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Ônibus de São Paulo exibirão vídeo sobre a visibilidade lésbica



Ônibus de São Paulo exibirão vídeo sobre a visibilidade lésbica


Cerca de dois mil ônibus do transporte coletivo da cidade de São Paulo, exibirão por uma semana, entre os dias 24 e 31 de agosto, um vídeo institucional alusivo ao Dia da Visibilidade Lésbica. A ação é fruto de parceria entre a Coordenação de Políticas LGBT, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e da SPTrans, da Prefeitura de São Paulo.

Parte das atividades promovidas no mês de agosto pela Coordenação de Políticas LGBT, o vídeo foi produzido com a participação de ativistas da cidade de São Paulo e traz mensagens de respeito à diversidade e aceitação da pluralidade. A iniciativa remete ao dia 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A ideia de se usar o termo “visibilidade” objetiva colocar em cena questões pertinentes a mulheres lésbicas e bissexuais, para que elas sejam reconhecidas na vida social como sujeitos de direitos, como cidadãs.

O diretor de Marketing da SPTrans, Mauro Scarpinatti, diz que a ação faz parte do compromisso social da autarquia. A 17ª Parada do Orgulho LGBT do município, realizada em 2 de junho, foi tema de uma edição semanal do Jornal do Ônibus, que circula em cerca de 15 mil veículos, resultado da mesma parceria.

O Coordenador de Políticas LGBT da Prefeitura, Julian Rodrigues, afirma que essa é uma forma de ampliar o potencial de defesa da cidadania, a partir do cotidiano das pessoas. “É uma iniciativa que tem toda a relação com o objetivo principal do Dia da Visibilidade Lésbica; queremos levar ao cidadão paulistano uma mensagem de respeito à diversidade. Realizar ações de promoção da cidadania de mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais é prioridade da nossa gestão na Coordenação de Políticas LGBT da Prefeitura de São Paulo”.

Também no sábado, 24 de agosto, será realizado o Encontro Municipal de Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Será no Hotel Braston, rua Augusta, nº 237. Laicidade do Estado, direitos sexuais e reprodutivos, violência e políticas de educação estão entre os temas que serão debatidos.

EVENTO: Requalificação do Largo do Arouche, território LGBT de Sampa





Toda/os convidados/as! 14 de agosto, às 17h.

Reunião ampliada do Conselho Municipal LGBT.

Discutindo a ocupação e requalificação do Largo do Arouche, território LGBT de Sampa.


Julian Rodrigues
Coordenação Políticas LGBT
Prefeitura Municipal de São Paulo

São Paulo: Conferência Livre EDUCAÇÃO - por uma educação sem homofobia



Conferência Livre EDUCAÇÃO


Preparatória à Conferência Municipal de Educação de São Paulo


10 de agosto - 13h30

EIXO 2 " Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos"

Venha ajudar a construir uma educação sem homofobia em São Paulo!

Local: UNINOVE - Rua Vergueiro, 235.


Promoção e organização:

Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania

Secretaria de Promoção da Igualdade Racial
Secretaria de Políticas para Mulheres
Secretaria de Pessoas Com Deficiência
Secretaria Municipal de Educação

Portaria municipal institui grupo de trabalho para elaboração da Política Municipal de Saúde Integral da População LGBT em São Paulo

Julian Rodrigues - Coordenador da Coordenadoria 
de Assuntos da Diversidade Sexual



Grupo de Trabalho discutirá política de saúde LGBT


Foi publicada no diário oficial dessa sexta feira, 10, a portaria nº 820/2013- SMS.G, que instituiu o grupo de trabalho para elaboração da Política Municipal de Saúde Integral da População LGBT. O objetivo é discutir de maneira sistemática, ações e políticas de saúde na população LGBT.

A portaria é resultado da reunião ocorrida no dia 02 de abril entre o Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Tarso Puccini, a Coordenadora do Programa Municipal de DST/AIDS, Eliana Gutierrez, o coordenador da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual Julian Rodrigues, e sua assistente técnica, Phamela Godoy.

Compõe o grupo Mirmila Alves Musse e Odimar Edmundo Reis, representantes da Saúde Mental, Márcia Massironi, e Anete Abdo, representantes da Atenção Básica, Celso Monteiro e Rosana Del Bianco, representantes do Programa DST/AIDS, todos da Secretaria Municipal da Saúde e Julian Rodrigues e Phamela Godoy, da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.

A criação do Ambulatório Municipal de Travestis e Transexuais, o reforço das ações de prevenção às DST/HIV/AIDS e a garantia do respeito ao Nome Social em toda a rede de saúde estão entre as questões a serem debatidas pelo grupo de trabalho. Para Julian, “esse grupo será a ferramenta necessária para elaborar e colocar em prática ações e políticas que de fato respondam às necessidades e especificidades das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais de São Paulo”.

Prefeito Haddad assina portaria e confirma apoio do município à Associação da Parada do Orgulho LGBT

Prefeito Haddad assina portaria e confirma apoio do município à Associação da Parada do Orgulho LGBT




Parada do Orgulho LGBT na Av. Paulista


O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assinou nesta sexta-feira dia 11 de janeiro, a portaria que garante a realização da XVII Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.
A assinatura aconteceu durante a cerimônia de posse do sr. Rogério Sottili como Secretário de Direitos Humanos e Cidadania e Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Município de São Paulo.

A portaria - além de aprovar a realização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo na Avenida Paulista no próximo dia 2 de junho - também institui a Comissão Organizadora que, no âmbito da Prefeitura, atuará através de sub-grupos temáticos com o objetivo de assegurar todo o apoio logístico e de infra-estrutura que o governo municipal dará ao evento.

Para Julian Rodrigues, Coordenador Geral de Assuntos da Diversidade Sexual da prefeitura, o ato de hoje assinala o compromisso do prefeito Fernando Haddad e do Secretário Rogério Sottili com a Parada LGBT e com o enfrentamento à homofobia em São Paulo. “Em menos de 15 dias de gestão, o prefeito já assegurou o pleno apoio do município à Associação da Parada. Foi um compromisso de campanha de Haddad dar todas as condições para a realização segura e tranqüila das Paradas do Orgulho LGBT, que já são símbolo de São Paulo e de sua diversidade”.

Fonte: Assessoria Imprensa CADS

Política do Arco-Írs: As eleições 2012 e a ofensiva do fundamentalismo



Via A CAPA

Política do Arco-Íris: As eleições 2012
e a ofensiva do fundamentalismo

Por Julian Rodrigues* em 30/07/2012


Estamos no início da temporada eleitoral. Daqui a pouco as campanhas invadem as TVs. No próximo dia 7 de outubro o Brasil vai às urnas para escolher seus novos vereadores e vereadoras - e seus novos prefeitos e prefeitas. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores pode ocorrer segundo turno, que realizar-se-á no dia 28 de outubro.

O cenário no qual se acontecem essas eleições - no que se refere ao avanço da agenda da cidadania LGBT - não é dos melhores. Pelo contrário. Embora tenha aumentado o número de pessoas assumidamente LGBT a se candidatar - a ABGLT está organizando uma lista, inclusive com candidatos e candidatas aliadas – há vários sinais de que crescerá a influência política e a representatividade do fundamentalismo religioso nessas eleições. Sobretudo nas casas legislativas.

Os reacionários querem reeditar o cenário de 2010, quando uma aliança “santa” entre evangélicos pentecostais/neopentecostais e bispos católicos conseguiu colocar no centro da campanha presidencial o debate relacionado aos direitos reprodutivos das mulheres (aborto legal) e sobre reconhecimento dos direitos da população LGBT.

Foi nesse momento que um dos ícones da homofobia militante no Brasil, Silas Malafaia, apoiou Serra (que surfou no conservadorismo mais rasteiro). Dilma, por outro lado, fez uma “carta aos cristãos” e se comprometeu a congelar a agenda feminista em seu governo (e, agora percebemos, também a do movimento LGBT). Enquanto isso, Marina (quase pastora) pregava contra o casamento homossexual – coisinha trivial para quem já defendeu o criacionismo.

As consequências desse movimento regressivo e anti-laico foram sentidas demais da conta. Governos municipais, estaduais – e o governo federal – recuraram na execução de políticas afirmativas dos direitos LGBT. E a homofobia cresceu a olhos vistos, em todo o Brasil.

Em 2012 não é diferente. O obscurantismo quer avançar mais. A Assembleia de Deus , por exemplo, se prepara para eleger um vereador em cada cidade do Brasil.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, essa igreja (a do Malafaia) apoia quem está na frente das pesquisas para prefeito. Serra e Paes, respectivamente. No Rio é mais preocupante ainda, porque o prefeito Eduardo Paes foi um aliado. Criou a coordenadoria LGBT (dirigida pelo Carlos Tufvesson, personalidade de destaque, estilista talentoso e militante comprometido) e fez várias ações. Depois da aliança com o homofóbico pastor o que sobreviverá da nossa pauta em um eventual próximo governo carioca?

Essa desenvoltura com que as igrejas cristãs atuam no espaço público e partidário com sua pauta moral - teológica (que é política, na verdade), intimida candidatos e candidatas de todos partidos. Embora geralmente se abriguem nas agremiações de direita e centro-direita, os fundamentalistas religiosos são flexíveis, pragmáticos. Incidem (ou chantageiam) candidaturas de todo o espectro ideológico. Fazem o que for melhor, em cada cidade, para seus interesses imediatos.

Os princípios fundamentais dos direitos humanos, da democracia, do pluralismo e da laicidade do Estado não fazem parte do repertório dos líderes cristão fundamentalistas. Anuncia-se uma onda conservadora de grandes proporções.

Como o Brasil não é os Estados Unidos há espaço, condições e tempo para uma reação progressista. Antes que as trevas avancem demais.

*Julian Rodrigues é ativista do grupo CORSA, da Aliança Paulista LGBT e da ABGLT.

Lindbergh Farias dá o braço a Magno Malta e Silas Malafaia - veja nota da setorial LGBT do PT



Nota do setorial nacional LGBT do PT sobre posicionamento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ)

Na última terça-feira, 3 de abril, o senador petista pelo Rio de Janeiro, companheiro Lindbergh Farias, fez um aparte ao pronunciamento do representante capixaba naquela Casa, o pastor fundamentalista e senador Magno Malta (PR).

Magno Malta é um dos maiores ícones do obscurantismo, tenaz opositor dos direitos humanos, sobretudo dos direitos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

Em seu pronunciamento, o homofóbico senador faz novamente ataques contra o movimento pelos direitos humanos das pessoas LGBT, propagando fantasias como a existência de um "império homossexual". Magno Malta também faz a defesa de um dos principais inimigos da cidadania homossexual, o pastor Silas Malafaia, conhecido por incitar a homofobia e por se opor ao PLC 122, que criminaliza práticas discriminatórias contra LGBT.

Para a perplexidade da militância petista e de todo o movimento social LGBT brasileiro, assistimos ao senador Lindbergh Farias, do PT, possuidor de uma bela trajetória de esquerda, de defesa da juventude, da população negra, dos pobres, se somar a Magno Malta na defesa de Silas Malafaia.

Silas Malafaia está sendo processado pelo Ministério Público Federal por incitar o ódio e a violência contra os homossexuais. Em seu programa semanal, esse pastor obscurantista tem se destacado por sua pregação intolerante contra a população LGBT. É uma prática recorrente.

É preciso acrescentar que Malafaia ameaçou verbalmente e está processando o presidente da maior associação de defesa dos direitos LGBT do Brasil, Toni Reis, da ABGLT. Esse líder cristão fundamentalista é um cancro incrustado na democracia brasileira. A luta de diversos setores dos movimentos sociais é para impedir que Malafaia siga propagando seus conceitos discriminatórios em emissoras de televisão, que são concessões públicas.

A fala do companheiro Lindbergh se torna ainda mais grave por ignorar e desconsiderar o cerne do debate sobre o PLC 122, que é a interdição dos discursos que incitam a violência utilizando-se do pretexto da liberdade religiosa.

Esquece-se o senador Lindbergh que a liberdade de expressão e a liberdade religiosa não estão acima do princípio da igualdade, da dignidade e da não-discriminação. Mais ainda, discursos de ódio não estão sob a proteção da liberdade religiosa ou da liberdade de expressão. Tanto assim, que, no Brasil, o racismo e o anti-semitismo, por exemplo, são crimes.

O velho Marx nos ensinou que as ideias se tornam força material quando penetram nas massas. Discursos homofóbicos de pastores e padres, difundidos nos meios de comunicação de massa armam as mãos que, na sequência, vão agredir e matar milhares de homossexuais e pessoas trans em todo o Brasil, cotidianamente.

O Partido dos Trabalhadores tem resolução Congressual de apoio à criminalização da homofobia e ao casamento civil de homossexuais. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), vice-presidente do Senado, é relatora do PLC 122, e convocou audiência pública para o próximo dia 15 de maio, justamente para tentar avançar, mais uma vez, na aprovação da criminalização da homofobia. Marta segue as diretrizes do PT. Lindbergh Farias, ao defender o homofóbico Silas Malafaia, se afasta enormemente das posições do nosso Partido.

Importante ressaltar que o Rio de Janeiro é vanguarda no debate e garantia dos direitos LGBT, pois é o estado com mais políticas públicas e maior orçamento para as ações de combate à homofobia. O governador Sérgio Cabral (PMDB) é um dos maiores aliados da cidadania LGBT no Brasil. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) também executa políticas de promoção da cidadania dessa população.

Além disso, Jean Willys (PSOL), o primeiro parlamentar gay defensor da causa é também representante do Rio. Infelizmente, Malafaia, Garotinho e Bolsonaro também fazem carreira política nesse estado.

Esperamos, sinceramente, que o senador Lindbergh Farias não tenha resolvido se perfilar com o segundo grupo de políticos fluminenses, os inimigos dos direitos humanos e da cidadania LGBT. Não há cálculo político ou eleitoral que justifique essa ruptura com os princípios do PT e com a própria trajetória do senador.

Apelamos para que o companheiro Lindbergh Farias se debruce um pouco mais sobre as posições do Malafaia - incompatíveis com o Estado democrático de direito - e cesse a sua defesa desse senhor, inimigo dos direitos humanos e da população LGBT.

São Paulo, 4 de abril de 2012.

Julian Rodrigues

Coordenador nacional setorial LGBT do PT


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Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.

Entrevista com Julian Rodrigues sobre direitos civis dos LGBT

Julian Rodrigues


Ter, 23 de Agosto de 2011 22:22



1- Quais são os principais desafios para o movimento LGBT no próximo período?

Estamos vivendo um período muito conturbado do ponto de vista dos direitos humanos, do combate à homofobia, da afirmação das liberdades democráticas, dos direitos das mulheres, das pautas progressistas. Há um recrudescimento de discursos e práticas de violência homofóbica, como também de discursos discriminatórios de modo geral.Muitos se escudam na “liberdade religiosa” e na “liberdade de expressão” para difundir preconceito. Portanto, de imediato, temos dois grandes desafios: o primeiro é construir uma coalizão progressista que barre esse crescimento do obscurantismo. Precisamos nos unir com os movimentos feministas, de direitos humanos, da juventude, da cultura, da igualdade racial e outros, em defesa da laicidade do Estado e das liberdades democráticas. O segundo desafio é avançar nas políticas públicas de promoção da cidadania LGBT, bem com na agenda legislativa. Até hoje, o Congresso Nacional não aprovou nenhuma lei que garanta direitos aos homossexuais brasileiros.

2- Qual a sua expectativa em relação a aprovação da lei que pune a homofobia no Brasil?

Infelizmente, não são das melhores. Como a senadora Marta Suplicy tem dito, o Congresso brasileiro “se apequenou”, se curvou diante do barulho feito pelas minorias extremistas, pelos religiosos homofóbicos, que interditam toda e qualquer agenda progressista. Não é só a agenda LGBT. Os direitos sexuais e reprodutivos também saíram da pauta do Congresso. De qualquer forma, temos mantido a mobilização pela criminalização da homofobia e a Marta tem nos ajudado a construir pontes e alternativas, com o objetivo de aprovar alguma legislação, mesmo que não seja a ideal. Não é possível ficarmos mais quatro anos sem nenhum avanço legislativo.

3- Qual sugestão você daria para os municípios brasileiros em relação a pauta LGBT?

É preciso que o combate à homofobia esteja na agenda das políticas públicas de todos os governos, seja do governo federal, sejam dos governos estaduais, sejam dos governos municipais. Há uma série de políticas que devem ser adotadas para promover a igualdade, a equidade e combater a discriminação. Temos proposto que todos os Estados e municípios adotem o “tripé da cidadania”, ou seja, uma coordenação (ou outro estrutura análoga) LGBT, um Conselho LGBT (para fazer o controle social e promover a participação popular) e um plano de políticas públicas que estabeleça diretrizes, ações, metas, programas concretos de promoção da cidadania para essa população. Estamos em processo de Conferências LGBT – a nacional será de 15 a 18 de dezembro em Brasília. Trabalhamos para que o maior número possível de prefeitos e prefeitas convoquem Conferências Municipais para discutir essa pauta.

4- Apesar de alguns avanços, o Brasil ainda ostenta altos índices de violência contra a população LGBT, o que fazer em relação a isso?

É preciso atuar em duas frentes: a primeira é a disputa cultural, simbólica e a educação para a diversidade. Ao mesmo tempo,são necessárias medidas imediatas no campo da segurança pública e da legislação, como a criminalização da homofobia. Ou seja: é preciso combinar um esforço na difusão de valores como o pluralismo, o respeito à diversidade, a não-discriminação, a cultura de paz, o respeito aos direitos humanos. Esses valores devem ser difundidos nas mídias, nas políticas culturais, devem balizar a educação pública no país, em todos os níveis. Os movimentos sociais e os Partidos progressistas devem lutar para inserir na agenda do Estado brasileiro o compromisso com uma cultura de difusão permanente do respeito aos direitos humanos. Concomitantemente, os governos precisam adotar políticas de segurança pública que minimizem a possibilidade de agressão e violência homofóbica. E, sobretudo, que impeçam a impunidade dos agressores. Criminalizar a homofobia, nesse contexto, fará toda a diferença.

5- Julian, no plano estadual de São Paulo, o que você tem a dizer em relação as atitudes do Governo em relação ao movimento?

O governo de São Paulo criou uma Coordenação de Políticas da Diversidade Sexual, publicou um decreto criando um Conselho LGBT (que ainda não foi instalado, e isso já faz quase um ano) e também publicou um Plano LGBT (cuja maioria das ações não saíram do papel). Digamos que não é um governo homofóbico, nem indiferente à pauta da cidadania dessa população. Mas, na prática tem feito muito pouco. Não há recursos orçamentários, não há políticas públicas em andamento, a Coordenação não tem recursos humanos, há pouca integração política entre as Secretarias do governo para tratar dessa pauta. E, o principal, nem o Plano Estadual de Combate à Homofobia nem o Conselho Estadual se materializaram. Faremos essa avaliação e cobraremos mais compromisso na Conferência Estadual LGBT paulista, que acontece no final de outubro.

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