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JORNALISTA AMERICANA DETONA 'EX-GAY' CUJO LIVRO TEM INFLAMADO O ÓDIO HOMOFÓBICO EM UGANDA.

JORNALISTA AMERICANA DETONA 'EX-GAY' CUJO LIVRO TEM INFLAMADO O ÓDIO HOMOFÓBICO EM UGANDA.


Não se iluda com a fala mansa e conversa fiada dele no começo da entrevista. À medida que a jornalista avança com a entrevista, a cara-de-pau desse mentiroso promotor de ódio e os malefícios de sua mensgem ficam patentes. Confira.

Faça associações mentais com Feliciano, João Campos, Rozangela Justino, Marisa Lobo, Silas Malafaia. Você verá de onde é que eles tiram suas ideias (nada originais), cujos conteúdos querem impor até mesmo ao Conselho Federal de Psicologia.

DIGA NÃO À PDC 234/11 - O Projeto da "Cura Gay."





Veja também abaixo o pedido de desculpas de Alan Chambers, presidente da Exodus, ao encerrar as atividades da maior organização de 'ex-gays' do mundo com 37 anos de existência.

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2013/06/alan-chambers-presidente-da-exodus.html

"CURA GAY" NÃO FUNCIONA E AINDA PODE CAUSAR DANO. 

Pr. Alexandre Cabral com Fábio Lau falando sobre "Cura Gay"

Alexandre Cabral no 20º Encontro da Nova Consciência - Campina Grande - PB



Uma entrevista imperdível feita por Fábio Lau do Programa Conexão, com o Pr. Alexandre Cabral, presbiteriano e pastor da Igreja Ecumênica de Copacabana. O Fábio está filmando com o celular também que ora aparece na tela, ora não, por causa do fundo azul. :)

Se você é LGBT ou amigo das pessoas LGBT, você vai se surpreender com o discurso desse querido a quem posso chamar de amigo.



Veja aqui também a entrevista que concedi à rádio poucos dias depois dele: 
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2013/03/entrevista-sergio-viula-conexao.html

Sergio Viula

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A cura gay - Contardo Calligaris




A cura gay

Contardo Calligaris

05/07/2012

Mesmo se quisessem, psicólogos e psiquiatras não saberiam modificar a orientação sexual de alguém

Em 1980, a Homossexualidade sumiu do "Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais". Em 1990, ela foi retirada da lista de doenças da Organização Mundial da Saúde.

Médicos, psiquiatras e psicólogos não podem oferecer uma cura para uma condição que, em suas disciplinas, não é uma doença, nem um distúrbio, nem um transtorno. Isso foi lembrado por Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia, numa entrevista à Folha de 29 de junho.

No entanto, o deputado João Campos (PSDB-GO), da bancada evangélica, pede que, por decreto legislativo, os psicólogos sejam autorizados a "curar" os homossexuais que desejem se livrar de suaHomossexualidade.

Um pressuposto desse pedido é a ideia de que os psicólogos saberiam como mudar a orientação sexual de alguém (transformá-lo de hétero em homossexual e vice-versa), mas seriam impedidos de exercer essa arte -por razões ideológicas, morais, politicamente corretas etc.

Ora, no estado atual de suas disciplinas, mesmo se eles quisessem, psicólogos e psiquiatras não saberiam modificar a orientação sexual de alguém -tampouco, aliás, eles saberiam modificar a "fantasia sexual" de alguém (ou seja, o cenário, consciente ou inconsciente, com o qual ele alimenta seu desejo).

Claro, ao longo de uma terapia, alguém pode conseguir conviver melhor com seu próprio desejo, mas sem mudar fundamentalmente sua orientação e sua fantasia.

Por via química ou cirúrgica (administração de hormônios ou castração real -todos os horrores já foram tentados), consegue-se diminuir o interesse de alguém na vida sexual em geral, mas não afastá-lo de sua orientação ou de sua fantasia, que permanecem as mesmas, embora impedidas de serem atuadas. A terapia pela palavra (psicodinâmica ou comportamental que seja) tampouco permite mudar radicalmente a orientação ou a fantasia de alguém.

O que acontece, perguntará João Campos, nos casos de Homossexualidade com a qual o próprio indivíduo não concorda? Posso ser homossexual e não querer isso para mim: será que ninguém me ajudará?

Sim, é possível curar o sofrimento de quem discorda de sua própria Sexualidade (é a dita egodistonia), mas o alívio é no sentido de permitir que o indivíduo aceite sua Sexualidade e pare de se condenar e de tentar se reprimir além da conta.

Por exemplo, se eu não concordo com minha Homossexualidade (porque ela faz a infelicidade de meus pais, porque sou discriminado por causa dela, porque sou evangélico ou católico), não posso mudar minha orientação para aliviar meu sofrimento, mas posso, isso sim, mudar o ambiente no qual eu vivo e as ideias, conscientes ou inconscientes, que me levam a não admitir minha orientação sexual.

Campos preferiria outro caminho: o terapeuta deveria fortalecer as ideias que, de dentro do paciente, opõem-se à Homossexualidade dele. Mas o desejo sexual humano é teimoso: uma psicoterapia que vise reforçar os argumentos (internos ou externos) pelos quais o indivíduo se opõe à sua própria fantasia ou orientação não consegue mudança alguma, mas apenas acirra a contradição da qual o indivíduo sofre. Conclusão, o paciente acaba vivendo na culpa de estar se traindo sempre -traindo quer seja seu desejo, quer seja os princípios em nome dos quais ele queria e não consegue reprimir seu desejo.

Isso vale também e especialmente em casos extremos, em que é absolutamente necessário que o indivíduo controle seu desejo. Se eu fosse terapeuta no Irã, para ajudar meus pacientes homossexuais a evitar a forca, eu não os encorajaria a reprimir seu desejo (que sempre explodiria na hora e do jeito mais perigosos), mas tentaria levá-los, ao contrário, a aceitar seu desejo, primeiro passo para eles conseguirem vivê-lo às escondidas.

O mesmo vale para os indivíduos que são animados por fantasias que a nossa lei reprova e pune. Prometer-lhes uma mudança de fantasia só significa expô-los (e expor a comunidade) a suas recidivas incontroláveis. Levá-los a reconhecer a fantasia da qual eles não têm como se desfazer é o jeito para que eles consigam, eventualmente, controlar seus atos.

Agora, não entendo por que João Campos precisa recorrer à psicologia ou à psiquiatria para prometer sua "cura" da Homossexualidade. Ele poderia criar e nomear seus especialistas; que tal "psicopompos"? Ou, então, não é melhor mesmo "exorcistas"?

ccalligari@uol.com.br @ccalligaris

AMANHÃ NA ILUSTRADA: Fernanda Torres

Reviravolta! Grupo cristão internacional desiste de "cura" da homossexualidade

Reviravolta! Grupo cristão internacional desiste de "cura" da homossexualidade

Por João Marinho em 03/07/2012 às 11h24




Por essa, psicólogos cristãos da estirpe de Marisa Lobo e evangélicos fundamentalistas não esperavam!

A Exodus International, uma das maiores e mais antigas organizações religiosas a pregarem a "cura" da homossexualidade, anunciou que o grupo deixou de oferecer "terapia reparativa" por intermédio de aconselhamentos e orações a quem possui orientação homossexual.

O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Alan Chambers (foto), na última quarta-feira (27) durante a 37ª Freedom Conference, que é realizada anualmente. Chambers afirmou que a "terapia reparativa" foi abandonada porque não há comprovação de ser eficaz e porque não faz parte da "mensagem bíblica". De agora em diante, quem ainda acreditar na "conversão" da homossexualidade em heterossexualidade poderá ministrar na organização, mas sem apoio oficial.

O presidente ainda afirmou que, daqui por diante, a Exodus proporá que as igrejas tentem atrair gays para suas atividades, em vez de formar grupos de "terapia reparativa". Segundo ele, o modelo vigente será mais focado no discipulado. Ao site The Christian Post, em reportagem publicada na sexta (29), Chambers disse que a "terapia reparativa" dá às pessoas expectativas que não não realistas: "É minha responsabilidade [...] compartilhar com as pessoas que, só porque você se torna um cristão, suas lutas não vão sempre embora".

Para piorar a situação dos que defendem a "cura da homossexualidade", o presidente, que é casado com uma mulher e pai de dois filhos, admitiu que não seria honesto fingir que, às vezes, não se sente tentado pelo mesmo sexo. Para ele, os cristãos precisam tratar a homossexualidade como qualquer outra tentação, da qual as pessoas não se livram completamente.

O encontro anual da Exodus terminou no último sábado (30) e contou com a participação de representantes de 39 estados norte-americanos e nove países. A entidade tem forte atuação na América Latina e já chegou a ministrar cursos no México, dois anos atrás, sobre o "processo de cura" e sobre "como se prevenir da homossexualidade". A página oficial da Exodus Latinoamérica continua sustentando a "libertação da homossexualidade". O grupo também possui uma representação no Brasil.

CARTA ABERTA DE UM SOBREVIVENTE DAS “TERAPIAS DE CURA” DA HOMOSSEXUALIDADE




Carta enviada a ABGLT, na pessoa de seu presidente Toni Reis, em 01/07/2012 e primeiramente publicada por ele em grupos de discussão.


CARTA ABERTA DE UM SOBREVIVENTE DAS “TERAPIAS DE CURA” DA HOMOSSEXUALIDADE


Acabamos de ver um grupo de defensores das “terapias de cura” da homossexualidade se movimentando no Congresso Nacional, em audiência pública realizada em 28 de junho de 2012. O objetivo desse grupo é obrigar o Conselho Federal de Psicologia (CFP) a revogar a norma que desde 1999 proíbe a patologização da homossexualidade por parte de psicólogos que pretendam “curá-la”. Todavia, o CFP não foi o pioneiro nessa proibição. A mesma norma já havia sido aprovada nove anos antes pela Sociedade Americana de Psicologia e continua válida até hoje, sendo consequência lógica e óbvia da retirada do “homossexualismo” do manual oficial que lista todos os distúrbios mentais e emocionais tanto lá como cá.

Falo por experiência própria: Essas “teorias de cura da homossexualidade” trazem muito prejuízo a quem se submete a elas. E digo isso, porque não apenas participei de grupos de “cura” para homossexuais, como também fui um dos fundadores de uma organização conhecida como Movimento pela Sexualidade Sadia, ou simplesmente MOSES. O objetivo dessa organização era transformar homossexuais em heterossexuais ou convencê-los a viver no “celibato”. A aparência era de que havia muita psicologia envolvida nisso tudo, quando – na verdade – o que se fazia era revestir dogmas religiosos produtores de culpa, medo e outras neuroses com linguagem psicologizada.

Ao mesmo tempo em que fui um dos fundadores deste grupo, eu era - antes de qualquer coisa - uma vítima dessa mentalidade imposta por pregações homofóbicas sobre pecado e condenação que a psicologia não corrobora, mas que é defendida com unhas e dentes por esses chamados “psicólogos cristãos” – o que me custou muito sofrimento pessoal. Acabei expondo minha vida íntima, meus sentimentos, minha afetividade e outros aspectos da minha vivência ao escrutínio de conselheiros e psicólogos que se apresentavam como “psicólogos cristãos” e que só conseguiam pensar em como me “formatar” de acordo com as “configurações” de suas crenças. Acreditando que fosse minha obrigação seguir as orientações dos pregadores e desses “profissionais”, acabei me casando com uma moça da igreja, com quem vivi por 14 anos, tendo gerado uma filha (agora, maior de idade) e um filho (que se tornará maior de idade esse ano). Apesar do aparente “sucesso” do casamento, eu me consumia internamente por não assumir minha orientação sexual e viver de acordo com a mesma. E foi assim que eu passei 18 anos na igreja, sendo que 6 desses anos foram dedicados ao MOSES, cuja primeira atividade foi realizada por mim e mais duas pessoas – ainda em caráter oficioso – na Praia de Copacabana, durante a Parada do Orgulho LGBT de 1997, e se tratava de proselitismo, com distribuição de panfletos apresentando a organização. Meu envolvimento com o MOSES foi de 1997 até 2003.

Durante todo o meu tempo de igreja, eu ouvi pregadores difamando minha orientação sexual, minha afetividade, minha sexualidade, mas foi durante esses seis anos trabalhando com o MOSES que meu sofrimento atingiu o ápice. Foram horas de aconselhamento, oração, leitura de material religioso (com linguagem “psicologizada”) a respeito do que eles insistem em chamar de “homossexualismo”, bem participação em congressos, seminários, cruzadas até mesmo durante eventos LGBT, etc. Foi ao longo desse tempo que conheci a Dra. Rozangela Justino, a qual também frequentava o seminário teológico em que estudei e onde – mais tarde – lecionei. Ela dava aulas, palestras, etc. Apoiava ativamente o MOSES, tendo participado de seminários sobre o “homossexualismo”, cultos promovidos pelo MOSES sobre essa temática, etc. Sua atuação nesse campo é muito semelhante a da Dra. Marisa Lobo, de quem li postagens no Twitter e cujo blog visitei a convite da mesma via Twitter. Pude notar uma semelhança clara entre o pensamento das duas – o que me levou a bloquear a Dra. Marisa Lobo no Twitter por não aguentar mais seu proselitismo pretensamente transformador de homossexuais. Cada “tweet” dela me fazia pensar em quanto sofrimento passei durante o tempo em que me deixei levar por esse tipo de pregação de ódio a mim mesmo por ser homossexual.

Depois de 14 anos casado com a mãe dos meus filhos, cheguei à conclusão de que não adiantava mais lutar contra mim mesmo. O ódio que nutri contra minha sexualidade era fruto do que ouvi desde cedo por parte de pessoas mal resolvidas ou envenenadas por pensamentos homofóbicos. Decidi, então, ser eu mesmo e ser feliz. Mais do que aceitar minha orientação sexual, eu cheguei à conclusão de que devia celebrar a vida amando, crescendo, produzindo e me realizando de acordo com minha sexualidade e minha identidade. Decidi conversar com minha então esposa, com pastores que eram colegas de ministério, com as lideranças do MOSES e de outras organizações com as quais trabalhava. Foi um momento doloroso, porque todos queriam que eu recuasse em minha decisão de assumir o controle da minha vida, mas para mim foi minha libertação. Posso dizer que também foi a libertação de minha ex-esposa que finalmente poderia refazer sua vida ao lado que alguém com quem ela pudesse ser feliz sem aquilo que os fundamentalistas insistem em chamar de pecado e que agora também querem chamar de doença, com a conivência da lei.

Atualmente, tenho um parceiro que corresponde ao que meu coração realmente deseja. Estamos juntos há cinco anos e temos uma vida equilibrada, com harmonia e muito amor. Meus pais e meus filhos estão muito próximos de mim. Meus filhos, na verdade, nunca se distanciaram e sempre me amaram. Conversamos francamente sobre tudo isso desde que ela tinha 12 e ele quase isso – cada um no seu tempo. Eles estão muito bem integrados conosco.

Ter ficado livre do controle mental exercido por esses “fiscais da sexualidade alheia” abriu-me inúmeras portas existenciais onde antes eu só via paredes. Falo sobre tudo isso com muito mais profundidade no meu livro “Em Busca de Mim Mesmo”, que é um relato biográfico para além do meramente pessoal. É um livro que nasce da vontade de dizer que ninguém precisa submeter-se a esse tipo de sofrimento existencial por ser gay, lésbica, bissexual ou transexual. Afinal, equilíbrio emocional sem amor próprio não existe. E o que essas pretensas “terapias” fazem é promover o ódio a si mesmo.

O legislativo brasileiro precisa despertar contra essa manobra pseudo-científica dos fundamentalistas anti-gays cujos objetivos violentam os direitos humanos, atropelam o caráter científico da psicologia e promovem a homofobia, principalmente aquela do indivíduo contra si mesmo.

CHEGA DE HOMOFOBIA INSTITUCIONAL E SOCIAL.

DIGAM NÃO AO USO DA PSICOLOGIA PARA FINS PROSELITISTAS E À PATOLOGIZAÇÃO DA DIVERSIDADE SEXUAL.

Sergio Viula
Teólogo (ex-pastor batista), Filósofo, Autor e Blogueiro
www.foradoarmário.com

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