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UNIÃO EUROPEIA: Casamento homoafetivo realizado em Estados-Membros são válidos em todo o bloco

União Europeia Determina: Todos os Países Devem Reconhecer Casamentos Homoafetivos Celebrados em Outros Estados-Membros




Por Sergio Viula 


Numa decisão histórica e vinculante, o Tribunal de Justiça da União Europeia determinou que todos os 27 países do bloco devem reconhecer os casamentos entre pessoas do mesmo sexo celebrados em qualquer Estado-membro, mesmo que não permitam o casamento igualitário em suas próprias legislações. A medida representa um avanço sem precedentes para os direitos LGBTQIA+ na Europa.

O que exatamente o Tribunal decidiu?

Em 25 de novembro de 2025, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), a mais alta corte do bloco, concluiu que:

Todos os países da UE são obrigados a reconhecer casamentos homoafetivos realizados em qualquer outro país da União.

Essa obrigação vale independentemente do país ter ou não casamento igualitário em sua legislação interna.

A recusa de reconhecimento fere dois pilares fundamentais da UE:

o direito à liberdade de movimento (cidadãos devem poder circular e residir em qualquer país da União com seus cônjuges), o direito à vida familiar privada e protegida.

A decisão é de cumprimento obrigatório, sem margem para interpretação política por parte dos governos nacionais.

O caso que mudou tudo

A decisão surgiu após um processo envolvendo dois cidadãos poloneses que: se casaram legalmente em Berlim em 2018 mas tiveram o reconhecimento do casamento negado na Polônia, país que não reconhece o casamento homoafetivo.

O caso foi parar na justiça polonesa, que encaminhou a questão ao TJUE. A partir daí, a Corte emitiu uma decisão que agora repercute por todo o continente.

O que muda na prática?

Mesmo países conservadores — como Polônia, Hungria, Letônia, Romênia, Bulgária e Lituânia — terão de:

  1. registrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados em outro Estado-membro;
  2. garantir direitos derivados desse reconhecimento, como:

  • residência,
  • herança,
  • benefícios sociais,
  • registro conjunto,
  • proteção familiar.

Importante:

A decisão não obriga esses países a legalizarem o casamento igualitário internamente.

Mas obriga a reconhecer casamentos já válidos em outros países da UE, o que cria um corredor legal de proteção para famílias LGBTQIA+.

Um avanço imenso para direitos LGBTQIA+

A decisão tem efeitos profundos:

1. Proteção real a milhares de famílias LGBTQIA+

Casais passam a ter direitos equivalentes, mesmo vivendo em países que ainda não reconhecem o casamento igualitário.

2. Pressão política interna

Embora a decisão não imponha a legalização do casamento LGBTQIA+ nesses países, cria um precedente jurídico forte que poderá impulsionar mudanças nacionais.

3. Vitória simbólica: igualdade como princípio europeu

A Corte reafirma que direitos LGBTQIA+ são direitos humanos — e não podem ser relativizados pela política interna de cada Estado.

Quem já tinha casamento igualitário na UE?

Até a decisão, 17 dos 27 países da UE já tinham legalizado o casamento homoafetivo.

Agora, todos os 27 passam a reconhecê-lo quando realizado em outro Estado-membro.

Reações políticas e impacto continental

Em países como Hungria e Polônia, governos conservadores reagiram mal, mas não têm espaço jurídico para descumprir a decisão.

Organizações e ativistas LGBTQIA+ celebraram o que chamam de “a maior conquista legal desde o avanço do casamento igualitário na Europa Ocidental”.

Partidos progressistas no Parlamento Europeu apontam a decisão como um marco que fortalece a coesão democrática do bloco.

O que você talvez não saiba sobre Kim Davis e sua sanha doentia contra o casamento homoafetivo

A Suprema Corte rejeita o caso de Kim Davis para destruir a igualdade no casamento
[O que você talvez não saiba sobre o caso]


Hemant Mehta fala sobre Kim Davis



Você encontrará o texto do vídeo publicado por Hemant Mehta, do canal Friendly Atheist, integralmente traduzido aqui, logo depois dessa biografia sobre o autor desse conteúdo.

Quem é Hemant Mehta, a mente por trás do Friendly Atheist e uma das vozes mais influentes do secularismo moderno?

Hemant Mehta, mais conhecido na internet como Friendly Atheist, é um dos comunicadores seculares mais proeminentes dos Estados Unidos. Escritor, educador e ativista, ele se tornou referência para quem busca análises críticas sobre religião, política e direitos civis — especialmente em um cenário em que movimentos fundamentalistas seguem tentando restringir liberdades individuais, incluindo as de pessoas LGBTQ+.

Nascido em Chicago e criado em uma família jainista, Mehta cresceu em um ambiente religioso, mas desenvolveu desde cedo uma postura analítica em relação à fé. Ao longo dos anos, essa atitude se transformou em uma carreira pública marcada pela defesa da laicidade, do pensamento crítico e do diálogo honesto sobre crenças e poder.

Formado em Matemática e Biologia pela Universidade de Illinois (Chicago), ele começou sua trajetória profissional como professor de matemática no ensino médio, chegando a obter certificação nacional. Essa experiência moldou seu estilo direto e didático — uma marca registrada em seus vídeos e textos.

É na internet que Hemant Mehta realmente se destaca. Ele é o criador do site FriendlyAtheist.com, do canal de YouTube FriendlyAtheist1 e coapresentador do Friendly Atheist Podcast, junto com Jessica Bluemke. Em todas essas plataformas, Mehta analisa discursos religiosos, decisões políticas e debates sociais com humor seco, dados atualizados e um olhar profundamente crítico sobre como o fundamentalismo impacta minorias. Essa perspectiva tem aproximado seu trabalho de pessoas LGBTQ+ ao redor do mundo, que encontram ali um aliado firme contra políticas discriminatórias.

Além de sua presença online, Mehta já participou da CNN, da FOX News e de outros veículos importantes, comentando temas como liberdade religiosa, educação laica e direitos civis. Também integrou conselhos de organizações seculares como a Foundation Beyond Belief e a Secular Student Alliance.

Como autor, publicou livros que se tornaram referência entre jovens ateus e leitores interessados na relação entre fé e sociedade, incluindo I Sold My Soul on eBay e The Young Atheist’s Survival Guide. Em um momento de sua carreira, lançou o controverso projeto God is an Abusive Boyfriend, posteriormente retirado após debate público — um exemplo de seu compromisso com a autocrítica e com uma construção contínua do diálogo secular.

Hoje, Hemant Mehta segue como uma das vozes mais consistentes e bem-informadas contra o fundamentalismo religioso nos Estados Unidos. Seu trabalho oferece não apenas crítica, mas também um espaço de acolhimento para pessoas que enfrentam opressão religiosa, incluindo muitas do público LGBTQ+. Com inteligência, ironia e rigor, ele se tornou uma referência indispensável para quem acredita que direitos humanos, ciência e liberdade devem caminhar juntos.


TEXTO DO VIDEO:




Vamos falar sobre a Kim Davis de novo. Eu acho que fiz um vídeo sobre isso há alguns meses e provavelmente vou repetir muitas coisas que disse naquele vídeo, mas por que não? Talvez seja a última vez que tenhamos que falar sobre ela. Mas, basicamente, a fanática cristã Kim Davis esteve nas notícias esta semana e, pela primeira vez, foi por um bom motivo. É porque a Suprema Corte disse: “Não vamos aceitar seu caso. Não queremos ouvir você. Vá embora. Não vamos lidar com isso.”

E eles disseram isso — deixa eu voltar e explicar o que diabos ela estava tentando fazer. Porque, embora rejeitar o caso dela seja importante, isso não significa necessariamente que é o fim de toda a guerra que eles estão tentando travar aqui.

Basicamente, aqui está o que aconteceu com Kim Davis. Anos atrás, Kim Davis era escrivã do condado de Rowan, no Kentucky. E, em 2015, depois da decisão Obergefell, depois que a igualdade no casamento virou lei nacional, casais gays iam até o escritório dela e diziam: “Queremos nos casar. Assine nosso certificado.” E ela dizia: “Mas eu sou cristã, então não. Vão embora.” E é tipo: não importa qual é a sua religião. Você é uma funcionária pública. Seu trabalho é assinar nosso certificado de casamento. E ela continuou dizendo não.

Então, um desses casais processou — processou ela. Ela basicamente teve que pagar; devia a eles cerca de uns 400 mil dólares, mais ou menos, em punição e honorários legais quando tudo isso terminou. E o Liberty Counsel, o grupo jurídico cristão de extrema direita, decidiu representar Kim Davis. E por dez anos eles vêm arrecadando dinheiro constantemente com a ideia de que são os únicos dispostos a defendê-la. E estavam levando isso até a Suprema Corte.

E uma das razões pelas quais Kim Davis é simplesmente engraçada é… aqui está Kim Davis. Deixa eu lembrar vocês do histórico matrimonial dessa boa mulher cristã. Esta é uma mulher que, em ordem cronológica — fiquem comigo — casou-se com o marido 1, teve gêmeos com o marido 3, divorciou-se do marido 1, casou-se com o marido 2, divorciou-se do marido 2, casou-se com o marido 3, divorciou-se do marido 3, e depois casou-se de novo com o marido 2 — exatamente como Jesus ordenou. E essa mulher dizia: “Sabe de uma coisa? Eu me importo com a santidade do casamento.”

Então, como ela justificava a hipocrisia óbvia sobre a “santidade do casamento”? Ela escreveu no livro dela que Deus não estava no cenário até que a mãe do marido 2 morreu. E então eles voltaram à igreja em 2011. Então, tipo… tudo o que ela fez antes de 2011 não conta, gente.

E depois ela também disse no livro que era meio engraçado, uma espécie de ironia divina, porque Deus está usando ela — essa pessoa imperfeita, que se casou um zilhão de vezes — para defender o casamento contra os gays.

De qualquer forma, só para resumir a situação legal dela: em 2022, um juiz federal disse que ela quebrou a lei ao não assinar aquelas licenças de casamento, porque ela era uma funcionária pública. Dane-se suas crenças religiosas. Faça seu trabalho. Você não pode escolher quais leis seguir. E um júri ouviu o caso dela em 2023 para decidir quanto ela devia. E decidiram: “É, nós não compramos nenhuma das suas desculpas.” Então disseram que ela devia ao casal gay — David Ermold e David Moore — 100 mil dólares.

O Liberty Counsel disse: “Vocês não podem fazer ela pagar. Ela trabalha para o governo. Ela é como uma policial. Ela tem imunidade qualificada. Não podem processá-la.” E o júri respondeu: “Não, eles podem processá-la. Ela deve a eles.” O Liberty Counsel recorreu, e não funcionou. A corte de apelações disse: “Sim, não. O que o tribunal anterior disse está certo. Ela estava violando a lei.”

No verão, o Liberty Counsel disse: “Bem, vamos pedir que a Suprema Corte intervenha.” E isso é normal — qualquer pessoa pode pedir. Mas o que eles estavam pedindo, e é aí que ficou assustador, não era apenas reverter as decisões anteriores. Eles disseram que Kim Davis tem direito à liberdade religiosa garantida pela Primeira Emenda, então ela não poderia ser processada por negar licenças de casamento.

Mas esse não era o ponto. Na verdade, o Sexto Circuito disse: “Isso não faz sentido. Não é assim que o país funciona.” Por exemplo — e isso foi escrito por eles — um escrivão que acha casamento inter-racial pecaminoso poderia se recusar a emitir licenças. Um funcionário eleitoral que acredita que mulheres não deveriam votar poderia recusar votos de mulheres. Um funcionário de zoneamento que é contra o cristianismo poderia se recusar a permitir a construção de uma igreja. Todos estariam usando poder estatal para violar direitos constitucionais, mas estariam seguindo a própria consciência. Isso não é como a Constituição funciona. E quando essas duas coisas estão em conflito, a consciência dela deve ceder à Constituição.

O Liberty Counsel disse: “Nã-nã-ninã-não, vamos pedir à Suprema Corte para reverter isso.” E mais ainda: o que pediram à Suprema Corte não era só reverter as decisões contra Kim Davis — eles pediram que a Corte anulasse a igualdade no casamento no país inteiro, porque disseram que isso se baseia totalmente na “ficção jurídica do devido processo substantivo”, o que significa que a Constituição nunca disse que pessoas gays têm o direito de se casar. E assim como os juízes disseram que não existe na Constituição um direito ao aborto, também deveriam dizer que não existe direito ao casamento igualitário.

Esse era o argumento. E o que aconteceu esta semana? Aqui está a lista de decisões da Suprema Corte — só um catálogo de casos que eles decidiram ignorar por qualquer razão. E ali estava, no número 25-125: Kim Davis versus David Ermold, etc. E dizia: o pedido de certiorari é negado — ou seja, não vamos ouvir esse caso. E acabou. O caso de Kim Davis não seria ouvido.

E aqui estavam as manchetes depois: Suprema Corte rejeita contestação à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A BBC resumiu assim: a escrivã do condado de Rowan foi finalmente condenada a pagar 360 mil dólares em danos e cumpriu seis dias de prisão por desacato. O Sexto Circuito também decidiu contra ela. Na apelação, a equipe jurídica de Davis argumentou que o casamento gay era baseado em uma ficção jurídica. Na segunda-feira, depois da rejeição da Suprema Corte, Mat Staver do Liberty Counsel disse que sua cliente agora enfrenta danos financeiros devastadores baseados em nada além de supostos “sentimentos feridos”.

U-hum. Todo mundo derrame uma lágrima por Kim Davis, que passou a última década tentando destruir o casamento igualitário. E a mulher que não consegue manter o próprio casamento por muito tempo agora diz: “Vejo esses casais gays felizes e quero que isso pare.” E aparentemente ela enfrenta danos devastadores… sabe o quê, Liberty Counsel? Vocês arrecadaram tanto dinheiro usando o nome dela. Por que não pagam tudo?

Essas pessoas são as piores. Todas elas. Outra coisa — e isso é do Right Wing Watch — Matt Staver também escreveu: “Não tenho dúvida de que a determinação de Kim Davis servirá como catalisadora para levantar muitos outros desafios à equivocada decisão Obergefell.” Ele disse que seu grupo continuará trabalhando com legisladores estaduais e indivíduos para derrubar Obergefell e devolver o tema do casamento aos estados.

A direita cristã não terminou de tentar derrubar Obergefell. Mas parece que o caso de Kim Davis era tão fácil de decidir que a Suprema Corte basicamente disse: “Vocês não podem nos fazer argumentar que todo tribunal anterior estava errado. Isso não é um caso controverso.” Mesmo que a Suprema Corte queira muito derrubar o casamento igualitário algum dia, não vai usar Kim Davis como veículo para isso — o que é maravilhoso, por agora. Mas os cristãos vão continuar tentando. E isso é decepcionante.

Uma coisa que me chamou atenção ao pesquisar sobre a história foi o quanto não vimos Kim Davis nos últimos dez anos. E eu não sei necessariamente por quê. Quando ela apareceu nas notícias pela primeira vez, muita gente zombou dela — da aparência, do cabelo, dos 97 casamentos. E tenho certeza de que não foi fácil para ela, apesar de ser figura pública. Mas, enfim, ela é uma fanática e estava fazendo algo horrível. Então, não sinto muita pena.

Mas me chama atenção que é Matt Staver quem fala agora, não Kim Davis. Eu mal vejo o nome dela. E fico me perguntando quais serão os próximos passos agora que ela tem que pagar isso. Será que ela desaparece? Será que encontra o marido número 5? O que ela faz agora? Vai tentar lucrar com isso? Vai fazer uma turnê de palestras? Não sei.

Mas, pelo menos desta vez, a Suprema Corte nos deu uma boa notícia dizendo: “Não vamos ouvir essa mulher. Não vamos aceitar esse caso. Tragam outro e talvez consideremos.” E de alguma forma isso virou boa notícia: quando a Suprema Corte diz que não vai ouvir algo, isso conta como boa notícia hoje em dia.

Certo, vou parar por aqui. Quais são as perguntas?

Kim poderia ligar para algumas igrejas. “Ei igreja, preciso de dinheiro, vocês podem me ajudar?” E eles diriam: “Você é membro?” E ela diria: “O quê? Não.” Ótima ideia.

Eu simplesmente não entendo o que motiva essas pessoas. Não interfere nas leis delas de forma alguma, mas elas ficam tão obcecadas com o pensamento do casamento entre pessoas do mesmo sexo. É um argumento justo, feito há séculos: como o casamento de um casal gay afeta o seu casamento? Tipo, se isso afeta, se você acha que desvaloriza seu casamento, talvez devesse conversar com seu cônjuge sobre isso — não culpar o mundo dizendo: “Ah, casamento não significa mais nada agora que outras pessoas podem fazê-lo.” Esse argumento sempre existiu porque eles não têm resposta.

Mas eles não param. É inacreditável como gostam de fingir que são os guardiões da moralidade, os defensores da moral, mas tudo o que você vê nas notícias sobre cristãos nunca é “veja como eles ajudam os pobres” — é sempre: precisamos proteger Trump, precisamos encobrir Trump porque ele apareceu nos arquivos do Epstein e não queremos que as pessoas fiquem bravas conosco. Então vamos fingir que é uma conspiração. É isso que fazem o tempo todo.

Deveriam existir mais punições para quem traz esses processos frívolos que vemos hoje. Sim, há muitos grupos jurídicos que vão defender alguém como Kim Davis gratuitamente, então ela não paga nada por ter advogados. E isso não é necessariamente um problema, mas eles estão usando ela para conseguir algo maior. Muitos processos usam pessoas aleatórias para tentar alcançar um resultado que querem. Isso é uma estratégia jurídica — pense o que quiser. Mas ela está nisso há 10 anos. E aí você se pergunta: o que isso faz ao casal gay que só queria seguir com suas vidas 10 anos atrás? Eles foram arrastados nisso por uma década. Eu não sei qual deveria ser a punição. Não sei o que seria “demais”. Mas sinto que 360 mil dólares não parecem suficientes — especialmente porque a maior parte vai para advogados.

Eu perdi uma aposta com Godless Granny sobre isso. Achei que a Suprema Corte diria: “Segurem minha cerveja.” Eu vou dizer: muitos especialistas jurídicos tinham certeza de que não haveria chance de a Suprema Corte aceitar esse caso, apenas porque o caso é burro. Pode surgir outro que a Corte aceite e que reverta Obergefell, mas não este. Este não é um bom caso teste.


ASSISTA AO VÍDEO (EM INGLÊS)

Casamentos LGBTQ+ Gratuitos na Carolina do Sul: Um Ato de Amor e Resistência




Casamentos LGBTQ+ Gratuitos na Carolina do Sul: Um Ato de Amor e Resistência



Em meio a um cenário de incertezas e ameaças à igualdade no casamento nos Estados Unidos, um evento recente em Columbia, na Carolina do Sul, demonstrou que o amor sempre encontra uma maneira de resistir. No dia 20 de janeiro, a feira de arte Y'all-Mart, promovida pelo Art Bar, organizou uma celebração especial: casamentos gratuitos para casais LGBTQ+ como um ato de apoio e protesto.

Amor e Comunidade em Meio às Ameaças

O evento, inicialmente anunciado no Instagram, convidava casais a "virem se casar de forma gay", oferecendo um pacote que incluía cupcakes, flores, fotografia e gravatas bolo por uma taxa simbólica de US$ 100. O valor arrecadado foi inteiramente destinado ao fundo de mudança de nome e marcador de gênero do Centro Harriet Hancock, um espaço comunitário LGBTQ+ da cidade.

Graças ao enorme apoio recebido, a iniciativa superou sua meta inicial de arrecadação de US$ 2.000 e chegou a US$ 3.500. No fim, os oito casais que participaram puderam se casar gratuitamente. "Os casais LGBTQ+ tinham cada um seus próprios motivos para querer se casar em uma feira de arte, mas um ponto comum era a incerteza sobre se seu casamento ainda seria legal quando conseguissem planejar uma cerimônia mais tradicional", relatou o jornal The State.

Casamento Como Protesto

Para muitos dos casais, o evento representou mais do que uma celebração. A preocupação com o futuro da igualdade no casamento nos EUA tem aumentado, especialmente com a possibilidade de reverter a decisão Obergefell v. Hodges, que garantiu o casamento igualitário no país.

"Quanto mais hostil fica, mais difícil é prever se poderemos fazer isso mais tarde", disse Sharon Thrailkill, que se casou com Christine Fowler no evento. Já Klo Hampton, que trocou alianças com Mahkia Greene, acrescentou: "Estávamos conversando sobre como isso parece um pouco urgente, mas queremos usar nossa autonomia enquanto a temos e dar esse passo."

A cofundadora do Y'all-Mart e oficiante das cerimônias, Caitlyn Viars, resumiu o significado do evento de maneira poderosa: "Quando encontramos nossa alegria queer... estamos resistindo simplesmente por existir e amar. É quase uma forma de protesto. Não deveria ser, mas é."

O Futuro da Igualdade no Casamento

O evento aconteceu em um momento crítico para os direitos LGBTQ+ nos Estados Unidos. Recentemente, a Câmara dos Representantes de Idaho aprovou uma resolução pedindo a revogação da decisão Obergefell v. Hodges. Embora sem força de lei, essa medida reflete a intenção de setores conservadores de fragilizar direitos conquistados. Além disso, a ex-cartorária Kim Davis, conhecida por se recusar a emitir licenças de casamento para casais do mesmo sexo, segue tentando reverter sua condenação nos tribunais.

A Lei do Respeito ao Casamento, sancionada pelo presidente Joe Biden em 2022, garante que o governo federal reconhecerá casamentos entre pessoas do mesmo sexo e inter-raciais. No entanto, se Obergefell for revogado, os estados não serão obrigados a realizar essas uniões, o que traria insegurança jurídica para milhares de casais.

Celebrar o Amor é um Ato de Resistência

Os casamentos LGBTQ+ realizados na Carolina do Sul representam muito mais do que apenas uniões matrimoniais: eles são um lembrete da força e da resiliência da comunidade. Enquanto direitos são questionados e ameaças pairam no horizonte, momentos como esses reafirmam a importância de continuar lutando pelo amor, pela igualdade e pela dignidade de todas as pessoas.

Que essas histórias inspirem mais atos de amor e resistência pelo mundo!

Com informações de The Advocate: https://www.advocate.com/news/south-carolina-free-lgbtq-weddings

Kim Davis, que discriminava casais homoafetivos, perde o cargo público

Kim Davis, derrotada pelo voto, 
perde a cadeira no Condado de Kentucky.

Kim Davis, que se recusava a emitir licenças para casais homoafetivos, perde a cadeira no Condado de Kentucky



Com informações de MAHITA GAJANAN
Time: http://time.com/5446954/kim-davis-loses-election/

Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Kim Davis, a funcionário do Condado de Kentucky county que foi presa por cinco dias em 2015 por se recusar a emitir licenças para casamento para casais do mesmo sexo, perdeu a corrida por reeleição para o cargo na última terça-feira.

No Brasil, esse crime poderia ser categorizado como crime de prevaricação. Prevaricação é um crime funcional, praticado por funcionário público contra a Administração Pública. A prevaricação consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

Kim Davis, que é republicana, concorreu à reeleição ao cargo em Kentucky, enfrentando o democrata Elwood Caudill Jr., mas perdeu por cerca de 700 votes, conforme levantamento do Lexington Herald Leader: https://www.kentucky.com/news/politics-government/article221121745.html.

Davis tornou-se um ícone dos conservadores depois que se recusou a emitir licenças de casamento para casais gays após o reconhecimento do mesmo pela Suprema Corte dos EUA em 2015. Depois de passar cinco dias na cadeia, ela reassumiu o cargo no Condado de Rowan, mas agora perdeu pelo voto e vai poder procurar outra coisa que não lhe cause tanto incômodo para fazer.

Rivais no hóquei, atletas americana e canadense se casam

Rivais no hóquei, atletas americana e canadense se casam

Com informações de Josh Jackman
26 de setembro de 2018
Portal Pink News
https://www.pinknews.co.uk/2018/09/26/lesbian-wedding-us-canada-ice-hockey-rivals-marry-meghan-duggan-gillian-apps/

Traduzido e adaptado por Sergio Viula


A capitã do time olímpico feminino dos Estados Unidos no hóquei no gelo casou-se com a namorada canadense e rival de longa data sobre o gelo.

Meghan Duggan, 31, e Gillian Apps, 34, enfrentaram-se em 2010 e em 2014 nas finais dos Jogos Olímpicos de Inverno, com a equipe canadense vencendo nas duas ocasiões.


Meghan Duggan e Gillian Apps fazem os votos conjugais 


O casal tem quatro medalhas olímpicas de ouro e 10 campeonatos mundias disputados entre as duas.

Elas também ficaram em lados opostos nas finais de vários campeonatos mundiais. Duggan venceu conquistou sete medalhas de outro contra as três conquistadas por Apps.

Mas, a despeito da rivalidade feroz no ringue, o casal foi capaz de construir um relacionamento fora do gelo que alcançou as alturas quando as duas se casaram na Fazenda William Allen em Maine, EUA.


As noivas, agora casadas, eram só sorrisos durante a recepção.

Meghan Duggan postou fotos daquele dia feliz em sua conta no Twitter. Ela escreveu: "O dia mais incrível de toda a minha vida ❤️.”

E sua esposa legendou suas fotos, escrevendo: "Nada além de sorrisos depois desse final de semana maravilhoso ❤️.”



As pessoas ficaram emocionados com o casamento. Um usuário do Twitter escreveu no dia 25/09/18: "AS CAPITÃS DOS TIMES FEMININOS DE HOCKEY DOS ESTADOS UNIDOS E DO CANADA SE CASARAM. ISSO É BASICAMENTE PAZ MUNDIAL."


Outras reações positivas vieram de várias atletas e outras pessoas ligadas ao esporte.

As noivas, já casadas, deixam o local da cerimônia sob aplausos.

A esse lindo casal, nossos melhores votos de muito amor, paz, saúde, felicidade e prosperidade ao longo de toda a vida!

ENTREVISTA: Uma família homoparental que vai inspirar você!

Por Sergio Viula

OBS: As fotos desse post foram cedidas 
pelo casal para este post, exclusivamente.

Daniel Poubel, à esquerda, e Lucio Bragança.




Faz algum tempo que esse casal querido, formado por Lúcio Bragança e Daniel Poubel, acompanha o Blog Fora do Armário. Mas o contrário também é verdade - este blogueiro acompanha as postagens deles no Facebook e sempre se encantou com o modo como eles construíram uma linda família.

Por isso, perguntei ao casal se eles topariam dar uma entrevista para o Blog Fora do Armário. E para a nossa alegria (^^), eles toparam. O que você vai ler abaixo é fruto dessa conversa por e-mail.

A entrevista e as fotos foram autorizadas pelo casal para publicação exclusiva aqui no Blog Fora do Armário. Por favor, não as reproduza sem autorização deles, mas fique à vontade para compartilhar o link dessa linda história.

Lucio Bragança tem 34 anos e Daniel Poubel, 30. Eles são originários de MUQUI - ES, mas trabalham em outra cidade como professores. 



Fora do Armário: Como foi que vocês se conheceram e quando decidiram se casar? As famílias de vocês já sabiam que vocês eram homoafetivos? 

LUCIO:
Daniel e eu nos conhecemos desde pequenos, fomos vizinhos em nosso bairro, o tempo passou e tomamos caminhos diversos, porém em determinados momentos nos encontrávamos em algumas situações, porém nunca namoramos antes. Eu tive um relacionamento heteroafetivo e desse relacionamento surgiu os dois filhos que estão conosco. Fiquei viúvo e poucos anos depois reencontrei Daniel, e então resolvemos ter um relacionamento e assumir nossa homossexualidade. As famílias não sabiam de nossa homossexualidade, assumimos a nossa “nova vida” e enfrentamos os desafios e as consequências juntos.


DANIEL:
Nosso amor é antigo, desde criança nos víamos, mas nunca tivemos a oportunidade de conversar. Algo dentro de mim se revirava quando o via. Na adolescência, então, com a descoberta velada de minha orientação sexual, percebi que era apaixonado por ele. Contudo, a vida nos fez tomar caminhos diferentes e por um longo período não nos vimos mais. Quando de uma oportunidade única, tive a chance de reencontrá–lo e fui à conquista. Estamos juntos há 9 anos, sendo 4 anos casados oficialmente como o primeiro casamento civil de nossa cidade atual. Em relação aos parentes, eles souberam de nossa sexualidade e namoro ao mesmo tempo, digo que além de nos descobrirmos juntos, também estreamos juntos (rsrs). No início foi complicado, mas com o passar do tempo as coisas foram se organizando e a vivência de nossa FAMÍLIA superou, pelos menos em parte, o preconceito dos PARENTES. 



Fora do Armário: Quando decidiram ter filhos? Como vieram a ter dois? 

LUCIO: Como respondi anteriormente, quando assumimos nosso relacionamento, eu já era pai de dois filhos - filhos, que juntos, desde o início, compuseram nossa família.

DANIEL: Sempre sonhei em ser pai, e quando a oportunidade de casar com Lucio surgiu, o pacote veio completo. Adorei. Casei com o amor da minha vida e tive a oportunidade de ser pai de gêmeos.



Fora do Armário: Falem mais sobre os filhos. 

LUCIO:
Quando fomos morar juntos, os meninos (filhos) tinham 5 anos. E resolvemos, depois de alguns meses morando juntos, assumir para os filhos de forma simples o nosso modelo de família. Não houve segredo, uma vez que na convivência eles percebiam que o amor, o afeto, o carinho e a responsabilidade eram oferecidos a eles, e não era diferente, ou seja, o sexo dos componentes do casal não fazia diferença na relação familiar. Para eles que convivem em um ambiente familiar livre de estereótipos e preconceitos, não foi construída a ideia de que o casal homoafetivo é imperfeito, igual ao que determinados discursos tentam propagar. A nossa relação sempre foi aberta com eles, sabem de tudo, em relação a nosso modo de vida e a sua história.

DANIEL: Em nosso seio familiar, tentamos ao máximo esclarecer tudo que é possível, mas a questão de família é algo natural, vivido no dia-a-dia. Se alguém perguntar aos nossos filhos o que é uma família, eles responderão que é amor. Tudo é tão tranquilo e as pessoas que questionam chegam tão impressionadas que apenas digo: “somos uma família como qualquer outra, eu sou o Pai e ele o Papai (assim que nossos filhos nos chamam), amamos, cuidamos, educamos e pronto.” 



Fora do Armário: Como vocês descreveriam a experiência de paternidade? Quais foram os maiores desafios e as maiores alegrias até o presente momento?

LUCIO: A experiência da paternidade é maravilhosa, digo que foi algo que de melhor aconteceu em minha vida, muitos altos e baixos, muitos desafios, mas é tudo muito motivador. Os maiores desafios foram nos primeiros anos, quando passamos em um concurso público e tivemos que nos mudar e começar do zero, em uma cidade onde não tínhamos ninguém para nos auxiliar em nenhuma situação, então tivemos que abrir mão de muita coisa pessoal em função da dedicação integral à família. O maior orgulho é o carinho deles como filhos, e a resposta vem da escola, onde são os melhores alunos (boletim nota máxima em todas as disciplinas) em rendimento e comportamento, elogiados e respeitados por todos da escola, e todos sabem que são integrantes de uma família homoafetiva, porque desde a matrícula fomos à escola e apresentamos a situação, e exigimos respeito e tratamento digno, igual ao oferecido a todos os alunos e às outras família. Nós como pais somos muito elogiados pelos professores e equipe gestora da escola onde estudam, pois eles são referência no ambiente escolar e o nosso orgulho é que por meio deles, em uma manifestação silenciosa, todo o discurso de ódio proferido em relação à adoção por casais homoafetivos cai por terra.

DANIEL: Como sempre tive essa vontade de constituir uma família, não vi um grande desafio, mas sim um grande aprendizado. Como Lúcio disse, abrimos mão de muitas coisas que um casal jovem faria normalmente, para poder cuidar dos meninos, porém em momento algum me arrependo disso, pelo contrário, digo sempre que quando saímos para passear ou fazer qualquer outra coisa sem os nossos filhos, nos sentimos como se faltasse algo, ficamos incomodados, não nos sentimos completos. Mas quando estamos com eles, nos divertimos muito. Eles são motivo de muito orgulho - carinhosos e inteligentes, sempre são muito elogiados por nossos amigos e profissionais da escola. 



Fora do Armário: Que traços de personalidade vocês destacariam como os mais positivos em cada um dos filhos?
LUCIO: O carinho, o respeito, a amizade, o companheirismo e a gratidão.

DANIEL: Ao mesmo tempo que são muito parecidos, também são únicos em suas personalidades. Ambos são extremamente carinhosos e preocupados com o bem-estar de quem eles gostam, e talvez por vivenciarem nossas lutas diárias em prol de uma vida mais justa e uma sociedade menos preconceituosa, percebo neles um senso crítico muito grande. 



Fora do Armário: O que mais mudou na relação do casal depois dos filhos chegarem?

LUCIO: Nossa vida foi muito diferente da vida das famílias dos amigos, porque vivemos quase em função deles nestes últimos anos pelo compromisso que assumimos e pelo prazer em estarmos presentes com eles durante parte do dia. Optamos por trabalhar em um turno como professores, e dessa forma pudemos dar a eles muitos momentos de companheirismo. Sabemos que essa fase é passageira - em breve estarão estudando em escola integral e em faculdade, e, depois, vão seguir a suas vidas, se preferirem em outros lugares, então tentamos aproveitar ao máximo o tempo juntos.
DANIEL: Nos tornamos mais companheiros, mais unidos, mais cúmplices. Depois que constituímos nossa família, só tivemos nós dois um pelo outro, por eles e para eles. Isso nos uniu muito e nos fez superar muitos desafios. 



Fora do Armário: As crianças demonstram alegria por terem pais tão carinhosos como vocês?

LUCIO: A alegria deles é visível, no carinho, no dia dos pais fazem cartas e desenhos maravilhosos para a gente, selecionam filmes e séries para assistirmos juntos, são excelentes companheiros.

DANIEL: Digo que eles são um grude, e quando é um dia de muito trabalho e chego tarde em casa, eles fazem questão de exigir atenção, mesmo que seja sentar comigo no sofá e ver um filme, ou andar atrás de mim naquela correria do horário de almoço pra contar o que aconteceu na escola naquele dia. 



Fora do Armário: Existe alguma demonstração que foi muito especial para vocês?

LUCIO: Todos os dias são feitos de pequenas demonstrações - a mesa de café da manhã preparada, ser acordado ao som do “parabéns para você” na flauta, a medalha recebida como premiação no campeonato de xadrez, a chegada da escola com afobações e novidades, o simples fato de cobri-los em noites frias ou até mesmo de vistoriar o quarto a procura de pernilongos invasores!

DANIEL: Algo que me marcou muito no início do nosso relacionamento de pai e filhos foi que eles sempre faziam desenhos me representando e me davam de presente. Tenho vários guardados até hoje. Era a forma deles comunicarem que gostavam de mim. Hoje em dia, eles são um grude, tudo que eles fazem é especial.



Fora do Armário: Quais são os planos de vocês para os próximos cinco anos?

LUCIO:  Viver, na plenitude da palavra. Curtir cada momento juntos, e com certeza, viajar, viajar muito!

DANIEL: Curtir muito a família e aproveitar a vida ao máximo.



Fora do Armário: Vocês poderiam deixar alguma mensagem final para os leitores do Fora do Armário?
LUCIO: Tudo fica muito mais fácil quando temos alguém junto da gente, enfrentando os desafios da vida que não são poucos, por isso quero agradecer a meu companheiro Daniel. Ele tem sido também a minha inspiração de viver em dias tempestuosos. Aos leitores, eu sugiro a plenitude da frase “viver e não ter a vergonha de ser feliz”. Afinal, ficamos muito tempo no armário, e temos que sair dele para o mundo sentir o nosso brilho e deixar espaço para lá, para guardar o preconceito, do qual ainda, infelizmente somos vítimas.

DANIEL: Ao meu Mozão, te amo. Aos meus filhos, amo vocês. Aos leitores, lembrem-se sempre: Vivam a vida de vocês! A felicidade é construída. Então arrombem as portas do armário e curtam de montão. E nunca se esqueçam de dizer para a sociedade hipócrita que se incomoda com sua felicidade que VOCÊ NÃO É OBRIGADO A GOSTAR, MAS A RESPEITAR SIM.


O Blog Fora do Armário agradece muito pelo carinho de Lucio e Daniel em compartilharem suas vidas conosco aqui.

A Costa Rica disse SIM para o casamento igualitário




Originalmente escrito por Charlie Mathers

Com informações do Gay Star News
https://www.gaystarnews.com/article/costa-rica-marriage-equality/#gs.8YELMtA

Traduzido por Sergio Viula


A Costa Rica disse SIM para o casamento igualitário


O governo da Costa Rica disse que se enquadrará na decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos que orienta os países sob sua jurisprudência a tratar casais do mesmo sexo "sem discriminação".

O painel de sete juízes emitiu uma declaração dizendo que os governos "têm que reconhecer e garantir todos os direitos que derivam do laço familiar entre pessoas do mesmo sexo".

Os juízes acrescentaram que é necessário "garantir acesso a todas as formas existentes de sistemas domésticos legais, inclusive o direito de casar".

Eles explicaram que isso permitirá "a proteção a todos os direitos das famílias formadas por casais homoafetivos".

O governo da Costa Rica disse que se adequará à declaração da Corte.

Os países sobre os quais a Corte Interamericana de Direitos Humanos exerce influência são os seguintes:

A Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Depois de perguntar à Corte Interamericana de Direitos Humanos se deveria legalizar o casamento homoafeivo e de ouvir um "sim" como resposta, o governo da Costa Rica decidiu agir de acordo com as diretrizes da mesma.

Ana Helena Chacón, que é a Vice-Presidente da Costa Rica, disse que o governo estudará formas de legalizar o casamento homoafetivo no país.

Essa é mais uma vitória dos Direitos Humanos, especialmente no tocante à comunidade LGBT, que passa a finalmente usufruir os mesmos direitos que têm sido garantidos a outras pessoas por décadas e que lhe eram injustamente negados.

ÁUSTRIA APROVA O CASAMENTO IGUALITÁRIO!



Por Sergio Viula

A Áustria, terra natal de homens fabulosos como Mozart, Schubert, Strauss, Wittgenstein, Freud, mas também de um dos mais vis humanos que já pisaram nesse planeta - Adolf Hitler - acaba de aprovar o casamento homoafetivo. A decisão foi da Suprema Corte austríaca, que considerou discriminatória a lei que permitia as uniões civis para pessoas do mesmo sexo, mas impedia que estas pudessem estabelecer matrimônios.

Os casamentos homoafetivos começarão a ser celebrados a partir de 2019.

A decisão foi tomada hoje, terça, 05/12/17.

A Áustria agora se junta a outros países da Europa, como Alemanha, França, Reino Unido e Espanha, que permitem que homossexuais se casem.

Sobre a lei das uniões civis (2009), a Suprema Corte da Áustria declarou o seguinte:

"O efeito discriminatório resultante é visto no fato de que o título diferente do status da família força as pessoas vivendo em relações de mesmo sexo a declarar sua orientação sexual mesmo em situações em que isso não é e não pode ser relevante e (...) têm grandes chances de serem discriminados".

O Partido Popular, conservador, e o Partido da Liberdade, da extrema-direita, que negociam para formar um governo de coalizão e se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, não se manifestaram imediatamente após a decisão - informa a agência Reuters.

Já, nós, pessoas LGBTQIA+ e nossos amigos/aliados, celebramos efusivamente a decisão da Suprema Corte austríaca e consideramos extremamente relevante o fato de que os direitos dessa comunidade estão sendo reconhecidos e garantidos no mesmo país de onde saiu um de seus mais vorazes inimigos e líder de um movimento cancerígeno para o tecido político-social como poucos já vistos - o nazismo. Se ele pudesse saber e reagir, estaria se revirando entre os vermes que já o devoraram há muito tempo.

Parabéns, Áustria! Parabéns especialmente à comunidade LGBTQIA+ da Áustria, sucessora de tantos que já foram perseguidos e mortos por simplesmente serem quem são e por viverem seu amor.

Primeiro ano de casados.

Por Sergio Viula




Escrevo esse post no dia 27 de março de 2017. É segunda-feira - um dia que desanima a maioria das pessoas, mas que também é o começo de um novo ciclo semanal para os que têm a sorte de não trabalhar domingo. 

Você deve estar se perguntando o que torna esse dia especial para mim, então.

É que nesse 'nesse dia' ano passado (nenhum dia é igual a outro, na verdade), eu e Andre curtíamos nosso primeiro domingo casados. Ele chegou na sexta-feira, dia 25, e tivemos um final de semana maravilhoso! Finalmente, a saudade que sentíamos pela distância em que nos encontrávamos - ele em Belo Horizonte e eu no Rio - havia sido aplacada.

De lá para cá, temos vivido dias maravilhosos juntos, apesar de nossa luta ser a de todo brasileiro: Sobreviver num país de incertezas e de mesquinha exploração da classe trabalhadora por parte de governos e empresários corruptos e egoístas. Mas, como diz o ditado, a união faz a força. De fato, fazemos muitos mais juntos do que se estivéssemos separados.

Ao longo desse ano, Andre conseguiu emprego, eu terminei o mestrado, ele se entrosou muito bem com a minha família, e eu com a família dele, aproveitamos nosso tempo livre de muitas maneiras, militamos em prol de direitos LGBT e contra os golpes que vêm sendo impetrados, um após o outro, contra o povo brasileiro, geralmente em nome de uma suposta superação da crise, que nada mais é do que pretexto para sucateamento dos serviços públicos. A UERJ que o diga. Mas, não é só ela. Ela é apenas um dos mais visíveis e gritantes exemplos do que a corrupção de agentes públicos pode fazer contra o povo e seu patrimônio. 

Um breve panorama do que 'aprontamos' no último ano pode ser visto nos links que seguem esse post. Confira.

Hoje, antes de sentar para escrever, fiz café para ele. Como sempre saio para trabalhar mais tarde, e posso usar esse tempo para adiantar alguma coisa enquanto ele toma banho, faz a barba e se arruma, preparei café e dois sanduíches de queijo branco na chapa. Singelo, mas suficiente. Conversamos entre a vontade de voltarmos para a cama e a necessidade de trabalhar. Comentamos sobre o dia de ontem, de hoje e sobre nós mesmos. Tudo muito simples, mas sempre especial quando estamos juntos. E quem diria? Um ano se passou desde que juntamos nossas escovinhas de dentes. ^^  


Vivemos muitos momentos memoráveis até aqui. A vida, porém, é muito mais do que badalação, ela é também sentar no sofá e comer pipoca, deitar na cama e conversar até pegar no sono, mas também tem seu lado chatinho: Fazer faxina em casa, lavar louça, colocar roupa na máquina e esperar para estender uma por uma no varal... Sim, a vida de todos os mortais pode variar aqui e ali, mas é basicamente a mesma. A diferença está na felicidade que sentimos em ser quem somos e viver como vivemos - e isso inclui quem amamos e como vivemos esse amor. 

Por enquanto, é só. Mas, a gente vai registrando o que for vivendo e vai compartilhando. É preciso falar de amor. O mundo já tem ódio demais.

Desejo uma ótima semana para todos, todas e todes! ^^

Um beijo especial para Andre, que me faz (ainda mais) feliz.

Homen gay pede o namorado em casamento durante o jogo Bulls versus Spurs em Chicago


Um homem pede seu namorado em casamento com um anel de pirulito no intervalo de um jogo em Chicago.


Um homem gay surpreendeu seu parceiro com um anel de noivado feito de pirulito na quadra central do United Center de Chigago durante o intervalo de um jogo entre o Chicago Bulls e o San Antonio Spurs na noite de quinta-feira, 08 de dezembro. Um tweet citado pelo TheBigLead.com identifica os dois homens como Michael e Jake.

Tweet aqui: http://thebiglead.com/2016/12/08/there-was-a-same-sex-proposal-on-the-court-at-bulls-spurs/

O mascote do Bulls, Benny, puxou um dos homens de sua cadeira para dentro da quadra, dançando em volta dele e encorajando-o a dançar. Benny girou o homen de costas para a quadra e fingiu pentear seu cabelo enquanto animadoras de torcida das duas linhas atrás de seu parceiro apareciam do outro lado da quadra. Quando o primeiro homem se virou, seu parceiro caminhou até ele, entre as duas filas de animadoras de torcidas, antes de se ajoelhar e oferecer o anel de pirulito e fazer a pergunta.

O repórter Sean Highkin disse ao TheBigLead.com que os dois homens se beijaram e que a reação da multidão foi muito positiva. Assista o vídeo abaixo.

Ah, sim. Os Bulls ganharam: 95 a 91.


Título original: Gay man proposes during Bulls vs. Spurs game in Chicago
http://m.dallasvoice.com/gay-man-proposes-bulls-vs-spurs-game-chicago-10230195.html?mobile-redirector-transfer=true

Posted on December 9, 2016 by Tammye Nash
Tradução: Sergio Viula





"Casamento homoafetivo" na Grécia: mais um passo rumo à igualdade plena





Uniões civis ainda não tudo o que esperávamos, mas é um avanço a ser celebrado. E vamos adiante até que os direitos sejam igualados.






Pai de homossexual chinês pede a legalização do casamento homoafetivo

Zhong Shao e Qiang Shao da província de Fujian no sudeste da China, juntos havia dois anos e três meses no Dia dos Namorados (14 de fevereiro de 2012) anunciaram seu noivado em suas páginas do Weibo e receberam toneladas de comentários com votos de felicidade. Em 2015, cidadãos LGBT da China ainda aguardam a legalização de suas uniões. Foto publicada por Tea Leaf Nation em artigo sobre gays e o dia dos namorados na China.



Pai de homossexual chinês pede legalização de casamento entre pessoas do mesmo sexo

02-03-2015 05:21 | Fonte: Agência Lusa via Porto Canal
http://portocanal.sapo.pt/noticia/52948/



Pequim, 02 mar (Lusa) -- O pai de um homossexual na China enviou uma carta aos membros da Assembleia Popular Nacional (ANP),"parlamento", a pedir a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, nas vésperas do arranque do plenário anual, informou hoje a imprensa oficial.

Lin Xianzhi, de 61 anos e natural da província meridional de Jiangxi, espera que o seu pedido contribua para a igualdade de direitos para os casais homossexuais, incluindo ao nível da assistência médica e da transferência de propriedades, publica hoje o Global Times, jornal do grupo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês.

O filho de Lin -- Xiatao -- assegurou ao jornal que o seu pai aceitou a sua homossexualidade depois de uma fase de negação e que, agora, é voluntário na associação de pais, familiares e amigos de gays e lésbicas (PFLAG, na sigla em inglês).

"É injusto que não possam casar-se", disse Lin ao diário, acrescentando que mais de 50 milhões de famílias na China se deparam com este problema.

Apesar de alguns membros da Academia de Ciências Sociais da China citados pelo jornal se terem manifestado a favor do pedido de Lin, especialistas jurídicos consideram muito improvável que uma lei seja adotada num futuro próximo na China.

Espera-se que centenas de propostas sejam debatidas e aprovadas no plenário da ANP, uma das duas reuniões políticas anuais mais importantes do país asiático, a par do conclave do Partido Comunista, que se realiza no outono, a qual vai durar dez dias.

Constitucionalmente, a Assembleia Popular Nacional, com cerca de 3.000 delegados, é o "supremo órgão do poder de Estado".

DM // JCS
Lusa/fim


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Esse pai merece um abraço de cada um dos 50 milhões de LGBT chineses (esse número está subestimado). Num país com quase um bilhão e meio de pessoas, pode contar com pelo menos três vezes isso.

A China ainda vai surpreender o mundo ocidental metido a muito livre. Aguardem.

Arcebispo de Miami ameaça funcionários com demissão se apoiarem o casamento homoafetivo





Por Sergio Viula com informações do The Washington Post

https://www.washingtonpost.com/national/religion/miami-archbishop-warns-employees-against-supporting-gay-marriage-even-in-a-tweet/2015/01/07/8981fa54-96a6-11e4-8385-866293322c2f_story.html


Não satisfeitos com a vitória do casamento entre pessoas do mesmo sexo (CASAMENTO CIVIL) na Flórida, o Arcebispo de Miami Thomas Wenski enviou um memorando para todos os funcionários da igreja (NÃO SÃO PADRES) proibindo-os de apoiarem o casamento homoafetivo — mesmo que apenas por um tweet ou postagem no Facebook, sob a pena de perderem seus empregos.

Essa afronta descarada às liberdades pessoais, especialmente fora do local de trabalho e sem uso de equipamento da empresa, nesse caso os escritórios da igreja, é um caso claro de assédio moral que, em qualquer outro emprego, seria punido pela Justiça do Trabalho, especialmente no Brasil.

Ninguém pode ser cerceado em sua liberdade de expressão, seja qual for sua opinião sobre esse ou aquele tema. Seria ótimo que fizessem um twittaço #EuApoiooCasamentoGay por aquelas bandas. A melhor resposta para extremistas de todos os matizes, inclusive esse, é o exercício da mesma liberdade que eles querem cercear.

Funcionários gays e lésbicas da igreja têm sido demitidos, cada vez em maior número, por promoverem o casamento gay ou por se casarem, eles próprios. Em alguns casos, empregados foram demitidos por apensas expressarem apoio ao casamento gay.
Contudo, nem mesmo os bispos americanos são unânimes em termos das políticas internas a respeito disso e uma controvérsia se instalou na Igreja Católica de uma forma mais ampla. Na Alemanha, os bispos decidiram mudar as políticas de recursos humanos para permitirem que pessoas gays ou lésbicas casadas, bem como divorciadas, mas que permaneceram católicas, trabalhem Um bispo na Bélgica convidou a igreja a considerar uma bênção sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Enquanto isso, alguns discutem até que ponto podemos criticar religiões, seus clérigos, crenças, fundadores, etc. Quanto a isso, quero dizer o seguinte - e os chifrinhos e tridente foram postos por mim na foto propositadamente:

Eu separo duas coisas: o respeito (reverente) pela crença, que eu não tenho mesmo. E o respeito ao direito de crença e à dignidade da pessoa que crê. Eu quero que todos possam praticar a religião que quiserem ou não praticar religião alguma. Quero que todos falem nos seus deuses e que todos possam dizer que não creem em deus algum. Jamais concederia à crença um lugar intocável, acima do bem e do mal, fora do alcance do pensamento crítico. O religioso que viola o direito alheio deve, como qualquer infrator da lei, criminoso, violador dos direitos humanos, ser levado ao tribunal se fizer alguma coisa ilícita, mesmo que seja com o pretexto de servir a deus ou aos deuses. 

E por que respeito a liberdade de culto dentro dos limites dos direitos humanos? Porque isso é um direito humano. Porque isso é uma das liberdades fundamentais do ser humano. Agora, daí a dizer que eu não posso criticar a religião A ou B, representar suas incoerências por fotos, desenhos, gráficos, etc., vai uma distância quase tão grande quanto o abismo que separa as ideias de deuses de sua própria existência no real.

Luxemburgo celebra seus primeiros casamentos homoafetivos

Começam os primeiros casamentos homoafetivos em Luxemburgo


Fonte: Pink News
https://www.thepinknews.com/2015/01/02/same-sex-weddings-begin-in-luxembourg/
Tradução (com leves adaptações): Sergio Viula
 

Os primeiros casais homoafetivos contraíram matrimônio em Luxemburgo – e o primeiro-ministro do país, que é gay assumido, não vai demorar a fazer o mesmo.

Luxemburgo é o único país no mundo cujo primeiro-ministro, Xavier Bettel, e o vice-primeiro-ministro, Etienne Schneider, são gays.

O pequeno país europeu, cuja população é de apenas 550 mil pessoas, aprovou o casamento igualitário por uma impressionante maioria de 56 contra 4 votos em junho de 2014, e a lei entrou em vigor ontem (01 de janeiro de 2015) com pouquíssima oposição.

Jean Paul Olinger e Henri Huber
foram os primeiros a casar
Jean Paul Olinger e Henri Huber, que foram o primeiro casal a firmar a parceria civil em 2004, fizeram história novamente como o primeiro casal homoafetivo a contrair núpcias.

O primeiro-ministro Xavier Bettel não deve ficar para trás, pois ele planeja casar-se com seu parceiro Gauthier Destenay “em breve”.

O Sr. Bettel disse em agosto: "Ele me pediu, e eu disse sim. Não posso dar a data, porque não é oficial ainda."

Luxemburgo ficou atrás da Escócia por dias, pois lá os casamentos aconteceram logo depois da meia-noite de 31 de dezembro.

Nos Estados Unidos, a Flórida começará a celebrar casamentos homoafetivos na próxima semana, quando uma decisão judicial derrubando a proibição feita por aquele estado entra em vigor.

TJ DO RS - CASAMENTO COLETIVO HOMOAFETIVO: Veja como se inscrever.

Dra. Maria Berenice Dias, 
pioneira no Direito Homoafetivo no Brasil


Dra. Maria Berenice Dias convida:


O Tribunal de Justiça do RS vai realizar, em Porto Alegre, o primeiro casamento coletivo de casais homoafetivos.

Reservem a data, se inscrevam ou divulguem entre os seus contatos e nas redes sociais:

A cerimônia ocorrerá dia 25 de setembro, às 16h, na Galeria dos Casamentos, no Palácio da Justiça.

As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de julho e as vagas são limitadas a 30 casais, residentes na Capital e sem condições de arcar com os custos.

Informações pelo fone: (51) 3210.7349 e (51) 3210.7221.

150 casais disseram ‘sim’ em São João de Campina Grande

150 casais disseram ‘sim’ em São João de Campina Grande


Sexta-feira, 13 de junho de 2014 parece ter sido um dia de sorte para 150 casais que disseram 'sim' perante um juiz de direito durante uma cerimônia de união civil. O local foi São João de Campina Grande.

Gheyson Figueiredo Lucena [agora] de Paiva já morava com José Lucas Lucena de Paiva há mais de dois anos.

“Este é um momento especial que quebra tabus e que, mais do que isso, nos garante o direito que é nosso. Independentemente dos efeitos disso, que são ótimos para toda a sociedade, o que estamos aqui celebrando é a nossa união, que é mais forte do que qualquer polêmica”, disse Gheyson. Eles e os outros dois homossexuais foram aplaudidos ao entrar na Pirâmide pelas pessoas da arquibancada, que estava lotada.


Pela primeira vez, dois casais homoafetivos participaram 
da cerimônia e selaram a união civil dentro do tradicional casamento 
(Foto: Rafael Melo/G1)


A cerimônia não foi exclusivamente de casais homoafetivos. Diversos casais heterossexuais também se casaram naquela noite.

O juiz Kéops de Vasconcelos dirigiu a cerimônia passando uma mensagem aos casais sobre a responsabilidade civil da união e da necessidade do amor. Após o momento, os noivos trocaram as alianças, fizeram o juramento e dançaram a valsa de casamento em ritmo de forró por causa das festas juninas. Eles ainda ganharam o bolo para comemoração e os espumantes para o brinde. No fim, todos curtiram o momento único dentro do Maior São João do Mundo com o show de Lucy Alves.

Com informações da CBN.

Casamento Homoafetivo Coletivo no Rio de Janeiro - marque essa data



No próximo domingo, 8 de dezembro, um grande evento entrará para a história do nosso estado: a 1ª cerimônia coletiva de casamento civil homoafetivo. Um total de 130 casais celebrarão sua união, em um evento que marca o Dia da Justiça e comemora a resolução do Conselho Nacional de Justiça, que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e converter a união estável homoafetiva em casamento.

Mais uma vez, o Rio de Janeiro afirma seu papel de vanguarda na luta em prol dos direitos da população LGBT com a realização dessa cerimônia, que será o maior casamento coletivo do mundo entre casais homossexuais. Sua presença fará com que esse evento se torne ainda mais importante. Por isso, esperamos você no auditório do Tribunal de Justiça, às 15h.

A 1ª cerimônia coletiva de casamento civil homoafetivo do estado do Rio de Janeiro é uma ação conjunta entre o Programa Estadual Rio Sem Homofobia, através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SUPERDIR/SEASDH), e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, através do Departamento de Promoção de Sustentabilidade, da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro, através do Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos (NUDIVERSIS/DPGERJ) e da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (ARPEN).


Afetuosamente,

Cláudio Nascimento
Coordenador do Programa Rio Sem Homofobia e Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da SEASDH/RJ
Uma leitura que vai inspirar seu coração. 



VEJA ABAIXO O FOLLOW-UP DA CERIMÔNIA 
PUBLICADO PELO SITE DA UOL EM 08/12/13:


130 CASAIS LITERALMENTE CASADOS. 

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/12/08/rio-celebra-casamento-gay-coletivo-130-casais-participaram-da-cerimonia.htm

DEFENSORIA PÚBLICA DE MINAS GERAIS PROMOVERÁ MUTIRÃO DE CASAMENTO HOMOAFETIVO





DEFENSORIA PÚBLICA DE MINAS GERAIS PROMOVERÁ MUTIRÃO DE CASAMENTO HOMOAFETIVO



No dia 11 de dezembro, a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) vai realizar o Mutirão do Casamento Homoafetivo. O objetivo da ação é realizar conversões de união estável homoafetiva em casamento de forma administrativa. A expectativa é que sejam realizados 60 casamentos homoafetivos.

Os interessados devem fazer o cadastro até o dia 25 de outubro, na sede da Defensoria Pública situada na Rua Paracatu, 304, no Barro Preto, em Belo Horizonte. Será necessário apresentar os seguintes documentos: comprovantes de renda e residência, RG, ou CNH ou Carteira de Trabalho em bom estado, CPF, nomes de duas testemunhas maiores de idade que assinem e certidão de nascimento ou casamento averbada com o divórcio ou apresentada junto com a certidão de óbito, se for o caso. As certidões devem ser atualizadas, ou seja, expedidas em até 90 dias.

Em 2011, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres. Na prática, a união homoafetiva foi reconhecida como um núcleo familiar como qualquer outro.

Em maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça aprovou uma resolução determinando aos cartórios de todo o país que celebrem o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.


Fonte: Assessoria de Comunicação da DPMG
31 3348-6171 / 6173 /6174
www.defensoriapublica.mg.gov.br

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