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Suzy Shock eletrizou o Rio Festival Gay de Cinema no Instituto Cervantes

Suzy Shock e Sergio Viula
Acabo de sair da sessão das 20h10  do Rio Festival Gay de Cinema, apresentada no Instituto Cervantes. Mesmo em dia de jogo Brasil x Holanda (com mais uma retumbante derrota do Brasil), o Cervantes abriu as portas de suas belas e confortáveis instalações para projeções ao longo da tarde, fechando com o filme Andrea - uma produção argentina que colheu aplausos da plateia. 

O ponto alto da sessão foi a presença da transexual Suzy Shock, que deu um verdadeiro show ao final da sessão. O nome do espetáculo já é um show à parte: "Poemario Trans Pirado".

Suzy é poetisa, militante, revolucionária dos costumes, transformadora de si mesma e do seu entorno. Ela transpira uma deliciosa combinação de emoção e razão (ou na ordem inversa) em cada palavra de sua poesia, em cada letra de suas canções, em cada frase de seu discurso. 






Sinceramente, Suzy Shock salvou a minha noite! Enquanto a Holanda arrebentava com o Brasil merecida e definitivamente em campo, Suzy goleava mais do que Maradona e Messi juntos, só que no palco.



Suzy Shock é autora de Poemario Trans Pirado
e Relatos en Canecalón
Tive que aplaudir de pé. Alguns fizeram o mesmo. Estou certo que depois do filme, onde ela era a atriz principal, e do show ao final, muita gente comprou seus livros. Ela lançou dois. Mas, preciso confidenciar que me glorio de ter sido o primeiro a comprar um exemplar de cada, antes mesmo de ouvir o seu primeiro "buenas noches" no palco. 





Suzy arrebenta, detona, estraçalha as caixinhas definidoras de gênero e suas inutilidades. Adorei ouvir de uma trans, dona de uma inteligência e energia invejáveis, o que eu mesmo tenho respondido aos chatonildos e chatonildas de plantão que desprezam conteúdos por causa de terminologias capengas que nunca darão conta dessa mesma diversidade que alegam defender e celebrar. O festival carrega a palavra gay em seu nome. E daí? Essa palavra pode dizer mais do que parece dizer (e diz!), dependendo de como se lê. 

E querem saber? Fodam-se as manias esquizofrênicas criadas em função da defesa ou ataque ao uso das palavras gay, lésbica, bissexual e transgênero, qualquer que seja a ordem. Na verdade, elas não dão conta sequer das diferenças que se apresentam entre aquelas mesmas subjetividades que se identificam com elas. 

Ao inferno com os rótulos, as caixas, os moldes, as trenas, as réguas, e tudo o que sirva para medir e acoplar. Usar os termos sim. Deixar-se escravizar, limitar, encaixotar por eles, jamais! 

O festival teve de tudo e muito mais do que a maioria poderia imaginar. Pena não ter visto multidões de pessoas transgênero por lá para prestigiar essa transexual e outras/outros que passaram por pelas telas, noites de autógrafos, seminários e outros eventos do Rio Festival Gay de Cinema. Talvez seja melhor dizer assim: Pessoas, muitas pessoas, prestigiaram os eventos, mas outras pessoas, muitas outras pessoas, deixaram de fazê-lo, mesmo sendo em pontos estratégicos da cidade e com ingressos a 2 e 4 reais em diversas sessões.

As duas palavras de ordem que resumem a noite são:

1. Chega de binarismos!
2. Onde eu puder abrir um caminho, um caminho abrirei.



Suzy fazendo uma dedicatória para Sergio Viula
O livro rosa é de outro autor.
Carlos Alberto Messender Pereira
Intensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate
Parabéns ao Alexander Mello e demais organizadores! Parabéns aos colaboradores fixos e voluntários! 

Parabéns às instituições que abriram suas portas ao festival: Caixa Econômica, Instituto Cervantes, Centro Cultural da Justiça Federal, Arena Carioca Dicró, Museu de Arte do Rio (MAR). 

Que outros espaços de arte façam o mesmo com essa e outras expressões de arte voltadas para a diversidade sexual e a fluidez de gênero.



O Festival encerra-se nesse domingo, 13/07/14 (amanhã). Veja a agenda:


DIA 13 DE JULHO, DOMINGO


CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL

14h30 - What’s the T?

16h10 - The Rugby Player

18h10 - The 10 Year Plan

20h10 - SESSÃO DE PREMIAÇÃO e EXIBIÇÃO DE LONGA-METRAGEM PREMIADO


Post Scriptum:


No evento, este presente também o escritor Carlos Alberto Messeder Pereira. Seu livro Instensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate estava disponível para venda no local. Claro que comprei um e garanti uma dedicatória. Carlos é um homem charmoso e super simpático. Estou ansioso para ler seu livro. Mais adiante, farei comentários sobre a leitura. Por enquanto, deliciem-se com a capa e algumas informações das orelhas e da contracapa do livro. 








Jean Wyllys e Claudio Nascimento participam de seminário do Rio Festival Gay de Cinema no MAR


O MAR (Museu de Arte do Rio) recebeu eventos do Rio Festival Gay de Cinema (03 a 13 de julho/14). Nesta sexta, dia 11, por exemplo, um seminário reuniu o Deputado Federal Jean Wyllys e o Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, ligado à Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. A mesa foi moderada por Priscila. A jovem com o microfone na foto acima.

Os dois apresentaram suas falas, depois Priscila abriu para um bloco de cinco perguntas. Os participantes perguntaram sobre temas diversos, incluindo política, cultura, educação e movimento LGBT. Algumas foram direcionadas a um dos participantes, enquanto outras foram direcionadas aos dois. As respostas foram bastante ricas em conteúdo, apesar da limitação do tempo.



Cláudio Nascimento (à esquerda) falou sobre os avanços das políticas públicas voltadas para os cidadãos LGBT do Rio de Janeiro, começando pelos movimentos civis, como os grupos Atobá, Pela Vida, ABIA, Arco-Íris, etc, chegando à Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, com a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, especialmente o programa Rio sem Homofobia. 

Cláudio focou principalmente sobre o os Centros de Cidadania LGBT e sobre o Disque Cidadania LGBT, que já recebeu mais de 20 mil ligações ao longo de seus cinco anos de existência, dos quais 30% são denúncias de homofobia e transfobia e os 70% restantes se dividem em atendimentos para aconselhamento jurídico e psicológico. 

Os Centros de Cidadania LGBT estão presentes em quatro municípios do Estado: na capital, em Duque de Caxias, em Niterói e em Friburgo. Os Centros são equipamentos de estrutura da Secretaria de Estado de Direitos Humanos com o apoio de três universidades. 

Veja muitas outras novidades sobre o Rio sem Homofobia nesse post escrito durante uma sessão na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.





O Deputado Jean Wyllys falou sobre homofobia, esclarecendo que o termo homo-lesbo-transfobia ainda não foi assimilado pela sociedade, criando dificuldades à comunicação com as massas. E mantendo isso em mente, explicou que a homofobia, do ponto de vista político, precisa ser enfrentada pelos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) na esfera dos três entes federados (União, Estados e Municípios), lembrando que o Brasil tem 5.564 municípios, de acordo com o IBGE.

Falando sobre o Executivo, Jean Wyllys fez questão de recordar o valor simbólico que teve a atitude do presidente Lula ao receber uma bandeira do arco-íris, bem como a importância da realização de conferências estaduais que deram origem ao Plano Nacional de Políticas LGBT. Porém, poucos avanços políticos propriamente ditos foram feitos, apesar disso. Já a presidente Dilma não se pronuncia sobre o tema e quando disse alguma coisa tentando justificar a suspensão do kit de vídeos e debates do programa Escola sem Homofobia declarou que o governo não faria propaganda de opção sexual (sic). Além de não tocar o ponto em questão que era o combate ao bullying escolar e a retenção dos alunos LGBT que deixam a escola por causa do assédio moral a que são expostos frequentemente. 

Sobre o Judiciário, Jean apontou que houve alguns avanços: reconhecimento da união estável, com possibilidade da sua conversão em casamento - o que abriu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um caminho para a determinação de que os cartórios aceitassem requerimentos de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo nos mesmos termos que pessoas de sexos diferentes. 

A respeito do Legislativo, Jean fez questão de sublinhar que NENHUM avanço favorável aos cidadãos LGBT foi feito de 1995, quando Marta Suplicy apresentou a proposta de parceria civil, que caducou em função de várias manobras da parte dos opositores. Aproveitou para explicar que projetos de parceria civil não atendem às legítimas demandas da comunidade LGBT por direitos iguais. Daí, a criação da campanha pelo casamento igualitário encabeçada pelo Deputado Jean Wyllys.

Apesar de não ter havido avanços legislativos propriamente dito, é importante ressaltar que houve avanços políticos - duas coisas distintas. A presença do Deputado Jean Wyllys na Câmara, com sua agenda positiva e abrangente sobre direitos humanos, pautou discussões, colocou essas questões na ordem do dia na imprensa com uma abordagem muito mais progressista do que qualquer momento no legislativo. 

Além disso, cada deputado pode destinar recursos a projetos que considere relevantes. Jean Wyllys informou que todas as emendas que ele podia fazer foram para ações relevantes para as minorias, inclusive LGBT. Como exemplo, citou o Hospital Gaffrée Guinle, contemplado com recursos para aprimoramento e ampliação de enfermarias e para compra de equipamentos para diagnosticar o vírus e acompanhar o quadro sorológico dos pacientes. Houve outras instituições contempladas, inclusive no campo da cultura.

Jean Wyllys apresentará o programa Cinema em Outras Cores, pelo Canal Brasil. O foco será a temática LGBT nos filmes da oitava arte. 

Esse blogueiro apoia francamente a candidatura à reeleição de Jean Wyllys como Deputado Federal por reconhecer sua competência, bem como seu franco comprometimento com os direitos LGBT e de outras minorias. E para deputada estadual do Rio de Janeiro, uma parceira que trabalha nessa mesma linha: Ivone Pita. Se você é do Estado do Rio de Janeiro, vote nos dois e divulgue.

Foi graças ao meu querido Jean Honorio que eu pude ir ao MAR ver Claudio Nascimento e Jean Wyllys discorrendo sobre temas variados e super importantes. De lá, fomos almoçar e passamos na Livraria Travessa da Av. Rio Branco, próximo à Praça Mauá. Aproveitei para comprar dois livros: Tempo Bom, Tempo Ruim, de autoria do Deputado Jean Wyllys, e Águas Turvas, de Helder Caldeira. Na verdade, eu já tenho e já li os dois livros, mas esse estudante extremamente antenado ainda não tinha lido nenhum dos dois. Decidi presenteá-lo com um de cada. 

Tempo Bom, Tempo Ruim:
https://www.amazon.com.br/Tempo-tempo-ruim-Jean-Wyllys/dp/8565530647

Águas Turvas:
https://www.amazon.com.br/%C3%81guas-turvas-Helder-Caldeira-ebook/dp/B00M323KGY


Fica a dica: leiam, divulguem, presenteiem com livros que abordem a temática LGBT. O do Jean também fala de outras questões progressistas, humanistas e libertárias.

Livro de Jean Wyllys: 
Não dá vontade de parar de ler. 

Livro de Helder Caldeira: Excelente para todos, 
especialmente jovens e adolescentes.

Claudio Nascimento (direita) e Sergio Viula

Jean Wyllys (esquerda) e Sergio Viula

Jean Honorio (esquerda) e Jean Wyllys (direita): 
Sorte minha conhecer esses xarás lindos!

Jean Honorio, já em casa e com suas novas leituras.

Já viu cinema por 4 reais (inteira) e 2 reais (meia)?

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DE LONGA-METRAGEM 


Rio Festival Gay de Cinema 2014

3 a 13 julho 2014 na Caixa Cultural e outros cinemas.

Rio de Janeiro - Brasil

Trailer de muDanças
Um dos loga-metragens do festival



Já viu cinema por 4 reais (inteira) e 2 reais (meia)?

ENTÃO, apareça no Rio Festival Gay de Cinema

Caixa Econômica 
(prédio da Avenida Almirante Barroso - sobreloja).

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