Suzy Shock eletrizou o Rio Festival Gay de Cinema no Instituto Cervantes
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Suzy Shock e Sergio Viula |
O ponto alto da sessão foi a presença da transexual Suzy Shock, que deu um verdadeiro show ao final da sessão. O nome do espetáculo já é um show à parte: "Poemario Trans Pirado".
Suzy é poetisa, militante, revolucionária dos costumes, transformadora de si mesma e do seu entorno. Ela transpira uma deliciosa combinação de emoção e razão (ou na ordem inversa) em cada palavra de sua poesia, em cada letra de suas canções, em cada frase de seu discurso.
Sinceramente, Suzy Shock salvou a minha noite! Enquanto a Holanda arrebentava com o Brasil merecida e definitivamente em campo, Suzy goleava mais do que Maradona e Messi juntos, só que no palco.
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Suzy Shock é autora de Poemario Trans Pirado e Relatos en Canecalón |
Suzy arrebenta, detona, estraçalha as caixinhas definidoras de gênero e suas inutilidades. Adorei ouvir de uma trans, dona de uma inteligência e energia invejáveis, o que eu mesmo tenho respondido aos chatonildos e chatonildas de plantão que desprezam conteúdos por causa de terminologias capengas que nunca darão conta dessa mesma diversidade que alegam defender e celebrar. O festival carrega a palavra gay em seu nome. E daí? Essa palavra pode dizer mais do que parece dizer (e diz!), dependendo de como se lê.
E querem saber? Fodam-se as manias esquizofrênicas criadas em função da defesa ou ataque ao uso das palavras gay, lésbica, bissexual e transgênero, qualquer que seja a ordem. Na verdade, elas não dão conta sequer das diferenças que se apresentam entre aquelas mesmas subjetividades que se identificam com elas.
Ao inferno com os rótulos, as caixas, os moldes, as trenas, as réguas, e tudo o que sirva para medir e acoplar. Usar os termos sim. Deixar-se escravizar, limitar, encaixotar por eles, jamais!
O festival teve de tudo e muito mais do que a maioria poderia imaginar. Pena não ter visto multidões de pessoas transgênero por lá para prestigiar essa transexual e outras/outros que passaram por pelas telas, noites de autógrafos, seminários e outros eventos do Rio Festival Gay de Cinema. Talvez seja melhor dizer assim: Pessoas, muitas pessoas, prestigiaram os eventos, mas outras pessoas, muitas outras pessoas, deixaram de fazê-lo, mesmo sendo em pontos estratégicos da cidade e com ingressos a 2 e 4 reais em diversas sessões.
As duas palavras de ordem que resumem a noite são:
1. Chega de binarismos!
2. Onde eu puder abrir um caminho, um caminho abrirei.
Parabéns ao Alexander Mello e demais organizadores! Parabéns aos colaboradores fixos e voluntários!
Parabéns às instituições que abriram suas portas ao festival: Caixa Econômica, Instituto Cervantes, Centro Cultural da Justiça Federal, Arena Carioca Dicró, Museu de Arte do Rio (MAR).
Que outros espaços de arte façam o mesmo com essa e outras expressões de arte voltadas para a diversidade sexual e a fluidez de gênero.
O Festival encerra-se nesse domingo, 13/07/14 (amanhã). Veja a agenda:
DIA 13 DE JULHO, DOMINGO
CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL
14h30 - What’s the T?
16h10 - The Rugby Player
18h10 - The 10 Year Plan
20h10 - SESSÃO DE PREMIAÇÃO e EXIBIÇÃO DE LONGA-METRAGEM PREMIADO
Post Scriptum:
No evento, este presente também o escritor Carlos Alberto Messeder Pereira. Seu livro Instensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate estava disponível para venda no local. Claro que comprei um e garanti uma dedicatória. Carlos é um homem charmoso e super simpático. Estou ansioso para ler seu livro. Mais adiante, farei comentários sobre a leitura. Por enquanto, deliciem-se com a capa e algumas informações das orelhas e da contracapa do livro.

E querem saber? Fodam-se as manias esquizofrênicas criadas em função da defesa ou ataque ao uso das palavras gay, lésbica, bissexual e transgênero, qualquer que seja a ordem. Na verdade, elas não dão conta sequer das diferenças que se apresentam entre aquelas mesmas subjetividades que se identificam com elas.
Ao inferno com os rótulos, as caixas, os moldes, as trenas, as réguas, e tudo o que sirva para medir e acoplar. Usar os termos sim. Deixar-se escravizar, limitar, encaixotar por eles, jamais!
O festival teve de tudo e muito mais do que a maioria poderia imaginar. Pena não ter visto multidões de pessoas transgênero por lá para prestigiar essa transexual e outras/outros que passaram por pelas telas, noites de autógrafos, seminários e outros eventos do Rio Festival Gay de Cinema. Talvez seja melhor dizer assim: Pessoas, muitas pessoas, prestigiaram os eventos, mas outras pessoas, muitas outras pessoas, deixaram de fazê-lo, mesmo sendo em pontos estratégicos da cidade e com ingressos a 2 e 4 reais em diversas sessões.
As duas palavras de ordem que resumem a noite são:
1. Chega de binarismos!
2. Onde eu puder abrir um caminho, um caminho abrirei.
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Suzy fazendo uma dedicatória para Sergio Viula O livro rosa é de outro autor. Carlos Alberto Messender Pereira Intensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate |
Parabéns às instituições que abriram suas portas ao festival: Caixa Econômica, Instituto Cervantes, Centro Cultural da Justiça Federal, Arena Carioca Dicró, Museu de Arte do Rio (MAR).
Que outros espaços de arte façam o mesmo com essa e outras expressões de arte voltadas para a diversidade sexual e a fluidez de gênero.

DIA 13 DE JULHO, DOMINGO
CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL
14h30 - What’s the T?
16h10 - The Rugby Player
18h10 - The 10 Year Plan
20h10 - SESSÃO DE PREMIAÇÃO e EXIBIÇÃO DE LONGA-METRAGEM PREMIADO
Post Scriptum:
No evento, este presente também o escritor Carlos Alberto Messeder Pereira. Seu livro Instensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate estava disponível para venda no local. Claro que comprei um e garanti uma dedicatória. Carlos é um homem charmoso e super simpático. Estou ansioso para ler seu livro. Mais adiante, farei comentários sobre a leitura. Por enquanto, deliciem-se com a capa e algumas informações das orelhas e da contracapa do livro.



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