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LGBT+ na Rússia: Da liberdade à repressão total

LGBT+ na Rússia: Da liberdade à repressão total


Na foto, lê-se "царица Путин", que em português significa "Czarina Putin".


Por Sergio Viula


A história recente da comunidade LGBT+ na Rússia é marcada por avanços tímidos seguidos por uma onda brutal de repressão.


Anos 1990: breve liberdade

Em 1993, a homossexualidade foi descriminalizada, e o país viveu um curto período de abertura. Surgiram os primeiros clubes, jornais e organizações LGBT+, além de ativistas que começaram a dar voz a uma comunidade historicamente silenciada.


Era Putin: repressão total

Com Vladimir Putin no poder, o cenário mudou radicalmente. Em 2013, foi aprovada a infame lei da “anti-propaganda gay”, que criminaliza qualquer representação positiva de pessoas LGBT+ na mídia, nas escolas e em espaços públicos.

A situação piorou ainda mais em 2022, quando ficou proibido até mesmo falar positivamente sobre a comunidade LGBT+ em qualquer contexto.


O “Homocausto” na Chechênia: um capítulo sombrio

Um dos episódios mais chocantes aconteceu na Chechênia, parte da Federação Russa. A partir de 2017, começaram a surgir denúncias de uma campanha de perseguição violenta contra pessoas LGBT+, apelidada por ativistas de “homocausto” pela gravidade e sistematicidade dos crimes.


Ramzan Kadyrov, líder checheno, apoiado por Putin

Prisões e tortura: Relatos indicam que mais de 100 pessoas foram detidas arbitrariamente em instalações secretas. Muitos foram espancados, torturados e forçados a delatar outros LGBT+.

Mortes e desaparecimentos: Pelo menos três mortes foram confirmadas, mas o número real pode ser maior, já que familiares e sobreviventes vivem sob medo extremo.

Execuções de honra: Alguns detidos foram entregues às famílias, onde sofriam risco de serem mortos para “lavar a honra” da família, prática estimulada pelas autoridades locais.

Declarações de ódio oficial: Ramzan Kadyrov, líder checheno, chegou a afirmar que as pessoas LGBT deveriam ser removidas “para purificar nosso sangue”, negando inclusive a existência de gays na região.

Alvo expandido: Embora a primeira onda de perseguição tenha atingido principalmente homens gays, mulheres lésbicas e pessoas trans também passaram a ser alvo nas etapas seguintes.

Segundo organizações como a Russian LGBT Network e a ECCHR, mais de 150 pessoas foram perseguidas, torturadas ou mortas entre 2017 e 2019. Muitos precisaram fugir da Rússia; pelo menos 116 pessoas foram resgatadas e realocadas, e cerca de 100 conseguiram sair do país com apoio de ONGs internacionais.

Crimes como esses já foram classificados por organizações de direitos humanos como “crimes contra a humanidade”, e a ECCHR chegou a registrar uma queixa criminal na Alemanha contra autoridades chechenas, pedindo investigações internacionais.


Sochi 2014: censura e perseguição durante as Olimpíadas


Polícia detém manifestante a favor dos direitos LGBTQIA+, em Moscou (Dmitry Sebebryakov/AFP) 


As Olimpíadas de Inverno de Sochi, em 2014, ficaram marcadas por um clima de censura e repressão contra pessoas LGBT+ e seus aliados. Atletas estrangeiros foram advertidos a não usarem bandeiras do arco-íris ou expressarem apoio público aos direitos LGBT+, sob risco de prisão. A lei de “anti-propaganda gay”, aprovada meses antes, já era usada para intimidar manifestantes e até jornalistas que tentavam abordar o tema. Organizações internacionais denunciaram que o governo russo bloqueou campanhas pró-LGBT, prendeu ativistas locais durante os jogos e utilizou o evento para projetar uma imagem de modernidade enquanto reprimia qualquer discurso pró-diversidade. A mídia estatal praticamente silenciou sobre violações de direitos humanos contra a comunidade LGBT+, tentando evitar que o tema ganhasse visibilidade internacional.

Pessoas LGBT notórias na Rússia


Nikolai Alekseev, organizador das primeiras tentativas de Paradas do Orgulho em Moscou


Masha Gessen, jornalista e ativista

Apesar da repressão histórica, a Rússia teve e continua tendo figuras LGBT notórias que deixaram marcas na cultura, na política e na luta por direitos. No passado, destaca-se Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840–1893), o lendário compositor que criou obras como O Lago dos Cisnes e viveu sua homossexualidade em segredo devido à perseguição da época. Já no século XX, Rudolf Nureyev, um dos maiores bailarinos do mundo, desertou para o Ocidente em 1961 e viveu abertamente como gay em Paris até sua morte em 1993. Mais recentemente, nomes como Masha Gessen, jornalista e ativista, e Nikolai Alekseev, organizador das primeiras tentativas de Paradas do Orgulho em Moscou, tornaram-se vozes internacionais contra a homofobia russa. Mesmo sob risco, artistas, escritores e influenciadores continuam desafiando a censura e mantendo viva a resistência cultural e política.


Organizações e redes de resistência

Mesmo com leis cada vez mais repressivas, a resistência LGBT+ russa não foi silenciada. Algumas organizações e redes, dentro e fora da Rússia, têm desempenhado papel fundamental:

Russian LGBT Network: fundada em 2006, oferece suporte legal, psicológico e ajuda para pessoas LGBT+ que precisam fugir do país. Foi essencial no resgate de vítimas da perseguição na Chechênia.

Coming Out: organização com sede em São Petersburgo, luta por direitos civis, campanhas de conscientização e apoio a vítimas de violência homofóbica.

Sphere Foundation: trabalha na documentação de violações de direitos humanos contra a comunidade LGBT+ e oferece suporte jurídico a vítimas.

OutRight International e Human Rights Watch: organizações internacionais que denunciam violações e pressionam governos e entidades globais a agirem contra a repressão russa.

ILGA-Europe: rede europeia que oferece apoio a ativistas russos e ajuda na documentação de abusos para levar o tema a tribunais internacionais e à mídia global.

Essas redes, muitas vezes operando de forma clandestina, têm garantido rotas de fuga, segurança e apoio legal para pessoas perseguidas, além de manter viva a denúncia internacional contra os crimes do regime de Putin e aliados regionais.


Sem direitos, sem voz

Na Rússia de hoje:

  • Não há casamento igualitário.
  • Não há adoção por casais LGBT.
  • Não há proteção contra discriminação.
  • Não há reconhecimento de identidade de gênero (banido em 2023)

Putin tornou-se um dos piores violadores de direitos humanos da atualidade, e a comunidade LGBT+ russa vive sob constante medo e censura.


A conivência da Igreja Ortodoxa com Putin


Patriarca Kirill (ou Cirilo) e Vladimir Putin

A Igreja Ortodoxa Russa tem sido uma aliada fundamental do regime de Vladimir Putin na legitimação da repressão contra pessoas LGBT+. Sob a liderança do patriarca Kirill (ou Cirilo), a Igreja defende publicamente que os direitos LGBT seriam uma ameaça aos “valores tradicionais” russos e à “família cristã”. Esse discurso moralista tem servido para justificar leis homofóbicas, a censura e a perseguição, apresentando Putin como protetor da fé e da moral russa. Essa aliança entre Estado e Igreja reforça o clima de intolerância e fecha ainda mais os espaços para a comunidade LGBT+ no país.


Mas a resistência persiste

Apesar da repressão, ativistas exilados, organizações internacionais e pessoas corajosas dentro da Rússia continuam lutando por visibilidade, direitos e liberdade. A luta segue — dentro e fora das fronteiras russas.

Aterrorizante: Crianças adotadas são arrancadas de seus pais gays na Rússia

Autoridades invadem apartamento de dois homens gays que tinha filhos adotados

Os investigadores envolvidos usaram a chamada "lei de propaganda gay" da Rússia para remover as crianças de seus lares.



Autoridades revistaram apartamento e causaram prejuízos 
a uma família formada por um casal homoafetivo e dois filhos adotivos. 
Foto: Facebook.



Fonte: Gay Star News
https://www.gaystarnews.com/article/terrifying-adopted-kids-removed-from-their-gay-dads-in-russia/

Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Uma visita à sala de emergência logo se tornou um pesadelo para dois pais, que foram separados de seus filhos adotivos depois que as autoridades ordenaram que os meninos fossem retirados deles. Advogados dos homens decreveram a situação como "aterrorizante".

Em 19 de junho, dois homens russos levaram um de seus filhos ao hospital de Moscou para tratar um caso com suspeita de apendicite. Os homens não serão identificados aqui para sua segurança.

Assim que o médico descobriu que o garoto tinha dois pais, ele não hesitou em denunciar os dois para o Comitê Investigativo da Rússia. Além de ordenar que as autoridades removessem os meninos de seu lar, o Comitê processou os assistentes sociais envolvidos no processo de adoção por negligência.

Cerca de um mês depois, as coisas pioraram. As autoridades russas tentaram várias vezes revistar o apartamento dos pais e da família mais próxima deles. Por fim, derrubaram a porta do apartamento do casal e de um dos seus irmãos. Os investigadores também interrogaram um dos pais das crianças por mais de três horas.

Propaganda Gay

O Comitê decidiu que a adoção contrariava a controversa lei de "propaganda gay" da Rússia. Desde 2013, a lei proibe qualquer representação positiva de pessoas LGBT+ na mídia. O governo argumenta que a lei interrompeu a "promoção de relações sexuais não tradicionais para menores". Porém, o que a lei tem produzido é vigilância e perseguição diuturnas contra pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgêneras até mesmo em questões privadas como a vida familiar.

Grupos LGBTI de Moscou e de São Petersburgo uniram forças para apoiar o casal e prover-lhes assitência legal.

Como aconteceu a adoção?

A Rússia não permite a adoção por casais homoparentais. Acontece que um dos homens adotou os dois garotos legalmente. Os meninos tinham 12 e 14 anos de idade em 2010. Como pessoas solteiras podem adotar, e ele se encaixava no perfil, os assistentes sociais não recusaram o pedido de adoção.

De acordo com os advogados do casal, a agência de adoção em Lyublino realizava visitas regulares à casa deles desde 2010. Foram nove anos até o momento do ataque do governo contra a família. Durante todo esse tempo, a agência relatou que os dois homens cuidavam muito bem dos meninos.

De acordo com Polina, uma ativista da organização "Saindo do Armário", sediada em São Petersburgo, "os vizinhos do casal estavam presentes durante a revista e conversaram com a mídia. "Eles só disseram coisas boas sobre a família".

"De acordo com eles [os vizinhos], eles não notavam qualquer sinal de problema, as crianças cresciam numa atmosfera calma e inteligente, e os pais cuidavam dos filhos." - comenta Polina.

Polina diz que a lei de "propaganda gay" foi redigida de modo tão vago que não deixa claro o que é ilegal ou não.

Provavelmente, essa seja a razão pela qual essa aberração legislativa crie insegurança jurídica e dê margem para discriminação em todo o território russo, inclusive com uso de violência física, verbal e simbólica.

"A única coisa que pessoas LGBTI podem fazer para ficarem completamente seguras é permanecer na invisibilidade, é esconder sua orientação sexual e identidade de gênero, mentir em seu ambiente social", diz Polina.

"Também ficou claro que famílias homoafetivas com filhos seriam o grupo mais vulnerável sob essa lei, porque sob essa lei, você está "fazendo propaganda" todo dia apenas por ser uma família."

Polina também descreve o sentimento daqueles que são LGBT+ ou se solidarizam com suas lutas: "Estamos todos apavorados por causa das famílias com filhos adotivos, pois seria muito fácil anular adoções e destruir famílias."

"Essa tendência causará muito dano, primeiro e acima de tudo para as crianças, que de outro modo teriam famílias amorosas e solidárias", finaliza Polina.

Adolescente russo vence caso contra a "propaganda gay"

Guarda dos oficiais do Ministério do Interior Interior russo coagem uma manifestação lésbica, gay, bissexual e transgênero (LGBT) na VIII Parada de São Petersburgo, Rússia, em 12 de agosto de 2017 - © 2017 Reuters



Adolescente russo vence caso contra a "propaganda gay
"


Uma vitória fantástica para os direitos LGBT



Com informações de 
Kyle Knight
Pesquisador e ativista LGBT
Human Rights Resource
https://www.hrw.org/news/2018/10/31/russian-youth-wins-gay-propaganda-case


Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Uma corte russa encerrou um caso contra um adolescente de 16 anos, no qual ele era acusado de ter quebrado a absurda lei contra a "propaganda gay". A lei efetivada em 2013 proíbe a discussão pública de qualquer informação positiva sobre "relações sexuais não tradicionais".

Em agosto de 2018, a Comissão sobre os Direitos de Menores e de Proteção a Menores multou Maxim Neverov em 50.000 rublos (o equivalente a 760 dólares ou 2.855 reais - câmbio na data desta publicação) por violar a lei contra "propaganda gay". A comissão alegou que o jovem Neverov havia postado fotos de homens jovens cuja aparência tinha características de propaganda de relações homossexuais em sua conta no Vkontake – um site russo de mídia social. Neverov foi o primeiro menor de idade a ser multado sob a lei, e imediatamente registrou uma apelação contra a decisão.

A alegada razão por trás da lei contra a "propaganda gay" da Rússia é que ao retratarem-se relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo como socialmente aceitáveis, constitui-se uma ameaça contra o bem-estar mental, moral e intelectual das crianças.

A verdade é bem o oposto, uma vez que a proibição expõe crianças e adolescentes a danos graves por negar-lhes acesso a informações essenciais e por perpetuar estigmas contra crianças lésbicas, gays, bissexuais e transgêneras (LGBT) e contra suas famílias. A lei foi devidamente condenada pelo Comitê sobre Direitos da Criança (da ONU), pela Corte Europeia de Direitos Humanos, pela Organização para Segurança e Cooperação na Europa, e pelo Conselho da Europa.

Neverov contou a repórteres que ficou surpreso com a decisão do tribunal favorável a ele. Ele disse que estava certo de que seria condenado de novo, uma vez que várias outras cortes vêm multando ativistas sob o pretexto da "lei de propaganda gay" nos últimos cinco anos. Anteriormente, esse ano, o governo usou a "lei de propaganda gay" para atacar o site ParniPlus, um espaço virtual que objetivava conscientizar a população sobre a epidemia do HIV, que explodiu entre homens que fazem sexo com homens - o que traz consequências graves não só para esse segmento populacional, mas para toda a sociedade. Paradoxalmente, o diretor do Centro Federal para AIDS em Moscou chamou a epidemia de HIV na Rússia de "catástrofe nacional". O governo primeiro proíbe a disseminação de informações, depois se espanta com o resultado disso. É ridículo.

No caso do jovem Neverov, porém, prevaleceram a Justiça e a Razão. Essa devia se tornar a norma, não a exceção, uma vez que a lei de "propaganda gay" da Rússia já foi e continua a ser exposta pelo que ela realmente é: uma desculpa cínica para discriminar a comunidade russa LGBT, inclusive seus membros mais jovens.

Justiça para a Chechênia: relato de um jovem gay sobrevivente.



Maxim, homem gay checheno e sobrevivente à perseguição antigay na Chechênia,
república integrante da Federação da Rússia.


Passei 12 dias preso numa cela toda suja de sangue. Fui espancado, ameaçado e humilhado o tempo todo. Só porque sou gay.

Meu nome é Maxim e sou sobrevivente da perseguição antigay na Chechênia, onde as autoridades sequestraram, torturaram e assassinaram homens suspeitos de serem gays ou bissexuais.

Já faz um ano que o mundo ouviu pela primeira vez essas atrocidades. Mas, até agora, a justiça não foi feita.

As autoridades russas se recusam a promover uma investigação que esclareça esses crimes. Eles querem que o mundo se esqueça do que houve na Chechênia – mas nós não vamos deixar isso acontecer.

Precisamos colocar essa história de volta nos noticiários e falar para milhares de pessoas sobre os horrores que eu e tantos outros enfrentamos na Chechênia. Agora é a hora de exigir que as autoridades russas investiguem e punam os responsáveis.

Por favor, junte-se a mim. Assine nossa petição global e exija justiça pela Chechênia.
https://allout.actionkit.com/go/8064?t=10&akid=20788%2E49658%2EsMqT9G

Se o link acima não abrir, utilize este: https://go.allout.org/pt/a/chechen-100/?akid=20788.49658.sMqT9G&rd=1&t=10&utm_campaign=chechen-100&utm_medium=email&utm_source=actionsuite

Eu fui libertado depois que minha família registrou meu desaparecimento e meus amigos fizeram uma campanha para me encontrar. Eu mal conseguia rastejar quando a polícia me soltou.
Muitos de nós tiveram que deixar a Chechênia para salvar a própria vida. Muitos, como eu, foram ameaçados pelas autoridades para que não falássemos do que aconteceu. E muitos têm medo de se manifestar pelo que pode acontecer com seus familiares.

É por isso que não posso ficar quieto. Porque minha história é a história de muitos outros.
Os crimes que enfrentamos na Chechênia precisam ser ouvidos, mas, para isso, eu preciso da sua ajuda. Se milhares de pessoas se manifestarem, podemos pressionar as autoridades russas a investigar.

Em homenagem às pessoas que perdemos há um ano, assine e exija justiça pela Chechênia.

Em homenagem às pessoas que perdemos há um ano, assine e exija justiça pela Chechênia.
Obrigado por apoiar a All Out. Vamos em frente!

Maxim Lapunov

PS: Centenas de nós vamos nos reunir no próximo fim de semana no mundo inteiro para participar de uma Mobilização Global pela Chechênia. Junte-se a nós! 


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ATUALIZAÇÃO - 4 de outubro de 2017: As audiências na justiça dos quatro ativistas russos detidos durante a entrega da petição, em maio, já aconteceram e todos foram multados em 10.000 rublos - cerca de 175 dólares. Eles entraram com recurso contra a decisão e agora aguardam a nova audiência. Foram retiradas todas as acusações contra Yuri, o ativista da All Out que também foi detido no evento.


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ATUALIZAÇÃO - 4 de julho de 2017: Nas últimas semanas, parecia que já não havia novas prisões de homens gays na Chechênia, mas a Russian LGBT Network recebeu mais ligações em sua linha telefônica de emergência. Os sobreviventes informaram que as prisões recomeçaram. Além disso, agora há indícios de que pelo menos 6 pessoas morreram devido às perseguições.


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ATUALIZAÇÃO - 12 de maio de 2017: Os 5 ativistas – incluindo Yuri, que é um membro da equipe de campanhas da All Out – foram soltos da detenção e estão em segurança. Um julgamento acontecerá em 29 de maio. Iniciamos uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar com o pagamento de multas, taxas legais e outros custos emergenciais resultantes da detenção dos ativistas. Por favor, faça uma doação para nos ajudar a seguir lutando, com ainda mais força, por justiça para os homens gays perseguidos na Chechênia: https://go.allout.org/pt/a/detained-in-moscow/


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ATUALIZAÇÃO - 11 de maio: Um de nossos colegas acaba de ser detido em Moscou, junto de outros ativistas, ao tentar entregar mais de 2 milhões de assinaturas contra a perseguição anti-gay na Chechênia. Continuaremos acompanhando a situação e trabalhando para libertá-los.


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ATUALIZAÇÃO - 5 de maio: Graças à pressão internacional, as autoridades russas anunciaram que vão investigar a situação na Chechênia. Antes, eles haviam declarado que deixariam a investigação a cargo das próprias autoridades chechenas. Continuaremos acompanhando para garantir que a investigação seja conduzida de maneira adequada, e que os responsáveis respondam por esses crimes.


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Homens gays estão sendo capturados e presos na Chechênia, Rússia.


Durante o fim de semana surgiu a notícia de que mais de 100 homens foram presos sob suspeita de serem gays. Há relatos de pessoas torturadas, espancadas e obrigadas a dar informações sobre outros gays na região. Pelo menos três homens foram assassinados.
“Na Chechênia nem existem gays” – foi a resposta oficial das autoridades.


Exija que as autoridades federais russas investiguem imediatamente essas atrocidades e punam os responsáveis por prender, torturar e matar homens gays na Chechênia.


Esta campanha é realizada em parceria com a Rede LGBT da Rússia. A All Out também está realizando uma campanha de arrecadação emergencial para ajudar a Rede LGBT da Rússia a retirar da Chechênia homens gays que correm risco de serem presos e torturados.


Publicado em 4 de abril de 2017.


Sir Elton John encontrou-se com ministros de Putin para pressioná-los a respeito dos direitos LGBT

(Foto por Christopher Polk/Getty Images para o NARAS)


Sir Elton John encontrou-se com ministros de Putin para pressioná-los a respeito dos direitos LGBT


Nick Duffy
6th March 2018, 3:08 PM
Para o Pink News
https://www.pinknews.co.uk/2018/03/06/sir-elton-john-met-with-vladimir-putins-ministers-to-press-on-lgbt-rights/

Tradução e adaptação por Sergio Viula



Sir Elton John encontrou-se com ministros de Putin para pressioná-los a respeito dos direitos LGBT. O cantor fez esta revelação ao New York Daily News numa festa de gala da Elton John AIDS Foundation (Fundação Elton John para a AIDS).

New York Daily News: http://nydailynews.com/entertainment/gossip/confidential/rocket-man-elton-john-admits-colluding-russia-article-1.3856993

O cantor veterano falou abertamente sobre seu contato com o Kremlin para falar sobre HIV/AIDS e conscientizar o país sobre sua lei anti-gay que criminaliza tudo em torno da homossexualidade. Essa lei é popularmente conhecida como a "a lei da propaganda gay".

O cantor disse: "Nós nos encontramos com o ministro russo da saúde em Moscou em dezembro, e tudo isso é apenas sobre dar um pequeno passo de cada vez."

Sir Elton acrescentou que ele ainda esperava um encontro com o próprio Putin.

Ele disse: "Eu sou apenas uma estrela pop, mas eu tenho uma fundação e ele é um presidente — e um dos mais poderosos presidentes do mundo."

O cantor conversou ao telefone com Putin depois de um trote no qual alguém tentava se passar pelo líder russo. Sobre o telefonema com o Putin de verdade, Sir Elton John disse: "[Putin] me ligou e eu sei que eles querem dialogar, mas tem que ser um pé de cada vez."

Ele acrescentou que Putin foi "muito simpático e cordial."

A Rússia tomou uma atitude anti-LGBT muito agressiva na última década, com Vladimir Putin, a Igreja Ortodoxa Russa e os vigilantes nacionalistas formando uma "profana trindade" de opressão contra as pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgêneras.

Putin assinou a lei da "propaganda gay" em 2013 tornando crime qualquer "propaganda de relacionamentos sexuais não tradicionais", a qual tem sido usada para perseguir qualquer demonstração de homoafetividade ou apoio aos direitos LGBT.

A legislação foi condenada pela Corte Europeia de Direitos Humanos (em inglês) por perseguir quem discorde do modo como os assuntos LGBT são tratados no país e por conduzir à intensificação do extremismo anti-LGBT. Fonte: https://www.pinknews.co.uk/2017/06/20/european-judges-just-said-russias-gay-propaganda-law-encourages-homophobia/


Sir Elton John (foto por Dimitrios Kambouris/Getty Images para o EJAF)


Uma pesquisa realizada por uma agência chamada Levada Center descobriu que 83 por cento dos respondentes russos consideram "sempre repreensível" ou "quase sempre repreensível" que dois adultos do mesmo sexo se relacionem sexualmente.

Trata-se de um crescimento marcante desde 1998, quando apenas 68 por cento dos entrevistados consideravam as relações homoafetivas como inaceitáveis, e também em 2008, quando esse número chegou a 76 por cento.

Enquanto pesquisas anteriores haviam descoberto que pessoas mais jovens eram mais tendentes à tolerância quanto às relações homoafetivas, essa pesquisa mostrou que isso não mais o que acontece no país - com jovens russos mantendo o mesmo nível de crenças homofóbicas que as gerações russas mais velhas.

Dois homens abertamente gays estão concorrendo para o parlamento na Rússia

Dois homens abertamente gays estão concorrendo para o parlamento na Rússia

Acredita-se que eles sejam as primeiras pessoas LGBT assumidas a concorrerem para o parlamento na história da Rússia


Originalmente publicado pelo The Independent por Harriet Agerholm.
http://www.independent.co.uk/news/world/two-openly-gay-men-are-running-parliament-russia-election-putin-a7315181.html

Traduzido por Sergio Viula

Os homens se opuseram fortemente ao que veio a ser conhecido 
como A lei de Putin contra a "propaganda' gay


Dois homens que são abertamente gays estão concorrendo nas eleilções da Rússia num desafio a Putin e o partido do governo na Rússia.

Aleksei Korolyov, 29 anos, e Bulat Barantayev, 33, são reconhecidos como as primeiras pessoas LGBT a se candidatarem para ao Duma Estatal, a casa mais baixa da Assembleia Federal.

Ambos são gays assumidos e se opõem fortemente à lei de "propaganda" gay de Putin.

Aprovada em 2013, a lei torna ilegal igualar os relacionamentos heterossexuais e homossexuais ou promover os direitos gays de qualquer modo.

Ambos os ativistas estão concorrendo pelo Partido a Favor da Liberdade dos Povos da Europa (Parnas). Barantayev tem pedido que Putin seja impedido e que se acabe com a corrupção no governo.

Apesar de Korolyov e Barantayev acreditarem que não têm qualquer chance de serem eleitos, eles esperam que com essa tomada de posição, os dois consigam fazer as discussões sobre os direitos gay avançarem.

Barantayev disse à Radio Free Europe: "Por muito tempo agora, eu tenho usado as oportundiades para cultivar uma audiência para a aceitação das pessoas LGBT."

Rádio: http://www.rferl.org/content/russia-lgbt-duma-elections-barantayev-korolyov/27981994.html

"Através dos meu exemplo, eu mostro que gays na Rússia podem criar seus próprios negócios bem-sucedidos, conviver com as pessoas, ter filhos, e que podem concorrer para o Duna Estatal."

Korolyov, por usa vez, disse: "A comunidade LGBT agora está numa situação desesperadora e precisamos de aliados. é bom que tenhamos sido capazes de formar uma aliança com o Parnas.

“A comunidade LGBT reúne novos recursos para defender a si mesma e o partido devia conseguir novos eleitores."

Ele disse que decidiu concorrer porque o Rússia Unida, o partido governante, tem adotado uma "posição homofóbica extremada."

“As autoridades estão facilitando o discurso homofóbico na sociedade - o que tem incitado crimes de ódio", acrescentou ele.

Em 2015, o governo russo exibiu uma bandeira "heterossexual" em direta oposição à bandeira do arco-íris do movimento LGBT.

Pela primeira vez, o voto nas eleições da Rússia vai acontecer na Crimea, que foi anexada da Ucrânia em 2014.

A Rússia rejeita projeto de lei que pretendia punir com cadeia gays que demonstrassem afeto ou saíssem do armário

O comitê rejeitou projeto de lei que puniria 
pessoas gays com prisão na Rússia


Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Uma comissão da câmara baixa da Assembleia Federal Russa (Duma), rejeitou o projeto de lei que pretendia tornar o "sair do armário" para jovens e o beijar em público atos passíveis de punição com prisão.

A Duma russa votaria esta semana uma medida que proibiria todas as demonstrações públicas de afeto entre casais do mesmo sexo.

A legislação sugeria punições para casais do mesmo sexo que fossem pegos beijando ou segurando as mãos em público.

De acordo com a agência RBC News, a Comissão sobre Legislação Constitucional e a Construção do Estado rejeitou o projeto de lei.

A agência disse que a comissão rejeitou a legislação "principalmente devido ao fato de que, de uma perspectiva legal formal, o projeto de lei era analfabeto".

A Rússia tem sido criticada por reprimir os direitos das pessoas LGBT desde que aprovou uma lei proibindo a promoção de "relações sexuais não tradicionais" para menores.

Nota deste blogueiro: a lei referida no parágrafo anterior tem sido usada para perseguir pessoas LGBT por qualquer coisa. Nas Olimpíadas, por exemplo, Putin enquadrou nessa lei até atletas que ostentassem símbolos com as cores da bandeira do arco-íris. Mesmo assim, alguns ousaram. :)

A notícia é do site PinkNews e continua em inglês aqui:
https://www.thepinknews.com/2016/01/18/russia-rejects-bill-to-punish-hand-holding-and-coming-out-with-jail/

Madonna sobre presidente russo: “Talvez Putin seja gay"

Madonna sobre presidente russo: “Talvez Putin seja gay"

Cantora usou uma rede social para criticar as políticas homofóbicas do governo da Rússia


iG São Paulo , da Redação 
09/10/2013, às 16:17:30




'Talvez Putin seja gay, talvez seja esse o problema', afirmou Madonna em um tuite. Foto: Divulgação


Madonna mostrou mais uma vez que não tem medo do governo da Rússia e muito menos das políticas antigays do seu presidente, Vladmir Putin . Na noite da ultima terça-feira (08), a cantora usou uma rede social para alfinetar o político. "Talvez Putin seja gay. Talvez seja esse o problema”, escreveu ela em seu perfil no Twitter.

Em outubro de 2012, a popstar enfureceu os homofóbicos russos ao defender a comunidade LGBT local durante um show na cidade de São Petesburgo. Cidadãos do país até entraram com um processo na justiça local para que Madonna pagasse R$ 20 milhões de multa pelo seu gesto.

A mensagem da estrela foi uma resposta a um casal que participava do projeto “Art For Freedom”. A ideia é que os fãs da cantora enviem músicas, fotos e textos com a hastag #artforfreedom para que Madonna comente e faça intervenções artísticas nas imagens.

A insinuação sobre Putin foi motivada por uma imagem mandada por um casal gay. Na foto, Adrian eShane aparecem se beijando em frente a um grafite que mostra o ex-líder soviético Michael Gorbachev dando um beijo no ex-presidente da antiga Alemanha Oriental Erich Honecker.

Madonna já se posicionou diversas vezes em prol dos direitos da comunidade LGBT. No primeiro semestre, ela foi bastante ativa na defesa do casamento igualitário nos Estados Unidos.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Madonna foi guerreira quando se apresentou na Rússia e defendeu as Pussy Riots e a comunidade LGBT da Rússia. Foi chamada até de 'puta velha' por autoridades russas. O governo russo quis impor multa de 1 milhão de dólares a ela. Mas, a rainha do Pop e musa da comunidade LGBT e de milhões de heterossexuais de bom gosto não se intimida.

Mandou bem, Madonna. Ele vai ficar 'putin' com você, linda , mas a comunidade LGBT russa e internacional te aplaudem!

Parlamento da Rússia aprova lei contra 'propaganda homossexual' - Comentário de Sergio Viula

Militantes LGBT e simpatizantes são detidos pela polícia ao se manifestarem na Rússia por causa da lei que quer torna-los invisíveis e seu amor e cultura ilegais.






Parlamento da Rússia aprova lei contra 'propaganda homossexual'

Folha de São Paulo
25/01/2013


O Parlamento da Rússia aprovou nesta sexta-feira, em primeira leitura, o projeto de lei que proíbe a chamada "propaganda da homossexualidade", que limita atos públicos e manifestações dos gays.

A medida faz parte de uma série de leis criadas pelo governo do presidente Vladimir Putin diminuindo os direitos dos homossexuais na Rússia, um dos países mais preconceituosos em relação à orientação sexual da Europa.

A proposta foi aprovada com 388 votos a favor, um contra e uma abstenção. O projeto de lei ainda passará pela Câmara alta do Parlamento antes de ser enviado à sanção de Putin.
Caso aprovada, permitirá a cobrança de multas de até 50 mil rublos (R$ 3.379) por manifestações, atos de campanha e ativismo pelo fim da discriminação de homossexuais.

Durante o debate no Parlamento, o deputado do governista Rússia Unida Serguei Dorofeyev disse que era preciso proteger crianças e adolescentes do que chamou de "consequências da homossexualidade".

A deputada Elena Mizulina, do Rússia Justa, considerou que a exposição das crianças demonstrações afetivas com pessoas do mesmo sexo "limitam o direito dos menores a se desenvolverem livremente".

Os homossexuais sofrem forte discriminação na Rússia, um dos países mais homofóbicos da Europa. Até 1993, ter relações com pessoas do mesmo sexo era crime e até 1999 era considerado uma doença mental.


PROTESTOS

Enquanto acontecia a sessão no Parlamento, ativistas gays e cristãos ortodoxos entraram em confronto pela segunda vez nesta semana. O estopim das agressões foi o beijo dado por suas mulheres na porta da casa legislativa.

Em seguida, os simpatizantes da lei começaram a jogar ovos, tinta, e tentaram atacar o grupo, mas foram impedidos pela presença policial. Os agentes prenderam os manifestantes mais exaltados e os militantes foram dispersados.

A Igreja Ortodoxa Russa pediu para que a nova lei seja estendida por toda a Rússia, ela que já vigora em outras cidades, como São Petesburgo, a segunda maior do país.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

A Igreja Ortodoxa Russa tem cerca de 28.000 paróquias, a maioria na Rússia, Ucrânia e Bielorússia, totalizando 135 milhões de adeptos ao redor do mundo. O chefe da Igreja Ortodoxa Russa é o patriarca de Moscou. Ele, porém, não tem plenos poderes sobre questões de fé - o que é tratado por um Sínodo. Se as questões forem fundamentais, elas precisam ser tratadas por um Concílio Ecumênico de todas as Igrejas Ortodoxas.

A Igreja Ortodoxa surge a partir de um cisma entre as Igrejas Cristãs em 1054. Uma das facções ficou sob a autoridade do papa (Igreja Católica Apostólica Romana) e a outra permaneceu fiel ao Patriarca de Constantinopla, constituindo a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa subdividida em pelo menos 14 Igreja Ortodoxas Autocéfalas - Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém (todas elas constituem patriarcados); dez Igrejas Ortodoxas que surgiram ao longo do tempo: Rússia, Sérvia, Romênia, Bulgária, Geórgia (estas também são consideradas patriarcados), Chipre, Grécia, Albânia e República Tcheco-Eslováquia (estas últimas são lideradas por um arcebispo ou por um Metropolita).

Na Igreja Ortodoxa somente bispos são obrigados a manter o celibato. Os padres são liberados para o matrimônio, desde que este se dê antes da sua ordenação.

Historicamente, a Igreja Ortodoxa Russa abençoava o Czar, derrubado pela Revolução de 1917 com a assunção do Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin.

Durante o governo de Stalin, a Igreja Ortodoxa Russa enfrentou um período de grandes restrições por ser considerada perigosa para a estabilidade do socialismo soviético. Porém, quando os alemães começaram a ameaçar o sistema soviético, Stalin concedeu mais liberdade à Igreja e seu Patriarcado objetivando cooperação para que o povo defendesse o sistema.

Com o esfacelamento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Igreja Ortodoxa retomou seu poder em relação à formação de opinião pública. Isso tem gerado uma cooperação perigosa entre o governo e a igreja.

Atualmente, Vladimir Putin - presidente da Rússa - tem recebido forte apoio do clero e, como retribuição, tem atendido reivindicações da igreja, como no caso da restrição aos direitos dos cidadãos LGBT sob o pretexto de impedir a "propaganda gay" (sic). Os argumentos usados na esfera pública não são razões públicas de fato, mas doutrina religiosa disfarçada de defesa do que muitos consideram "bons costumes" ou "defesa da família" ou "proteção à criança e ao adolescente".

Ao longo de sua história, a Rússia criou uma ordem baseada em direitos políticos e econômicos iguais para mulheres e homens na esfera pública. Essas políticas, porém foram essencialmente motivadas por necessidades econômicas do estado e, assim, fizeram pouco para transformar normas que relegam as mulheres a cuidadoras do lar. Outras desigualdades resultaram da construção social do ideal de sociedade soviético baseado no modelo de família heterossexual, que marginalizou as minorias sexuais.

Mães solteiras, por exemplo, sofrem terrível discriminação, inclusive no sistema de saúde. Isso tem elevado os índices de abandono de crianças na Rússia. Além disso, o combate à AIDS também sofre deficiências terríveis por causa do preconceito moralista. A assistência a mães com AIDS e seus filhos portadores do HIV são um desafio a ser superado. Imaginem em que pé fica o combate à AIDS entre a minorias sexuais, então.

Para tornar-se um país socialmente desenvolvido, a Rússia terá que rever suas posturas moralistas, baseadas numa heteronormatividade danosa para todos, porém chancelada por conservadores e fundamentalistas religiosos, dentre os quais a Igreja Ortodoxa Russa desempenha um papel protagonista.

Além disso, o povo russo terá que se acostumar à liberdade e desenvolver uma democracia genuína antes que consigam avançar na direção de leis que realmente valorizem o indivíduo e garantam seus direitos fundamentais.


No Brasil a Igreja Ortodoxa chegou com imigrantes árabes. Sua primeira instituição foi edificada em São Paulo, no ano de 1904. A imponente Catedral Ortodoxa foi aberta ao público em 1954, no auge da celebração do IV Centenário da metrópole.

Madonna defendeu a comunidade gay russa e foi processada pelo governo russo.

Obrigado, Madonna, por sempre se colocar na defesa da comunidade LGBT e outras minorias. A luta continua!

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