Deputados contrários a Feliciano anunciam saída da Comissão de Direitos Humanos
Frente parlamentar quer que presidente da Câmara reveja despachos de Feliciano sobre projetos em tramitação na comissão.
Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Frente parlamentar vai conversar com outros partidos para que também se retirem da comissão.
Integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos que ainda participavam da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) decidiram se retirar do colegiado. Os deputados Jean Wyllys e Chico Alencar, ambos do Psol-RJ, e Luiza Erundina (PSB-SP), que era suplente na comissão, já haviam tomado a decisão. Nesta quarta-feira (17), foi a vez dos deputados do PT Erika Kokay (DF), Padre Ton (RO), Nilmário Miranda (MG), Luiz Couto (PB), Janete Rocha Pietá (SP) e Domingos Dutra (MA) seguirem o mesmo caminho. A saída dos parlamentares se deve à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da CDHM.
A ideia da frente é que o PT não indique outros parlamentares para o lugar dos que estão saindo. O Psol decidiu que não indicará substitutos. O grupo também vai conversar com outros partidos que compõem a comissão para que se retirem do colegiado.
"Estamos reafirmando nossa decisão e nossa luta para que possamos devolver a Comissão de Direitos Humanos ao povo brasileiro”, disse Kokay. “Queremos instar as lideranças partidárias para que se sintam responsáveis pelo que está acontecendo na comissão", complementou.
No início do mês, em reunião com os líderes partidários da Câmara, Marco Feliciano afirmou que não deixará a presidência do colegiado.
Relatoria questionada
A frente também vai pedir ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que reveja o despacho de projetos em tramitação no colegiado. Jean Wyllys cita como “desrespeito” a oferta feita por Feliciano da relatoria da proposta (PL 4211/12) que trata da regulamentação da prostituição e do enfrentamento da exploração sexual de mulheres e crianças para o deputado Pastor Eurico (PSB-PE).
Paralelamente às ações contra a permanência de Feliciano na presidência da comissão, a frente manterá, segundo seus participantes, uma agenda de interlocução com os movimentos sociais em defesa dos direitos humanos. Entre as iniciativas previstas, está a realização do 10º Seminário LGBT no Congresso Nacional, que discutirá a liberdade de crença religiosa.
Mostrando postagens com marcador fora feliciano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fora feliciano. Mostrar todas as postagens
Fotos e entrevista com Luana Piovani na Caminhada por uma Comissão de Direitos Humanos para Todos
A manhã deste domingo, dia 07 de abril de 2013 foi marcada por uma caminhada em Copacabana representando diversos segmentos sociais exigindo a saída de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Estiveram presentes representantes de vários grupos de militância por direitos humanos, entre eles o movimento negro, do diálogo interreligioso, das mulheres e LGBT, além de outros. Artistas, como Luana Piovani e Humberto Carrão, também compareceram. Jean Wyllys, Freixo, Chico Alencar, Erika Kokay e outros.
Atualização:
A entrevista não consta mais no YouTube
porque encerrei o meu canal em 2019.
Manifeste-se! Ponha a boca no trombone. Não seja conivente com o achincalhe da democracia, da diversidade e dos direitos humanos nesse país. Faça a diferença.
Rindo da calúnia dos fundamentalistas que adoram
chamar o movimento pelos direitos LGBT de ditadura gay.
A saudação do ditador é o braço do fascismo desmunhecando. (risos)
Julio Moreira e a equipe do arco-íris presente
Luana Piovani concede entrevista ao
blog Fora do Armário e distribui simpatia
Pessoal da Comunidade Betel pastoreada por Marcio Retamero.
Ele estava em assembleia na igreja, mas havia um grupo
representando a comunidade inclusiva.
Freixo estava lá
Jean Wyllys, com quem não consegui tirar foto, mas dei um abraço carinhoso e um beijo fraterno.
.
Eu lá no fundo com a galera do PSOL e com o Dep. Jean Wyllys
Sacerdotes de religiões afro-brasileiras estiveram presentes
Ao centro, um bispo e ao redor gente de todas as "cores e sabores"
A mensagem final é: Fora, Feliciano! Fora, Fundamentalismo religioso! Viva o Estado Laico, pluralista e democrático.
***************
ADQUIRA O LIVRO EM BUSCA DE MIM MESMO.
SAIBA MAIS:
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM
☝☝☝

Foto da vígilia promovida pela Cia. Revolucionária Triângulo Rosa contra o fundamentalismo no Congresso
Foto do Cícero Bezerra.
Cia Revolucionaria Triangulo Rosa
Vigília pelo Estado Laico. Brasília, 26 de março de 2013.
Feliciano nao vai sair. Devemos reforçar a luta, intensificar o debate sobre o perigo do fundamentalismo religioso no Congresso, questionar a isenção fiscal e os privilégios dos mercadores da fé.
O horizonte adversário é um só para LGBTs, sexodivers@s, feministas, afro-brasileir@s, ateus, candomblecistas, umbandistas, cristãos que não compactuam com a estreiteza dos fundamentalistas, tod@s os que lutam por um ESTADO LAICO.
Sentimo-nos extremamente traídos por certos governantes, mas 2014 está bem aí.
Brazil: Kissing rally against homophobia in the Parliament
On the rainbow flag, it reads: A right of all.
São Paulo, Brazil – Three days before the decision-making session to decide whether Marco Feliciano, a deputy and a pastor who has made homophobic, racist and chauvinist statements on the Internet and on TV, will remain in charge of the Human Rights and Minorities Committee of Brazilian Parliament, one more demonstration has just taken place (23/03) on Paulista Ave, reinforcing rejection against the Congressman. It was a kissing rally organized by protesters over Facebook.
PARIS - FRANCE
Not only that, but also in Paris (France) Brazilians have protested against Feliciano.
Demonstration demanded the deputy-pastor's rennouncing
of the Human Rights Committee
Photo: BBCBrasil.com
Ministra Maria do Rosário se pronuncia sobre a desastrada indicação de Feliciano para a CDHM
Maria do Rosário: ‘A sociedade indica que não é justo o que está ocorrendo’
Pela primeira vez, a ministra apela para que Feliciano renuncie à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
BRASÍLIA - Até agora atuando nos bastidores na crise instalada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, fala pela primeira vez do assunto e diz que manutenção do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão significará um descrédito das instituições. Rosário diz que os movimentos sociais estão tendo seus direitos ofendidos nesse momento e fez um apelo para que Feliciano faça um gesto em direção a esses setores e deixe a presidência da comissão.
Como a sra. avalia o que está ocorrendo na Comissão dos Direitos Humanos?
No governo, somos muito zelosos de não atuar de forma que desrespeite a autonomia entre os poderes, assegurada pela democracia e o que é básico. Todos sabem disso e não temos uma atitude de contraponto gratuito a decisões do parlamento. Mas nos direitos humanos, o Parlamento tem sido um parceiro da agenda brasileira. Em vários temas, como na Comissão da Verdade, na PEC do trabalho escravo (que expropria terras onde é flagrado esse tipo de mão de obra). Temos uma agenda de direitos humanos na Câmara muito forte. E que precisa avançar. E os rumos que a Comissão de Direitos Humanos tomou no atual período podem comprometer essa agenda.
O que pode ser feito?
Temos que trabalhar para que não existam problemas e aconteça um comprometimento negativo. Temos projetos de lei a ser votado e o Brasil precisa da comissão, dessa parceria. Sempre contamos com a comissão na defesa dos direitos humanos, foi construída com esse objetivo. A história dos direitos humanos no Brasil é uma história de pacificação da sociedade. E essa sociedade está indicando, de forma lúcida, que não é justo o que está ocorrendo. A comissão é o instrumento que ela tem para contar dentro da Câmara dos Deputados. É a defesa dos segmentos que sofrem preconceito, que são os mais vulneráveis. E a comissão não pode estar dissociada dessa pauta.
Qual a relevância da comissão, que, nessa discussão, ganhou um espaço que nunca foi dado a ela?
A comissão sempre teve uma importância muito grande. É a casa da democracia, sempre lutou por ela. Tenho confiança no pronunciamento do presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves) de que uma solução será encontrada para que a sociedade passe a contar novamente com a Comissão de Direitos Humanos. Que volte a tê-la a seu lado. E não contra ela. Os homossexuais, os negro, as mulheres, enfim, todos os setores discriminados estão perdendo neste momento. O Brasil é o país da diversidade. E a intolerância não pode ser valorizada na estrutura de poder
A sra. confia em uma solução para esse impasse, diante da radicalização e proporção que a indicação de Feliciano tomou?
Tenho esperança sim. A Câmara sabe disto. E acho que se encontrará uma solução para que ela retome seu objetivo e sua razão de existir, que é a defesa dos que são atacados por manifestações preconceituosas. Esse é o sentido da existência dessa comissão.
O que pode acontecer se essa mudança não vier, e o deputado Feliciano continuar no cargo?
Imagino que haverá um descrédito nas instituições. Haverá um afastamento das instituições dos setores sociais, que estão tendo negado espaço dentro dessa estrutura. São os segmentos atingidos pela violência homofóbica e outras tantas. Faria um apelo, de bom senso, para que o diálogo seja retomado. E faço um apelo ao próprio parlamentar que veio ocupar esse espaço (Marco Feliciano), e a seus aliados, que faça um gesto em direção a esses segmentos, que tem seus direitos ofendidos nesse momento. Quero contestar ideias, jamais desrespeitar outro poder, ou qualquer pessoa ou religiosidade. A minha manifestação é pelos direitos humanos e por aqueles segmentos que precisam ser respeitados nesse momento.
Leia mais sobre esse assunto: https://oglobo.globo.com/politica/maria-do-rosario-sociedade-indica-que-nao-justo-que-esta-ocorrendo-7913245#ixzz2OIqognjV
Pela primeira vez, a ministra apela para que Feliciano renuncie à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Maria do Rosário, ministra de da Secretaria de Direitos Humanos
Agência O Globo / Mônica Imbuzeiro
BRASÍLIA - Até agora atuando nos bastidores na crise instalada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, fala pela primeira vez do assunto e diz que manutenção do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão significará um descrédito das instituições. Rosário diz que os movimentos sociais estão tendo seus direitos ofendidos nesse momento e fez um apelo para que Feliciano faça um gesto em direção a esses setores e deixe a presidência da comissão.
Como a sra. avalia o que está ocorrendo na Comissão dos Direitos Humanos?
No governo, somos muito zelosos de não atuar de forma que desrespeite a autonomia entre os poderes, assegurada pela democracia e o que é básico. Todos sabem disso e não temos uma atitude de contraponto gratuito a decisões do parlamento. Mas nos direitos humanos, o Parlamento tem sido um parceiro da agenda brasileira. Em vários temas, como na Comissão da Verdade, na PEC do trabalho escravo (que expropria terras onde é flagrado esse tipo de mão de obra). Temos uma agenda de direitos humanos na Câmara muito forte. E que precisa avançar. E os rumos que a Comissão de Direitos Humanos tomou no atual período podem comprometer essa agenda.
O que pode ser feito?
Temos que trabalhar para que não existam problemas e aconteça um comprometimento negativo. Temos projetos de lei a ser votado e o Brasil precisa da comissão, dessa parceria. Sempre contamos com a comissão na defesa dos direitos humanos, foi construída com esse objetivo. A história dos direitos humanos no Brasil é uma história de pacificação da sociedade. E essa sociedade está indicando, de forma lúcida, que não é justo o que está ocorrendo. A comissão é o instrumento que ela tem para contar dentro da Câmara dos Deputados. É a defesa dos segmentos que sofrem preconceito, que são os mais vulneráveis. E a comissão não pode estar dissociada dessa pauta.
Qual a relevância da comissão, que, nessa discussão, ganhou um espaço que nunca foi dado a ela?
A comissão sempre teve uma importância muito grande. É a casa da democracia, sempre lutou por ela. Tenho confiança no pronunciamento do presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves) de que uma solução será encontrada para que a sociedade passe a contar novamente com a Comissão de Direitos Humanos. Que volte a tê-la a seu lado. E não contra ela. Os homossexuais, os negro, as mulheres, enfim, todos os setores discriminados estão perdendo neste momento. O Brasil é o país da diversidade. E a intolerância não pode ser valorizada na estrutura de poder
A sra. confia em uma solução para esse impasse, diante da radicalização e proporção que a indicação de Feliciano tomou?
Tenho esperança sim. A Câmara sabe disto. E acho que se encontrará uma solução para que ela retome seu objetivo e sua razão de existir, que é a defesa dos que são atacados por manifestações preconceituosas. Esse é o sentido da existência dessa comissão.
O que pode acontecer se essa mudança não vier, e o deputado Feliciano continuar no cargo?
Imagino que haverá um descrédito nas instituições. Haverá um afastamento das instituições dos setores sociais, que estão tendo negado espaço dentro dessa estrutura. São os segmentos atingidos pela violência homofóbica e outras tantas. Faria um apelo, de bom senso, para que o diálogo seja retomado. E faço um apelo ao próprio parlamentar que veio ocupar esse espaço (Marco Feliciano), e a seus aliados, que faça um gesto em direção a esses segmentos, que tem seus direitos ofendidos nesse momento. Quero contestar ideias, jamais desrespeitar outro poder, ou qualquer pessoa ou religiosidade. A minha manifestação é pelos direitos humanos e por aqueles segmentos que precisam ser respeitados nesse momento.
Leia mais sobre esse assunto: https://oglobo.globo.com/politica/maria-do-rosario-sociedade-indica-que-nao-justo-que-esta-ocorrendo-7913245#ixzz2OIqognjV
OCUPAR BRASÍLIA QUARTA-FEIRA CONTRA FELICIANO NA CDHM

ENVIADO POR DAVY GODOY POR E-MAIL:
A partir de quarta-feira (20/03) em conjunto por conta do lançamento da Frente Parlamentar e as manifestações à tarde. Começaremos a invadir Brasília com um acampamento, Participe você também!
Já não dá pra ficar em casa, precisamos ser mais enérgicos.
Mesmo após intensas manifestações o Nazievangélico Marcos Feliciano e sua corja do P$C tomarão conta da Comissão De Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados! ISTO É INADMISSÍVEL!!!
Por conta disto, OCUPAREMOS BRASILIA, acampando no Gramado do Congresso Nacional e somente sairemos de lá com a DESTITUIÇÃO de Marcos Feliciano!
O poder emana do povo, se não for através de seus representantes será através de vozes uníssonas nas ruas!
Convidem todos os amigos!!!! Começaremos a chegar na quarta feira! Sejam bem vindos ao acampamento mais diversificado do planeta!
Somos gays, lésbicas, travestis, homossexuais, negros, ciganos, espíritas, umbandistas, candomblecistas, anões, deficientes, judeus, muçulmanos, pobres, ricos, brancos, fãs dos mamonas assassinas, católicos, evangélicos, ateus.
Para ser aceito basta ser contra o fundamentalismo e acreditar nos Direitos Humanos!!!
CONFIRA O GRUPO DA OCUPAÇÃO NO FACEBOOK:
https://www.facebook.com/events/380488422058281/
Deputado Jean Wyllys sob ataque

Por Sergio Viula
A trajetória de Jean Wyllys
Jean Wyllys de Matos Santos nasceu em Alagoinha, Bahia, no dia 10 de março de 1974. Ele é jornalista, escritor e mais recentemente político, tendo sido eleito em 2010 para mandato de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro. Seu mandato teve início em fevereiro de 2011.
Jean Wyllys participou e venceu a edição de 2005 do Big Brother Brasil, momento em que gente do país inteiro se deu conta da existência e grandeza desse jornalista, mestrado em Letras e Linguítica pela Universidade Federal da Bahia, professor de Cultura Brasileira e de Teoria da Comunicação na ESPM e na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro
Como educador, Jean ajudou a criar o curso de pós-graduação em Jornalismo e Direitos Humanos da Universidade Jorge Amado, em 2004, em Salvador Bahia.
Ironicamente, Jean Wyllys foi eleito deputado federal com a menor quantidade de votos pelo Rio de Janeiro, ou seja, 13.016 (0,2%) votos válidos, puxado para cima pelo desempenho do deputado federal Chico Alencar, do mesmo partido, que conquistou 240.671 (3%) dos votos. Todavia, em 2012, no Prêmio Congresso em Foco, Jean Wyllys, que vencera com tão poucos votos, era agora eleito pelos internautas O MELHOR DEPUTADO FEDERAL DO BRASIL.
A campanha difamatória contra Jean Wyllys
Jean Wyllys é também o primeiro congressista brasileiro publicamente assumido como homossexual e engajado na promoção de direitos iguais: Os mesmos direitos, com os mesmos nomes, para todas as pessoas. Por causa de sua postura inclusiva e inegociavelmente humanista, além de sua defesa irrestrita à laicidade do Estado brasileiro, o deputado Wyllys vem enfrentando ultimamente uma pesada campanha difamatória por parte de fundamentalistas e oportunistas, autodenominados evangélicos, no parlamento brasileiro.
O mais recente embate foi o posicionamento claro e bem embasado de Jean Wyllys contra a indicação do deputado Marco Feliciano, reconhecidamente homofóbico, com declarações racistas e xenofóbicas em diferentes ocasiões, veiculadas pelo perfil do próprio Feliciano na internet. Depois desse posicionamento, uma série de mentiras passaram as ser vinculadas à imagem do deputado Jean Wyllys, visando desacreditar sua pessoa e seu trabalho. As mentiras espalhadas por esses detratores só demonstram sua desesperada falta de argumentos razoáveis e racionais para defender suas indefensáveis posições.

Marco Feliciano foi enquadrado pela Procuradoria Geral da República na lei que prevê crimes de preconceito de raça ou cor, em ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também é réu em ação penal por estelionato e por ter sido investigado em inquérito por crime de injúria contra uma idosa, como cita denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 30/11/2012.
O procurador-geral quer que o STF instaure a ação penal por discriminação e condene o deputado à pena de prisão e pagamento de multa. A denúncia se refere a um inquérito no STF sob a responsabilidade do ministro Marco Aurélio e cita atos de discriminação contra gays no twitter.
Gurgel entendeu que duas mensagens postadas por Feliciano tinham conteúdo discriminatório e, por isso, fez duas acusações no mesmo processo. Como não existe no Brasil lei que prevê pena por homofobia, o procurador-geral usou a lei que estipula pena de prisão para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Perícia solicitada pelo procurador à Polícia Federal confirmou que as postagens no twitter, de fato, partiram da conta do deputado.
O posicionamento de Jean Wyllys contra a permanência de Marco Feliciano, com esse histórico de violações contra a dignidade humana, não é exclusividade de um deputado que assume sua homoafetividade, mas também de vários outros deputados e deputadas na Câmara Federal.
A resposta de Jean Wyllys às calúnias
Hoje (15/03), Jean Wyllys postou o seguinte em seu perfil no Twitter:
_______________________________________________
Jean Wyllys:
1. A onda de difamação contra mim está pesada! Amanhã faço à Polícia Federal uma denúncia formal sobre elas e apontarei os prováveis autores.
2. A nova mentira atribuída a mim e compartilhada por ignorantes, desinformados e por gente da má fé é dizer que falei mal da Bíblia.
3. Sabemos que essas mentiras contra mim são retaliações por causa de minha defesa à CDHM e minha oposição ao pastor racista.
4. Já sabemos que há um "assessor parlamentar" envolvido na orquestração das mentiras contra mim e da difamação nas redes sociais.
5. Tá claro que não é coincidência essas mentiras circularem justo quando estou fazendo oposição à chegada do pastor fundamentalista à CDHM.
6. E tá claro que o fato de Malafaia (amigo de Feliciano) ser um dos difusores das mentiras contra mostra que se trata de retaliação.
7. Mais uma vez, peço a vocês, pessoas de bem e inteligentes de minha TL, que desmintam esses canalhas e não passem adiante esse lixo!
8. Como eu já disse, há quem compartilhe essas mentiras sobre mim por ignorância e estupidez, mas há muitos que o fazem por má fé.
9. Com a denúncia na Delegacia de Crimes Virtuais e na PF, poderei cobrar dos criminosos todo dano à imagem que esses canalhas tão causando.
Se esses canalhas pensam que ficarão impunes, estão enganados! E se pensam que eu vou recuar ou me intimidar, estão mais enganados ainda! :)
Antes de compartilhar algo, procure a fonte real da informação. (ASCOM)
_______________________________________________
E O GRITO CONTINUA:
FORA, FELICIANO!
Fundamentalismo não é brincadeira. Veja e assine essa petição contra a assunção da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por Marco Feliciano: http://migre.me/dvVEw
Não deixe para depois. Assine. Só leva um minuto.

Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.
Leitura refrescante em tempos de fundamentalismo religioso e embates heroicos em prol das liberdades civis. Veja como aqui: https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM
CNCD-LGBT publica nota sobre a Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – CNCD/LGBT
Decreto nº 7.388, de 9 de dezembro de 2010.
NOTA PÚBLICA
O Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), em função da escolha do deputado federal Marco Feliciano (PSC) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e considerando que:
a) O deputado Marco Feliciano já se posicionou diversas vezes de forma preconceituosa e homofóbica em relação à população LGBT, ora defendendo que a AIDS é um "câncer gay", ora trabalhando para que os psicólogos brasileiros voltem a considerar a homossexualidade como doença, ora responsabilizando os "sentimentos homoafetivos" como causadores de ódio, crimes e rejeição;
b) O deputado Marco Feliciano também se manifestou de forma preconceituosa e racista em relação à África, considerando como "amaldiçoado" esse importante e negro continente que trouxe contribuição humana e cultural para o Brasil;
c) O deputado Marco Feliciano desrespeitou, diversas vezes, as várias denominações religiosas de matriz africana, ao defender que elas cultuam entidades satânicas e congêneres;
Entende que o referido deputado federal não possui o perfil e história para ocupar o cargo máximo de uma Comissão que deve ser pautada pela defesa dos direitos humanos de todos e todas, em especial daquelas pessoas que como apontam diversos indicadores, são as mais vulneráveis à violência motivada, muitas vezes de forma simultânea, pela homo-lesbo-transfobia, machismo, heterossexismo, racismo e intolerância religiosa.
Em função do exposto, este Conselho considera essencial para o desempenho das atribuições constitucionais e regimentais da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que a presidência e as demais vagas que a compõem, sejam ocupadas por parlamentares com histórico de respeito e trabalho pela promoção dos Direitos Humanos.
Brasília, 12 de março de 2013.
Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT
Link - http://portal.sdh.gov.br/clientes/sedh/sedh/2013/03/nota-publica-do-conselho-nacional-de-combate-a-discriminacao-e-promocao-dos-direitos-de-lesbicas-gays-bissexuais-travestis-e-transexuais-cncd-lgbt
CONHEÇA O CNCD-LGBT NO PORTAL BRASIL O Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD-LGBT) é um órgão colegiado, integrante da estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), criado através da Medida Provisória 2216-37 de 31 de Agosto de 2001.
Veja mais aqui: http://www.sedh.gov.br/clientes/sedh/sedh/conselho/cncd
Até os pacíficos budistas estão indignados com a nomeação de Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Declaração Pública
O Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB) vem nesta expressar sua profunda preocupação com a indicação e com a nomeação do Deputado Marcos Feliciano (PSC) para a diretoria da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da câmara.
Nossa preocupação se deve ao inequívoco discurso intolerante e alienador que caracteriza as ideias do referido deputado. Suas palavras e atitudes de fundo racista e segregador o tornam um claro exemplo de tudo o que deveria ser denunciado pelo mais importante órgão de promoção e defesa dos direitos humanos em nosso país. Que as lideranças políticas brasileiras, por força de omissão ou deliberada troca de favores, permitam a tal pessoa assumir a coordenação da CDHM, demonstra um preocupante cenário de alienação ética no Brasil.
Acreditamos que a pregação do ódio contra quaisquer grupos étnicos, comunidades sociais ou instituições religiosas motiva com frequência atos de violência contra indivíduos e contra essas mesmas organizações e minorias. O CBB entende que, ao citar "comunidades sociais" deve-se considerar quaisquer grupos e comportamentos que não violentam os direitos alheios, entre os quais a comunidade LGBT. O CBB rejeita implicitamente as declarações homofóbicas do deputado citado juntamente com todas as outras manifestações discriminatórias. Esta cultura de ódio e fanatismo, sendo ela mesma fruto de uma profunda falta de consciência e grande desrespeito humano, torna-se ao final desse processo destrutivo e ignorante um câncer a devorar mentes e corações em todas as camadas sociais, atingindo a todos sem exceção. Tais práticas são essencialmente incompatíveis com qualquer proposta construtiva e unificadora para toda sociedade humana fundamentada em direitos e liberdades, base do estado laico e do próprio estado de direito.
O Colegiado Buddhista Brasileiro, fundamentado na tradição do Dharma de Buddha, entende que o bem comum em uma sociedade somente prevalece quando suas instituições políticas e sociais são capazes de criar condições para que o diálogo, a compreensão, a compaixão, a justiça social e o verdadeiro exercício da tolerância sejam não apenas possíveis a todos os seus cidadãos, mas adequadamente exemplificados pelos seus mais altos representantes.
Neste sentido, a atual condição da gestão política brasileira tem reiteradamente sido um demonstrativo de grave desprezo aos mais fundamentais elementos éticos e de justiça ao permitir que indivíduos alienados em suas crenças pessoais e tacanhos em suas opiniões assumam posições em que a consciência, o equilíbrio e a clareza de visão são qualidades essenciais.
É preciso que haja uma real mudança de atitudes no congresso brasileiro, e que os direitos humanos sejam exercidos e definidos com sabedoria e correção. A nomeação do deputado Marcos Feliciano apenas reflete a medíocre interpretação dos modos e fundamentos que integram o conceito legislativo da sociedade brasileira por parte de seus representantes políticos. Ela também simboliza a assustadora corrupção de valores que domina os poderes políticos atuais em nosso país, que distorce a democracia para favorecer interesses escusos.
O Brasil, já há muito tempo, é liderado e legislado por parcialidades. Doutrinas populistas e manipuladoras da ignorância e das carências sócio-educacionais neste país estão cada vez mais assumindo nichos políticos essenciais, e defendendo por meio de suas visões particulares a sustentação da cobiça dos poderosos.
O CBB repudia esta cultura da mediocridade, este desrespeito aos valores de consciência e coerência que grassa na sociedade brasileira, e conclama aos seus representantes políticos a terem mais visão e dignidade, mais honestidade e valor humano. Que seja revertida a nomeação do deputado Marcos Feliciano para coordenação da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, e que seja realizada uma ampla reforma ética nas ações políticas de nosso país.
Colegiado Buddhista Brasileiro
Diretoria
Presidente Rev. Shaku Haku-Shin
Rev. Genshô Sensei
Dhammacariya Dhanapala
Shaku Hondaku
Rev. Miklos Kômyô
Presidente do Conselho do CBB
Rev. Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves
Conselho
Lama Chagdud Khadro
Rev. Monge Rinchen Khienrab
Rev. Heyla Downey
Ven. Uttaranyana Sayadaw
Rev. Shaku Sogyo
Rev. Monja Sinceridade
Rev. Coen Sensei
-----------------------------------------

Leitura refrescante em tempos de fundamentalismo religioso e embates heroicos em prol das liberdades civis. Veja como aqui: https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM
"FORA FELICIANO" - DIA 16 DE MARÇO/2013 - CIDADES CONFIRMADAS

Rio de Janeiro, sábado, 09/03/13 - O próximo será em Copacabana
AMIGOS E AMIGAS,
Vejam os locais do próximo protesto "Fora, Feliciano", que será realizado neste sábado, dia 16/03. Abaixo, o link para cada cidade confirmada. Vejam as informações referente ao seu local, divulguem e compareçam.
Abraço,
Sergio Viula
Rio de Janeiro
http://www.facebook.com/events/321823457920482/
São Paulo
https://www.facebook.com/events/340454419387589/
Brasília
http://www.facebook.com/events/481740001891799/?ref=3
Florianópolis:
http://www.facebook.com/events/251495138319802/
Natal
http://www.facebook.com/events/106407749549095/
Porto Alegre
http://www.facebook.com/events/548803448483326/
Fortaleza
http://www.facebook.com/events/228308493980868/?ref=3
Belo Horizonte
https://www.facebook.com/events/348104915294107/
Curitiba
https://www.facebook.com/events/459834907423566/?ref=3
Volta Redonda
http://www.facebook.com/events/455415371197056/
Ribeirão Preto
http://www.facebook.com/events/492679180793670/?ref=3
Cabo Frio
http://www.facebook.com/events/548803448483326/
Chapecó
http://www.facebook.com/events/117488858437334/
Salvador
http://www.facebook.com/events/563738633650470/?ref=3
Fortaleza
https://www.facebook.com/events/228308493980868/?ref=3
Campinas
http://www.facebook.com/events/503400349718541/?ref=3
Jundiaí
http://www.facebook.com/events/433235110085109/
Recife
http://www.facebook.com/events/259381697531265/?ref=3
Santo André
http://www.facebook.com/events/135207669992438/?ref=3
Jacarezinho
http://www.facebook.com/events/436914013060257/
São Carlos
http://www.facebook.com/events/225014687637354/
São José dos Campos
http://www.facebook.com/events/289873961142702/?ref=3
Paraty
*entre em contado com www.facebook.com/luizakp
Goiânia
http://www.facebook.com/events/476866269035447/
Buenos Aires
http://www.facebook.com/events/363210527125800/
San Francisco
https://www.facebook.com/events/226741177463779/?context=create
Paris
http://www.facebook.com/events/113224145535118/
---------------------------
DICA DESTE BLOGUEIRO

Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.
Leitura refrescante em tempos de fundamentalismo religioso e embates heroicos em prol das liberdades civis. Veja como aqui:
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM
A Sanha e a Senha (Cláudio Pfeil) - Feliciano enganou até Cabral?
| A SANHA E A SENHA (Claudio Pfeil) Palavras de Sérgio Cabral, Governador do Rio de Janeiro, acerca de Marco Feliciano: "É tudo o que o povo brasileiro precisa (...)Gente de bem, séria, honesta, gente que ama o povo e que quer fazer o bem para o povo" É Governador: tudo é uma questão de definição de conceitos. Não resta dúvida de que o senhor e o pastor são gente de bem, isto é, amam e fazem perfeito uso do "bem" do povo. Afinal, política é feita para isso, não é mesmo Governador? Sem essa sanha pelo "bem" do povo, qual o sentido da política? Só faltou esclarecer uma coisa: o senhor pede a senha do cartão também? https://www.youtube.com/watch?v=E7fsRkul38Y
http://claudiopfeil.blogspot.com/
https://www.facebook.com/DiarioDeViagemAIndia/posts/368730419835561/
|
--------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO
Acho muito oportuna a recordação desse episódio em que o Governador Sergio Cabral endossou a candidatura de Marco Feliciano. Obrigado, Claudio Pfeil pelo texto e vídeo. Certamente, isso foi fruto de alguma coligação partidária, pois o cara era candidato por São Paulo, não pelo Rio, e nem é do mesmo partido. Sequer tinha histórico político. Talvez, o governador do Rio nem conhecesse realmente esse indivíduo. Certo é que Sergio Cabral tem dado amplo apoio às minorias no Rio de Janeiro, inclusive às minorias LGBT. Ele não compactua com a visão mesquinha desse homofóbico, racista e xenofóbico à esquerda do vídeo. Mas ficam algumas lições aqui:
1. Políticos sérios e comprometidos com a causa republicana e com o Estado Laico, Democrático e de Direito, não emprestem seus nomes ou apoio a candidatos fundamentalistas ou que apoiem à causa fundamentalista.
2. Eleitores, não votem alguém por causa de legenda partidária ou indicação de político da sua confiança. Eles podem estar enganado.
O que fazer agora, Cabral? Unir-se ao coro dos descontentes com o circo que foi armado por essa gente em Brasília e tentar corrigir o erro de tê-lo ajudado a chegar lá urgentemente.
SÁBADO, DIA 16 DE MARÇO, ÀS 14h, TODOS AO POSTO 5 DE COPACABANA PARA MAIS UM PROTESTO.
Brazil elects racist, anti-gay pastor to be human rights boss
Brazil elects racist, anti-gay pastor to be human rights boss
Marco Feliciano, a racist, evangelical, pastor and congressman who thinks gays are 'sick', has been elected to head Brazil's human rights committee
07 MARCH 2013 | BY DAN LITTAUER
GAY STAR NEWS
Brazil's House of Representatives has elected a renowned racist and homophobic deputy and evangelical pastor, Marco Feliciano, to chair the house Committee on Human Rights and Minorities (CDHM) today.
The election should have taken place yesterday (6 March), but the session was adjourned due to uproar caused by Feliciano's nomination.
Feliciano was nominated and elected by his extreme right-wing Social Christian Party (PSC), with 11 of the 12 votes of the members of the CDHM.
Six other members of CDHM who are members of left wing parties did not attend the vote in protest, including Brazil's openly gay deputy, Jean Wyllys .
Feliciano will now control the committee which is responsible for defending human rights and the rights of minorities in Brazil.
Feliciano has previously made consistent anti-gay remarks, saying being gay is 'hateful', 'sick' and against the rule of God, adding that 'salvation is available to them' in the form of a gay 'cure'.He is also on the record saying that 'AIDS is a a gay cancer', and called LGBT advocates a 'gay dictatorship'.
Feliciano previously made racist statements, saying: 'Africans descend from an ancestor cursed by Noah', adding that's why it suffers from 'hunger, diseases, ethnic wars'.
The election was adjured to today following an uproar by human rights groups and center-left politicians, and was held behind closed doors.
Many political commentators have suggested that the ruling left wing Labor party (PT) had given up its control of the committee to strategically gain power of more politically important house committees.Other centrist parties (PSDB and PMDB) gave up their representation in the committee to members of PSC, which initially had only one representative but ended with five.
The former chair of the committee, Domingos Dutra (PT), resigned moments before the vote and refused to continue the session.
Dutra said: 'I abdicate on my behalf and PT due to the dictatorship that has been established here.'
PSC, Feliciano's party, is an extreme right wing party that advocates 'gay cure' therapy and opposes equality and anti-discrimination laws. CDHM is the key institution to passing equality bills and anti-discrimination legislation.
It is also responsible for liasing with human rights groups both local and internaitonal.
Marco Feliciano, a racist, evangelical, pastor and congressman who thinks gays are 'sick', has been elected to head Brazil's human rights committee
07 MARCH 2013 | BY DAN LITTAUER
GAY STAR NEWS
Brazil's House of Representatives has elected a renowned racist and homophobic deputy and evangelical pastor, Marco Feliciano, to chair the house Committee on Human Rights and Minorities (CDHM) today.
The election should have taken place yesterday (6 March), but the session was adjourned due to uproar caused by Feliciano's nomination.
Feliciano was nominated and elected by his extreme right-wing Social Christian Party (PSC), with 11 of the 12 votes of the members of the CDHM.
Six other members of CDHM who are members of left wing parties did not attend the vote in protest, including Brazil's openly gay deputy, Jean Wyllys .
Feliciano will now control the committee which is responsible for defending human rights and the rights of minorities in Brazil.
Feliciano has previously made consistent anti-gay remarks, saying being gay is 'hateful', 'sick' and against the rule of God, adding that 'salvation is available to them' in the form of a gay 'cure'.He is also on the record saying that 'AIDS is a a gay cancer', and called LGBT advocates a 'gay dictatorship'.
Feliciano previously made racist statements, saying: 'Africans descend from an ancestor cursed by Noah', adding that's why it suffers from 'hunger, diseases, ethnic wars'.
The election was adjured to today following an uproar by human rights groups and center-left politicians, and was held behind closed doors.
Many political commentators have suggested that the ruling left wing Labor party (PT) had given up its control of the committee to strategically gain power of more politically important house committees.Other centrist parties (PSDB and PMDB) gave up their representation in the committee to members of PSC, which initially had only one representative but ended with five.
The former chair of the committee, Domingos Dutra (PT), resigned moments before the vote and refused to continue the session.
Dutra said: 'I abdicate on my behalf and PT due to the dictatorship that has been established here.'
PSC, Feliciano's party, is an extreme right wing party that advocates 'gay cure' therapy and opposes equality and anti-discrimination laws. CDHM is the key institution to passing equality bills and anti-discrimination legislation.
It is also responsible for liasing with human rights groups both local and internaitonal.
O Deboche, a Palhaçada e o Jogo de Interesses - a Câmara dos Deputados e os Direitos Humanos: uma análise crítica

O Deboche, a Palhaçada e o Jogo de Interesses - a Câmara dos Deputados e os Direitos Humanos: uma análise crítica
http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=285
Por Toni Reis*
Testemunhei pessoalmente o troca-troca na Câmara dos Deputados na semana passada (6 e 7 de março) para eleger o presidente e indicar integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, criada há 18 anos para institucionalizar a luta pela igualdade e contra a discriminação. Foi escandaloso, vergonhoso e inaceitável. Vi com meus próprios olhos a manipulação e o jogo de interesses. Vi o machismo e autoritarismo desrespeitosos do líder do PSC para com a deputada Antônia Lúcia (PSC/AC). Tive a infelicidade de ouvir Jair Bolsanaro (PP/RJ) falar que foi o melhor presente de aniversário e natal que já teve de todos os tempos.
Oito deputados do mesmo partido numa só Comissão não é coincidência, é trampa, e a maioria é ligada ao fundamentalismo religioso evangélico. Ao total, agora 13 dos 18 titulares da Comissão são pastores. Estuprar a proporcionalidade da representação partidária na Comissão está equivocado e fere o Regimento Interno da Câmara: as Comissões devem ser plurais.
Com essa eleição, a Câmara dos Deputados rasgou a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Tornou-se, mais uma vez, uma vergonha para o Brasil e para o mundo. O Parlamento Brasileiro retornou à idade das trevas. É preciso que os (as) parlamentares relembrem e ajam de acordo com o princípio (e a lei) de que o Brasil é um Estado Laico. Com a ascendência do fundamentalismo religioso no Congresso Nacional, assiste-se a um espetáculo que relembra o surgimento da tomada do poder pelos nazistas na Alemanha dos anos 1930.
O episódio foi especialmente vergonhoso pela conivência do PMDB, PSDB, PR, PTB e PP em cederem vagas na Comissão para o PSC, além da incabível indicação de Jair Bolsonaro (PP/RJ) para integrá-la, bem como o PSB, o PSD e o PV indicando pastores em detrimento de pessoas historicamente atuantes no campo dos direitos humanos.
As origens de alguns desses partidos simbolizam a luta pela democracia e o rechaço ao autoritarismo no Brasil da Abertura. Quem diria?! Das 20 Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados, a de Direitos Humanos foi a penúltima a ser escolhida, mostrando uma falta de prioridade generalizada.
Não é de se surpreender a estimativa de que uma pessoa é assassinada a cada 10 minutos no Brasil (Instituto Sangari, 2011) e que em 2011, segundo o UNODC, o país estava em primeiro lugar no ranking do mundo neste quesito. O exemplo vem de cima, o Congresso Nacional não está preocupado com os direitos humanos e as consequências que este descaso traz.
Decepcionou também a falta de prioridade dada pelo PT e pelo PCdoB. Uma pergunta que ficou no ar é por que o PT priorizou a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional em detrimento da Comissão de Direitos Humanos e Minorias?
Repetiu-se mais uma vez a imperdoável negociação dos direitos humanos em troca de interesses políticos e do projeto de manutenção do poder, o que – no caso da população LGBT, negra, mulheres, indígenas – tem se tornado corriqueiro na atual legislatura. Estamos cansados (as) de ser moeda de troca.
É uma aberração eleger para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias uma pessoa que é objeto de inquérito no Supremo Tribunal Federal, acusada de estelionato, racismo e homofobia.
Não faltam exemplos nas redes sociais comprovando algumas dessas alegações contra o Pastor Marco Feliciano (PSC/SP), eleito presidente da Comissão em 07 de março:
· Em 30 de março de 2011 afirmou em sua página no Twitter, que os africanos são descendentes de um "ancestral amaldiçoado por Noé" e que "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome...”;
· No seguinte link http://portugues.christianpost.com/news/marco-feliciano-denuncia-o-ativismo-gay-conexoes-com-hitler-e-a-aids-video-12838/
Consta vídeo no qual afirmou que “A Aids é uma doença gay”; que existe um ativismo gay promovido por satanás que está “infiltrado” no governo brasileiro; que “enquanto crentes não saem para evangelizar... satanás levantou o seu ativismo [das pessoas LGBT] neste país. Ação de satanás contra a família brasileira”; que “O problema é o ativismo gay, o problema são pessoas que têm na sua cabeça o engendramento de satanás”; “São homens e mulheres que usam dos mesmos mecanismos que Stanley usou no seu comunismo nazista, usam a mesma linguagem de Hitler... uma mentira contada várias vezes com muita ênfase se torna verdade”.
Da mesma forma, no caso da censura presidencial ao vídeo da campanha do Ministério da Saúde de combate a DST/AIDS no carnaval de 2012, com personagens gays, o deputado Marco Feliciano não só comemorou a retirada do vídeo da campanha com o casal gay do ar como também creditou à Frente Evangélica o “feito”. Em seu Twitter, o deputado postou o link de uma matéria sobre a censura do material e sentenciou: “Pressão nossa”, numa clara demonstração da interferência religiosa na laicidade do Estado.
Em outra ocasião afirmou que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime e à rejeição”.
Pastor Marco Feliciano, que diz não ser homofóbico, também é autor das seguintes proposições, entre outras, que visam a negar a igualdade de direitos à população LGBT:
Projeto de Decreto Legislativo 637/2012 – Ementa: Susta a aplicação da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, que reconhece como entidade familiar a união entre pessoas do mesmo sexo.
Projeto de Decreto Legislativo 521 e 495/2011 – Ementa: convoca plebiscito sobre o reconhecimento legal da união homossexual como entidade familiar.
Também apoia o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011 – Ementa: Susta a aplicação do Parágrafo Único do Artigo 3º e Artigo 4º da Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1, de 23 de março de 1999, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.
A cruzada anti-LGBT promovida por Feliciano e outros fundamentalistas no Parlamento Brasileiro vai contra a maré internacional, tanto dos países vizinhos como Argentina e Uruguai, quanto a França e a Inglaterra, todos se esforçando para garantir o alcance da plena igualdade de direitos pelas pessoas LGBT. No nosso continente também o presidente Obama não tem medo de expressar essa convicção publicamente, como fez no discurso da posse em janeiro deste ano: “Nossa jornada não será completa até que nossos irmãos e irmãs LGBT sejam tratados como qualquer outro perante a lei – pois se somos verdadeiramente criados iguais, então certamente o amor que dedicamos um ao outro deve ser igual também.” Não queremos privilégios, queremos tão somente direitos iguais, nem menos, nem mais.
Assim com Feliciano, os correligionários eleitos na mesma ocasião na semana passada também atuam na contramão da plenitude e universalidade dos direitos humanos em outras questões também, como as terras indígenas, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos das mulheres, as políticas afirmativas de acesso da população negra às universidades, e assim por diante. Com sua nova composição, como bem disse a deputada Luiza Erundina (PSB/SP) “esta Comissão não é mais de direitos humanos”.
Entendemos que o fundamentalismo e a intolerância religiosos manifestados pelo Pastor Marco Feliciano e seus asseclas não são representativos da maioria das pessoas evangélicas e somos defensores intransigentes da liberdade de opinião e crença, desde que não se tornem apologia de preconceitos, discriminação, violência e crimes, como o racismo e a homofobia.
Que a Câmara prime pelo bom senso e que realize uma nova eleição da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, uma vez que a maneira como a eleição foi realizada a portas fechadas no dia 7 de março de 2013 contrariou o artigo 48 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Isto faz lembrar os idos de 1964.
Perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra. Todo apoio à criação da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos e nossos agradecimentos pelos esforços expendidos pelos/as seguintes parlamentares, entre outros (as), na tentativa de reverter a desastrosa eleição: Janete Pietá (PT/SP), Domingos Dutra (PT/MA), Jean Wyllys (PSOL/RJ), Érika Kokay (PT/DF), Ivan Valente (PSOL/SP), Chico Alencar (PSOL/RJ), Padre Ton (PT/RO), Nilmário Miranda (PT/MG), Luiza Erundina (PSB/SP), Dr. Rosinha (PT/PR), Janete Capiberibe (PSB/AP), Jandira Feghali (PCdoB/RJ), Luiz Couto (PT/PB), Paulão (PT/AL) e Arnaldo Jordy (PPS/PA).
Que o ministro Marco Aurélio do Supremo Tribunal Federal conclua a análise do inquérito sobre o Pastor Marco Feliciano e que seja realizado o julgamento o mais brevemente possível.
No sábado, 9 de março de 2013, em todo o Brasil milhares pessoas que ficaram revoltadas com a imoralidade da eleição da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados saíram às ruas para protestar e exigir a correção deste erro. Em Curitiba as palavras de ordem incluíam: “Nem podridão, nem maldição, queremos igualdade na nação.” “Pelos direitos humanos, fora Feliciano”.
O paralelo com as manifestações Fora Collor ficou evidente. Agora tem-se o movimento Fora Feliciano. Que continue havendo protestos até que sejam reinstaladas a democracia e a ética na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Que as organizações de classe, sindicatos e todas as pessoas e instituições ligadas à promoção e defesa dos direitos humanos se juntem às manifestações de repúdio ao acontecido e reforcem a mobilização em prol da anulação dessa eleição indigna.
Não aceitamos e não acataremos este estupro coletivo da Comissão de Direitos Humanos. De forma que está, ela está acabada. Não existe mais. Se continuar assim, sugerimos que os partidos aliados dos direitos humanos não indiquem membros para esta Comissão.
A luta tem que continuar:
“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”
* Toni Reis, doutor em educação e mestre em filosofia. Diretor-executivo do Grupo Dignidade e do Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual. Secretário de educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Postagens mais visitadas
-
A PRISÃO DE BOLSONARO: RELEMBRE SEUS CRIMES — ELE MITOU MESMO NA BANDIDAGEM Bolsonaro foi preso por Sergio Viula Hoje, o Brasil testemunhou ...
-
Entretenimento e mais do que isso: Casas de acolhimento, centros de referência e outras ferramentas para o fortalecimento das nossas identid...
-
Quinze vezes em que moralistas morderam a própria língua Os moralistas e seus esqueletos no armário Por Sergio Viula É curioso — e ao mesmo...
-
Bispo italiano afirma: negar amor e intimidade a pessoas LGBTQ+ é “simplesmente errado” O bispo italiano Francesco Savino Por Sergio Viula U...
-
Resgate histórico Representação de auto-felação. Uma possível referência ao ciclo da vida ou sustentabilidade do p...
-
Cinema nos 70: Wagner Montes viveu personagem que se relacionava com outro homem Wagner Montes em A Morte Transparente Por Sergio Viula Pouc...
-
Timmy - personagem de Padrinhos Mágicos Tempos atrás eu compartilhava com meus leitores e amigos mais chegados muitas das lutas que eu tra...
-
FANTÁSTICO! Até julho de 2012, todos os títulos de Moa Sipriano reunidos "ultrapassaram a marca de um milhão e meio de downloads grat...
-
Zeus e Ganimedes Por Sergio Viula Zeus é conhecido, entre outras coisas, por sua impetuosa inclinação ao amor com humanas - coisa que sua di...
-
STJ Garante Direito de Militares Trans Permanecerem nas Forças Armadas Brasil sem transfobia é sobre isso também. Por Sergio Viula Uma vitó...







