA+, o casamento de Gloria Groove é mais do que uma celebração pessoal: é um ato de afirmação e visibilidade. Ver uma artista drag de projeção nacional oficializando sua união com outro homem, com naturalidade e amor, reforça a importância da representatividade.


Em postagens recentes, Gloria escreveu:

“Meu sonho é ver minha nação livre da intolerância. Nenhum direito a menos. Viva o amor e a liberdade!”

Essas palavras ecoam a essência do que o blog Fora do Armário defende: o direito de amar quem se ama e ser quem se é, sem medo.


Um marco para além da arte

Conhecida por unir talento vocal, performance e identidade, Gloria Groove agora se consolida também como símbolo de maturidade afetiva e resistência emocional. Seu casamento, celebrado com serenidade e verdade, mostra que o amor queer pode — e deve — ser vivido com dignidade, orgulho e ternura.

Mais do que um evento de celebridade, este momento marca uma virada simbólica: o encontro entre a arte, a liberdade e o amor real.

Gloria e Pedro não apenas disseram “sim” um ao outro — celebraram o amor que diz seu nome em alto e bom som totalmente fora do armário.


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#GloriaGroove #PedroLopes #CasamentoIgualitário #AmorÉAmor #ForaDoArmário #VisibilidadeLGBTQIA #AmorSemRótulos #GloriaGrooveCasada

Sexo, Gênero e Identidade: Uma Perspectiva Científica

Sexo, Gênero e Identidade: Uma Perspectiva Científica

Definições de Mulher, Homem e Pessoa Não-Binária


Por Sergio Viula



Uma mulher é uma pessoa cuja identidade de gênero se alinha com as características sociais, comportamentais, culturais e/ou físicas que ela associa à feminilidade.

Semelhantemente, um homem é alguém cuja identidade de gênero se alinha com as características que ele associa à masculinidade.

Uma pessoa não-binária é aquela cuja identidade de gênero não se alinha nem com sua percepção de masculinidade, nem com sua percepção de feminilidade.

O uso de “e/ou” indica que a identidade de gênero pode se alinhar com diferentes características simultaneamente, não sendo necessário que todas se apliquem ao mesmo tempo. Assim, mesmo que uma mulher apresente comportamentos ou aparência tradicionalmente masculinos, ela continua sendo uma mulher se essa for sua identidade de gênero; e um homem, mesmo com comportamentos ou aparência tradicionalmente considerados femininos, continua sendo homem se essa for sua identidade de gênero.


Masculino e feminino não tem nada a ver com o sexo biológico ou com a orientação sexual

Em outras palavras, mulheres "masculinizadas" e homens "efeminados" não são necessariamente pessoas trans, visto que a transgeneridade refere-se à condição de uma pessoa cuja identidade de gênero difere do sexo que lhe foi atribuído no nascimento — o que não é o caso de alguém simplesmente estereotipado como "mulher masculinizada" ou "homem efeminado".


Sexo e Gênero: Distinções Fundamentais

Sexo refere-se às características biológicas e anatômicas associadas ao masculino ou feminino, incluindo cromossomos, genitália, gônadas e composição hormonal.

Gênero, por outro lado, é uma construção social que envolve papéis, comportamentos, normas culturais e identidades atribuídas a cada sexo.


Pessoas transgêneras existem e devem ser respeitadas como tais
Vale lembrar que pessoas trans são bissexuais, homossexuais, heterossexuais, etc.,
assim como qualquer pessoa não trans (ou cisgênera).


Tentar definir "homem" ou "mulher" exclusivamente com base em características biológicas ignora a complexidade da identidade de gênero e a diversidade humana. Por isso, conceitos como "macho" e "fêmea" não equivalem a "homem" e "mulher" do ponto de vista da identidade.

Em outras palavras, "homem" e "mulher" são categorias construídas socialmente, que dialogam com fatores culturais, comportamentais e psicológicos, enquanto "macho" e "fêmea" se referem ao sexo biológico, baseado em critérios fisiológicos e reprodutivos. Portanto, uma pessoa pode ter sexo biológico masculino (macho) e ainda se identificar como mulher, ou ter sexo biológico feminino (fêmea) e se identificar como homem.


Sexo Biológico: Uma Realidade Multivariada

Sexo é tipicamente categorizado como binário, mas na prática é multivariado. Nenhum marcador isolado determina o sexo de um indivíduo.


É fundamental entender que o trabalho artístico de uma drag queen (homem vestido como mulher) ou de drag king (mulher vestida como homem) não tem nada a ver com transgeneridade.


É possível falar de diferentes dimensões do sexo biológico:

  1. Dimensão cromossômica: XX, XY ou variações como XXY, X0
  2. Dimensão genética: Genes que influenciam o desenvolvimento sexual
  3. Dimensão gonadal: Ovários, testículos, gônadas ovotestes (órgãos que apresentam tanto tecido ovariano [produtor de óvulos] quanto tecido testicular [produtor de esperma], reforçando que o sexo não é realmente binário)
  4. Dimensão fenotípica: Genitália, seios, pênis, vulva
  5. Dimensão hormonal: Níveis de testosterona, estrogênio, progesterona

Nenhum desses marcadores isoladamente equivale a “homem” ou “mulher”.


Pessoas Intersexo: Uma Realidade Comum e Invisibilizada

Pessoas intersexo possuem características sexuais que não se encaixam claramente nos padrões médicos e sociais para corpos femininos ou masculinos.

Segundo a ONU, entre 0,05% e 1,7% da população mundial é intersexo, o que equivale a cerca de 136 milhões de pessoas — aproximadamente a população da Rússia. Muitas são classificadas como homens ou mulheres por conveniência. Geralmente, não desejam ser categorizadas como “terceiro sexo”, mas buscam reconhecimento, representação e respeito por sua identidade. No Brasil, existe uma associação que trabalha pelos direitos das pessoas intersexo. Ela se chama ABRAI (Associação Brasileira Intersexo). Conheça o trabalho deles: https://abrai.org.br/


O Caso dos Guevedoces

A palavra guevedoce, etimologicamente, significa "ovos aos doze". Isso alude ao fato de que essas crianças identificadas como fêmeas desenvolvem um pênis a partir dos doze anos e passam a agir como homens, ao contrário do que se pensava até então.


Um exemplo emblemático são os guevedoces, uma população na República Dominicana. Esses indivíduos nascem com genitália externa feminina devido a uma deficiência na enzima 5-alfa-redutase, que impede a conversão adequada de testosterona durante o desenvolvimento fetal. Ao nascer, muitas dessas pessoas são identificadas por médicos e familiares como meninas, mas, durante a puberdade, experimentam um aumento considerável nos níveis de testosterona, o que leva ao desenvolvimento de testículos e pênis. A partir desse momento, muitos guevedoces passam a viver como homens. Este caso evidencia que sexo biológico e identidade de gênero nem sempre estão alinhados e que categorias rígidas, baseadas apenas em genitália ou cromossomos, são insuficientes.


Síndrome de Swyer

Outra condição que ilustra a diversidade biológica é a síndrome de Swyer, na qual indivíduos com cromossomos XY apresentam fenótipo feminino. Pessoas com essa síndrome podem ter genitália externa feminina e gônadas subdesenvolvidas, geralmente denominadas gônadas estéreis, que não produzem óvulos nem espermatozoides. Apesar disso, algumas mulheres com síndrome de Swyer conseguiram engravidar utilizando óvulos doados e técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, já que possuem útero funcional.

Essa condição demonstra que o sexo cromossômico (XY) não determina de forma absoluta o fenótipo ou a capacidade reprodutiva, reforçando que sexo biológico e identidade de gênero são conceitos distintos. De forma análoga, embora menos comum, existem situações em que pessoas com cromossomos XX podem desenvolver características típicas masculinas ou, em casos intersexo, homens podem ter útero ou outros tecidos reprodutivos femininos. Esses exemplos mostram que categorias rígidas baseadas apenas em cromossomos ou órgãos sexuais não capturam toda a complexidade da biologia humana e da identidade de gênero.


Sexo e Gênero Não São Sinônimos

O consenso científico, aceito por grandes associações médicas, como a American Medical Association (AMA) e a American Psychiatric Association (APA), por sociedades de endocrinologia, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por diversos sociólogos e antropólogos, é que sexo e gênero são conceitos distintos e nem sempre congruentes. Sexo refere-se às características biológicas e fisiológicas, incluindo cromossomos, gônadas, genitália e composição hormonal, enquanto gênero envolve papéis sociais, comportamentos, normas culturais e identidades subjetivas. Negar essa distinção é comparável a negar fatos amplamente comprovados, como a eficácia de vacinas, a teoria da evolução ou a forma esférica da Terra, pois ignora evidências científicas consolidadas.

Identidade de gênero é uma construção social que depende da autoidentificação do indivíduo, assim como acontece com identidades políticas ou religiosas. É uma forma de expressão e reconhecimento pessoal que não se reduz ao sexo atribuído ao nascimento, nem a características físicas observáveis. Essa perspectiva permite compreender a diversidade humana de maneira mais ampla, incluindo pessoas transgênero, não-binárias e intersexo, cujas experiências demonstram que identidade de gênero e sexo biológico não são necessariamente alinhados, mas igualmente válidos e respeitáveis.

Vale ressaltar que aquilo que se costuma denominar como "disforia de gênero", ou o desconforto significativo que uma pessoa sente em relação ao gênero atribuído ao nascer, tem bases biológicas reconhecidas pela ciência. Pesquisas indicam que fatores genéticos, hormonais pré-natais e neurobiológicos podem influenciar a identidade de gênero. Estudos com gêmeos sugerem uma componente hereditária, enquanto alterações na exposição a hormônios sexuais durante o desenvolvimento fetal podem afetar estruturas cerebrais ligadas à percepção de gênero. Neuroimagem mostra que regiões do cérebro de pessoas trans podem se assemelhar mais ao gênero com o qual se identificam do que ao sexo atribuído ao nascimento. Condições intersexuais, como guevedoces ou síndrome de Swyer, evidenciam que sexo biológico não é estritamente binário e contribuem para a diversidade de experiências de gênero. Embora fatores culturais e psicossociais influenciem a expressão de gênero, eles não “causam” disforia. Assim, a identidade de gênero é intrínseca, legítima e deve ser respeitada para garantir saúde mental e bem-estar.


A Complexidade do Critério Biológico

Alguns argumentos populares tentam definir “homem” ou “mulher” com base na capacidade reprodutiva ou em características anatômicas rígidas. No entanto, reproduzir não é um critério válido para determinar gênero: muitas pessoas cisgênero não podem ou não desejam se reproduzir, mas isso não as torna menos homens ou mulheres. De forma semelhante, embora mulheres sejam tipicamente anatômica e cromossomicamente fêmeas, nem sempre é o caso; homens são tipicamente XY, mas podem apresentar variações genéticas como XXY ou X0.

A ciência moderna demonstra que o sexo biológico deve ser entendido como um espectro de características, incluindo cromossomos, gônadas, genitália e hormônios, e que o modelo binário “homem-mulher” é apenas uma convenção prática, não uma regra absoluta da natureza. Essa perspectiva permite incluir pessoas intersexo, assim como casos específicos como os guevedoces da República Dominicana — que nascem com genitália feminina e desenvolvem órgãos sexuais masculinos na puberdade — e a síndrome de Swyer, em que indivíduos XY podem desenvolver fenótipo feminino e até gerar filhos com óvulos doados. Tais evidências reforçam que categorias rígidas de “homem” e “mulher” não capturam a complexidade do sexo biológico nem a diversidade das identidades de gênero.


Conclusão: Inclusão e Reconhecimento

Negar a diversidade de sexo e gênero não é apenas ignorar evidências científicas consolidadas, mas também desconsiderar experiências reais de milhões de pessoas. Respeitar a identidade de gênero, baseada na autoidentificação, é fundamental para garantir inclusão, dignidade e direitos humanos, prevenindo discriminação, violência e marginalização. Quando a transgeneridade é demonizada, criminalizada ou desconsiderada socialmente, os indivíduos enfrentam consequências graves: maiores índices de depressão, ansiedade, suicídio, abuso físico e psicológico, exclusão escolar e profissional, além de barreiras ao acesso a serviços de saúde adequados.

Pessoas trans e intersexo existem e merecem respeito

No Brasil, em 2024, foram registrados 122 assassinatos de pessoas trans e travestis, evidenciando que o país continua sendo o mais letal para essa população no mundo. Além disso, o Disque 100 registrou 4.482 violações de direitos humanos contra pessoas trans em 2023, incluindo agressões físicas, psicológicas, discriminação e ameaças. Estudos também indicam que pessoas trans têm até 16 vezes mais chances de sofrer de depressão e 11 vezes mais de ansiedade em comparação com a população geral, devido à transfobia estrutural e barreiras no acesso à saúde. 

A sociedade como um todo também sofre prejuízos quando se nega ou se deslegitima a identidade de gênero. Políticas públicas que não reconhecem pessoas trans contribuem para desigualdades estruturais, aumento da violência social e desperdício de potencial humano. Por outro lado, o reconhecimento e o respeito à autoidentificação promovem coesão social, inclusão e bem-estar coletivo.

Compreender o gênero como construção social e o sexo como um sistema biológico multivariado permite perceber a complexidade da experiência humana, sem reduzir indivíduos a estereótipos, simplificações ou casos isolados. Excluir ou ignorar essa realidade significa perpetuar injustiças, reforçar preconceitos e negar direitos fundamentais a pessoas trans e intersexo, enquanto aceitar e validar essas identidades contribui para sociedades mais justas, inclusivas e saudáveis.


Assista a esse vídeo para mais alguns pensamentos: Autodeterminação e gênero

Onde Está Cassandra? – Espetáculo Drag Celebra 25 Anos de Carreira no CCBB-RJ

Onde Está Cassandra? – Espetáculo Drag Celebra 25 Anos de Carreira no CCBB-RJ




Se você é apaixonade por arte drag, teatro contemporâneo e resistência queer, não pode perder a última apresentação do espetáculo “Onde Está Cassandra?”, nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro.

O espetáculo, que integra o Festival Porto Alegre em Cena, celebra os 25 anos de carreira da icônica drag queen Cassandra Calabouço, alter ego do artista Nilton Gaffrée Jr. Misturando dança contemporânea, performance drag e teatro, a obra mergulha na estética queer e na memória da cena LGBTQIA+ brasileira.

Quem é Cassandra?

A pergunta que dá título ao espetáculo não busca apenas localizar fisicamente uma personagem. Ela provoca o público a pensar sobre identidade, visibilidade e legado dentro da cultura drag. A dramaturgia não-linear se desenvolve por meio de coreografias, lipsyncs e cenas vibrantes que homenageiam figuras históricas como Dandara Rangel e Rebeca McDonald, verdadeiras lendas da arte transformista no Brasil.


Drag é política, memória e arte


Cassandra fala sobre a vida de quem é LGBT
e também de quem é drag queen, especificamente.
Siga a Cassandra Calabouço no FB: https://www.facebook.com/cassandra.calabouco


Sob direção e coreografia de Cassandra Calabouço e Diego Mac, e dramaturgia de Gui Malgarizi, o espetáculo traz um elenco de peso com Alpine, a grande (Aline Karpinski), LadyVina (Gabriel Tochetto), Maria Laura Granada (Lauro Gesswein) e Zélia Martínez (Zé Passos). O figurino exuberante é assinado por Antonio Rabadan, e a trilha sonora original é um espetáculo à parte.

“Onde Está Cassandra?” é mais que uma performance — é um manifesto cênico que celebra o corpo queer como palco político e artístico. Uma ode à resistência de quem ousa existir fora das normas.

Informações práticas

📍 Local: CCBB Rio de Janeiro — Rua Primeiro de Março, 66, Centro
🗓 Data da última apresentação: Segunda-feira, 12 de maio de 2025
🕖 Horário: 19h
🎟 Ingressos: R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia)
🔗 Venda online: bb.com.br/cultura
💳 Desconto especial para clientes Banco do Brasil com Ourocard
♿ Acessibilidade garantida com assentos adaptados (compra na bilheteria física)


Por que assistir?

Onde Está Cassandra?



Porque ver uma drag queen celebrar 25 anos de carreira com uma obra potente, sensível e politicamente engajada é uma experiência que transcende o entretenimento. É também um ato de valorização da cultura LGBTQIA+ em tempos desafiadores.

Leve seus amigos, espalhe a notícia e ocupe o teatro com orgulho!
Porque onde está Cassandra, está também a nossa história.


Eu vi com meu amor e nós dois adoramos o espetáculo! 


Andre e eu no dia 11/05/25


Cassandra do meu lado e o elenco maravilhoso 
que emociona a plateia do início ao fim.

Drag Queens brasileiras do Coletivo Themônias encanta Paris e o mundo

Themônias: Da Amazônia para Paris — A Revolução Drag que Encanta o Mundo

Perfil das Themônias: 



As Themônias são um coletivo artístico e político-cultural originado em Belém do Pará, que desde 2014 vem revolucionando a cena drag brasileira com uma estética própria, decolonial e profundamente enraizada na cultura amazônica. O grupo surgiu a partir da festa “Noite Suja”, idealizada por S1mone (Matheus Aguiar) e Tristan Soledade (Maruzo Costa), como um espaço de resistência e acolhimento para artistas LGBTQIA+ que não se sentiam representados nos ambientes tradicionais de arte e cultura.

O coletivo se destaca por uma estética que mistura o grotesco, o precário e o fabuloso, utilizando materiais recicláveis, elementos da cultura popular paraense, como o tecnobrega e o Festival de Parintins, e referências internacionais, como o movimento club kid e a cultura ballroom. Elas preferem se afastar do termo "drag queen", adotando "themônia" como uma identidade que rompe com padrões coloniais e cria uma linguagem própria, incluindo expressões como “hierogritos” e “megazord”.

Em 2025, as Themônias levaram sua arte e ativismo para a Europa, com apresentações em Lille e Paris. Na capital francesa, participaram de eventos culturais que destacaram a diversidade e a preservação ambiental, temas centrais em suas performances. Essas apresentações não apenas encantaram o público europeu, mas também reforçaram a importância da representatividade e da resistência cultural da Amazônia no cenário internacional.

O Blog Fora do Armário celebra cada conquista da arte drag. ❤️

Adeus a Maisie Trollette: A Drag Queen Mais Velha do Reino Unido Nos Deixa aos 91 Anos

Adeus a Maisie Trollette: A Drag Queen Mais Velha do Reino Unido Nos Deixa aos 91 Anos


É com grande tristeza que nos despedimos de David Raven, conhecido artisticamente como Maisie Trollette, que faleceu no dia 12 de março de 2025, aos 91 anos. Maisie foi uma verdadeira pioneira na cena drag britânica e um ícone da comunidade LGBTQ+.

Nascido em 15 de agosto de 1933, em St Ives, Cornwall, Raven começou sua carreira longe dos palcos, trabalhando como comerciante e garçom. No entanto, ao se mudar para Londres aos 26 anos, mergulhou no universo drag e nunca mais olhou para trás.

Na década de 1960, formou a dupla "The Trollettes" com James Court, apresentando-se em locais lendários como The Black Cap e Royal Vauxhall Tavern. Enquanto muitas drags da época dublavam músicas, Maisie se destacou cantando ao vivo, conquistando um público fiel.

Em 1973, estabeleceu-se em Brighton, tornando-se uma figura central do Brighton Pride desde sua primeira edição. Seu compromisso com a visibilidade LGBTQ+ e sua arte vibrante fizeram dele um dos rostos mais queridos da cidade.

Em 2018, ao celebrar seus 85 anos, teve um encontro especial com Darcelle XV, então a drag queen mais velha do mundo, registrado no documentário "Maisie" (2022). Maisie também usou sua fama para causas filantrópicas, arrecadando milhares de libras para instituições de caridade.

Sua morte deixa uma lacuna imensa, mas seu legado de coragem, alegria e ativismo seguirá inspirando gerações de artistas e militantes LGBTQ+.

Descansa no brilho da tua grandeza, Maisie Trollette!

#LGBT 

#DragQueen 
#MaisieTrollette 
#BrightonPride 
#ForaDoArmário

The Vivienne: Drag Queen de RuPaul’s Drag Race UK Morre aos 32 Anos


The Vivienne


The Vivienne: Drag Queen de RuPaul’s Drag Race UK Morre aos 32 Anos


The Vivienne, vencedora da primeira temporada de RuPaul’s Drag Race UK, faleceu no dia 5 de janeiro de 2025, aos 32 anos. A causa da morte, confirmada em 17 de março de 2025, foi uma parada cardíaca induzida pelo uso de cetamina.

The Vivienne, nome artístico de James Lee Williams, foi uma figura marcante na cena drag, conhecida por seu talento, humor e habilidade em personificações. Após vencer o Drag Race UK, sua carreira se expandiu com participações em programas de TV e turnês internacionais.

O Que é a Cetamina?

A cetamina é um anestésico de uso médico e veterinário, mas também é utilizada como droga recreativa devido a seus efeitos dissociativos e alucinógenos. Em doses altas, pode causar confusão mental, perda de controle muscular e problemas cardíacos. O uso prolongado pode levar a complicações mais graves, incluindo danos ao trato urinário e dependência psicológica.

A família de The Vivienne espera que a divulgação da causa da morte sirva como alerta para os riscos do uso da substância.

Legado e Repercussão

A notícia gerou grande comoção entre fãs e colegas da comunidade drag. RuPaul e outras figuras da cena prestaram homenagens, ressaltando o impacto de The Vivienne na cultura LGBTQ+.

Além de sua passagem pelo Drag Race UK, The Vivienne deixou sua marca no entretenimento com performances icônicas e contribuições para a visibilidade da arte drag. Seu falecimento levanta debates sobre saúde e bem-estar na comunidade artística.

A família da artista planeja colaborar com instituições que trabalham com educação e prevenção do abuso de substâncias.

O Blog Fora do Armário continuará acompanhando desdobramentos e trazendo informações relevantes sobre temas que impactam a comunidade LGBTQ+.


Veja também

Assista ao um vídeo onde comento o caso recente do afastamento temporário de Linn da Quebrada para cuidar de sua saúde mental. Uma polêmica envolvendo a possibilidade dela estar enfrentando problemas com dependência química me levou a falar sobre drogas. O vídeo está bastante informativo e fala da Linn com amor. 

Precisamos falar sobre drogas e também sobre a comunidade LGBT+.


35 DRAG QUEENS que marcaram e ainda marcam a cena LGBT no Brasil

Elas literalmente reinam por onde passam!


35 Drag queens que marcaram 

e ainda marcam a cena LGBT no Brasil



Nota sobre a falta de trecho de show de três queridas drag queens nessa lista:
O YouTube não me deu alternativa senão cortar o trecho para que o vídeo não ficasse totalmente bloqueado. De quaquer modo, essas guerriras foram lembradas nos cards e nas fotos.


Por Sergio Viula


Essa lista está longe de ser exaustiva, mas nenhum vídeo poderia comportar todas essas pessoas incríveis que nos têm nos inspirado, desafiado, divertido e consolado ao longo de anos de trabalho desde que o primeiro homem decidiu se "montar" (vestir como drag) e performar artísiticamente. 

Observe abaixo algumas das principais áreas nas quais drag queens atuam, tornando o mundo um lugar muito mais respirável. Confira:

  1. Performances em boates e clubes – Shows de lipsync, dança e comédia.
  2. Hostess (Apresentadoras) – Conduzem eventos, festas e premiações.
  3. Cantoras e Músicas – Muitas drag queens gravam músicas e fazem turnês.
  4. Atrizes e Teatro – Participam de espetáculos teatrais e musicais.
  5. Cinema e Televisão – Atuam em séries, filmes, novelas e reality shows.
  6. Dublagem – Emprestam suas vozes para animações e produções audiovisuais.
  7. YouTubers e Influenciadoras Digitais – Criam conteúdo sobre maquiagem, cultura pop, humor, entre outros.
  8. Podcasters – Produzem e apresentam podcasts sobre diversidade, arte drag e sociedade.
  9. Tiktokers e Criadoras de Vídeos – Ganhando popularidade com trends e conteúdos virais.
  10. Colunistas e Escritoras – Publicam artigos, blogs e até livros sobre cultura LGBTQIA+.
  11. Apresentadoras de TV – Algumas comandam programas de variedades, entrevistas e talk shows.
  12. Maquiadoras e Estilistas – Trabalham criando visuais para si mesmas e para outras pessoas.
  13. Designer de Perucas e Figurinos – Muitas drag queens confeccionam seus próprios looks e vendem para outras.
  14. Modelos e Embaixadoras de Marcas – Algumas fazem campanhas de grandes marcas de moda e cosméticos.
  15. Profissionais de Nail Art – Criam e vendem unhas artísticas para drags e performers.
  16. Animação de Festas e Casamentos – Fazem performances e interagem com convidados.
  17. Drag Bingo e Game Shows – Apresentam eventos temáticos para diferentes públicos.
  18. Palestrantes e Conferencistas – Participam de painéis sobre diversidade e inclusão.
  19. Mestres de Cerimônia – Conduzem formaturas, festas e lançamentos de produtos.
  20. Workshops de Maquiagem e Performance – Ministram cursos e treinamentos.
  21. Palestras sobre LGBTQIA+ e Empoderamento – Participam de eventos acadêmicos e corporativos.
  22. Participação em ONGs e Projetos Sociais – Engajamento em causas LGBTQIA+.
  23. Bibliodrags – Leitura de histórias infantis em espaços educativos e culturais.
  24. Empreendedoras de Marcas Próprias – Vendem produtos como roupas, acessórios e maquiagens.
  25. Gerenciadoras de Carreira – Algumas drags empresariam outras artistas.
  26. DJs e Produtoras Musicais – Algumas mixam e produzem suas próprias músicas e festas.
  27. Drags em Parques Temáticos – Performances em atrações LGBTQIA+ e eventos especiais.

LEMBRANDO que a maioria das drag queens é performada por homens gays, mas qualquer orientação sexual e identidade de gênero pode atuar como drag queen. Veja o que diz RuPaul:

1. Charisma, Uniqueness, Nerve & Talent (C.U.N.T.)
RuPaul criou essa sigla icônica para descrever as qualidades essenciais de uma drag queen de sucesso:

Charisma (Carisma) – A capacidade de cativar o público e ter uma presença forte.

Uniqueness (Originalidade) – Trazer algo único, inovador e autêntico para a arte drag.

Nerve (Coragem) – Ousadia para se expressar sem medo do julgamento.
Talent (Talento) – Habilidade artística, seja em performance, maquiagem, comédia ou moda.

2. Transformação como Arte

Para RuPaul, drag não é apenas vestir roupas femininas ou exageradas, mas sim um ato artístico e teatral. A verdadeira drag queen entende que a montação é uma forma de performance e expressão criativa.

3. "We’re All Born Naked and the Rest is Drag"

Essa famosa frase de RuPaul destaca que tudo na vida é uma construção e que drag é uma maneira de brincar com identidade e imagem. A verdadeira drag queen compreende que sua arte vai além de gênero e desafia normas sociais.

4. Autoexpressão e Autoconfiança

Uma drag queen de verdade não apenas se veste bem, mas encarna uma persona única e poderosa. RuPaul enfatiza que autoconfiança é fundamental, pois sem acreditar em si mesma, nenhuma drag consegue brilhar.

5. Performance e Entretenimento

Drag queens são artistas e, para RuPaul, uma verdadeira drag sabe como entreter e envolver o público.

6. "If You Can’t Love Yourself, How in the Hell You Gonna Love Somebody Else?"

Essa frase de RuPaul ressalta que o amor-próprio é essencial para qualquer drag queen. Para ele, a verdadeira arte drag nasce do empoderamento, da autoestima e da liberdade para ser quem se deseja ser.

7. Versatilidade e Capacidade de Evolução

RuPaul acredita que uma drag queen precisa estar sempre se reinventando e se adaptando. O mercado drag evolui, e quem deseja se destacar precisa explorar diferentes facetas de sua arte.

**************

Obrigado a cada uma de vocês que, através da sua arte e de seus talentos, dá à vida mais colorido e beleza. 

Silvetty Montilla: Uma Estrela Que Brilha Mesmo nos Momentos Difíceis

 


Silvetty Montilla: Uma Estrela Que Brilha Mesmo nos Momentos Difíceis


Se existe uma rainha que nunca perde o brilho, essa rainha é Silvetty Montilla! Nascida Silvio Cássio Bernardo em 10 de julho de 1967, em São Paulo, ela se tornou uma das maiores referências da arte drag no Brasil. Atriz, comediante, apresentadora e repórter, Silvetty conquistou palcos e telas, deixando uma marca inesquecível na cena LGBTQ+ brasileira ao longo de mais de 35 anos de carreira.

Origens e Início de Carreira

Silvetty iniciou sua trajetória artística no final da década de 1980, rapidamente ganhando destaque nos palcos paulistanos. Sua presença marcante e talento cômico a tornaram uma figura central em clubes noturnos e eventos dedicados ao público LGBTQ+.

Realizações e Destaques

Ao longo de sua extensa carreira, Silvetty Montilla participou de diversas peças teatrais e programas de televisão. Em 2015, lançou seu próprio espetáculo de stand-up comedy, ampliando ainda mais seu alcance artístico. Além disso, apresentou o reality show "Academia de Drags" no YouTube, contribuindo para a visibilidade e valorização da arte drag no país.

Mas como toda diva de verdade, Silvetty também enfrenta desafios com coragem, dignidade e, claro, muito bom humor! Recentemente, ela tem travado uma batalha contra problemas renais, consequência de um quadro de diabetes que a acompanha há 20 anos. Como sempre, encara tudo com resiliência admirável, mas a situação exige cuidados especiais. A falência dos rins levou a nossa diva a iniciar sessões de hemodiálise três vezes por semana – um processo essencial para filtrar as toxinas do corpo enquanto ela aguarda um transplante de rim.

A espera pelo transplante pode levar até 18 meses, mas Silvetty tem uma legião de fãs, amigos e admiradores torcendo para que esse momento chegue logo. Enquanto isso, para ajudar com os custos do tratamento e garantir que essa estrela continue brilhando, foi organizado um grande show beneficente. O evento acontecerá no dia 20 de fevereiro, às 22h, na icônica boate Blue Space, em São Paulo, reunindo talentos como Nany People, Victoria Principal, Marcinha do Corinto, Vanessa Jackson, Ricky Vallen, Vera Ronzella e Evandro Santo. Uma noite que promete ser repleta de amor, arte e muita energia positiva!

Importância para a Comunidade LGBTQ+

Silvetty Montilla é reconhecida como uma figura icônica na comunidade LGBTQ+ brasileira. Sua carreira pioneira abriu portas e inspirou novas gerações de artistas drag, promovendo a cultura e os direitos LGBTQ+ através de sua arte e presença midiática.

Apesar dos desafios, Silvetty segue firme e forte, recebendo todo o carinho do público e se cuidando para voltar ainda mais radiante aos palcos. Atualmente, ela está em casa, em repouso e seguindo todas as orientações médicas – e, claro, espalhando seu humor contagiante sempre que possível!

Silvetty Montilla não é apenas um ícone LGBTQ+, mas um exemplo de força, alegria e determinação. Sua trajetória abriu portas para novas gerações de artistas drag e ajudou a fortalecer a cultura LGBTQ+ no Brasil. O que ela nos ensina, mais uma vez, é que nenhuma adversidade pode apagar o brilho de quem nasceu para iluminar o mundo. 💖✨

Se você puder e quiser contribuir, não deixe de participar do evento beneficente ou ajudar de outras formas. Essa é a nossa chance de retribuir um pouco do amor que Silvetty nos deu ao longo de todos esses anos!

Para conhecer mais sobre sua trajetória e impacto na cena artística brasileira, você pode assistir à entrevista completa de Silvetty Montilla no programa Nizológico.



https://www.youtube.com/watch?v=fm0Ua-pFBhQ


Força, Silvetty! Estamos com você! 💜💪


Para comprar o ingresso para o show beneficente, clique aqui (Sympla):

https://www.sympla.com.br/evento/silvetty-montilla-show-beneficente-e-o-que-tem-pra-hoje/2825748


Jogo do Tigrinho e outros (Lorelay Fox comenta)

 



Por Sergio Viula 


Eu lembro quando Lorelay Fox começou o seu canal e esse blog aqui incentivou muita gente a conhecer o trabalho dela. Desde então, Lorelay foi muito mais longe do que ela mesmo talvez imaginasse ser possível. E eu adoooro! Sou seguidor fiel do canal e do podcast dela (Para Tudo) no Spotify.

Hoje, ela publicou um vídeo sobre jogos de aposta e o estrago que eles tem feito, citando inclusive influenciadores de peso 

Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões.


RuPaul aparecerá no Clip "Muppets Now" do Disney+

RuPaul, Miss Piggy e Caco o Sapo
Miss Piggy e Caco o sapo interagem com RuPaul



Traduzido e adaptado por Sergio Viula
Fonte: NewNowNext
http://www.newnownext.com/rupauls-muppets-now-exclusive-clip/07/2020/?xrs=synd_twitter_nnn


A Disney reúne RuPaul e Caco o Sapo no episódio de estreia de Muppets Now, uma série original da gigante do entretenimento.

O episódio, chamado "Due Date" em inglês, mostra os Muppets tentando acompanhar a tecnologia atual dos serviços de streaming e de conversa por vídeo. Como a Mãe Ru, eles falam sobre tópicos atemporais como divas e moda.

Não é a primeira vez que a supermodelo drag interage com os Muppets. RuPaul já atuou no Lady Gaga and the Muppets Holiday (2013) e como convidado na série The Muppets (2015).

Muppets Now estreia em 31 de julho no Disney+ (EUA).

Veja um trecho com um bate-papo entre Miss Piggy, Caco o sapo e RuPaul abaixo (em inglês).



Que o poder das drag queens nos valha!

Por Sergio Viula






Depois de quatro meses de quarentena, decidi fazer uma maratona por RuPaul's Drag Race. Não poderia ter encontrado melhor maneira de passar o tempo livre, especialmente quando Andre não está por perto para me dar uma das minhas maiores alegrias - a de passar tempo com ele. Sempre que estamos juntos, a vida parece mais leve e mais promissora. Mas, como o trabalho dele não pode ser feito remotamente, o que me resta é ocupar o tempo livre entre uma jornada e outra com alguma coisa que reduza o impacto do isolamento. Eu, felizmente, pude trabalhar todos os dias dessa quarentena em casa (contando de 14 de março). Isso reduziu muito o risco de contágio para mim... e para ele, por tabela.


Estou assistindo a sexta temporada de RuPaul agora, e posso dizer que só melhora! Ele é genial! As drag queens que participam têm histórias e personalidades riquíssimas. Fico besta com a criatividade delas - desde a capacidade de entreter até a de produzir seus próprios vestidos e acessórios. Esses meninos in drag literalmente reinam! Quem ainda não viu, veja. Está disponível no Netflix.


Mas entre o glamour de RuPaul com suas queens e o coronavírus, existem mais emoções entre a TV e a cama do que a nossa vã filosofia possa imaginar. Na quinta-feira passada, 09 de julho, Andre sofreu uma tentativa de assalto no ônibus. Três passageiras que estavam perto dele tiveram seus celulares roubados por um único indivíduo maltrapilho, provavelmente mais um sintoma desse sistema político-econômico destruidor de sonhos no qual (sobre)vivemos a cada dia.


Andre quase teve a bolsa arrancada pelo assaltante. Ele só escapou porque segurou a bolsa com firmeza quando viu que o motorista havia parado o ônibus perto de dois policiais. A estratégia deu certo: o bandido, não podendo mais se arriscar, escapou pela porta de trás. Na pressa, o boné dele ficou no chão do ônibus.


Passado o primeiro susto, o trauma causado pelo ataque sofrido em lugar tão público foi revivido em sonho. Andre acordou às cinco horas da manhã no meio de um pesadelo com o bandido. Quem precisa acordar a essa hora num dia de folga, ainda mais por um motivo desses?




Já tivemos noites e dias mais tranquilos. 
Sobreviveremos para viver muitos outros.



Seria fácil, mas equivocado, achar que aquele homem estava ali por mero capricho, ou seja, por alguma escolha teimosa em arriscar a própria vida por algo que está longe de valer uma noite na cadeia, muito menos alguns anos na carceragem insalubre e seviciante de algum presídio tenebroso - outro dispositivo estatal de produção de sociopatas.


Felizmente, eu não precisei chorar a perda de quem eu amo tanto. O assaltante não estava armado. E ainda tem FDP defendendo o armamento da população... Quando será que essa gente estúpida vai aprender, afinal de contas?


É preciso empatia de verdade e um pouco de inteligência para ligar os pontos. Antes de roubar pela primeira vez na vida, esse homem provavelmente sofreu todo tipo de violência. Nós, felizmente, abrigados, vestidos e alimentados, especialmente nós que temos ou tivemos pais amorosos e provedores, não temos a menor ideia do que é passar por todo tipo de violência dentro e fora de casa, e carecer de tudo, até de coisas absolutamente essenciais à produção de um cidadão saudável, trabalhador e - acima de tudo - feliz. Não toleraríamos para os nossos filhos uma só das dezenas de sofrimentos que esse pessoal costuma sofrer já antes de nascer. A miséria transforma a gestação dos miseráveis em trauma antes mesmo do parto.


É fácil condenar o produto final dessa cadeia produtiva. Duro é reconhecer que fazemos parte dela, mesmo sem querer. Mas, uma coisa é indiscutível: ninguém é mais responsável pelo estado em que nos encontramos do que os governantes que se revezaram nessa merda de colônia falsamente independente e ainda mais falsamente chamada de república.


Pode-se deixar bandidos à solta agindo pela cidade? Definitivamente, não! Prendê-los resolve tudo? Não.


É preciso reformar muita coisa, a começar pelo sistema carcerário. É fundamental investir naquilo que poderia evitar que tanta gente fosse empurrada para a marginalidade, isto é, investir em bem-estar social (educação, saúde, moradia, emprego). Só assim superaremos esses 500 anos ininterruptos de desgraça social. Deixar gente morrer de fome na rua é brincar de roleta russa com a própria cabeça.


E o pior é que, a julgar pelo brilhantismo e competência dos que nos governam atualmente, teremos que esperar muito ainda até que possamos atingir algum nível de justiça social que resgate esse exército de miseráveis indigentes, nenhum deles menos brasileiro que qualquer um daqueles que possuem certidão de nascimento e CPF.


Enquanto sofro por um lado, por outro, eu agradeço a Afrodite, deusa da beleza; Atena, deusa da habilidade e da inteligência; e Hefesto, deus dos artesanatos por cada drag queen que alegra meus dias em meio a essa quarentena capitaneada por patifes nos três níveis do Executivo. E agradeço a Eros por me dar o privilégio de amar a beleza (nem todos são capazes), e bela é Afrodite, como dizia Sócrates em O Banquete, discorrendo sobre o Amor (Éros).


Agora, se vocês aqui e todas as divas in drag me permitirem, meu tributo maior vai para ao meu lindo amor Andre, essa pessoa maravilhosa que faz meus dias mais felizes há quatro anos e meio (neste julho de 2020). Mas, não é somente a mim que ele faz bem. Andre faz bem a todos os que o cercam, mesmo àqueles que são incapazes de reconhecer isso. Felizmente, meus pais, meus filhos e mais alguns familiares queridos veem isso claramente.


Ontem, meu pai fez 78 anos. Uma das formas que Andre encontrou de tornar o dia dele ainda mais feliz foi fazendo esse bolo maravilhoso que vocês podem ver abaixo.


Unanimemente considerado delicioso, o maior valor desse bolo não é sua qualidade, mas o fato de ter sido feito pelas mãos do marido para meu pai. Esse velho querido que melhorou muito como pessoa ao longo desses últimos anos. Felizmente, Andre já o encontrou numa versão muito melhor do que aquela que eu tive que encarar quando saí definitivamente do armário.







E seguindo a vibe dessa quarentena, oferecemos comemoração sem aglomeração.


Meu pai, num ato de generosidade, comprou pizza para todos os filhos e seus amores. Andre ganhou uma de bacon com ovos, que ele ama. Eu ganhei uma de quatro queijos, uma das minhas preferidas. Minha irmã e o marido ganharam uma de bacon com ovos também. E para meu pai, minha mãe, meu filho, minha irmã e minha cunhada foram reservadas três pizzas - duas de calabresa e uma de quatro queijos. Todas da Domino's. Imagina só a alegria da galera, apesar de cada um ter comido sua pizza em sua própria casa, com exceção de minha irmã e minha cunhada, que estavam na casa dos meus pais, porque moram mais longe.


Fico muito feliz em ver quanta coisa mudou para melhor por aqui.


Mas, meu principal "obrigado" vai para Andre, essa pessoa fantástica que não tem vergonha de ser e de fazer feliz.


O AMOR só faz sentido quando é recíproco em todas as virtudes. E nosso amor trafega sempre em via de mão dupla, chova ou faça sol.





Drag Star no Teatro Rival: Duelo de finalistas


É HORA DA FINAL DO DRAG STAR!  


A decisão do concurso mais purpurinado do Rio é no dia 11 de dezembro, no Teatro Rival Petrobras
                              



Seleção, eliminatórias, batalhas. Depois de uma longa disputa, chegou a hora de conhecermos a “Drag da Cidade: Rainha do Rival”. A grande final do concurso Drag Star, voltado para drags de todos os estilos e tempo de carreira, será no dia 11 de dezembro, a partir das 19h30, no Teatro Rival Petrobras.

Inspirado no formato dos reality shows The Voice e XFactor, o Drag Star é um show de talentos que busca encontrar a Drag mais completa para receber o título de “Drag da Cidade: Rainha do Rival”. Apresentado pelas donas de concurso mais carismáticas da cidade, Miami Pink e Ravena Creole, o concurso conta com um júri turbinado, formado por Andreia Andrews, Chloe Van Damme, Palloma Maremoto e Samara Rios, madrinhas e mentoras das candidatas ao título. As cinco finalistas são Ivana Conda, Organzza, Rani Bong, Shandra e Velma Real.

Sobre a idealizadora Miami Pink


Miami Pink - Auri Alencar, 32 anos, microempresário, desde a infância admirador apaixonado pelo mundo drag. Há sete anos deu vida à personagem Miami Pink. O que começou como um hobby, logo no primeiro ano de vida da sua personagem, virou profissão! Trabalhou como performer nas mais conceituadas boates LGBTQIA+ do Rio de Janeiro: TV Bar, Galeria Café, La Paz, Fosfobox e The Week. Atacou como VJ em algumas festas e eventos. E também trabalhou como hostess no TV Bar por dois anos. Trabalhou também como assistente de produção de eventos nas edições mensais da festa Priscilla, que trazia drag queens participantes do programa RuPaul's Drag Race para se apresentarem no Brasil. Já foi entrevistado para o G1, Revista Quem e Jornal o Globo e participou também da novela “Verão 90”, da TV Globo, como figuração especial. Em 2017, deu início a seu primeiro projeto, um concurso para drags iniciantes chamado “Queens, o Concurso”, que durou dois anos e meio com edições semanais, totalizando mais de 120 edições no Rio e em São Paulo. Além de produtora, era também apresentadora drag do evento. E, em agosto de 2018, iniciou seu segundo projeto, o concurso Drag Star, em que trabalha como produtora e também apresentadora.

As finalistas

Ivana Conda - Renato Ribone, carioca da Penha, 25 anos, é ator formado pela Faculdade CAL de Artes Cênicas. É cantor, apaixonado por música brasileira e teatro musical. Criou a personagem Ivana Conda em maio de 2019. Sua única experiência em competição está sendo o Drag Star, no Teatro Rival Petrobras.

Organzza - Organzza é a personagem drag do ator e figurinista Vinícius Andrade, morador de Coelho Neto. Organzza nasceu há 1 ano e 6 meses para participar de um concurso de drags iniciantes, do qual saiu vitoriosa e desde então nunca mais parou. Hoje trabalha fazendo figurinos para outras drags, performando em festas pela cidade e como performer residente em um bar em Copacabana. 

Rani Bong - Carina Caldas tem 23 anos, mora na Gávea, é jornalista e gosta de escrever sobre moda, beleza e feminismo. Em 2017, em busca de matérias para escrever sobre o dia do Orgulho LGBT, entrevistou três drag queens mulheres que desafiavam estereótipos de gêneros na criação de seus personagens. Palloma Maremoto, Vlada Vitrova e Ginger Moon foram suas primeiras inspirações para criar Rani Bong, drag queen que a jornalista encarna há cerca de dois anos. A persongem tem ensinado bastante a Carina sobre usar seu corpo como performer e como construir uma carreira dentro e fora do meio LGBTQ+, que, apesar de parecer mais inclusivo, ainda oferece barreiras para mulheres cis ou trans que convivam nos mesmos ambientes. 

Shandra – O designer gráfico Otávio Luna, de Cascadura, tem 31 anos e um ano atuando como drag. Seu TCC na faculdade foi sobre Drag. Chegou à final do primeiro concurso de que participou: o “Queens, o Concurso”, ficando em 6º lugar. Atualmente, além de estar no Drag Star, está filmando e estrelando um curta-metragem só com drag queens: “Dalila”.

Velma Real – A personagem Velma Real nasceu nos musicais há dois anos e já atuou nos espetáculos "Beatles no céu de diamantes", "Kinky Boots" e "A pequena sereia", no qual interpretou a personagem Úrsula. Tem duas músicas autorais no Spotify ("Puro veneno" e "Tem magia"), contando com mais de 40 mil streamings online. Por trás de Velma, existe Caio Godard de 25 anos, morador da Glória, formado em Licenciatura em Artes Cênicas, coordenador de teatro da secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.



Serviço

Teatro Rival Petrobras - Rua Álvaro Alvim, 33/37 - Centro/Cinelândia - Rio de Janeiro. 

Data: 11 de dezembro (quarta-feira). Horário: 19h30. Abertura da casa: 19h. 

Ingressos: R$40,00 (inteira) R$20,00 (lista amiga) . Venda antecipada pela Eventim - http://bit.ly/TeatroRival_Ingressos2GIaEKp 

Bilheteria: Terça a Sexta das 13h às 21h | Sábados e Feriados das 16h às 22h 

Censura: 18 anos. 
www.rivalpetrobras.com.br. 

Informações: (21) 2240-9796. 
Capacidade: 350 pessoas. 
Metrô/VLT: Estação Cinelândia.


*Meia entrada: Estudante, Idosos, Professores da Rede Pública, Funcionários da Petrobras, Clientes com Cartão Petrobras e Assinantes O Globo


         Assessoria de imprensa:  Sheila Gomes - SG Assessoria

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