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Kaique Augusto Batista dos Santos - adolescente gay torturado e morto




Lembram do caso do pedreiro Amarildo? A polícia garantia que não tinha visto o pedreiro, só que não. Não apenas viu, mas capturou matou e ocultou o cadáver.

O caso desse adolescente gay, com toda essa 'pressa' para registrar como 'suicídio', apesar de todas as evidências em contrário, está disparando um alerta na minha cabeça inquieta...

Felizmente, a própria Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República já se manifestou contra a versão de suicídio, reconhecendo os fortes indícios de crime homofóbico e está exigindo investigação mais apurada.

Saiba mais: 

https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/secretaria-da-presidencia-manifesta-solidariedade-familia-de-kaique.html 


CHEGA DE IMPUNIDADE!

Parada Gay de Franca (SP) registra um assassinato

Até quando gente homofóbica vai determinar 
quanto a vida de um LGBT vai durar?



SP: cabeleireiro é morto a facadas em Parada Gay de Franca

Da página do Athos Gls
24/10/2012:


O cabeleireiro Eliano Carvalho Campos, 38 anos, foi assassinado durante a Parada do Orgulho Gay na cidade de Franca, a 343 km de São Paulo, na noite de domingo. Campos levou quatro facadas no tórax e duas no pescoço.A vítima chegou a ser socorrida à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos. Hudson Barbosa da Silva, 20 anos, assumiu o assassinato, foi preso e encaminhado ao 2º Distrito Policial, onde o caso foi registrado. Em seguida, a polícia encaminhou Silva para o Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade.
Jornal do Brasil

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


O grande filósofo Pitágoras dizia "Eduquem-se as crianças e não será necessário castigar os homens." E estava coberto de razão.

Enquanto fundamentalistas e conservadores obscurantistas continuam tentando impedir a educação para a diversidade, ou seja, contra a homofobia, o racismo, o machismo, etc., centenas de pessoas continuam sendo alvo de violência movida por preconceito. É óbvio que não temos razões para crer que a educação realmente inclusiva, plenamente inclusiva, será suficiente para eliminar todas as possibilidades de violência, mas não há dúvida de que ela tenha a capacidade de reduzi-la muito, talvez a quase zero como já se vê em outros países.

Grande parte dos crimes de ódio contra pessoas LGBT são alimentados pela pregação homofóbica de igrejas fundamentalistas e desequilibradas, pelos discursos pejorativos de políticos conservadores preconceituosos, pelo humor de mau gosto que achincalha as pessoas LGBT, pela omissão das autoridades na punição de crimes desse tipo, pela omissão de pais e educadores que acham que bullying é apenas brincadeira de criança ou adolescente rebelde, e por aí vai.

Muito disso pode ser resolvido com educação, começando em casa, passando pela escola, pelos meios de comunicação, pelas agremiações esportivas e artístico-culturais, e até mesmo pelas associações religiosas. Se isso for feito, pouco ou quase nada restará para se resolver na justiça, pois a educação prevenirá muitos desses crimes.

Isso é bom para quem deixa de ser vítima de uma agressão ou assassinato em potencial; é bom para aquele que poderia se tornar um assassino e passar anos na cadeia; é bom para as famílias de ambos que não terão por que chorar pelas consequências daquele possível crime; é bom para a sociedade que se sente mais segura e mais feliz; e é bom para o Estado que não terá que arcar com as despesas que o encarceramento acarreta.

Então, como dar ouvidos a quem é contra a educação para a diversidade e a criminalização da homofobia?

Criminalização da homofobia já!
Educação para a diversidade já!

Transfobia: Travesti é brutalmente morta em Votuporanga

Chega de lesbofobia, gayfobia, transfobia


Travesti é brutalmente morta em Votuporanga

A profissional do sexo Vitória, 21 anos, teve o pênis cortado, orelha arrancada e o pescoço degolado

Rede Bom Dia
18/09/2012 06:05
Luciano Moura
luciano.moura@bomdiariopreto.com.br


A profissional do sexo Vitória (Marcos Gustavo da Silva Costa), de 21 anos, foi morta brutalmente na madrugada de domingo, no Distrito Industrial 1, em Votuporanga.

O crime chocou a cidade, que tem cerca de 86 mil habitantes, pelos requintes de crueldade e frieza do assassino. A travesti teve o pênis cortado, uma das orelhas arrancada com uma faca e o pescoço degolado. O assassino levou a bolsa e o celular de Vitória, que estava na cidade havia duas semanas, além do pedaço da orelha como “troféu”.

Em um mês, esta é a terceira morte de travesti na região. No mês passado, duas profissionais do sexo foram mortas e outras duas foram baleadas nas mãos durante uma chacina em Rio Preto. O ex-policial Benedito de Jesus Carvalho, acusado de cometer os crimes, e a suposta mandante – a travesti Taila (Fabrício Silva) estão presos há um mês. O delegado Alceu de Oliveira Júnior pediu nesta segunda-feira (17) a prorrogação do inquérito policial por mais 30 dias (leia mais na página 3).

Essas três mortes “engrossam” uma estatística que coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, de acordo com o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais de 2011. Segundo o documento, no ano passado, foram documentados 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no país.

O crime/ De acordo com informações da Polícia Militar de Votuporanga, o corpo da travesti foi localizado, por volta de 5h30, por outra profissional do sexo conhecida como Bruna.

O terreno onde estava o corpo, que fica próximo ao Ecotudo - ponto de descarte de lixo -, é conhecido como local para programas sexuais de travestis e garotos de programa.

No local, há câmeras de segurança por causa do Ecotudo. Entretanto, não teriam captado nada. Apesar de o crime ter fortes indícios de intolerância sexual, o delegado João Donizete Rossini, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, que é responsável pelo caso, disse que ainda é cedo para determinar a motivação do crime, por isso, não descarta qualquer hipótese. O crime pode ser de vingança, homofobia, acerto de contas e até passional. “Mas ainda não há pistas do assassino e as investigações continuam”, disse ele.

O BOM DIA apurou ainda que uma testemunha teria afirmado em depoimento à polícia que o assassino estava dirigindo um Del Rey. Mas o delegado não confirmou essa informação à imprensa.
 
O corpo de Vitória foi enterrado no cemitério municipal de Tanabi ontem pela manhã.

Psicólogas afirmam que há fortes indícios de crime homófobico

A psicóloga Gisele Lelis Vilela de Oliveira afirma que há fortes indícios de que o crime que tirou a vida da profissional do sexo Vitória (Marcos Gustavo da Silva Costa), 21 anos, em Votuporanga, pode ser classificado como homofóbico pelos requintes de crueldade do assassino. “É possível que se trate de um psicopata, mas seria necessário fazer uma avaliação. Geralmente a psicopatia é caracterizada por insensibilidade, crueldade, impulsividade e emoções superficiais. Além de ausência de sentimento de culpa. Eles são manipuladores e tendem a se envolver com atividades criminosas”, afirma ela.

A psicóloga Ana Soares Santana também afirma que é um crime motivado por intolerância sexual. “É inegável que neste caso há traços de um crime homofóbico. Tudo leva a crer que o assassino é perverso e cruel. Ele tem ódio com a identidade de gênero”, afirma a psicóloga.

Segundo ela, só um diagnóstico mais técnico poderá avaliar o que o motivou a matar, degolar, cortar o pênis e arrancar uma das orelhas da vítima.

Para a travesti Carla Lopes, não há dúvidas sobre a motivação para o crime. “O assassino é louco, cruel e homofóbico. Tem de ser preso”, afirma. Ainda segundo ela, as travestis só fazem programas para conseguir sobreviver. “Não há oportunidades de empregos para nós. A sociedade finge que nos aceita. Se nos considerassem, nos dariam empregos e não teríamos de vender o corpo”, disse.

Delegado da DIG pede prorrogação de inquérito que investiga mortes de duas travestis em Rio Preto

O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Rio Preto Alceu de Oliveira Júnior pediu a prorrogação por mais 30 dias do inquérito policial que investiga a morte de duas travestis, na madrugada do dia 15 do mês passado. Além das mortes das travestis Eduarda (Carlos Eduardo Vasconcelos), de 30 anos, e Izabelly (Abelardo dos Santos Freier), 24, outras duas foram baleadas nas mãos. No dia 17 do mês passado, a polícia prendeu o ex-policial militar Benedito de Jesus Carvalho, de 50 anos, acusado de ter cometido o duplo homicídio por encomenda da travesti Taila (Fabrício Silva), 31. De acordo com a polícia, as duas travestis teriam sido mortas porque não admitiam ser extorquidas por Taila. “Estamos esperando ainda resultados de alguns laudos para concluir o inquérito.

Mas há fortes indícios da relação entre o autor e a travesti presa. O que pode ter gerado a combinação do ataque”, afirma o delegado Fernando Augusto Nunes Tedde.

País da intolerância

Nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que o Brasil, foram registrados nove assassinatos de travestis em 2011. Enquanto que nos estados brasileiros, foram executados 98. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 800% maior do que nos Estados Unidos, de acordo com o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais de 2011.


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Veja matéria da Carta Capital:

Um panorama da violência homofóbica no Brasil

A homofobia é um problema estrutural no Brasil e atinge jovens, negros e pardos, nas ruas e em suas próprias casas.
 
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/um-panorama-da-violencia-homofobica-no-brasil/






Crescem crimes homofóbicos no Estado do Rio de Janeiro

Crescem crimes homofóbicos no Estado do Rio de Janeiro

04 Junho 2012



Segundo relatório, houve aumento de 78% de registros de ocorrências em um ano. Número pode ser maior, porque só as Delegacias Legais registram casos por homofobia.
 

Às vésperas da inauguração do Centro de Referência da Cidadania para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) em Niterói, que acontece nesta terça, foi divulgado o relatório produzido pelas Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e Segurança, em conjunto com a Superintendência de Direitos individuais, Coletivos e Difusos e programas de Prevenção do Estado do Rio de Janeiro, com os números de ocorrências registradas de crimes motivados pela homofobia.

Os dados foram coletados em delegacias legais da Região Metropolitana II, que abrange os municípios do Leste Fluminense (Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito).

As informações foram apuradas de outubro de 2010 a setembro de 2011. Os números mostram que nesse período foram registrados, em nove delegacias da Região, 77 casos presumidos de homofobia. No ano passado, quando relatório foi apresentado pela primeira vez, os dados foram coletados de outubro de 2009 a setembro de 2010, em sete delegacias, com 40 registros. Em todo o Estado, no período de 2009 a 2010, o total de ocorrências lavradas como homofobia ficou em 461 casos. Já no relatório divulgado esse ano, os números ficaram em 825, ou seja, houve um crescimento de 78%.

Apesar desses números significativos, os casos de agressões podem ser maiores do que mostra o documento, pois, apenas Delegacias Legais registram ocorrências tipificadas por motivos de homofobia, nas demais unidades, os episódios de violência são registrados como agressão física. Além disso, o próprio receio dos gays em procurarem o serviço da Polícia nesses casos torna-se uma barreira.

O diretor da ONG Grupo Diversidade Niterói Victor De Wolf descreve o acompanhamento do grupo em casos de agressões por homofobia e ressalta o aumento no número de denúncias por parte dos homossexuais. "Quanto mais sairmos do armário, mais os homofóbicos saem de seus armários também. Ainda temos um longo caminho a percorrer no sentido da não agressão, mas o fato de assumirmos uma postura positiva diante dessa realidade já é um grande passo.", opina.

Em uma festa na cidade, em junho de 2010, um grupo de gays dançava e se divertia quando foram abordados por seguranças da festa com o argumento de que com “aquele comportamento” eles não poderiam permanecer no local.

O produtor cultural Miguel Macedo, de 32 anos, que é militante do movimento gay de Niterói, estava entre o grupo e revela a forma truculenta de como foram retirados da festa. "Eram uns cinco ou seis guardas que me agrediram com chutes e tapas. O grupo reagiu sem violência e fomos registrar o caso na 76ª DP, no Centro da cidade. O processo rola até hoje.", revela.

Niterói ganha centro de referência LGBT

A cidade de Niterói será contemplada nesta terça com o quarto Centro de Referência da Cidadania LGBT do Estado. As outras três unidades são: Serrana I, em Nova Friburgo; Baixada I, Duque de Caxias e Capital, no Rio de Janeiro. O programa é desenvolvido pelo Governo do Estado e toda população poderá ter acesso a uma série de informações que dizem respeito à vida de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

O local escolhido para sediar o Centro de Referência, que irá funcionar de segunda a sexta, de 8h às 18h, é o prédio anexo da Fundação Leão XIII, no Ingá, na Rua Visconde de Morais, sem número. A equipe do centro é multidisciplinar e conta com advogados, assistentes sociais, psicólogos, entre outros.

Os objetivos são atender à população LGBT, familiares e amigos de vítimas de discriminação e violência homofóbica; orientar LGBTs e sociedade em geral sobre direitos; esclarecer dúvidas sobre saúde e serviços sociais; sensibilizar e capacitar gestores públicos e segmentos da sociedade local sobre homofobia e cidadania LGBT; formar banco de dados estadual sobre o tema e rede de apoio.

De acordo com Victor De Wolf, que também é diretor da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), haverá uma comissão formada por entidades representativas. "As ações, os números, a relação com as delegacias e reclamações sobre o atendimento serão avaliadas mensalmente por essa comissão.", afirmou Victor.

Fonte: O Fluminense

MILITANTES HOMOSSEXUAIS ASSASSINADOS NO BRASIL



Luiz Mott informa:

É o 6° ativista gay assassinado em 2010-2011!!!



MILITANTES HOMOSSEXUAIS ASSASSINADOS NO BRASIL

1. Claudio Rodrigues, 35, SP, bancário e universitário, fundador do Grupo Libertos, participou do I Encontro de Homossexuais Organizados em SP (1980), 5 facadas, 1982, corpo foi encontrado em seu apartamento em avançado estado de decomposição. “É lamentável que os grupos paulistas não tenham feito um escândalo nacional com o assassinato deste 1º militante gay brasileiro, mesmo à revelia de sua família que não quis publicidade neste caso. Em plena semana do orgulho gay!” (Boletim do GGB, 1982)

2. José Albuquerque Porciúncula, Ze Popó, 41, Olinda,PE, engenheiro, Fundador do Grupo de Atuação Homossexual de Olinda, Gatho, afogado na piscina de sua casa por um rapaz de programa, 1995

3. Brenda Lee, transexual, fundou Casa Brenda Lee para tranvestis com Aids, tiro, S.Paulo, 1996

4. Alexandro de Jesus Nascimento, 25, professor de inglês, Presidente do Grupo de Homossexuais do Calafate, Salvador, facadas, 2002

5. Marcelo Hidalgo, Presidente do GAPA/DF, Brasilia, estrangulado e afogado, 2003
6. Marcos Andre dos Santos, Tabuleiro, AL, Vice Presdiente do Grupo Gay de Tabuleiro, espancamento, 10 tiros, 2004

7. Adamor Guedes, 40, Manaus, Presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Travestis do Amazonas, facadas, 2005

8. Ana Paula (Paulo Sérgio de Souza Santiago), Porto Velho, Rondônia, 46, Presidente da Associação Projeto Vida, tiro, 2006

9. Luiz Palhano, Crateús, CE, doutor em pedagogia, professor universitário, militante do GRAB, 21 facadas, 2008

10. Gabriel Furkim, Curitiba, ex-coordenador do Grupo Dignidade, facadas, torturado, 2009

11. Sabrina Drumond, S.Luis,MA, 40, Presidente da Associação de Travestis e Transexuais do Maranhão, facada, 2009

12. Sidney Nascimento, travesti, 30 anos, assassinado com vários golpes de tesoura, por volta das 6h desta manhã, em uma residência localizada na Travessa Lázaro Gonçalves Martins, Campo Grande, MS, colaborador da ATMS, Associação de Travestiss do Mato Grosso do Sul, 2010

13. Jjose aparecido moreira souza, cabeleireiro, jaru, Rondônia, CABEÇA esfacelada, militante do GrupoArco íris

14. Iranilson Nunes da Silva, 38 anos, Jacareí, militante da ONG REVIDA

15. Camilee Gerin, de Campinas, do grupo Identidade: Grupo de Luta pela Diversidade Sexual. Morta à facadas e pauladas.

16. Carlos Magno Abreu Ferreira, de Macaé, RJ, encontrado morto a facadas 10/2011 em seu apartamento, foi um dos fundadores do Movimento da Diversidade Social, MDS, onde foi diretor sócio-cultural.

17. O professor Ezequias Rocha Rego, 55 anos, foi assassinado com um golpe de faca no pescoço, na madrugada desta sexta-feira (11/11), dentro do apartamento 102 do Bloco 17, no Conjunto Alfredo Gaspar de Mendonça, em Jacarecica, Alagoas. Ele é ex. diretor financeiro do GGAL, se ausentou da diretoria a uns 6 a 7 anos:http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=244519

18. Ele é ex. diretor financeiro do GGAL, se ausentou da diretoria a uns 6 a 7 anos:http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=244519
O professor Ezequias Rocha Rego, 55 anos, foi assassinado com um golpe de faca no pescoço, na madrugada desta sexta-feira (11), dentro do apartamento 102 do Bloco 17, no Conjunto Alfredo Gaspar de Mendonça, em Jacarecica. Conforme policiais, não havia indício de arrombamento no local.

Este foi o 162º homossexual assassinado este ano (Foto chocante)



É o 162º assassinato neste ano, o 16º na Bahia!!!

E o Estado do Rio de Janeiro é o único que tem o "tipo" homofobia previsto nos registros de ocorrência das delegacias de Polícia Civil. No Brasil, nenhum outro Estado registra esses crimes assim. Acorda, Brasil! Acorda, Legislativo! Cadê a Lei Anti-Homofobia?

E para aqueles idiotas que sempre minimizam os ataques e assassinatos homofóbicos, um lembrete: esse cadáver pode ser você amanhã!

Homossexual é morto com extremo requinte de crueldade (Bahia-Brasil)


Postado em 19/09/2011 
THE RETURN


O trabalhador rural Joelson dos Santos Batista, o “Grande”, de 34 anos, foi assassinado na manhã deste domingo (18/09), na Volta da Cobra, Zona Rural de Itabuna. A vítima foi encontrada nua em uma rua de chão, usando apenas um relógio, próximo a fazenda onde trabalhava.

No corpo de Joelson Batista havia marcas de ferimentos feitos por um facão. Segundo o administrador da Fazenda Luciano Souza, onde a vítima também residia, “Grande” era uma pessoa calma, de bom comportamento e não tinha envolvimento com drogas. “Ele gostava de beber, mas não tinha confusão com ninguém, mesmo bebendo”, lembra Luciano Souza. Ainda de acordo com o administrador, Joelson trabalhava a oito meses no local.

A vítima teria saído da fazenda no sábado à tarde dizendo que ia beber nas proximidades. Uma testemunha, que terá sua identidade preservada, afirmou que Joelson pediu carona para ir até o lixão, mas o carro quebrou perto de uma fazenda e ele, como conhecia as pessoas das redondezas, ficou conversando com um rapaz. “Depois de alguns minutos o carro voltou a funcionar e eu segui para Itabuna com minha família, ele até ajudou a empurrar o veículo e disse que ficaria por ali mesmo”, afirma a testemunha.

Informações obtidas no local revelaram que Joelson era homossexual. Entre os pertences dele, a polícia encontrou uma carteira de identidade em nome de um homem, que não pode ter o nome revelado para não atrapalhar as investigações.

Os policiais civis sob a coordenação da delegada Gildete Vitória realizaram uma vistoria nas proximidades, mas não encontraram as roupas da vítima e nem pista do autor do crime. Eles também foram à fazenda onde o trabalhador rural morava e conversaram com os moradores que disseram que Joelson era uma pessoa tranquila e, aparentemente, não tinha inimigos.

De acordo com informações do Departamento de Polícia Técnica (DPT), o corpo da vítima estava no local a mais de 6 horas.

Cantor é assassinado com crueldade em Parintins

Cantor é assassinado com crueldade em Parintins

Omar Faria, irmão do ex-apresentador do Garantido Paulinho Faria, foi estrangulado e morto a facadas em sua casa


Manaus, 02 de Setembro de 2011
JONAS SANTOS

Faca ainda estava cravada no corpo de Omar Faria 
quando a polícia chegou ao local (Jonas Santos)



PARINTINS, AM – O cantor Omar Faria, 65, foi assassinado ontem, com 27 facadas, dentro da própria casa, em Parintins (a 325 quilômetros de Manaus). O crime apresentou requintes de crueldade, segundo a polícia. Familiares encontraram o corpo, pela manhã, com a faca ainda cravada no coração. Além das perfurações, o artista foi estrangulado. Omar era homossexual assumido e morava com a mãe, Maria Ângela. Ele era irmão de Paulinho Faria, ex-apresentador do boi Garantido.

A polícia ainda não tem pistas do assassino. Policiais trabalham com a informação de um vizinho, que teria visto Omar entrar na casa acompanhado de um rapaz. O suspeito conduzia uma bicicleta. A delegada de Polícia Ana Denise Machado estima que o crime tenha ocorrido por volta das 4h de ontem. O corpo de Omar foi encontrado pelo irmão Antônio, por volta das 8h30. “Fiquei chocado quando vi. Muita crueldade. Fiquei muito triste”, disse Antônio Faria.

No quarto onde Omar foi encontrado quase tudo foi destruído, o que presume uma possível briga antes do crime, segundo a polícia. Uma toalha também foi encontrado envolta no pescoço da vítima. Dona Maria Ângela suspeitou porque o filho não apareceu para tomar café da manhã com ela, como costumava fazer todos os dias. Depois, ela identificou duas poças de sangue no quintal, avisou os filhos e chamou a polícia. “Foi um crime brutal. Havia também perfurações na testa e no nariz”, disse o médico legista Jorge de Paula.

Omar dormia em um quarto anexo à residência, localizada na orla de Parintins. A casa é um dos pontos de visitação de turistas e torcedores do boi Garantido por conta da excentricidade: casa, mobília e até a piscina são de cor vermelha. Omar cantava MPB e tinha um show agendado para amanhã. Era conhecido também por difundir toadas dos bois na noite de Parintins. A notícia da morte do cantor atraiu dezenas de pessoas à casa vermelha e deixou a comunidade abalada. Os Faria são uma das famílias mais tradicionais da cidade.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:


Os crimes de homofobia - que são apenas a estarrecedora ponta desse iceberg de preconceito e discriminação que vai sendo construído todos os dias nas mais diversas esferas da vida pública e privada - precisam ser vistos como um desacato à Democracia, ao Estado Laico de Direito, além de gravíssimo ataque aos Direitos Humanos conforme declaração das Nações Unidas, também assinada pelo Brasil. Por isso, essa carta (segue abaixo) foi enviada à Presidente Dilma Rousseff e à Secretária Maria do Rosário pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) no dia 02 de setembro de 2011, logo depois do registro de mais esse crime hediondo. Leia o conteúdo e cobre das autoridades:

1. Que cumpram seu dever de coibir a violência, punindo exemplar e cabalmente os culpados;

2. Que cumpram seu dever de educar para a diversidade e para a paz;

3. E que cumpram o dever de garantir o bem-estar do cidadão, seja ele qual for, prestando ainda mais atenção àqueles que estão mais vulneráveis do ponto de vista social, e nesse aspecto os LGBT estão no topo da lista, conforme se vê pelo aumento da violência contra essa parte da população simplesmente por serem LGBT.

Veja a carta e exija que o governo se manifeste em nível federal contra essa carnificina e contra o preconceito e a discriminação que mantém esse status quo.

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Salvador, Bahia, sexta-feira 2 de setembro de 2011


Senhoras
Dilma Rousseff
Presidente da República
Maria do Rosário
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica
Brasília, DF


Senhoras


Ref.; Crimes homofobicos no Brasil – Uma imoralidade que já virou costume no Brasil.


Agente pensava que mulheres e homossexuais tinham mais coisas semelhanças que desigualdades, ao que parece é exatamente ao contrario. Encaminhamos para vossas providencias que em vox populichama-se efeito Dilma e Maria do Rosário, em relação às garantias dos Direitos dos Homossexuais, implementação imediata das ações do Brasil sem homofobia.

Matar homossexuais ta virando um costume no Brasil, talvez seja, como não se discute costumes, preciso reabilitar as Delegacias de Costumes, que prendia homossexuais por vadiagem Brasil a fora e como castigo humilhante mandava que estes fizessem a faxina dos banheiros imundos destas unidades acintosas aos direitos humanos.

Costume, de acordo a presidência e a secretaria de Direitos Humanos devera ser amplamente discutido com a sociedade, consultas amplas, isso deveria servir para tudo inclusive as decisões tomadas nos gabinetes com lideres obscuros que rasgam a Constituição, esquecendo-se que o Estado é Laico. Talvez, seja preciso mesmo consultar a sociedade se os LGBT devem mesmo continuar sendo mortos com requinte de crueldade como este caso, horrível, vergonhoso para o Brasil, um artista de 65 anos assassinados com 27 facadas, meu Deus! Que horrível.

Senhoras, por favor! Acordem e resolvam isso logo, porque é possível criar de fato um Brasil sem homofobia. A cada dia um homossexual é assassinado no Brasil, graças aos costumes homofobicos fortemente entrelaçados na cultura brasileira, marcada pela exploração do homem sobre o homem, exploração da escravidão que como escreveu Nabuco foi uma nódoa na consciência de todos e que aos poucos essa nódoa tem sido retirada com a mudança do arcabouço jurídico do Brasil. Também não permitam que a homofobia, o ódio contra homossexuais se torne mais uma nódoa na consciência do povo Brasileiro das gerações futuras.

É preciso reparar imediatamente com ações concretas, ajudar a fortalecer os movimentos de afirmação de gênero e diversidade, centros de Referencia, recursos através de editais específicos no governo Federal, nas Estatais como Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil.

Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2010 do Grupo Gay da Bahia indicaram 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil no ano passado, 62 a mais que em 2009 (198 mortes), um aumento 113% nos últimos cinco anos (122 em 2007). Dentre os mortos, 140 gays (54%), 110 travestis (42%) e 10 lésbicas (4%). O Brasil confirma sua posição de campeão mundial de assassinatos de homossexuais: nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que nosso país, foram registrados 14 assassinatos de travestis em 2010, enquanto no Brasil, foram 110 homicídios. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos.

Senhoras, a cada dia um homossexual é assassinado no Brasil. Não podemos pagar com nossas vidas o preço de nossa orientação sexual. Uma vez um jornalista escreveu em Salvador, “Matar Veados, não é crime, é caçada”. Vejam! Já se tornou um costume, uma pilheria, entretenimento matar LGBT. Não dá para viver e ser feliz assim, é preciso mudar isso.

Omar Farias, 65 anos..... Oh oh oh, filme triste que me fez chorar! Oh oh oh filme triste que me fez chorar.


Conto com todas, cordialmente,

Marcelo Cerqueira, Grupo Gay da Bahia (GGB)

Homofobia na internet é passível de punição



Sergio Henke Lutzer, 34 anos, estudante de Engenharia Civil da Universidade de Santa Maria (RS), foi internado no Instituto Psiquiátrico Forense de Porto Alegre preventivamente pela Polícia Federal, por ter perfis homofóbicos e racistas na internet, além de apresentar transtornos psicológicos.

Lutzer, que deveria estar cumprindo uma medida de segurança por ter sido condenado por uma tentativa de homicídio, parou de fazer o tratamento e voltou a expressar manifestações de violência.

Em razão do perfil potencialmente criminoso, a polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão em sua residência.

De acordo com delegado Gustavao Schneider, da Polícia Federal, Lutzer resistiu à prisão ao ser abordado por oito agentes. Ele foi encaminhado primeiramente para ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e, no sábado, ao Instituto Psiquiátrico.

A UFSM suspendeu a matrícula de Sérgio Lutzer no curso. Na ordem judicial consta que ele deve ficar internado por dez dias, mas esse prazo pode ser prorrogado conforme a evolução do tratamento.

Chega de homofobia no Brasil!

Ilustração demonstra a gravidade do aumento de crimes homofóbicos no Brasil


Segundo o Grupo Gay da Bahia, entidade não-governamental que acompanha rigorosamente os casos de homofobia no Brasil, 200 homossexuais (LGBT) são assassinados no país por ano, simplesmente por serem gays. Quando se fala em números, a maioria das pessoas tende a ignorar o impacto dessa informação. Por isso, decidi criar uma representação muito simples, mas visualmente mais relevante do que os algarismos. Trata-se de um quadro com 200 bonequinhos representando gente. Não estão representados aqui os milhares, talvez milhões de pessoas LGBT que sofrem preconceito verbal ou agressões (mesmo que violentas) sem óbito. Aqui estão somente os MORTOS! Para essas pessoas de diversas idades, classes sociais, raças, religiões, a vida foi interrompida para nunca mais ser retomada. Esses bonequinhos estão no lugar de pessoas homoafetivas assassinadas todo ano no Brasil. Mas, até quando?


Até quando cidadãos de bem serão atacados por homofóbicos violentos?

Até quando meninos e meninas serão agredidos nas escolas?

Até quando serão discriminados em casa?

Até quando homens e mulheres serão julgados por sua afetividade?

Quando foi que o amor gay matou? Agora, olhe abaixo e veja quantas vezes o ódio aos gays matou gente que não queria outra coisas senão ser feliz!




Se essa tendência homofóbica continuar, em 20 anos termos os seguinte quadro:


Será que você ou um filho seu ou um sobrinho ou um primo ou um tio fará parte dessa estatística? Lembre-se que o homofóbico não precisa de razão alguma para atentar contra a vida de uma pessoa, exceto o fato dele(a) parecer gay.

Preso assassino da travesti Raissa em Ipatinga




FABRICIANO - Um travesti foi morto com 13 golpes de canivete na madrugada de terça-feira (9), em um motel localizado na avenida Rubens Siqueira Maia, no bairro Mangueiras. A vítima foi identificada como Ronaldo Sabino de Lima, de 25 anos, conhecido como Rayssa. O principal suspeito foi identificado como Ronney Oliveira Bramusse, 33 anos.

O crime ocorreu na suíte 209 e a vítima foi encontrada caída nos pés da escada. Relatos de funcionários do estabelecimento dão conta de que ouviram gritos e barulho de algo caindo no interior da suíte. Uma das funcionárias foi verificar e deparou com várias marcas de sangue no chão e nas paredes da escada de acesso à garagem. Em seguida as testemunhas ouviram o barulho do portão do motel sendo fechado.

Testemunhas relataram que os envolvidos chegaram ao motel por volta de 1h e pediram cervejas, cigarros e sabonete para a banheira. A confusão teria ocorrido por voltas das 2h30. Compareceu ao local a perita Laudiene, da Polícia Civil, que inicialmente constatou que a vítima tinha três perfurações no tórax, pescoço e ombro. Na suíte foram encontradas várias garrafas de cerveja quebradas, sinais de luta, presumindo-se que após ser agredida a vítima saiu do quarto e caiu na garagem. Mas o laudo de necropsia feito no IML confirmou que a vítima recebeu 13 golpes de canivete.

A vítima era vista frequentemente em um ponto ao lado da passarela do bairro Iguaçu, em Ipatinga. A arma utilizada no crime é um canivete de aproximadamente 15 cm de lâmina que foi jogado durante a fuga no pátio do motel.


Documento

A polícia conseguiu chegar ao suspeito porque ele deixou para trás o documento do veículo em que estava, um Fiat Uno de cor azul placas LAY-0668, em nome de S.B.S., pai do suspeito.

Policiais foram até a casa dele e a mãe do rapaz confirmou que o veículo é de propriedade do marido, mas que estava com o filho Ronney, estudante do curso de Enfermagem em uma universidade de Ipatinga.

No bolso da calça do suspeito, encontrada no quarto de motel, foram encontrados documentos e uma camisa com os dizeres "Faço farmácia", colocando Ronney como principal suspeito do homicídio. O acusado já tem passagem por homicídio ocorrido no bairro JK, no dia 15 de novembro de 1998.

Por causa desse crime, Ronney foi condenado a 19 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato da própria prima, Leila Bramusse, um caso de grande repercussão no Vale do Aço. Ele negava a autoria do homicídio por estrangulamento de sua prima. Em 2006, depois de cumprir pena na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, Ronney conseguiu sair da cadeia para estudar, dentro do que prevê a progressão de pena.

No assassinato de ontem, o suspeito fugiu no veículo e, após rastreamento, o automóvel foi localizado na garagem de um parente seu, na rua Alípio José da Silva, no bairro São Geraldo. Até o fechamento desta edição, Ronney não havia sido localizado pela polícia.

Campo Grande (MS): rapaz é vítima de homofobia



Rapaz sofre agressão motivada por homofobia no centro da Capital
Agressores zombavam do rapaz enquanto desferiam socos e chutes



Paula Maciulevicius e Paulo Fernandes



Um rapaz de 21 anos, estudante de Artes Visuais, foi espancado na madrugada desta sexta-feira (15), na região central de Campo Grande. O motivo da agressão: homofobia, ou seja, aversão a homossexuais. A vítima pediu para ter o nome preservado, com medo de sofrer retaliações.

Ele estava na companhia de um amigo, sentado na Rua Boa Vista, esquina com a Bahia, depois de ter saído de uma casa noturna próxima. Um carro com quatro jovens passou e um deles gritou: “veado”.

Logo em seguida, dois jovens desceram do veículo e correram em direção às vítimas. Segundo o estudante, ele pensou que se tratava de um assalto e gritou para o amigo correr porque eles seriam roubados. O jovem desceu pela Rua Bahia, e virou à direita na Avenida Fernando Corrêa da Costa, enquanto o amigo continuou pela Rua Bahia mesmo.

O estudante correu pela avenida, seguido pelos agressores até cair no chão, quando começaram os chutes e socos. Ele tentava cobrir o rosto e dizia para que parassem com a violência.

De acordo com a vítima, os dois autores zombavam dele durante as agressões. “É muito massa fazer isso gente”, afirmou um deles. Os agressores estavam bem vestidos, aparentemente sóbrios e pareciam ser de classe média alta.

Depois de darem uma pausa, eles entraram novamente no carro e saíram pela redondeza procurando o outro jovem.

O rapaz conta que não sabia o que fazer, tentou pedir ajuda, mas não encontrou ninguém pelas ruas. Momentos depois, os agressores voltaram e um terceiro se juntou ao grupo. Segundo ele, tudo foi muito rápido.

“Eu não agüentava mais correr, e eles vinham de novo. Eu pensei em pular dentro do córrego para fugir”, conta.

As agressões começaram novamente, e o jovem repetia que não aguentava mais apanhar.

“Eu não sei como eles aguentavam, davam risadas enquanto eu chorava”

“Eles riam da situação e eu já estava sangrando, chorando. Tinha um sem camisa que veio e falou: ‘você vai apanhar mais’. Eu não sei como eles aguentavam, davam risadas enquanto eu chorava”, relembra.

As marcas de agressão no rosto do estudante revelam a brutalidade da violência “gratuita”. Segundo relato da vítima, os agressores saíram em busca de alguém em quem pudessem bater. Ele diz que nunca apanhou tanto e a “preferência” dos autores era pela cabeça, e barriga do rapaz.

O jovem foi socorrido por outros rapazes, que estavam passando de carro. “Eu pedi ajuda, expliquei o que tinha acontecido e eles queriam procurar pelo grupo para tirar a história a limpo”.

Ele conta que passou de carro pelo local onde apanhou e viu que o veículo dos autores passava por ali novamente. “Se eu não tivesse tido ajuda, eu ia apanhar mais ainda”, diz.

Abalado, ele foi deixado pelos rapazes próximo ao Terminal Morenão, onde fez contato com o irmão, que veio socorrê-lo.

Os familiares ficaram em choque. O irmão da vítima, disse que só pensava se as agressões teriam sido com barras de ferro, pedaços de madeira.

O jovem registrou boletim de ocorrência apenas na noite de ontem. “Tenho medo da polícia não se meter nisso, porque os rapazes parecem ser filhinhos de papai”, afirma. “Foi horrível e eu não quero ficar lembrando. A cabeça dói, as costas, eu achei que tinha quebrado tudo. Meus dentes estão moles de tanto apanhar”.

Grupo Gay de Maceió esclarece a agressão contra um adolescente na escola

Adolescente agredido em escola de AL revela ter sido vítima de homofobia






O adolescente que foi agredido por um colega de classe e cujo ato violento foi gravado e postado na Internet, afirmou em entrevista à TV Pajuçara, nesta terça-feira (29), que foi vítima de homofobia. De acordo com ele, que estuda na Escola Estadual Gentil de Albuquerque Malta, em Mata Grande, o autor da agressão teria ficado furioso, depois que colegas propagaram que ambos manteriam uma relação homoafetiva.

Assustado e afirmando estar cansado de lutar contra o preconceito, o adolescente de 14 anos diz que tem medo de sofrer novas agressões. “Saíram comentando que eu tinha saído com ele [o agressor]. Ele se sentiu humilhado e me agrediu. Por isso, estou com medo”, relatou, sem ter a sua imagem e identidade reveladas.

Antes de sofrer a agressão, a vítima afirmou que teria procurado o diretor da unidade escolar, José Timóteo, solicitando mudar de turno, já que as agressões verbais teriam se iniciado na sala de aula. “Antes disso [da agressão] acontecer procurei o diretor e pedi para mudar de turno, mas ele disse que só no próximo semestre", contou.

Procurado, o diretor justificou sua negativa ao aluno, afirmando que a mudança de turno esvaziaria a turma e a tornaria inviável. Questionado sobre o fato de ninguém ter impedido a agressão, José Timóteo alegou que o incidente não teria ocorrido na presença de funcionários da escola.

“Mas os alunos foram suspensos, depois que a agressão foi divulgada na Internet e chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar, que nos procurou para adotar as medidas cabíveis”, disse ele. Ainda sobre o fato, um comunicado está afixado na porta de entrada da Escola Estadual Gentil de Albuquerque Malta, em Mata Grande.

Segundo a conselheira tutelar do município, Roberta Alencar, a direção da escola teria sido negligente. “Primeiro porque não atendeu ao pedido da vítima, para mudar de turno, além de não ter interrompido a agressão, que foi gravada e parou na Internet”, frisou.

Para coibir novos atos de violência, policiais realizaram uma vistoria no interior da Escola Estadual Gentil de Albuquerque Malta. Eles apreenderam estiletes e objetos perfuro-cortantes, segundo o diretor da unidade de ensino.

A mãe do adolescente agredido, Damiana da Graça, não prestou denúncia contra o agressor do filho. “Quero apenas que tomem alguma providência para que isso não volte a acontecer. Fiquei muito desesperada quando soube da agressão”, disse.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Essa mãe deveria ter registrado queixa contra o agressor do filho. Suspensão foi pouco. Esse cara vai voltar a estudar na mesma escola que o filho dela. Será que finalmente o agredido vai ser, ao menos, transferido de turno? Quem garante que o agressor não vai "envenenar" outros colegas contra o menino? Para casos como esse, a punição tem que ser exemplar. Só assim, os agressores entenderão que violar a dignidade de alguém, inclusive dos homossexuais, é violar a si mesmo.

Ah, e quem inventou a calúnia para ver o "circo pegar fogo" também não pode passar impune. Para isso também existem procedimentos administrativos escolares e procedimentos legais.

Outro jovem gay é agredido por Skinheads

Fonte: Revista A Capa online



Já está virando rotina. Um jovem gay identificado como Guilherme, 23, foi agredido por skinheads na madrugada de terça para quarta-feira (23) na rua Peixoto Gomide com a Augusta, local frequentado pelo público homossexual.

No momento da agressão, uma viatura da PM passava pela rua e conseguiu prender os criminosos. Guilherme estava gravemente machucado e sangrava. Os agressores foram levados para o 4º DP, na Consolação, com a intenção de registrar um Boletim de Ocorrência.

Segunda relatou Guilherme, o atendimento por parte da polícia caminhava bem até ele citar a palavra homofobia. O jovem conta que nesse momento o tom do policial mudou completamente e tentou dissuadi-lo de prestar queixa. Depois de muita insistência, Guilherme conseguiu fazer o B.O.

A vítima conta ainda que dentro da delegacia os agressores faziam ameaças. Disseram a ele que tinham marcado o seu rosto e que iriam atrás dele para "arrebentá-lo". Após o registro da queixa, Guilherme estava com medo de ir embora sozinho e pediu para que alguma viatura o levasse a sua casa, o que lhe foi negado. O jovem teve que ir embora sozinho e com o risco de ser atacado novamente.

Guilherme é ativista ligado ao sindicato da Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) e junto com os seus colegas de militância está organizando um ato na próxima segunda-feira (28), em frente ao 4º DP, que fica à rua Marquês de Paranguá, 246.

Os agressores são: William Hoffman da Silva, estudante; Vinicius Siqueli de Paula, operador de telemarketing; Daniel Moura Fragozo, estudante; e Milton Luiz Santo André, estudante.

MANIFESTO DA II MARCHA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA




MANIFESTO DA II MARCHA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA

"Nada é mais forte que uma ideia cujo tempo chegou". Vitor Hugo




Igualdade de direitos. Fim da discriminação. Fim da violência. Cidadania plena. Reconhecimento. Respeito. Essas são as nossas reivindicações. Somos milhões de brasileiras e brasileiros, ainda excluídos da democracia e ignorado pelas leis do país.

Somos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), de todos os cantos do país, de todas as profissões, de todos credos, de todas raças, de todos sotaques, de todas opiniões, de todas etnias, de todos gostos e culturas. Mas temos algo em comum. Não usufruímos nossos direitos pelo simples fato de termos uma orientação sexual ou identidade de gênero diferente da maioria. Somos milhões de cidadãos /ãs de "segunda classe " em nosso Brasil.

Faz 22 anos que o Brasil se democratizou e promulgou a "Constituição Cidadã". Entretanto, em todo esse período, nossa jovem democracia não foi capaz de incorporar a população LGBT. Até hoje não existe sequer uma lei que assegure nossos direitos civis. Não existem leis que nos protejam da violência homofóbica.

A homofobia não é um problema que afeta apenas a população LGBT. Ela diz respeito também ao tipo de sociedade que queremos construir. O Brasil só será um país democrático de fato se incorporar todas as pessoas à cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. O reconhecimento e o respeito à diversidade e à pluralidade constituem um fundamento da democracia. Enquanto nosso país continuar negando direitos e discriminando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não teremos construído uma democracia digna desse nome.

Por essa razão é que a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT, convoca e coordenará todos os/as ativistas de suas 237 ONGs afiliadas e pessoas e organizações aliadas à II Marcha Nacional contra a Homofobia, a ser realizada na cidade de Brasília , em 18 de maio de 2011, com concentração às 9h, na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana.

O dia 17 de maio é comemorado como o dia internacional contra a homofobia (ódio, agressão, violência, discriminação e até morte de LGBT). A data marca uma vitória histórica do Movimento LGBT internacional. Foi quando a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças.

Vamos a Brasília, novamente, para denunciar a homofobia, o racismo, o machismo e a desigualdade social. Temos assistido nos últimos meses ao recrudescimento da violência homofóbica, a exemplo do que ocorreu recentemente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará, no Paraná e em Minas Gerais. Chama a atenção o fato de que muitos dos agressores não pertencem a grupos de extrema-direita violentos, mas são jovens de classe média, o que demonstra como a homofobia está amplamente difundida em toda sociedade.

O Brasil está mudando. Elegemos um operário e agora uma mulher presidenta da República, que coloca como meta central de seu governo a erradicação da extrema pobreza. A sociedade brasileira não é contra o reconhecimento dos direitos LGBT. A grande oposição à cidadania LGBT vem dos fundamentalistas religiosos. Algumas denominações evangélicas e parte da igreja católica dedicam esforços imensos a atacar permanentemente a comunidade LGBT e bloquear qualquer ação que garanta direitos a essa população.

O Brasil é um país plural e diverso, que respeita todas os credos e religiões, contudo nosso Estado é laico – separamos a religião da esfera pública, isso está garantido constitucionalmente. O movimento LGBT defende a mais ampla liberdade religiosa. Respeitamos todos os credos e opiniões, mas, entendemos que crenças religiosas pertencem à esfera privada - individual ou comunitária. Religião é uma escolha, a cidadania não!

Não aceitamos que dogmas religiosos sejam usados como justificativas para o preconceito e negação de direitos aos LGBT. É preciso assegurar a laicidade do Estado e garantir o respeito à diversidade.

A II Marcha Nacional Contra a Homofobia é, portanto, um grito, um protesto, um manifesto de respeito aos direitos individuais e coletivos.

Queremos igualdade de direitos e políticas públicas de combate à homofobia. Reivindicamos que o Estado brasileiro, de conjunto (ou seja, os três poderes), e em todas as esferas da federação (União, Estado e municípios) incorporem a diretriz de combater a homofobia e promover a cidadania plena para a população LGBT.

Defendemos que:

- o Estado laico seja assegurado, sem interferência dos fundamentalismos religiosos;

- o Governo Federal acelere a implementação do Plano Nacional de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania de LGBT, garantindo recursos orçamentários e o necessário controle social e accountability na sua execução, promovendo a diminuição da homofobia;

- todos governos estaduais e municipais instituam : coordenadorias LGBT, Conselhos LGBT e Planos de Combate à Homofobia;

- o Congresso Nacional aprove a criminalização da homofobia (PLC 122), a união estável e o casamento civil; a alteração do prenome das pessoas transexuais, o reconhecimento do nome social das travestis;

- o Judiciário, em todos os níveis, faça valer a igualdade plena entre todas as pessoas, independente de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero;

- o Superior Tribunal de Justiça reconheça como entidades familiares as uniões entre pessoas do mesmo sexo;

- o Supremo Tribunal Federal julgue favoravelmente às Ações que pleiteiam a união estável entre pessoas do mesmo sexo e o direito das pessoas transexuais alterarem seu prenome.

Na ocasião da II Marcha, convidamos a todas e todas para participar do VIII Seminário LGBT no Congresso Nacional, a ser realizado no dia 17 de maio – Dia Internacional Contra a Homofobia – no auditório Nereu Ramos.


Março de 2011

ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Revista Época: Amor e Ódio aos Gays

Edição da primeira semana de Março de 2011



No Carnaval, o Brasil aceita, imita e consagra os homossexuais. Por que no resto do ano há tanta violência contra eles?


Por Kátia Mello, Carlos Giffoni, Maurício Meireles, Martha Mendonça e Marcelo Rocha



Carnaval: Foliões travestidos aguardam o início do desfile da Banda de Ipanema, no Rio. 
O Carnaval não apenas tolera, mas celebra o universo gay


NESSE DIA NINGUÉM CHORA


Nos próximos dias, eles vão tomar o país. Nas escolas de samba, nos blocos, nos desfiles de fantasia, os homossexuais dominam o Carnaval. Durante esse período, se você passear pela Praça General Osório, no início de Ipanema (o bairro mais carioca do Rio de Janeiro), poderá pensar que está numa república diferente – cujo hino é uma marchinha irreverente, a bandeira tem a cor do arco-íris e a língua, quando é usada para falar, traz tantos sotaques quantos havia na mítica Torre de Babel. Não é à toa. O Rio costuma receber 800 mil turistas homossexuais por ano, um terço deles durante o Carnaval. Em média, eles gastam três vezes mais que os turistas heterossexuais.

Neste verão, a moda foi o cruzeiro gay. Apenas num fim de semana de janeiro, desembarcaram no Rio 2 mil homossexuais americanos de um transatlântico. Salvador não fica muito atrás. Neste ano, a cidade lançou o primeiro trio elétrico gay da Bahia, o Liberty. Os abadás, camisetas que servem de passaporte para o bloco, se esgotaram em poucos dias. Florianópolis também entrou na briga para atrair os gays: virou sede da convenção anual do IGLTA – International Gay & Lesbic Association, a ser realizada no ano que vem.

Aos gays que vêm de fora, acrescente-se o contingente nacional. Não é que eles se multipliquem (não há dados para afirmar que mais gente saia dos armários nesses dias), mas a cultura carnavalesca deve muito de suas características ao universo gay. E mesmo alguns dos mais renitentes machões saem às ruas travestidos.

Num clima desses, de tamanha tolerância, fica difícil entender que estejamos no mesmo país que vem testemunhando casos chocantes de agressão a homossexuais. “Muitos dos homens que saem de vestido e maquiagem nos blocos de Carnaval vão agredir homossexuais no resto do ano ou mesmo quando tirarem a fantasia”, diz Carlos Tufvesson, coordenador especial de Diversidade Sexual do município do Rio. Por isso, Tufvesson lançou na última quarta-feira a campanha “Rio: Carnaval sem preconceito”, que incluirá depoimentos de artistas e treinamento para guardas civis saberem lidar com casos de discriminação ou agressão.

Casos assim não faltam, como pode testemunhar Augusto (nome fictício). O rapaz de 27 anos, estudante da Universidade de São Paulo (USP), tem tido pesadelos desde o final de janeiro, quando foi atacado, às 4h30 da madrugada, na Rua Peixoto Gomide, na região central de São Paulo. Ele andava com um amigo quando, do nada, levou uma garrafada no olho. O amigo foi atingido por socos e pontapés. Os agressores eram um grupo de oito jovens vestidos de preto. Um tinha a cabeça raspada, outro era tatuado. “Não houve uma palavra, uma provocação. Eles simplesmente nos atacaram”, disse Augusto. Pelo jeito que ele e o amigo falavam e gesticulavam, imagina, era possível perceber claramente que os dois eram gays. Daí conclui que sofreu um ataque homofóbico.

Em seus pesadelos, Augusto sonha que está com amigos e de repente alguém morre. O estudante quase perdeu a visão do olho direito. Depois do ataque, diz ter parado de sair à noite. Segundo ele, o mais traumatizante não foi a violência, mas como as pessoas reagiram a ela. “Alguns disseram que eu tinha mesmo de apanhar por ser gay.”

Estima-se que no ano passado o Brasil teve 252 assassinatos motivados por ódio aos homossexuais

Essa região de São Paulo parece ter se tornado foco de ataques. Em novembro, houve dois do mesmo tipo. Um grupo de s cinco rapazes atacou quatro jovens em diferentes locais da Avenida Paulista. Como uma das agressões foi filmada pela câmera de segurança de um banco, o caso ganhou os noticiários de TV. Os cinco agressores foram identificados. Quatro deles, menores, passaram um mês na Fundação Casa (ex-Febem). O único maior de idade do grupo, Jonathan Domingues, de 19 anos, foi indiciado por lesão corporal.

Uma das vítimas desse ataque foi Luís Alberto Betonio, de 23 anos, estudante de jornalismo. Ele caminhava com amigos gays quando foi atingido no rosto, sem nenhum aviso, com uma lâmpada fluorescente. Betonio também passou a ter medo de sair de casa. Faz terapia, mas diz ainda não ter conseguido superar o medo. “Ando na rua olhando para trás o tempo inteiro, desconfio de todo mundo.”

A poucos metros de onde Betonio apanhou, os cinco rapazes fizeram mais vítimas. Sérgio, de 38 anos, gay assumido, levou sete golpes de soco-inglês. Quase perdeu a visão. Enfrentou duas cirurgias de reparação, uma delas de dez horas. “Tive medo de ficar cego”, disse. O olho ficou bom, mas o trauma permanece. “Chorei muito. Demorei três meses para sair com meus amigos de novo. Naquela região da cidade, eu não ando mais.”

Embora São Paulo tenha ganhado o foco principal como palco de violência, os ataques têm acontecido por todo o país – na Praia do Arpoador, Rio de Janeiro, em Salvador, em Curitiba, em Fortaleza... A secretária dos Direitos Humanos do governo Dilma Rousseff, Maria do Rosário Nunes, que tem status de ministra, afirma que o país está diante de uma emergência. “Esses ataques são crimes de ódio e não podem se consolidar como uma prática cotidiana. Isso é inaceitável”, afirmou.


PARADA


A senadora Marta Suplicy e o deputado Jean Wyllys (de óculos, à esq.) em passeata pró-gays, em São Paulo. Os dois fazem parte da frente para promover direitos dos homossexuais


O tema ganhou importância simultânea em várias esferas da vida do país. No Congresso Nacional, um grupo de parlamentares liderados pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) tem a intenção de reativar a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). A senadora Marta Suplicy (PT-SP) obteve na primeira semana de mandato as 27 assinaturas necessárias para desengavetar um projeto de lei que torna crime a discriminação por orientação sexual, nos mesmos termos do que ocorre em relação a raça, cor, etnia, religião e procedência nacional. “Sinto que no Senado existe um clima positivo em relação ao projeto”, diz Marta. Ela sabe que sofrerá resistências, principalmente de setores religiosos e conservadores, mas acredita que as cobranças da mídia em favor dos direitos humanos leve a maioria dos parlamentares a votar pelo projeto.

Também o Supremo Tribunal Federal (STF) trata de um tema relacionado a direitos dos homossexuais. O órgão deve decidir se estende para casais do mesmo sexo o regime jurídico de uniões estáveis – que daria a gays lésbicas direitos em questões como benefícios previdenciários e assistenciais. “Hoje, o Supremo está sendo desafiado para as grandes questões, como os direitos civis dos homossexuais”, disse o ministro do STF Luiz Fux, empossado no final de fevereiro. “Os homossexuais têm todos os deveres e querem seus direitos.”

O tema do ódio aos gays também está na casa de milhões de brasileiros que assistem à novela Insensato coração (da TV Globo, que pertence à mesma organização que edita ÉPOCA). A novela, iniciada em janeiro, tem seis personagens gays – e, na semana passada, o personagem Kleber, interpretado pelo ator Cássio Gabus Mendes, revelou ser homofóbico. O autor da novela, Gilberto Braga, já havia inventado personagens gays, mas esta é a primeira vez que ele retrata um conflito. “Hoje, podemos falar do assunto com muito mais clareza”, diz. “Não há censura, e as pessoas evoluíram.”

Se as pessoas evoluíram tanto, por que os ataques parecem mais frequentes, mais disseminados e mais carregados de ódio? Quando se pede aos especialistas que expliquem essa aparente onda homofóbica, eles respondem com um paradoxo: quanto mais o país avança nos direitos civis da comunidade gay, maior é a reação. “Se a aceitação cresce, também cresce a rejeição”, diz Marcelo Tavares Natividade, professor da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em antropologia, Natividade diz que, se um grupo controverso chama a atenção para si, seus opositores vão se achar no direito de agir contra eles. Hoje, os casais homossexuais andam de mãos dadas na rua e se beijam no cinema e nos bares. Aparecem na TV, no cinema, declaram sua opção sexual com mais desenvoltura.

Um estudo feito em 2005 pelos pesquisadores Dominic Parrott e Amos Zeichner, da Universidade da Geórgia, EUA, corrobora essa explicação. Um grupo de 165 homens assistiu a filmes eróticos (parte deles viu um filme heterossexual, a outra parte viu um filme homossexual) e depois interagiu com alguém de orientação sexual oposta à sua. Entre os participantes preconceituosos (identificados por um questionário anterior), os que viram um filme homossexual se mostraram depois mais agressivos em relação a seu oponente gay do que os que haviam visto um filme erótico heterossexual. “Essa descoberta mostra que o aumento da raiva devido à exposição a estímulos homoeróticos pode ser um precursor da agressão contra gays”, dizem os autores do estudo.

Também as estatísticas dão a mesma ideia. Dos 485 casos de homofobia registrados na cidade do Rio entre julho de 2009 e dezembro de 2010, a maior parte foi na Zona Sul, justamente a região de costumes mais liberais. O Leblon, área nobre da Zona Sul, teve quatro vezes mais ataques que a Penha, na Zona Norte. A presença ostensiva dos gays na cena social pode contribuir, portanto, para a violência. No passado, não havia agressão porque não havia homossexuais nas ruas. Eles andavam camuflados de hétero ou não saíam de casa. O que se faz, então? Com toda a razão, os homossexuais se recusam a voltar para os guetos.

Mais que isso. Historicamente, os avanços dos direitos dos homossexuais reflete o avanço das liberdades civis como um todo. O primeiro país a abolir leis que proibiam a homossexualidade foi a França, em 1791, logo após a revolução que disseminou a ideia de direitos individuais. A ideia começou a se espalhar pela Europa, mas muito lentamente. No século XIX, o genial escritor Oscar Wilde (autor de O Retrato de Dorian Gray) foi preso por “indecência” e condenado a dois anos de trabalhos forçados. Morreu pouco depois de ser solto.

Em pleno século XX, na Inglaterra, o matemático Alan Turing foi processado em 1952 por ser homossexual (na ocasião, ainda era crime). Turing era um herói de guerra: desvendou os códigos das mensagens alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, salvando milhares de vidas britânicas. Não lhe valeu de nada. Turing foi forçado a escolher entre ir para a prisão e tomar hormônios femininos para reduzir sua libido. Escolheu a segunda opção. Dois anos depois, suicidou-se. Em 2009, o então primeiro-ministro, Gordon Brown, pediu desculpas póstumas em nome do governo britânico. Nos Estados Unidos, só a partir da década de 60 começou a haver grupos organizados de gays e lésbicas. E só na década de 70 a Associação de Psiquiatria Americana removeu a homossexualidade de sua lista de transtornos mentais.

Segundo um estudo sueco, ainda há hoje 80 países que consideram homossexualidade um crime – em cinco deles, punido com a morte. Em uma viagem aos Estados Unidos há alguns anos, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que em seu país não havia homossexuais. Não é verdade, é claro, mas não por falta de esforço. Desde a Revolução Islâmica, em 1979, mais de 4 mil pessoas foram executadas por participar de atos homossexuais. No Zimbábue, o presidente Robert Mugabe instaurou uma campanha de perseguição do Estado contra os gays. Homossexualidade, segundo ele, é uma “doença” trazida pelos colonizadores brancos.


CRIME

Ahmadinejad, do Irã, e Mugabe, do Zimbábue, promovem perseguição oficial aos homossexuais

“Essas coisas levam tempo”, afirma Gustavo Venturi, sociólogo e professor da Universidade de São Paulo. “Há 20 anos nem se discutia homofobia. Era como se os gays não existissem.” A discussão é, em si mesma, um avanço. No primeiro momento, para conhecer o problema. Não há estatísticas nacionais oficiais sobre ataques contra homossexuais. O único Estado que registra essas ocorrências é o Rio de Janeiro. O Grupo Gay da Bahia é a única organização que contabiliza dados nacionais. Segundo eles, em 2010 ocorreram 252 assassinatos com causa homofóbica no Brasil. Não qualquer crime: assassinatos. Essas estatísticas afloram do noticiário. São, portanto, números controversos, provavelmente errados – para menos. “Se houvesse um acompanhamento do Estado, o número de casos de homofobia seria muito maior”, afirma Antônio Sergio Spagnol, sociólogo do Núcleo de Estudos da Violência da USP. Ele afirma que grande parte das famílias dos homossexuais mortos prefere tratar o assunto como crime comum. Por causa do preconceito – e do tratamento frequentemente antipático da polícia –, os próprios homossexuais não costumam notificar as agressões de que são vítimas. Apesar da ausência de estatísticas oficiais, ele acredita, porém, que a violência contra gays não aumentou. “Hoje a sociedade não aceita esse tipo de comportamento”, diz. “Antes, um gay morria e não havia divulgação. Hoje, os casos aparecem e são tratados pelo que são: homofobia.”


De onde vem essa homofobia?



O homofóbico pode estar a seu lado e, em geral, não é difícil identificá-lo. “Ele faz comentários pejorativos, exprime nítidas rejeições aos homossexuais e os culpa por tudo de ruim que existe no mundo”, afirma o psicólogo Antônio de Pádua Serafim, do Instituto de Psiquiatria da USP. Serafim faz distinção entre o preconceituoso e o intolerante aos gays. Afirma que o preconceituoso não aceita a homossexualidade, mas não tem o desejo de eliminar o gay, como acontece com o intolerante. Para Serafim é a intolerância, não o preconceito, que produz violência. Além disso, o psicólogo diz que os homofóbicos se acham superiores às outras pessoas. “Eles são egocêntricos. Sofrem de uma distorção na interpretação da realidade. Não conseguem ter convívio social com os que consideram diferentes deles”, diz.

Como qualquer forma de preconceito, o ódio aos gays tem múltiplas motivações. Ele pode vir de uma experiência desagradável com um indivíduo, seguida de uma generalização para o grupo todo. Para outros, o ódio é sinal de aderência a um grupo preconceituoso. Um terceiro tipo é o preconceito derivado da convicção de que os homossexuais representam valores que conflitam com suas crenças. Finalmente, ele pode vir do medo de sua própria homossexualidade. “Ao ver um homossexual ou um travesti, o homofóbico pode sentir sua masculinidade ameaçada”, diz Serafim. Um estudo publicado em 1996 pelo Journal of Abnormal Psychology testou essa hipótese. Dois grupos de homens, um com 35 homofóbicos e outro com 29 não homofóbicos (identificados de acordo com um questionário), assistiram a vídeos com cenas eróticas de homem com mulher, mulher com mulher e homem com homem. Uma fita media a circunferência de seus pênis durante o teste. Todos se excitaram com as cenas de amor heterossexual. Todos se excitaram com as cenas de amor entre duas mulheres. Só o grupo de homofóbicos teve ereção com as cenas de amor entre dois homens.

Embora possa explicar alguns casos de homofobia, essa tese, aplicada genericamente, se transforma num clichê sem poder de explicação. A intolerância é um fenômeno antigo e disseminado em diversas culturas. Contra grupos raciais, étnicos ou religiosos. Nem sempre (ou raramente) existe alguma identidade inconsciente entre o agressor e sua vítima. Com a homofobia é provável que aconteça o mesmo. Ela tem vários matizes. “Não se pode generalizar nem combater um preconceito com outro”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em sexualidade. Ilana Casoy, criminóloga da Comissão de Política de Criminalização da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que estuda há mais de uma década crimes violentos, afirma que os homofóbicos, em geral, são os mesmos que se manifestam contra nordestinos e negros. “O perfil desse tipo de agressor não se altera. O que muda é o alvo de sua agressão.” Para Ilana, o homofóbico relaciona o homossexual à imoralidade, à impureza e, portanto, acredita que ele deveria ser “descartado para o bem da sociedade”. Segundo seus estudos, esse agressor é jovem, sugestionável, ainda sem identidade solidificada. “Ele é frágil psicologicamente e forte fisicamente.”

A discriminação contra homossexuais é complexa: admitimos que há preconceito em nossa sociedade, mas somos incapazes de aceitar o preconceito em nós mesmos. Uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo em parceria com a alemã Rosa Luxemburgo Stiftung, realizada em 2008 com 2.014 brasileiros em 150 municípios, revelou que quase a totalidade da população brasileira afirma existir preconceitos sexuais: 93% dizem que há preconceito contra travestis, 91% contra transexuais e 92% contra gays. Mas, quando se pergunta se os próprios entrevistados são preconceituosos, os números mudam. Apenas 29% admitem ter preconceito contra travestis, 28% contra transexuais e 53% contra gays e bissexuais de ambos os sexos. Nessa mesma pesquisa, ficou constatado que a aversão dos brasileiros aos homossexuais só perde para o preconceito contra os ateus e os usuários de drogas. O sociólogo Venturi, da USP, afirma que “os preconceitos se reproduzem por inércia. São valores que passam pelo trabalho, pela escola, pela família”.

O ambiente familiar é muitas vezes onde são feitos os primeiros contatos com a homofobia, para os agressores e para as vítimas. Muitos dos homofóbicos vivem em famílias desestruturadas, em que os limites nunca são impostos. Em novembro, depois do episódio de agressão na Avenida Paulista contra o estudante Luís Betonio, a mãe de um dos agressores menores de idade chegou a dizer ao delegado que o espancamento não passara de uma “briga de moleques”. Briga de moleques? “Muitos pais não ensinam mais reciprocidade, justiça, honestidade e polidez a seus filhos”, afirma Paula Gomide, presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia e psicóloga forense. “Esses valores são antídotos para crimes como a homofobia.” Esse é um lado da questão. O outro é a homofobia praticada em casa, contra um dos membros da família. O filho é agredido, física ou verbalmente, por causa de sua orientação sexual. Alguns pais acreditam que a homossexualidade é uma simples opção e que os filhos fazem essa escolha para afrontá-los. Outros pensam que é “culpa” deles o filho ser homossexual e decidem “consertá-los” com disciplina e violência. Nos dois casos, o resultado é opressão contra as crianças ou adolescentes.

O carioca Felipe Gomes, de 30 anos, ativista do Grupo Arco-Íris, conta que viveu um apartheid familiar. Aos 18 anos, assumiu ser gay para sua mãe e ouviu dela, uma evangélica praticante, o seguinte: “Prefiro ter um filho morto a ter um filho gay”. Ele diz que a mãe batia nele e o obrigava a usar copos, talheres e um banheiro diferentes do resto da família. Gomes também tinha de dormir num quarto separado. “A ideia era me estigmatizar para eu tomar jeito”, diz. “Minha mãe achava que eu poderia me curar”, afirma. Passados 12 anos, ele diz que se reconciliou com ela.

A sociedade brasileira ainda não conseguiu essa paz. O Projeto de Lei nº 122/06, que caracteriza a homofobia como crime, suscitou uma reação forte, e não só de grupos conservadores. O jurista paulista Ives Gandra Martins discorda de ações afirmativas de grupos minoritários. “Dão a impressão de privilégio a determinadas classes”, afirma. Segundo ele, o projeto tornaria crime de homofobia fazer piadas contra gays. “Ora, eu conto piada sobre qualquer assunto. Grupos de humor também. Não vão poder fazer piadas sobre gays?” Os pastores evangélicos consideraram que a proposta de lei contra a homofobia cerceia o direito de expressão religioso. “Ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia”, diz Augustus Nicodemus Gomes Lopes, presidente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, num manifesto que se espalhou pela internet.


Uma mãe em busca de justiça




Apesar de ter desmontado a cama do filho, Angélica Ivo ainda não conseguiu se desfazer de suas roupas e objetos. Angélica busca justiça. Era 21 de julho, dia do jogo do Brasil com a Costa do Marfim na Copa do Mundo, quando seu menino Alexandre, de 14 anos, foi encontrado morto por estrangulamento em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Angélica conversou com os amigos e pressionou a polícia para investigar. “Nunca tinha ouvido falar em crime de ódio, não sabia que alguém era capaz disso. Dói muito imaginar a cena do meu filho, uma criança, lutando três horas pela própria vida”, afirma. Os três suspeitos são skinheads e respondem em liberdade.


“O pior foi a reação das pessoas”




Augusto (nome fictício), estudante da Universidade de São Paulo, voltava da balada com um amigo, na região central de São Paulo, quando os dois foram atacados por oito jovens vestidos de preto. Levou uma garrafada no olho, e o amigo foi atingido a socos e pontapés. “Não houve palavra nem provocação. Eles simplesmente nos atacaram”, disse. Traumatizado com a agressão, Augusto diz ter deixado de sair à noite. Tem pesadelos constantes, nos quais está com amigos e de repente alguém morre. O mais traumatizante, afirma, não foi o ataque em si, e sim a reação das pessoas a ele. “Alguns disseram que eu tinha mesmo de apanhar, por ser gay.” A atuação da polícia, segundo ele, também deixou a desejar. “Depois do ataque, encontrei uns policiais e pedi que eles mandassem uma viatura. Enquanto estive ali, eles não fizeram nada.”


“Pensei que era brincadeira”




Alto, magro, com piercing na orelha, Luís Alberto Betonio, de 23 anos, ficou conhecido nacionalmente como o jovem que foi atingido com uma lâmpada fluorescente no rosto. Ele caminhava com amigos gays em novembro, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, quando foi atacado. “Pensei que era brincadeira. Senti meu rosto coberto por um líquido. Depois vi que era sangue.” Eram cinco agressores, que atacaram no total quatro jovens. Uma das agressões – a de Betonio – foi filmada pela câmera de segurança de um banco, e os agressores acabaram identificados e detidos. Eram quatro menores (enviados à Fundação Casa) e um maior de idade, que está foragido desde que foi indiciado, em janeiro.


Uma história de superação




Aos 12 anos, em pleno alto verão do Rio de Janeiro, a carioca Jô ia de calça comprida e blusa de manga comprida para a escola. Queria esconder as cicatrizes deixadas pela surra da mãe. “Sapatão!”, gritava. Jô diz que apanhava por ser gay, sem ainda entender o significado da palavra. Chegou a ser internada num hospício, de onde conseguiu fugir. A mãe a encontrou e a acusou de “delinquente”. A denúncia lhe rendeu uma temporada numa casa de detenção. “Vi coisas lá que não desejo a ninguém”, diz. Aos 16 anos, foi estuprada por um homem que dizia que “iria dar um jeito nela”. Jô engravidou do estuprador e seu filho hoje está com 25 anos. Depois, morou um ano na rua. Tudo passou. A funcionária pública, aos 43 anos, afirma que sua história é de superação. Diz ter encontrado a paz na Igreja Contemporânea, uma congregação evangélica que aceita homossexuais. “Usei cada pedra atirada para construir meu castelo.”


Fonte: Revista Época

Homofobia em Uganda é financiada e promovida por pastores americanos



Ala da direita americana, pastores do ódio e seus associados em Uganda são responsáveis pelo sangue dos homossexuais ugandenses. Não bastassem os suicídios de jovens americanos, decorrentes do preconceito que eles ajudam a manter nos EUA, eles ainda exportam esse ódio para outros países.


Veja o texto abaixo:


Prezado Roberto,


Pastores dos Estados Unidos estão exportando intolerância para Uganda, com resultados brutais.

Esse é um assunto que toca meu coração, porque eu passei mais de uma década trabalhando pela igualdade com um líder leigo na minha própria igreja, e agora, como diretor atuante no programa de Religião e Fé do HRC (Campanha de Direitos Humanos) – que ajuda líderes religiosos de todos os matizes a falarem em nome da igualdade e contra-atacarem quando o ódio é promovido em nome da religião.

Na quinta-feira, essa perversão da fé custou ao defensor dos direitos gays em Uganda, David Kato, a vida. Ele foi espancado até a morte em sua casa depois que seu nome apareceu entre aqueles listados numa revista (tabloide) anti-gay, sob o título “Enforquem-nos!”.

Desde pelo menos 2009, os missionários Americanos radicais têm acrescentado conferências e oficinas anti-gays aos seus esforços nos EUA – e agora eles estão começando a ordenar ministros e construir igrejas por toda a África Oriental focados quase que totalmente na pregação contra a homossexualidade.

Estes Americanos extremistas não pediram a morte de David. Mas eles criaram um clima de ódio que gera a violência – e eles têm que parar e reconhecer que estão errados.

"Parem de Exportar o Ódio." Assine nossa petição para Carl Ellis Jenkins, Lou Engle, e Scott Lively.

Nós entregaremos sua assinatura a três homens que se desviaram de seu caminho para promover o ódio:



Scott Lively é o pastor de Massachusetts promoveu uma conferência anti-gay em Uganda com dois outros pastores americanos. Alguns meses mais trade, um projeto de lei foi introduzido em Uganda para tornar a homossexualidade punível com a morte.


Lou Engle é um pregador de Missouri que congrega dezenas de milhares nos EUA falou numa concentração em Uganda esse ano, a qual focava sobre orar para que o projeto de lei fosse aprovado. (Engle alega não apoiar algumas partes do projeto de lei, mas documentos internos demonstram que ele veio para falar sobre “a ameaça da homossexualidade”, e defender os esforços do governo ugandense para “coibir o crescimento do vício usando a lei”)


Carl Jenkins é da Georgia e está presidido sobre um grupo que está abrindo 50 novas igrejas em Uganda para “ajudar a limpar a imoralidade, incluindo a homossexualidade”, de acordo com sua equipe.


Eles têm fomentado a hostilidade num país onde a homossexualidade já é ilegal, ataques violentos são comuns, estupro é usado para “curar” pessoas de sua orientação sexual – e uma lei chocante tem sido proposta para tornar a homossexualidade punível com prisão perpétua e até com a morte.

E eles estão associados com alguns dos maiores e mais ricos grupos de direita dos EUA. Quando o congresso Americano considerou a resolução denunciando o grotesco projeto de lei ugandense pela pena morte para gays, o Family Research Council (Conselho de Pesquisa da Família) de extrema direita – agora classificado como um grupo de ódio pelo Southern Poverty Law Center (Centro Legal de Pobreza do Sul) – gastou 25.000 dólares para fazer lobby para impedir que a resolução fosse aprovada.

A religião nunca deveria ser usada para espalhar ódio. Estes homens não falam por mim e outros milhões de seguidores de diversas religiões que apoiam a igualdade, não a despeito de nossa fé, mas por causa dela.

É sobre isso que trata nosso programa de Fé e Religião: ajudar pessoas de todas as diferentes tradições a se pronunciarem de tal maneira que reclamemos o âmago dos valores religiosos que abraçamos na América. ]

No coração de todas as tradições religiosas está o amor pela humanidade e o amor pelo criador – não o ódio contra o próximo. Criar um clima de ódio vai contra a própria ideia de fé – mas é exatamente isso que a ala da direita na América está fazendo.

Diga aos missionários e grupos radicais: “Parem de exportar ódio.”

Quer sejamos pessoas de fé ou não, nós não podemos ficar calados e parados enquanto uma minoria radical promove uma agenda de ódio em nome de Deus. Por favor, apoie-nos e proteste hoje.


Sinceramente,




Sharon Groves
Religion and Faith Program
(Programa de Religião e Fé)



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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:


O texto acima é fruto da troca de e-mails entre Sharon Groves e Roberto Luiz Warken. Eu já havia denunciado a participação de pastores americanos na promoção da homofobia em Uganda em outro post meses atrás, mas a correspondência trocada aqui dá nome aos bois, como diz o ditado popular.

É dessa fonte suja de promoção do ódio que Silas Malafaia, Magno Malta, Rozângela Justino e pessoas que lideram esses grupos de "reversão" (Exodus, MOSES, Deus se Importa, G.A., etc) têm bebido. O resto você mesmo pode concluir. Refiro-me ao ministério Focus on the Family do Dr. James Dobson, um dos mais ardorosos pregadores anti-gay da ala da direita americana. Esse cara é incensado pelas editoras e pastores evangélicos no Brasil, mas entre outros absurdos, ele foi um dos maiores braços de apoio a George Bush e sua guerra no Iraque. Esses caras adoram ver o circo pegar fogo desde que o picadeiro não seja o deles.

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