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O Orgulho está no cotidiano

O Orgulho está no cotidiano


Com que cara que eu vou?

A Parada Gay e outras formas de protesto são iniciativas válidas para dar visibilidade às causas homossexuais (são tantas quantas sejam as orientações sexuais e identidades de gênero). Paradas são ações do tipo "macro". Entretanto, pouca coisa valem sem as ações em "micro". E por ações em micro, refiro-me às ações e atitudes que tomamos todos os dias em todos os lugares que frequentamos: lar, trabalho, escola, universidade, locais de entretenimento, mundo virtual, etc.

Gays que vão às paradas gays sem sequer compreenderem tudo o que está politicamente envolvido numa manifestação dessas acabam colaborando pouco ou nada com as causas gays.

É preciso VIVER de tal forma que nossa sexualidade, identidade, erótica sejam naturalmente percebidas, sem medo de SER. Gritar exigindo respeito e desprezar-se como homossexual no dia a dia é um grito para si mesmo, ignorado pela surdez própria. É o sujeito sendo objeto de seu próprio discurso, mas sem ouvir-se a si mesmo. Como esperar que os outros nos ouçam? Mais ainda: como esperar que os outros compreendam o que dizemos, quem somos e o que queremos?

Vou às Paradas Gays e outras manifestações. Mas não paro por aí. Coloco a boca no trombone na Parada, aqui no blog, nas entrevistas que me fazem pelo caminho, etc. Todavia, muito mais do que tudo isso, procuro ser autêntico no meu dia a dia, seja para com meus pais, filhos, vizinhos, chefe, colegas de trabalho, etc.

Minha maior militância é procurar viver o mais autenticamente possível. É não ter um pingo de constrangimento em SER eu mesmo, HOMEM, GAY, FILHO, PAI, "MARIDO-ESPOSA" (porra de linguagem viciada em categorias heterossexuais), PROFISSIONAL, CIDADÃO, AMANTE DE TUDO O QUE É BELO, GOSTOSO, SAUDÁVEL. E em cada uma dessas coisas eu sou tão GAY quanto sempre fui, porque não dá para não ser EU quando sou EU que estou no mundo. SOU EU, deliciosamente GAY.

Quem tem medo de SER, não está fazendo nada de concreto para mudar esse sistema viciado em heterossexismo. SEJA... 24h/dia!!!

Ótimo domingo!

Sergio Viula

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