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Em Busca de Mim Mesmo - por Sergio Viula

Em Busca de Mim Mesmo - eBook Kindle
por Sergio Viula (Autor) Formato: eBook Kindle






Fui pastor batista, casado com uma mulher, pai de dois filhos, militante entre os que acreditam ser possível reverter a orientação sexual de uma pessoa homossexual. Decidi reavaliar "aquela velha opinião formada sobre tudo" que caracteriza o fundamentalismo religioso e passei por uma tremenda metamorfose na estrutura do pensamento, da crença, da maneira de lidar com a afetividade e, consequentemente, com a vida, sem, contudo, modificar meu verdadeiro eu, o qual encontrou terra fértil, luz e oxigênio para desabrochar.

As páginas que você vai começar a ler trazem os detalhes dessa metamorfose. Dogmas serão questionados, comportamentos serão modificados, coisas consideradas inquestionáveis serão postas em xeque, mas o resultado é belo, assim como belo é o resultado da metamorfose que a lagarta experimenta para finalmente se transformar numa bela borboleta — o que, no meu caso, é uma metáfora absolutamente apropriada. Confira!

Sergio Viula



Adquira aqui por um valor simbólico:
 https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

O livro que foi primeiramente lançado em formato impresso só pode ser encontrado agora em formato e-book, mas isso quer dizer que você pode ler seu conteúdo em qualquer tela.

Faça esse conteúdo chegar a mais gente. Muitas pessoas já se beneficiaram com essa leitura. São inúmeras as mensagens que recebo. Leia e descubra por quê.

EM BUSCA DE MIM MESMO: TIRAGEM ESGOTADA. AGORA SÓ EM E-BOOK.



O livro EM BUSCA DE MIM MESMO em versão print está esgotado. Os últimos exemplares foram enviados na segunda-feira passada. Não será feita nova tiragem, mas o livro está disponível em formato e-book np site Amazon em:
 
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM/ref=sr_1_1

Diversos leitores enviaram excelente feedback a respeito dessa experiência de leitura.

Adquira e comece a ler agora mesmo e em qualquer lugar no seu tablet, smartphone, computador ou leitor de ebook. Não é preciso ter equipamento especial.





EM BUSCA DE MIM MESMO - por Sergio Viula


VERSÃO IMPRESSA ESGOTADA.

Adquira a versão e-book por aqui:

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Boa leitura!

VEJA POR QUE VALE A PENA.

Leia com atenção e carinho o comentário deste leitor, cujo nome eu preservo na foto abaixo. Ele está falando sobre a experiência de leitura do livro Em Busca de Mim Mesmo num momento crucial da vida dele. Veja: 





ATUALIZAÇÃO EM 22/08/18:

O livro em página impressa encontra-se esgotado, mas você pode adquirir o e-book pelo Amazon. Não deixe de ler. 

AMAZON (e-book)
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Hi-Fi São Paulo: Uma experiência literalmente espetacular durante o Rio Festival Gay de Cinema 2014

Trailer de São Paulo em Hi-Fi
Um filme de Lufe Steffen

Visite e curta a página do filme no Facebook: https://www.facebook.com/saopauloemhifi

Essa quinta-feira, 11/07/14, foi um dia muito especial para mim. Também foi para vários participantes do Rio Festival Gay de Cinema. Primeiro, porque uma parceria entre o Blog Fora do Armário e o Festival permitiu que as trinta primeira pessoas que entraram no Cinema 2 da  Caixa Cultural recebessem um exemplar do livro Em Busca de Mim Mesmo. Os sortudos estavam assistindo o filme Pinta, apresentado às 17h10. 




Antes do filme, este blogueiro pôde dar uma rápida palavra sobre o livro e sobre o blog. Fico grato a todas as pessoas presentes pela calorosa recepção. 

Também tive a sorte de encontrar meu amigo Vinícius Rodrigues, que me convidou para assistir o filme Hi-Fi São Paulo no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), às 20h10.  O diretor Lufe Steffen esteve presente e fez um breve comentário sobre a obra. Ainda na Caixa Econômica, encontrei os queridos Marcus Vinicius e Moisés Guimarães, dois vibrantes ganhadores. Só peço desculpa pelo garrancho da dedicatória que eles me pediram para escrever, porque tive que improvisar na saída. 

Ter encontrado Vinícius Rodrigues foi o que me fez seguir para para o CCJF, onde pude assistir  Hi-Fi São Paulo - extraordinário  documentário sobre a vida noturna paulistana nos anos 60, 70 e 80, através de entrevistas, fotos, fragmentos de jornais e documentos. 

Fiquei impressionado com a qualidade do resgate histórico, a sensibilidade, o bom humor, a saudade dos que já se foram ou que imigraram na trilha do sucesso ou do amor, o glamour, bem como a nostalgia daqueles dias purpurinados. 

O trailer abaixo dá uma breve ideia, mas não revela a grandeza do documentário. É preciso ver para entender. ;)

A audiência aplaudiu trechos do filme em diversos momentos e ovacionou efusivamente a obra quando o filme terminou. A entusiasmada plateia que lotava a sala de projeção do CCJF esperou até o último crédito para sair. 

Se você não pôde ver ou não soube da projeção, restam ainda duas oportunidades para ver o filme - ambas nessa sexta-feira, 11 de julho. Veja onde e quando, logo abaixo do trailer.

DICA: Na Caixa Econômica, você paga 4 reais (inteira) e 2 reais (meia).


ONDE ASSISTIR?

SÓ DIA 11 DE JULHO, SEXTA-FEIRA, EM DOIS ENDEREÇOS COM HORÁRIOS DIFERENTES:

CAIXA CULTURAL  1
Prédio da Av. Almirante Barroso, 
praticamente no Largo da Carioca
20h15 - LONGA 10 - São Paulo Em Hi-Fi

*****

ARENA CARIOCA DICRÓ
No Parque Ary Barroso - Penha
16h30 - LONGA 10 - São Paulo Em Hi-Fi

P.S.: Seria interessante que os produtores desse documentário fizessem DVD com extras do making of, que deve ter sido incrível.

A Literatura LGBT: Debate com Helder Caldeira e Sergio Viula - Livraria Travessa

ATUALIZAÇÃO EM 07/07/14.


VEJAM COMO FOI AQUI:
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2014/07/uma-noite-especial-de-domingo.html






Queridos amigos e amigas, especialmente leitores desse blog e dos livros citados no convite, adoraríamos ver vocês lá no evento. Será um bate-papo gostoso e com bastante informação. Quem já tem os livros, mas sem dedicatória por parte dos autores, poderá levar o seu para ser autografado também. Se não tem, poderá adquirir lá na hora.

O principal é participar, fazer novos contatos e expandir horizontes.

Esperamos vocês todos e todas lá. :)

Quem mora fora do Rio e não estiver aqui na data, poderá conhecer as obras citadas aqui nos links abaixo:


ÁGUAS TURVAS
https://www.amazon.com.br/%C3%81guas-turvas-Helder-Caldeira-ebook/dp/B00M323KGY

EM BUSCA DE MIM MESMO: VOCÊ JÁ LEU? VEJA COMO.


ATUALIZAÇÃO:

Desde que o livro físico se esgotou, 
você só pode comprá-lo pelo Amazon.

Veja aqui:

https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

FÁCIL, RÁPIDO, SEGURO: LIVROS DE SERGIO VIULA NO SITE AMAZON



VANTAGENS DE ADQUIRIR OS LIVROS DE SERGIO VIULA EM FORMATO E-BOOK PELO AMAZON:


1. É fácil. Você pode inclusive receber uma amostra grátis de capítulo antes de comprar. Pode ser lido em computador, notebook, tablet, smartphones, etc.

2. É rápido. Tudo é resolvido na velocidade de alguns cliques. Não é preciso esperar pelo correio. ;)

3. É seguro: Tanto o pagamento é feito de modo seguro como seu livro não vai parar na mão de terceiros. Você não precisa explicar para pai, mãe, filho, cônjuge, etc por que está lendo o livro A, B ou C do Sergio Viula. ^^

4. É global: Você pode comprar os livros e pagar por eles de qualquer lugar do mundo. Basta clicar no link do país onde você mora (veja os países ao lado da capa de cada livro abaixo).

5. É barato: O preço da versão digital é um terço do preço da versão impressa por diversas razões logísticas e adminstrativas.

6. Três opções: Você pode adquirir qualquer um dos três livros de Sergio Viula.


Veja os meus livros aqui:
https://www.amazon.com.br/stores/Sergio-Viula/author/B00ASO8T24



BOA LEITURA!!!

Não deixe de enviar suas impressões ao autor depois de ler qualquer uma dessas obras. Será um prazer saber da sua experiência de leitura. 

Obrigado desde já.

A maior organização “ex-gay” da Austrália fecha as portas

A maior organização “ex-gay” 
da Austrália fecha as portas


Jovem carregando a bandeira do arco-íris: símbolo de orgulho e resistência.



O ministério evangélico Living Waters (Águas Vivas) que operava na Austrália fecha as portas ao mesmo tempo em que seu diretor nacional deixa o cargo no final de março de 2014.


Ron Brookman,
diretor do Living Waters
Ron Brookman fez o anúncio em 12 de março através de uma newsletter: “sinto que a diretoria e a liderança ao meu redor concorreram para isso, tristemente, é hora de encerrar o ministério.”

Brookman disse que as razões para fechar o ministério incluem “mudança na Igreja e na cultura crista ao longo da última década”, deficiências na liderança, e “sabedoria para mudra a estratégia de trazer cura para os quebrados”.

Outro problema é que não havia qualquer interessado em substitui-lo no grupo.

“Não há ninguém identificado, treinado, que esteja disposto a assumer a liderança do ministério”, escreveu Brookman.

Living Waters era o mais proeminente ministério de grupos de “ex-gays” na  Austrália e havia prometido redobrar seus esforços depois que o maior ministério do mundo nesse campo, a Exodus International, fechou suas portas ano passado.

- Traduzido e adaptado por Sergio Viula de: GAY STAR NEWS

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Conheça o relato biográfico de um dos fundadores do ministério de "ex-gays" mais conhecido do Brasil, operando entre a década de 90 e o ano de 2003:  “EM BUSCA DE MIM MESMO”.

Você pode adquirir a versão e-book: https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM


Desmond Tutu condena a nova lei anti-gay proposta por Uganda

Desmond Tutu - Photograph: Matt Dunham/AP


Ao considerar a nova lei anti-gay proposta por Uganda, Desmond Tutu novamente igualou a discriminação contra gays com os horrores da Alemanha nazista e a era do apartheid na África do Sul 

Arcebispo aposentado acusa o presidente de quebrar promessa sobre reconsiderar a lei que estende penalidades contra a homossexualidade.



Por Maev Kennedy parar o theguardian.com
Sunday 23 February 2014 15.25 GMT



Traduzido por Sergio Viula 


O arcebispo Desmond Tutu condenou a lei anti-gay proposta por Uganda contra a homossexualidade, dizendo que não há base científica ou moral para o preconceito e a discriminação – e acusou o presidente de Uganda de quebrar a promessa de não assinar a lei. A nova lei estenderá proibições e penas no país, onde a homossexualidade já é crime, para incluir atos como "toques sugestivos" em público.

O presidente Yoweri Museveni primeiramente disse que não assinaria a legislação; em seguida, disse que faria depois de buscar orientação científica; e no final de semana disse que adiaria por ainda precisar de mais aconselhamento.

A lei proposta tem atraído duras críticas do presidente dos EUA Barack Obama e do ex-presidente Bill Clinton. Os EUA avisaram que tal ação poderia "complicar" aproximadamente 240 milhões de libras que são enviadas a Uganda anualmente [NT.aproximadamente, o dobro em dólares]. Numa declaração, Tutu afirmou: "Quando o presidente Museveni e eu conversamos no mês passado, ele me deu sua palavra de que não permitiria que o projeto de lei anti-homossexualidade virasse lei em Uganda. Eu fiquei, portanto, muito entristecido em saber que na semana passada o presidente Museveni estava reconsiderando sua posição."

Tutu igualou a discriminação contra as pessoas gays aos horrores da Alemanha nazista e a era do apartheid na África do Sul.

"Precisamos ser claros a respeito disso: a história dos povos está repleta de tentativas de legislar contra o amor ou o casamento entre classes, castas e raças. Mas não há qualquer base científica ou razão genética para o amor. Há apenas a graça de Deus. Não há justificação científica para o preconceito ou a discriminação, jamais. E também não há qualquer justificação moral. A Alemanha nazista e o apartheid na África do Sul. entre outros, atestam esses fatos."

O arcebispo aposentado lembrou as batidas policiais na era do apartheid: "Na África do Sul, a polícia do apartheid costumava entrar em quartos onde brancos eram suspeitos de fazer amor com negros. Eles costumavam tatear para ver se as roupas de cama estavam quentes, evidência crucial a ser usada no processo criminal a seguir. Era humilhante para aqueles cujo 'crime' era amar-se mutuamente - e isso foi uma mancha sobre toda nossa sociedade."

Tutu foi além para pedir a Museveni que use o debate para fortalecer a cultura de direitos humanos e de justiça em Uganda, e impedir a exploração sexual em vez da orientação [sexual]. "Para fortalecer sanções criminais contra aqueles que cometem atos sexuais com crianças, a despeito do gênero ou da "orientação" sexual, disse ele. E, se for preciso, fortalecer as sanções criminais contra aqueles envolvidos em transações comerciais do sexo – compradores e vendedores, a despeito do gênero e da orientação sexual. Ajustar tais áreas da lei certamente proveria crianças e suas famílias com mais proteção do que criminalizar atos de amor entre adultos que consentem.

Relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são criminalizadas em 36 dos 55 países africanos countries, e podem levar à pena de morte em alguns deles.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Desmond Tutu é, sem dúvida, um dos maiores defensores dos direitos humanos no mundo. O arcebispo merece todo nosso carinho e gratidão pelo apoio incondicional que ele sempre tem dado à comunidade LGBT, especialmente nos países africanos.


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NOTÍCIA RECÉM-CHEGADA:


A Noruega, a Dinamarca e os Países Baixos (Holanda) são os primeiros países a redirecionar a ajuda que enviavam ao governo ugandense ou a congelar a ajuda.
Os Países Baixos congelaram 9,6 milhões de dólares em ajuda ao sistema legal de Uganda, dizendo que se as cortes ugandenses reforçarem a nova lei que criminaliza ainda mais a homossexualidade, então eles não ajudarão nesse processo.

A Dinamarca e a Noruega também disseram que planejam redirecionar cerca de 8,5 milhões de dólares enviados ao governo ugandense em ajuda, para um combinado total de 17 milhões, que irá para organizações não-governamentais e grupos de direitos humanos em Uganda. 

A matéria completa está no Gay Star News aqui: http://www.gaystarnews.com/article/first-countries-cut-aid-ugandan-government-over-anti-gay-law250214#sthash.4f8ZlPZP.dpuf



Compre Agora: Em Busca de Mim Mesmo



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Fui pastor batista, casado com uma mulher, pai de dois filhos, militante entre o que acreditam ser possível reverter a orientação sexual de uma pessoa homossexual. Decidi reavaliar "aquela velha opinião formada sobre tudo" que caracteriza o fundamentalismo religioso e passei por uma tremenda metamorfose nos na estrutura do pensamento, da crença, da maneira de lidar com a afetividade e, consequentemente, com a vida, sem contudo modificar meu verdadeiro eu, o qual encontrou terra fértil, luz e oxigênio para desabrochar.

As páginas que você vai começar a ler trazem os detalhes dessa metamorfose. Dogmas serão questionados, comportamentos serão modificados, coisas consideradas inquestionáveis serão postas em xeque, mas o resultado é belo, assim como belo é o resultado da metamorfose que a lagarta experimenta para finalmente se transformar numa bela borboleta - o que, no meu caso, é uma metáfora absolutamente apropriada. Confira!


Sergio Viula

Tanta coisa e tão pouco tempo!

Professor James N. Green


Ontem, conversando com um amigo no shopping, recebi a indicação de "Além do Carnaval", de autoria de James Green, um livro que eu já deveria ter lido há muito tempo, mas agora esgotado.

Decidi ir em busca de outros livros do mesmo autor - conceituadíssimo no segmento história/sociologia, especialmente no que diz respeito ao tema gay. Comprei "Frescos Trópicos" (minha primeira compra de livro em 2014), isso com apenas quatro dias de calendário, sendo um deles feriado - o primeiro de janeiro.

O livro pode ser encontrado por um preço bem em conta aqui: https://www.amazon.com.br/Al%C3%A9m-carnaval-edi%C3%A7%C3%A3o-homossexualidade-masculina/dp/6557110373/

Mas, isso não é tudo! Estou lendo ao mesmo tempo "O Corredor de Fundo" (de Patricia Nell Warren, essa versão em português de portugal), "Queer Sites" (do autor David Higgs, em inglês) e "Condicional" (de Paulo Sérgio Moraes, em português do Brasil). As leituras andam em diferentes alturas, estando o primeiro mais adiantado e o último recém-iniciado.

Agora, respondam-me, por favor: como pode alguém viver um ano inteiro sem pegar num livro? Mais ainda: Como tantos LGBTs conseguem viver sem interessar-se, uma única vez, por uma obra sequer dentro dessa temática?

REVISTA SOU MAIS EU: Depoimento de Sergio Viula (agosto/2013)

A revista Sou Mais Eu de agosto/2013 traz um depoimento meu, nascido de uma entrevista com a jornalista Luiza Furquim, que fez um trabalho extremamente profissional e com uma sensibilidade incomum. Sou grato à revista pela oportunidade e gostaria de incentivar todos os meus leitores e amigos a adquirem seu exemplar nas bancas de jornal. 

Veja abaixo o exemplar que traz meu depoimento:




Utilize esse texto para esclarecer amigos, parentes, colegas de trabalho/classe, etc. Invente, tente, promova a diversidade de um jeito diferente. ;)

Do Cartazes e Tirinhas LGBT: Em Busca de Mim Mesmo


Adquira o seu aqui: 

EM BUSCA DE MIM MESMO

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Uma semana especialmente feliz (19-25 de abril de 2013)



FAÇA UM LEVANTAMENTO DAS SUAS ALEGRIAS.
VOCÊ DEVE SER MAIS FELIZ DO QUE IMAGINA.


Uma semana (19-25 de abril/13) em que a felicidade ganhou novos contornos:

1. O Estado do Rio de Janeiro passa a fazer casamentos entre pessoas do mesmo sexo sem a necessidade comprovar união civil primeiro.

2. Casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado na França. Veja todos os países que já contam com o casamento igualitário.

3. Eu e Emanuel completamos mais um ano de relacionamento. Agora são seis anos! E no mesmo dia em que a França aprovou o casamento igualitário. Memorável. Uhu!

4. O CFP emitiu um parecer final sobre desconforto causado pelo Deputado evangélico João Campos em sua PDC 234/11. O livro Em Busca de Mim Mesmo e este blog foram citados. Veja o trecho e o link para o documento todo aqui: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/04/Parecer-PDC-234-final.pdf

5. O site oficial do IDAHO (Dia Mundial de Combate à homofobia) publicou foto minha com Luana Piovani numa marcha contra Feliciano em Copacabana. Ela me concedeu uma entrevista na ocasião. Colocaram até a citação de uma fala dela na entrevista em inglês. 

6. A pesquisa The “Ex-Gay” Movement in Latin America: Therapy and Ministry in the Exodus Network, cujo relatório fala da Exodus cita o trecho de um vídeo que eu fiz, chamado "As Falácias da Reversão Sexual" (em sua versão inglesa).

7. Tudo certo para a publicação de um conto meu na coletâna "Loveless" da Editora Escândalo. Já recebi até a página diagramada para dar OK. É uma honra poder estar entre gente tão boa e competente. Lançamento em breve.

Sete dias, sete alegrias. A média está boa! Tomara que continue assim. Existem, porém, outras tantas alegrias ligadas à família, amigos, trabalho, etc. A vida pode ser terrivelmente dura em alguns momentos, mas pode ser realmente doce em outros. Vamos viver para transformar os momentos mais difíceis em dias muito melhores. Faça a sua parte. Defenda sempre aquilo que fortalece a liberdade e aumenta a felicidade.

Como dizia um dos maiores gênios da música mundial, "heal the world, make it a better place for you and for me and the entire human race."*

*Cure o mundo, torne-o um lugar melhor para você, para mim e para toda a raça humana.

Vai ser nesse domingo, 13 de janeiro, às 18h - Domenica Bazar



Pessoal, estarei lá e o meu livro Em Busca de Mim Mesmo também. Aproveite! Muita gente cabeça e simpática estará lá também, inclusive o Felipe Dias, que fez aquela entrevista super maneira comigo para a revista H e agora preparou uma sobre cura gay para a revista Júnior (próxima edição) na qual ele se submete a consulta com uma "psicóloga cristã" como parte do seu levantamento para o artigo. Vale a pena conhecer essa figurinha pessoalmente.

Lembrando que o evento não é literário. Ele é diverso. Tem muita coisa legal e tod@s poderemos dar pinta à vontade... hehehe

Apareça lá. :)

ÓPERA - Espetáculo encenado pela companhia Coletivo Angu de Teatro

Fonte da foto: Globo Teatro


FÁBIO CAIO - INTEGRANTE DA COMPANHIA - ACABA DE ME INFORMAR QUE HAVERÁ PRÉ-ESTRÉIA NESSA QUINTA, DIA 03 DE JANEIRO. QUEM PUDER, APAREÇA LÁ.


O espetáculo Ópera tem estreia marcada no Teatro Glauce Rocha para o dia 04 de janeiro, 19h. Esse é mais um imperdível trabalho da Companhia Coletivo Angu de Teatro, sediada em Recife. O nome do projeto é Visões Coletivas, porque inclui outros coletivos convidados do nosso imenso Nordeste. Ópera estará em cartaz no Teatro Glauce Rocha, aquele que fica na Av. Rio Branco, em frente ao metrô da Carioca e ao Edifício Central, a partir do desta primeira sexta-feira do ano. O homoerotismo é tratado com muito carinho e, claro, humor, mesmo que ácido em alguns momentos.

O espetáculo é baseado em textos inéditos de Newton Moreno e traz quatro histórias que são trabalhadas de forma diferentes, radionovela , fotonovela , telenovela e por ultimo uma ópera - abrindo espaço para um tema nunca tratado por estes tradicionais meios de comunicação.

No espetáculo Angu de Sangue, a Companhia encerrava a apresentação com uma homenagem a um grande artista pernambucano - o Pernalonga - numa cena que também apresentava o filme Perna - uma história real e chocante. O espetáculo Ópera é uma outra forma de homenagem que toma como ponto de partida o trabalho revolucionário do grupo Vivencial Diversione, do qual participava o Pernalonga . Em breve, será lançado o filme TATUAGEM a partir do trabalho deste grupo.

Na sua estrutura entre cada quadro os atores se travestem e dublam grandes divas da música mundial.

IMPERDÍVEL!

Estarei lá no dia 04 de janeiro, sexta-feira. Apareça lá você também.Vamos prestigiar o que é bom logo no início desse promissor 2013.






Ópera
Teatro Glauce Rocha

Av. Rio Branco, 179 – CentroTel.: (21) 2220-0259Quinta a domingo, às 19hEspetáculo não recomendado para menores de 18 anosEm cartaz até 20 de janeiro
Estreia dia 4 de janeiro


*******************

Veja o comentário de um dos integrantes do Visões Angu Coletivo 
sobre EM BUSCA DE MIM MESMO, escrito por esse blogueiro:

Por Fábio Caio 

Acabo de ler seu livro e fiquei realmente comovido com sua trajetória! A Ninive ficou no Rio até o dia 20/12 e só depois do Natal, quando nos encontramos, é que pude ter nas mãos o exemplar do Em Busca de Mim Mesmo! Uma leitura estimulante para começar o ano com esse ímpeto de guerreiro que você é e transparece tão claramente por todo o livro. Não é fácil para nós a saída do armário, mas comparado ao seu processo o meu foi um mal estar passageiro e fugaz.

Deixo aqui meu reconhecimento público ao Fábio Caio, à Nínive e demais integrantes do Visões Angu Coletivo que marcaram profundamente nossos corações no mesmo dia da Parada do Orgulho LGBT do Rio, pois foi nesse dia - saindo da Parada por volta das 18h - que fomos assistir o espetáculo Angu de Sangue.

Encontre o livro aqui: https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

O PROBLEMA DA "EX-HOMOSSEXUALIDADE" - por João Marinho



O PROBLEMA DA "EX-HOMOSSEXUALIDADE"


Por João Marinho

Pensei muito em voltar a escrever sobre o tema e em começar fazendo uso de uma situação difícil que uma conhecida minha está passando – mas não posso me furtar a apresentar a enganação que, baseadas em um livro arcaico e em dogmas ultrapassados, tantas igrejas e tantos cristãos insistem em defender: a ideia de que é possível ser “ex-gay”.

Este ano, publiquei, não sem um certo prazer, uma nota no site A Capa que informava que a Exodus International, uma das maiores associações religiosas de “ex-gays” do mundo, reconheceu que a reversão da orientação sexual não é possível e que, nesse sentido, a homossexualidade é uma “cruz” que cabe ao “ex-gay” carregar e contra a qual lutar ao longo de sua vida, no projeto de viver de acordo “com a vontade de Deus”, quer seja: casando-se e tendo mulher e filhos. Não é o ideal, mas é um passo na direção mais sábia.

Muitos aqui sabem que eu já fui um gay evangélico – já tentei a via da oração por muitos anos, já fui um adolescente deprimido e em crise por causa disso. Também já tive amigos que tentaram outras vias mais “concretas”, até mesmo se internando em fazendas evangélicas que praticavam verdadeiras atrocidades psicológicas. Outros entraram em “grupos de aconselhamento” e outros ainda tentaram a via do exorcismo.

Graças a Deus (olhem a ironia), eu me livrei de tudo isso, nunca cheguei a esses extremos e, liberto, hoje sou feliz com minha sexualidade – mas de todos os que vi se declararem “ex-gays”, sempre foi essa a minha percepção. Na verdade, eles nunca deixavam de ser gays, ou seja, de sentir atração por homens. Recorrendo a expedientes de repressão psicológica ou de matriz religiosa, deixavam de praticar o sexo com os homens e, em nome de suas convicções, seguiam uma vida de comportamento heterossexual, tendo, porém, de se policiarem contra o sexo gay como um alcoólatra em tratamento: “não se pode dar o primeiro gole”.

A questão que se impõe é... Se um alcoólatra que não bebe mais pode ser chamado de “ex-alcoólatra”, por que um gay que não transa mais com homens não pode ser chamado de “ex-gay”? Em que pese o fato de que já vi alcoólatras dizendo que não existe “ex-alcoólatra” – você sempre será um, ou seja, terá aquele problema com o álcool, o que muda é se está sóbrio e abstêmio ou não –, eu responderia que a questão é de conceito.

Por má informação, ou má-fé, boa parte da população não compreende que o conceito de orientação sexual está ligado ao desejo, tomado em sua acepção ampla e ao longo da vida. Orientação tem esse nome porque indica a quem o desejo sexual, incluindo sua face afetiva, está orientado, dirigido, direcionado, e é ISSO que define se a pessoa é hétero, homo, bi ou pan, não o sexo da pessoa que está ao lado na cama.

Em suma, como costumo explicar, eu faço sexo com homens porque sou gay – não sou gay porque faço sexo com homens. Da mesma forma, um homem hétero faz sexo com mulheres por ser homem hétero, de antemão – não é pelo fato de praticar essa modalidade de sexo que ele se torna hétero.

O ato sexual-genital é, portanto, o resultado possível e provável da orientação sexual, não sua causa: o desejo antecede o ato. Tendo isso em vista, se o desejo da pessoa está orientado para o mesmo sexo, ela é homossexual, ou gay – independentemente de concretizar esse desejo mediante relações sexuais ou não. Gays (como héteros, bis e pans), portanto, podem ser celibatários, abstêmios e até mesmo se relacionarem com pessoa de sexo diverso. Também podem ser virgens – e isso é relevante, porque, se o que definisse a orientação sexual fosse o ato, e não o desejo, qualquer pessoa que ainda não tivesse transado não seria “nada”, não teria orientação sexual, o que é efetivamente um absurdo.

Trazendo isso para o que estamos discutindo aqui, então, o “ex-gay” não é “ex-“ porque o desejo pelo mesmo sexo fatalmente estará ainda, ou sempre, como admitiu a Exodus, presente. Não é por ter uma mulher e filhos com ela que, por isso, ele deixou de ser gay: basta apenas que o desejo pelo mesmo sexo esteja lá, como parte integrante da personalidade – e a verdade nua é crua é que, se você tem de lutar continuamente para não ceder a uma determinada vontade, ou para reprimi-la, a lógica impõe a realidade de que essa vontade existe, em primeiro lugar.

A descoberta de que essa “vontade” está lá não costuma ser um processo fácil, mesmo para aqueles que não são religiosos. Vivemos em uma sociedade homofóbica, em que destoar do padrão “homem com mulher” equivale a sofrer pressões e repreensões, enfrentar preconceitos – inclusive os nossos próprios – e até mesmo atos de violência. Diante disso, não chega a ser inesperado que o gay que recentemente se descobriu assim anseie “por se tornar hétero”, porque, afinal, quem quer passar por sofrimentos?

A constatação dessa realidade faz com que muitos na igreja, e fora dela, acreditem assim que possibilitar “tratamentos”, espirituais ou não, para permitir à pessoa alcançar essa meta é uma demonstração de caridade e piedade humana – e, alguns, nutridos desse ideal de compaixão, chegam a apoiar teses como a do recente projeto de Decreto Legislativo que quer derrubar a proibição de psicólogos oferecerem tratamentos objetivando a “cura da homossexualidade”, em discussão no Congresso.

Existem, porém, outras três verdades nuas e cruas. Uma delas é que a ciência – que deve pautar a ação do psicólogo enquanto profissional – já tentou a via da “cura”, sem sucesso, conforme demonstram bastantes evidências, que se acumulam de décadas atrás até hoje. A segunda é que esses tratamentos, e incluo aqui os espirituais, costumam mais piorar do que melhorar a psique das pessoas. Reprimir um desejo legítimo não acontece sem se pagar um preço – e não é difícil imaginar quão pode ser difícil e tensa uma vida em que o policiamento contra uma força tão legítima e primária é a regra.

A terceira verdade nua e crua é que basta arranhar a superfície para saber que não é a homossexualidade o problema, mas a homofobia: se a sociedade facilitasse a vida dos gays, em vez de os recriminar, se os pais deixassem o amor por seus filhos falarem mais alto, quem negaria que, em vez de tentarem “virar héteros”, tantos gays não tentariam viver uma vida plena a harmônica com sua sexualidade, sem sofrerem perseguição por causa disso?

No entanto, quero aqui falar o segundo ponto, o preço por viver uma vida reprimindo um desejo. Para isso, vou retomar o primeiro parágrafo: por que é uma enganação que as igrejas e os cristãos defendam que é possível ser “ex-gay”? Porque, além de ser, no mínimo, questionável falar em “ex-“, diante dos conceitos esclarecidos até aqui, muitas vezes, esses mesmos cristãos e suas igrejas não sabem, e nem mesmo fazem questão de saber, do preço que pagam essas pessoas.

A história de uma conhecida minha, que me motivou a escrever este artigo, não será revelada em detalhes, a fim de manter intacta sua privacidade e seu sofrimento. Basta saber que, depois de ter se casado e ver sua vida sexual com o marido com quem tivera filhos decrescer em qualidade por um certo período de tempo, pelo qual ela culpava a si mesma, descobriu que seu marido a traiu com outro rapaz. Os personagens são evangélicos.

Não se pode negar o sofrimento por que ela passou e tem passado, embora tenha tido a grandeza de enxergar nisso uma libertação: não era “culpa” dela, afinal – e, aqui, a tendência dos moralistas de plantão é enxergar no ex-marido um pulha, que não soube honrar o casamento e destruiu a família com as próprias mãos.

Uma análise mais aprofundada, no entanto, mostra que essa é uma situação em que não existem verdadeiros vilões. Criado em uma família evangélica e extremamente conservadora, o marido – de quem sempre desconfiei graças a meu “gaydar” –, certamente não teve uma vida mais fácil, ainda mais diante dos olhos de quem, como eu, descobriu na própria carne como é difícil se perceber gay e ser evangélico.

Como terá sido a vida desse moço, obrigado a recusar a si mesmo o benefício de procurar uma vida mais completa condizente com seu desejo, em nome de estar fazendo o que “Deus queria”? E como deve estar sendo essa situação, ao ter percebido que, pelo fato de o desejo, por tanto tempo reprimido, ter cobrado a fatura que ele não conseguiu pagar, ter magoado tantas pessoas ao mesmo tempo, inclusive a mulher que certamente amou (sim, porque há muitos casos de gays que foram casados com mulheres que efetivamente amaram suas esposas, até por existir, nos ensinam os gregos, mais de um tipo de amor)?

Agora, não haverá ninguém, especialmente em sua igreja, para ver seu lado e apoiá-lo. Desprezado por todos, culpando a si próprio e sozinho, ele ainda poderá enfrentar a ira evangélica e da família, se descobrirem a realidade dos fatos, por ter cedido aos “desejos de Satanás”, quando Satã não tem nada a ver com a história. O que há aqui, para quem, como eu, já está mais do que escolado, são seres humanos às voltas com suas escolhas, algumas delas indevidas frente ao desejo e sua própria natureza, e uma religião patentemente insensível a essas demandas, que prefere o sofrimento calado de um homem para manter as aparências e dogmas do que propiciar a esse ser humano uma alternativa de harmonizar sua sexualidade e seu sentimento religioso. Será que ele é mesmo o pulha?

Na minha concepção, se minha conhecida poderá se recuperar com certa velocidade do baque – quem sabe, encontrando outro homem que a faça feliz e a deseje sexualmente de verdade –, a situação do marido é bem mais complicada, e, se ele não tiver ajuda para se libertar dos dogmas religiosos, pode piorá-la, envolvendo-se em “tratamentos”. Quem sabe, caindo em intensa depressão, não tente uma alternativa ainda mais “concreta”, que poderia atender pelo nome de drogas ou suicídio...

Essa verdade nua e crua e feia é só uma das que se escondem por trás das histórias dos “ex-gays”, mas, convenientemente, muitos pastores e suas igrejas fazem questão de não abordá-la em seus cultos evangelísticos transmitidos nas televisões de concessão pública. Quem conhece esse lado somos nós, outros gays, que pouco temos voz, e estamos igualmente sozinhos, procurando ajudar aqueles que passaram por martírios que, às vezes, nós também já experimentamos.

Certamente, o marido será apresentado como um “falso crente”, quando a única coisa falsa aqui é o dogma religioso e sua promessa de “ex-homossexualidade”, ou ainda, a falsa promessa de que a felicidade real só se encontra em um casamento hétero, “de acordo com a vontade de Deus”.

A história que acabo de relatar me fez lembrar de outra, talvez o primeiro caso de “ex-gay” com quem tive contato, quando eu contava com cerca de 18 anos. Francisco era o nome dele, gay efeminado que costumava ir a certa praça em minha cidade “caçar”, como eu à época, companhias masculinas.

Soube por amigos em comum que Francisco se convertera à CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL e, após se submeter a “aconselhamentos” e sessões que beiravam o exorcismo, estava noivo de uma mulher da igreja. Tentei argumentar com ele, mas diante de sua convicção inabalável, não me restou alternativa a não ser me resignar – apenas para, cerca de nove meses depois, reencontrar Francisco, já casado, novamente procurando companhias masculinas no mesmo lugar.

Uma conversa foi bastante reveladora. Deprimido, ele argumentou ter tentado de tudo, sem sucesso, e que “esse negócio de cura não existia”. “Pois é”, respondi eu, “mas agora você envolveu outra pessoa, que está em casa te esperando. Como é que fica?”. “Como é que fica”, pergunto eu, se, numa dessas, ele sofresse uma violência, ou se, tomado de intenso e cego desejo, descuidasse de sua proteção e pegasse algo e o transmitisse à mulher?

Novamente, veríamos o Francisco como o vilão, que enganou a todos... Mas será que não foi ele o enganado? E será que não foram os fiéis da igreja os enganados? Quem duvida de que Francisco foi apresentado como um caso de “restauração pelo poder de Deus”, por “ter sido gay” e agora estar casado? Talvez ele fizesse até uma ponta no programa de Silas Malafaia – e, no entanto, novamente, somos nós, outros gays, que temos de lidar com esse lado escuro e feio do que as igrejas gostam de mostrar em seus shows evangélicos.

Francisco e o ex-marido de minha conhecida não eram e não são pessoas de má índole, como certamente não o são suas mulheres. Podem ter “errado”, se considerarmos “erro” a “traição” sem levar em conta seus motivos – operação esta que eu, particularmente, considero o verdadeiro erro –, mas eram humanos devotos, convictos da ação do evangelho em suas vidas e de seguirem o desejo de Deus.

Só nos resta perguntar que Deus é esse, que deseja e prefere a mentira em vez da verdade, a aparência em vez da harmonia, a traição em vez da cumplicidade, o dogma em vez da felicidade, o sofrimento em vez da plenitude, como se a homossexualidade fosse um erro, em vez de uma via possível para se estar bem consigo mesmo... Um Deus que prefere ver um “ex-gay” sofredor e em uma luta inglória a um gay feliz, arrastando junto ao primeiro uma família inteira. Se é esse o Deus que a igreja acredita, lamento: o meu não é assim – e ainda me perguntam por que eu decidi abandonar os templos, enquanto outros querem restaurar a “cura gay” psicológica via canetada no Congresso...

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