Mostrando postagens com marcador arte trans. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador arte trans. Mostrar todas as postagens

Indomáveis Presenças: Arte, Dissidência e Futuro no Centro Cultural Banco do Brasil


Visite o perfil da exposição: 
https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro/programacao/indominaveis-presencas/


Indomáveis Presenças: Arte, Dissidência e Futuro no Centro Cultural Banco do Brasil




Até 30 de junho de 2025, o Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, apresenta a potente exposição Indomáveis Presenças. A mostra reúne 114 obras de 16 artistas negras, indígenas e LGBTQIAPN+ que subvertem o olhar colonial e projetam futuros possíveis — e necessários — a partir da dor, da memória e da celebração.

Os trabalhos presentes dialogam com as poéticas contemporâneas das artes visuais brasileiras criadas por corpas dissidentes. São corpos-culturas que resistem e reinventam imaginários desde suas territorialidades, afetos e símbolos.

Se antes o quilombo era estratégia de fuga, hoje ele se transmuta em tecnologia afrofuturista de re-conhecimento e co-criação. Se a aldeia era célula ancestral, hoje ensina sobre o futuro. Indomáveis Presenças é, assim, um portal para um tempo outro — um tempo onde a arte pulsa como denúncia, mas também como celebração e esperança.

A exposição é gratuita e pode ser visitada todos os dias (exceto às terças-feiras), das 9h às 20h, no CCBB-RJ, localizado na Avenida Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro.

Em um Brasil ainda marcado por apagamentos e violência simbólica e física contra pessoas negras, indígenas e LGBTQIAPN+, Indomáveis Presenças é um respiro — e um grito — de vida.

O Blog Fora do Armário viajou a exposição hoje, dia 11 de maio de 2025. A palavra do dia é: IMPERDÍVEL!

DANDARA ATRAVÉS DO ESPELHO: Passado e presente revelam sutilezas do universo trans, resultando num espetáculo que celebra a vida e a liberdade



DANDARA ATRAVÉS DO ESPELHO

Passado e presente revelam sutilezas do universo trans,
resultando num espetáculo que celebra a vida e a liberdade


Campanha no Benfeitoria busca apoiadores
para a estreia do espetáculo em julho no Espaço Sesc (RJ)



Dandara através do espelho é uma peça teatral que surge a partir do encontro das biografias das atrizes Dandara Vital e Claudia Celeste. O espetáculo aborda o desafio, a garra, a vontade e os obstáculos de duas atrizes travestis que permanecem ativas e trabalhando com arte, além dos conflitos geracionais entre elas. A peça é uma realização do projeto Prática de Montação (http://www.praticademontacao.com.br/p/dandara.html) e terá temporada de 22 de julho a 14 de agosto no Espaço Sesc (Copacabana/RJ). A produção de Dandara através do espelho criou uma campanha para obter apoio que garanta a manutenção da temporada carioca no site Benfeitoria www.benfeitoria.com/dandara

A peça narra a história de Dandara, uma atriz que quer encenar a sua biografia no teatro. Em sua busca por realizar esse sonho encontra dois parceiros: Pedro, um estudante de teatro interessado no desafio de interpretar uma personagem travesti e Cláudia, uma vedete dos anos 70 que vê no projeto de Dandara a oportunidade de remontar os espetáculos de revista que fazia no início de sua carreira. A partir desse encontro, as memórias dessas três personagens são trazidas à tona revelando que há entre elas muito mais coisas em comum além da peça que pretendem fazer.

Usando uma linguagem estética que tem como base a combinação dos dispositivos do Teatro Documentário e do Teatro de Revista, que foi grande influenciador dos espetáculos protagonizados por travestis nos anos 70, Dandara através do espelho tem dramaturgia de Peter Franco, direção de Diêgo Deleon, assistência de direção de Rodrigo Menezes, luz de Anderson Ratto, cenários e figurinos de Alice Cruz. No elenco, estão os atores Dandara Vital, Cláudia Celeste e Pedro Bento, acompanhados musicista Kathyla Katherine, que executa ao vivo a trilha sonora do espetáculo.


SERVIÇO: Dandara através do espelho
 
Temporada: de 22 de julho a 14 de agosto. Sexta e sábado (19h) e domingo (18h)
 
Ingressos: R$20 (inteira). R$10 (meia) e R$5 (associados do Sesc)
 
Espaço Sesc 
Rua Domingos Ferreira, 160 - Copacabana, Rio de Janeiro – RJ. Telefone: (21) 2548-1088


Ficha Técnica:
 
Realização: Prática de Montação | Direção: Diêgo Deleon | Assistente de Direção: Rodrigo Menezes | Dramaturgia: Peter Franco | Elenco: Dandara Vital, Claudia Celeste, Pedro Bento | Música ao Vivo: Kathyla Katherine | Iluminador: Anderson Ratto | Cenário: Alice Cruz | Figurino: Alice Cruz | Programador Visual: Rodrigo Menezes | Produção Executiva: Carolina Caju | Assistente de Produção: Luli Linhares | Produção: Pé de Vento Produções

Suzy Shock eletrizou o Rio Festival Gay de Cinema no Instituto Cervantes

Suzy Shock e Sergio Viula
Acabo de sair da sessão das 20h10  do Rio Festival Gay de Cinema, apresentada no Instituto Cervantes. Mesmo em dia de jogo Brasil x Holanda (com mais uma retumbante derrota do Brasil), o Cervantes abriu as portas de suas belas e confortáveis instalações para projeções ao longo da tarde, fechando com o filme Andrea - uma produção argentina que colheu aplausos da plateia. 

O ponto alto da sessão foi a presença da transexual Suzy Shock, que deu um verdadeiro show ao final da sessão. O nome do espetáculo já é um show à parte: "Poemario Trans Pirado".

Suzy é poetisa, militante, revolucionária dos costumes, transformadora de si mesma e do seu entorno. Ela transpira uma deliciosa combinação de emoção e razão (ou na ordem inversa) em cada palavra de sua poesia, em cada letra de suas canções, em cada frase de seu discurso. 






Sinceramente, Suzy Shock salvou a minha noite! Enquanto a Holanda arrebentava com o Brasil merecida e definitivamente em campo, Suzy goleava mais do que Maradona e Messi juntos, só que no palco.



Suzy Shock é autora de Poemario Trans Pirado
e Relatos en Canecalón
Tive que aplaudir de pé. Alguns fizeram o mesmo. Estou certo que depois do filme, onde ela era a atriz principal, e do show ao final, muita gente comprou seus livros. Ela lançou dois. Mas, preciso confidenciar que me glorio de ter sido o primeiro a comprar um exemplar de cada, antes mesmo de ouvir o seu primeiro "buenas noches" no palco. 





Suzy arrebenta, detona, estraçalha as caixinhas definidoras de gênero e suas inutilidades. Adorei ouvir de uma trans, dona de uma inteligência e energia invejáveis, o que eu mesmo tenho respondido aos chatonildos e chatonildas de plantão que desprezam conteúdos por causa de terminologias capengas que nunca darão conta dessa mesma diversidade que alegam defender e celebrar. O festival carrega a palavra gay em seu nome. E daí? Essa palavra pode dizer mais do que parece dizer (e diz!), dependendo de como se lê. 

E querem saber? Fodam-se as manias esquizofrênicas criadas em função da defesa ou ataque ao uso das palavras gay, lésbica, bissexual e transgênero, qualquer que seja a ordem. Na verdade, elas não dão conta sequer das diferenças que se apresentam entre aquelas mesmas subjetividades que se identificam com elas. 

Ao inferno com os rótulos, as caixas, os moldes, as trenas, as réguas, e tudo o que sirva para medir e acoplar. Usar os termos sim. Deixar-se escravizar, limitar, encaixotar por eles, jamais! 

O festival teve de tudo e muito mais do que a maioria poderia imaginar. Pena não ter visto multidões de pessoas transgênero por lá para prestigiar essa transexual e outras/outros que passaram por pelas telas, noites de autógrafos, seminários e outros eventos do Rio Festival Gay de Cinema. Talvez seja melhor dizer assim: Pessoas, muitas pessoas, prestigiaram os eventos, mas outras pessoas, muitas outras pessoas, deixaram de fazê-lo, mesmo sendo em pontos estratégicos da cidade e com ingressos a 2 e 4 reais em diversas sessões.

As duas palavras de ordem que resumem a noite são:

1. Chega de binarismos!
2. Onde eu puder abrir um caminho, um caminho abrirei.



Suzy fazendo uma dedicatória para Sergio Viula
O livro rosa é de outro autor.
Carlos Alberto Messender Pereira
Intensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate
Parabéns ao Alexander Mello e demais organizadores! Parabéns aos colaboradores fixos e voluntários! 

Parabéns às instituições que abriram suas portas ao festival: Caixa Econômica, Instituto Cervantes, Centro Cultural da Justiça Federal, Arena Carioca Dicró, Museu de Arte do Rio (MAR). 

Que outros espaços de arte façam o mesmo com essa e outras expressões de arte voltadas para a diversidade sexual e a fluidez de gênero.



O Festival encerra-se nesse domingo, 13/07/14 (amanhã). Veja a agenda:


DIA 13 DE JULHO, DOMINGO


CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL

14h30 - What’s the T?

16h10 - The Rugby Player

18h10 - The 10 Year Plan

20h10 - SESSÃO DE PREMIAÇÃO e EXIBIÇÃO DE LONGA-METRAGEM PREMIADO


Post Scriptum:


No evento, este presente também o escritor Carlos Alberto Messeder Pereira. Seu livro Instensidades Eróticas: A Questão Gay em Debate estava disponível para venda no local. Claro que comprei um e garanti uma dedicatória. Carlos é um homem charmoso e super simpático. Estou ansioso para ler seu livro. Mais adiante, farei comentários sobre a leitura. Por enquanto, deliciem-se com a capa e algumas informações das orelhas e da contracapa do livro. 








Postagens mais visitadas