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Três dos filmes que eu vi na FID-Rio 2025

Três dos filmes que eu vi na FID-Rio 2025







A FID-Rio aconteceu nos dias 16 a 18 de maio de 2025 no Centro Cultural da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Foram três sessões por dia. Na primeira, sempre um longa. Na segunda, uma série de curtas. E na terceira, outro longa. Os filmes são dificílimos de encontrar, mas com a ajuda do meu amigo Eduardo Michels, informações sobre os filmes abaixo foram encontrados no site do IMDB.

Astrakan 79


Dirigido por Catarina Mourão, Astrakan 79 é um documentário português de 2023 que narra a história de Martim, um jovem de 15 anos enviado por seus pais comunistas para estudar pesca na União Soviética em 1979. Quarenta anos depois, ele compartilha essa experiência com seu filho pela primeira vez.

O filme mistura memórias reais, cartas, fotos antigas e reencenações com um ator jovem, explorando temas como idealismo juvenil, desilusão política e reconciliação familiar. A obra destaca o impacto da utopia socialista e o silêncio que se manteve por décadas entre pai e filho.

Premiado em festivais como IndieLisboa e MDOC, Astrakan 79 é uma reflexão íntima sobre o passado e a construção de identidade.


Tan inmunda y tan feliz
https://www.imdb.com/pt/title/tt22781016/

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=W9BFFvZYb00

Tan inmunda y tan feliz é um documentário chileno de 2022 dirigido por Wincy Oyarce, que retrata a vida e a obra de Hija de Perra, uma artista travesti que se tornou ícone da dissidência sexual e do underground latino-americano. O filme utiliza registros audiovisuais íntimos e inéditos capturados por Oyarce, amigo próximo da artista, para revelar como ela transformou seu travestismo em uma ação política, desafiando normas de gênero e identidade sexual.

A produção estreou no Festival Internacional de Cinema de Valdivia em 2022, onde recebeu o Prêmio do Público e o Prêmio Especial do Júri. Também foi exibida em festivais como FIDOCS e AMOR Festival, conquistando reconhecimento por sua abordagem visceral e estética híbrida.

Após sua exibição nos cinemas chilenos, o documentário está disponível em plataformas de streaming como Prime Video, Apple TV, Google Play, YouTube e Vimeo On Demand.


Anhell 69

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fbGA6d_Tffw

Anhell69 é um documentário colombiano de 2022 dirigido por Theo Montoya. O filme mescla realidade e ficção para retratar a juventude queer de Medellín, marcada por sonhos interrompidos, violência e marginalização. A narrativa acompanha um carro funerário que percorre as ruas da cidade, enquanto o diretor relembra a pré-produção de seu primeiro filme — uma obra de terror B com fantasmas — que foi interrompida após a morte por overdose do protagonista, Camilo Najar, aos 21 anos.

O documentário combina entrevistas, cenas encenadas e imagens noturnas de Medellín para explorar temas como identidade, morte precoce e resistência cultural. A estética punk e o tom melancólico destacam a luta de uma geração queer por visibilidade e pertencimento em uma sociedade conservadora.

Anhell69 foi exibido em diversos festivais internacionais, incluindo o Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata, o Festival Internacional de Cinema de Gijón e o DOK Leipzig, onde recebeu o Golden Dove.


🌈🌈🌈


NETFLIX: Super Drags - lançamento em 09 de novembro

SUPER DRAGS, série da Netflix,
começa na sexta-feira, dia 09 de novembro.


Por Sergio Viula


Vi a propaganda no topo da página do YouTube semana passada e imediatamente dei 'play'. Tratava-se de um trailer, isto é, uma chamada, para o lançamento da série SUPER DRAGS, uma produção original da Netflix em animação, cuja trilha sonora é assinada por Pabblo Vittar, que também dubla uma das drags. Nem preciso dizer que fiquei encantado com a iniciativa.

Não esqueça: Começa na sexta-feira, dia 09 de novembro.


Claro que não demorou para que os mesmos idiotas de sempre vomitassem seus preconceitos contra a produtora - o que já se vê em comentários abaixo do trailer da série na página da Netflix no próprio YouTube. Além disso, um deputado, que deve andar bastante desocupado para ficar sabendo de novos entretenimentos com temática LGBT antes mesmo deste blogueiro, iniciou uma campanha de difamação contra a série e a produtora. A Netflix não o deixou sem resposta.

O registro da polêmica, com a brilhante resposta da Netflix, foi feito pelo Huffington Post. O pretexto dos preconceituosos, especialmente dos fundamentalistas, como é o caso do deputado federal Alan Rick (DEM-AC), não é nada original.

A Netflix fez muito bem em não ceder um milímetro às sandices de patifes como esse. Veja matéria completa aqui: 
https://www.huffpostbrasil.com/2018/11/03/deputado-repudia-animacao-super-drags-e-netflix-responde_a_23579721/

Netflix responde

Com classificação indicativa de 16 anos, Super Drags é uma criação de Anderson Mahanski, Fernando Mendonça e Paulo Lescaut, com produção do Combo Estúdio. A primeira temporada terá 5 episódios e contará com as vozes de três drag queens famosas no cenário brasileiro: Pabllo Vittar, Silvetty Montilla e Suzy Brasil.

Esta não é a primeira vez que a atração, ainda inédita, vira alvo de pedidos alteração. Em julho passado, pouco depois da divulgação da novidade no catálogo do serviço de streaming, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma nota pedindo o cancelamento da série.

No texto, o grupo sinalizava os "riscos de se utilizar uma linguagem eminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto".



Em resposta, o serviço de streaming divulgou nota informando:

Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2018/07/19/pediatras-pedem-cancelamento-de-animacao-para-adultos-sobre-drag-queens.htm

"A Netflix oferece uma grande variedade de conteúdos para todos os gostos e preferências. 'Super Drags' é uma série de animação para uma audiência adulta e não estará disponível na plataforma infantil."
Também neste sábado, o serviço de streaming compartilhou nas redes sociais um tutorial chamado Como ativar o controle de pais na Netflix. Veja abaixo:

Nem tudo é pra todo mundo e quem controla é você. Pode mandar essa no zap.

Vale a pena ler a matéria publicada pela Folha de São Paulo sobre a nova série. Ela traz vários detalhes super interessantes. Confira aqui: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/10/drag-queens-com-superpoderes-defendem-o-mundo-gay-em-serie-da-netflix.shtml

O blog Fora do Armário parabeniza a Netflix pela iniciativa e deseja que a série seja um sucesso e que outros produtos semelhantes sejam lançados tanto pela Netflix como por outras produtoras de conteúdo.
Às amigas e aos amigos que leem o Fora do Armário, um pedido: Vão lá nos comentários do vídeo e demonstrem seu apoio a essa iniciativa da Netflix. Ah, claro, e não deixem de assistir a série.
Outra coisa importante: compartilhem esse post para que mais pessoas tomem conhecimento dessa divertidíssima série em animação. Super Drags!!!!

E aos retrógrados LGBTfóbicos, um recado: Vai ter muito amor, muita alegria e muito orgulho LGBT em toda parte, porque não precisamos (e não pediremos) licença a vocês para existirmos, para amarmos e para nos divertimos. O preconceito de vocês fede e deve ser enfrentado como quem se livra daquela sacola de lixo cheia de chorume que aguarda a coleta de lixo durante a semana.

Uma sociedade que reproduz preconceitos como o desse deputado fundamentalista age exatamente como quem guarda o chorume do preconceito embaixo do próprio travesseiro em vez de se livrar dele.
Mas relaxem crianças, as Super Drags vêm aí para ajudar a combater a ignorância da qual esses patifes se alimentam. E refiro-me a crianças de 16 a 100 anos!



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