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Jean Wyllys: "não vou jogar mais holofotes sobre o vendilhão nem sobre a comissão que ele preside".


Jean Wyllys
Dia 20 de novembro de 2013


Hoje boa parte da imprensa e muitos ativistas em rede caíram novamente na habitual armadilha do atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Em relação à boa parte da imprensa, não há espanto, já que ela vive de "notícias" (embora algum critério jornalístico deveria existir para distinguir fatos relevantes de factóides); mas, em relação aos muitos ativistas, espanta-me como eles não aprendem com experiências passadas!

No dia da Consciência Negra, o presidente da CDHM não fez qualquer menção à data e aprovou em meia hora (meia hora!) três projetos que atentam contra a dignidade e os direitos de LGBTs.

Ora, é óbvio que a intenção é ganhar espaço na imprensa e atrair a atenção nas redes sociais. Inoperante, incompetente e improdutivo (e confrontado pela atuação excelente da nossa Frente Parlamentar dos DHs), o presidente só pode mesmo apelar para o teatro dos vampiros. Já sabemos disso; por isso, não lhe damos bola aqui.

Recusei-me a falar com a imprensa sobre a aprovação porque não vou jogar mais holofotes sobre o vendilhão nem sobre a comissão que ele preside, hoje deslegitimada e desrespeitada aqui dentro e fora.

A notícia da aprovação dos três projetos deveria, em vez de provocar histeria, virar alvo de deboche. O deboche põe ele e a comissão no lugar onde estão: de ridículos fundamentalistas! A aprovação de projetos nessa comissão não significa que os projetos já entrarão em vigor a partir de amanhã (a histeria nas redes parte dessa ideia equivocada!).

Os tais projetos irão para outras duas comissões antes se ir a plenário. Jamais serão aprovados nessas outras duas comissões!

A tal CDHM hoje é uma igreja de fundamentalistas. Nada que venha de lá deve ser levado a sério.

Saída da Comissão de Direitos Humanos de contrários a Feliciano

Deputados contrários a Feliciano anunciam saída da Comissão de Direitos Humanos
Frente parlamentar quer que presidente da Câmara reveja despachos de Feliciano sobre projetos em tramitação na comissão.



Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados



Frente parlamentar vai conversar com outros partidos para que também se retirem da comissão.

Integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos que ainda participavam da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) decidiram se retirar do colegiado. Os deputados Jean Wyllys e Chico Alencar, ambos do Psol-RJ, e Luiza Erundina (PSB-SP), que era suplente na comissão, já haviam tomado a decisão. Nesta quarta-feira (17), foi a vez dos deputados do PT Erika Kokay (DF), Padre Ton (RO), Nilmário Miranda (MG), Luiz Couto (PB), Janete Rocha Pietá (SP) e Domingos Dutra (MA) seguirem o mesmo caminho. A saída dos parlamentares se deve à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da CDHM.

A ideia da frente é que o PT não indique outros parlamentares para o lugar dos que estão saindo. O Psol decidiu que não indicará substitutos. O grupo também vai conversar com outros partidos que compõem a comissão para que se retirem do colegiado.

"Estamos reafirmando nossa decisão e nossa luta para que possamos devolver a Comissão de Direitos Humanos ao povo brasileiro”, disse Kokay. “Queremos instar as lideranças partidárias para que se sintam responsáveis pelo que está acontecendo na comissão", complementou.

No início do mês, em reunião com os líderes partidários da Câmara, Marco Feliciano afirmou que não deixará a presidência do colegiado.


Relatoria questionada


A frente também vai pedir ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que reveja o despacho de projetos em tramitação no colegiado. Jean Wyllys cita como “desrespeito” a oferta feita por Feliciano da relatoria da proposta (PL 4211/12) que trata da regulamentação da prostituição e do enfrentamento da exploração sexual de mulheres e crianças para o deputado Pastor Eurico (PSB-PE).

Paralelamente às ações contra a permanência de Feliciano na presidência da comissão, a frente manterá, segundo seus participantes, uma agenda de interlocução com os movimentos sociais em defesa dos direitos humanos. Entre as iniciativas previstas, está a realização do 10º Seminário LGBT no Congresso Nacional, que discutirá a liberdade de crença religiosa.

Ministra Maria do Rosário se pronuncia sobre a desastrada indicação de Feliciano para a CDHM

Maria do Rosário: ‘A sociedade indica que não é justo o que está ocorrendo’

Pela primeira vez, a ministra apela para que Feliciano renuncie à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara



 
Maria do Rosário, ministra de da Secretaria de Direitos Humanos
Agência O Globo / Mônica Imbuzeiro



BRASÍLIA - Até agora atuando nos bastidores na crise instalada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, fala pela primeira vez do assunto e diz que manutenção do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão significará um descrédito das instituições. Rosário diz que os movimentos sociais estão tendo seus direitos ofendidos nesse momento e fez um apelo para que Feliciano faça um gesto em direção a esses setores e deixe a presidência da comissão.

Como a sra. avalia o que está ocorrendo na Comissão dos Direitos Humanos?

No governo, somos muito zelosos de não atuar de forma que desrespeite a autonomia entre os poderes, assegurada pela democracia e o que é básico. Todos sabem disso e não temos uma atitude de contraponto gratuito a decisões do parlamento. Mas nos direitos humanos, o Parlamento tem sido um parceiro da agenda brasileira. Em vários temas, como na Comissão da Verdade, na PEC do trabalho escravo (que expropria terras onde é flagrado esse tipo de mão de obra). Temos uma agenda de direitos humanos na Câmara muito forte. E que precisa avançar. E os rumos que a Comissão de Direitos Humanos tomou no atual período podem comprometer essa agenda.

O que pode ser feito?

Temos que trabalhar para que não existam problemas e aconteça um comprometimento negativo. Temos projetos de lei a ser votado e o Brasil precisa da comissão, dessa parceria. Sempre contamos com a comissão na defesa dos direitos humanos, foi construída com esse objetivo. A história dos direitos humanos no Brasil é uma história de pacificação da sociedade. E essa sociedade está indicando, de forma lúcida, que não é justo o que está ocorrendo. A comissão é o instrumento que ela tem para contar dentro da Câmara dos Deputados. É a defesa dos segmentos que sofrem preconceito, que são os mais vulneráveis. E a comissão não pode estar dissociada dessa pauta.

Qual a relevância da comissão, que, nessa discussão, ganhou um espaço que nunca foi dado a ela?

A comissão sempre teve uma importância muito grande. É a casa da democracia, sempre lutou por ela. Tenho confiança no pronunciamento do presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves) de que uma solução será encontrada para que a sociedade passe a contar novamente com a Comissão de Direitos Humanos. Que volte a tê-la a seu lado. E não contra ela. Os homossexuais, os negro, as mulheres, enfim, todos os setores discriminados estão perdendo neste momento. O Brasil é o país da diversidade. E a intolerância não pode ser valorizada na estrutura de poder

A sra. confia em uma solução para esse impasse, diante da radicalização e proporção que a indicação de Feliciano tomou?

Tenho esperança sim. A Câmara sabe disto. E acho que se encontrará uma solução para que ela retome seu objetivo e sua razão de existir, que é a defesa dos que são atacados por manifestações preconceituosas. Esse é o sentido da existência dessa comissão.

O que pode acontecer se essa mudança não vier, e o deputado Feliciano continuar no cargo?

Imagino que haverá um descrédito nas instituições. Haverá um afastamento das instituições dos setores sociais, que estão tendo negado espaço dentro dessa estrutura. São os segmentos atingidos pela violência homofóbica e outras tantas. Faria um apelo, de bom senso, para que o diálogo seja retomado. E faço um apelo ao próprio parlamentar que veio ocupar esse espaço (Marco Feliciano), e a seus aliados, que faça um gesto em direção a esses segmentos, que tem seus direitos ofendidos nesse momento. Quero contestar ideias, jamais desrespeitar outro poder, ou qualquer pessoa ou religiosidade. A minha manifestação é pelos direitos humanos e por aqueles segmentos que precisam ser respeitados nesse momento.

Leia mais sobre esse assunto: 
https://oglobo.globo.com/politica/maria-do-rosario-sociedade-indica-que-nao-justo-que-esta-ocorrendo-7913245#ixzz2OIqognjV

Deputado Jean Wyllys sob ataque



DEPUTADO JEAN WYLLYS SOB ATAQUE

Por Sergio Viula



A trajetória de Jean Wyllys

Jean Wyllys de Matos Santos nasceu em Alagoinha, Bahia, no dia 10 de março de 1974. Ele é jornalista, escritor e mais recentemente político, tendo sido eleito em 2010 para mandato de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro. Seu mandato teve início em fevereiro de 2011.

Jean Wyllys participou e venceu a edição de 2005 do Big Brother Brasil, momento em que gente do país inteiro se deu conta da existência e grandeza desse jornalista, mestrado em Letras e Linguítica pela Universidade Federal da Bahia, professor de Cultura Brasileira e de Teoria da Comunicação na ESPM e na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro

Como educador, Jean ajudou a criar o curso de pós-graduação em Jornalismo e Direitos Humanos da Universidade Jorge Amado, em 2004, em Salvador Bahia.

Ironicamente, Jean Wyllys foi eleito deputado federal com a menor quantidade de votos pelo Rio de Janeiro, ou seja, 13.016 (0,2%) votos válidos, puxado para cima pelo desempenho do deputado federal Chico Alencar, do mesmo partido, que conquistou 240.671 (3%) dos votos. Todavia, em 2012, no Prêmio Congresso em Foco, Jean Wyllys, que vencera com tão poucos votos, era agora eleito pelos internautas O MELHOR DEPUTADO FEDERAL DO BRASIL.

A campanha difamatória contra Jean Wyllys

Jean Wyllys é também o primeiro congressista brasileiro publicamente assumido como homossexual e engajado na promoção de direitos iguais: Os mesmos direitos, com os mesmos nomes, para todas as pessoas. Por causa de sua postura inclusiva e inegociavelmente humanista, além de sua defesa irrestrita à laicidade do Estado brasileiro, o deputado Wyllys vem enfrentando ultimamente uma pesada campanha difamatória por parte de fundamentalistas e oportunistas, autodenominados evangélicos, no parlamento brasileiro.

O mais recente embate foi o posicionamento claro e bem embasado de Jean Wyllys contra a indicação do deputado Marco Feliciano, reconhecidamente homofóbico, com declarações racistas e xenofóbicas em diferentes ocasiões, veiculadas pelo perfil do próprio Feliciano na internet. Depois desse posicionamento, uma série de mentiras passaram as ser vinculadas à imagem do deputado Jean Wyllys, visando desacreditar sua pessoa e seu trabalho. As mentiras espalhadas por esses detratores só demonstram sua desesperada falta de argumentos razoáveis e racionais para defender suas indefensáveis posições.



Marco Feliciano foi enquadrado pela Procuradoria Geral da República na lei que prevê crimes de preconceito de raça ou cor, em ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também é réu em ação penal por estelionato e por ter sido investigado em inquérito por crime de injúria contra uma idosa, como cita denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 30/11/2012.

O procurador-geral quer que o STF instaure a ação penal por discriminação e condene o deputado à pena de prisão e pagamento de multa. A denúncia se refere a um inquérito no STF sob a responsabilidade do ministro Marco Aurélio e cita atos de discriminação contra gays no twitter.

Gurgel entendeu que duas mensagens postadas por Feliciano tinham conteúdo discriminatório e, por isso, fez duas acusações no mesmo processo. Como não existe no Brasil lei que prevê pena por homofobia, o procurador-geral usou a lei que estipula pena de prisão para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Perícia solicitada pelo procurador à Polícia Federal confirmou que as postagens no twitter, de fato, partiram da conta do deputado.

O posicionamento de Jean Wyllys contra a permanência de Marco Feliciano, com esse histórico de violações contra a dignidade humana, não é exclusividade de um deputado que assume sua homoafetividade, mas também de vários outros deputados e deputadas na Câmara Federal.


A resposta de Jean Wyllys às calúnias
Hoje (15/03), Jean Wyllys postou o seguinte em seu perfil no Twitter:

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Jean Wyllys:

1. A onda de difamação contra mim está pesada! Amanhã faço à Polícia Federal uma denúncia formal sobre elas e apontarei os prováveis autores.

2. A nova mentira atribuída a mim e compartilhada por ignorantes, desinformados e por gente da má fé é dizer que falei mal da Bíblia.

3. Sabemos que essas mentiras contra mim são retaliações por causa de minha defesa à CDHM e minha oposição ao pastor racista.

4. Já sabemos que há um "assessor parlamentar" envolvido na orquestração das mentiras contra mim e da difamação nas redes sociais.

5. Tá claro que não é coincidência essas mentiras circularem justo quando estou fazendo oposição à chegada do pastor fundamentalista à CDHM.

6. E tá claro que o fato de Malafaia (amigo de Feliciano) ser um dos difusores das mentiras contra mostra que se trata de retaliação.

7. Mais uma vez, peço a vocês, pessoas de bem e inteligentes de minha TL, que desmintam esses canalhas e não passem adiante esse lixo!

8. Como eu já disse, há quem compartilhe essas mentiras sobre mim por ignorância e estupidez, mas há muitos que o fazem por má fé.

9. Com a denúncia na Delegacia de Crimes Virtuais e na PF, poderei cobrar dos criminosos todo dano à imagem que esses canalhas tão causando.

Se esses canalhas pensam que ficarão impunes, estão enganados! E se pensam que eu vou recuar ou me intimidar, estão mais enganados ainda! :)

Antes de compartilhar algo, procure a fonte real da informação. (ASCOM)

_______________________________________________


E O GRITO CONTINUA:

FORA, FELICIANO!


Fundamentalismo não é brincadeira. Veja e assine essa petição contra a assunção da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por Marco Feliciano: http://migre.me/dvVEw

Não deixe para depois. Assine. Só leva um minuto.



Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.

Leitura refrescante em tempos de fundamentalismo religioso e embates heroicos em prol das liberdades civis. Veja como aqui: 
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