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Mais um ataque homofóbico nas redondezas da Av. Paulista




São Paulo - Um estudante de 27 anos afirmou que ele e um amigo foram vítimas de mais um ataque homofóbico na região da Avenida Paulista, na madrugada de terça-feira, aniversário de São Paulo. Com esse, são pelo menos cinco casos desde 14 de novembro, quando quatro adolescentes e um jovem de 19 anos cometeram agressões na mesma avenida.

Por volta das 4 horas, Fábio (nome fictício) e o amigo caminhavam na Rua Peixoto Gomide, quase na esquina com a Rua Frei Caneca, quando ele levou uma garrafada no olho direito. O estudante conta que não viu os agressores se aproximarem. Ao tomar a garrafada, ouviu o amigo que o acompanhava gritando para que corresse. O outro rapaz levou um soco no peito e notou que um dos agressores tinha a cabeça raspada, outro tinha tatuagens, e que todo o grupo vestia roupas pretas --seriam skinheads.

Fábio é homossexual e mora na zona oeste. Seu marido está na Alemanha, onde se casaram --o país permite a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele diz estar convicto de que o ataque teve motivação homofóbica porque as roupas que usa e a entonação da voz indicariam sua orientação sexual. Ele lamenta o fato e diz não compreender a motivação para agressões gratuitas como as que têm acontecido na região da Paulista. "Não sei se isso é estimulado por comportamento familiar, programas na TV... Não sei interpretar o que acontece na cabeça da pessoa para ter um comportamento desse tipo", afirma.

Após a agressão, Fábio correu para um posto de gasolina com sangramento no olho e no rosto. Foi nesse momento que o estudante teria, pela primeira vez naquele dia, o sentimento de desamparo. Não foi atendido pelos funcionários do posto quando pediu água e um pano para limpar a ferida.

O amigo tentou ligar para a polícia, mas não foi atendido. Fábio então procurou a base móvel da Polícia Militar na Paulista, nas proximidades com a Rua Haddock Lobo. Ele se queixa que os policiais não chamaram reforço para tentar buscar os agressores. "Pelo jeito, pensaram que tinha sido uma briga de balada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

💔 Eles estão sendo caçados e mortos. O mundo precisa saber.


Num relatório da BBC, o ativista pelos direitos gays iraquianos Ali Hilli acredita que o Iraque seja o lugar mais perigoso do mundo para gays, lésbicas e transgêneros, e diz que mesmo durante os anos de Saddam, havia mais liberdade sexual para os cidadãos: http://news.bbc.co.uk/2/hi/video_and_audio/8205653.stm 
(áudio em inglês).


O Aiatolá Ali al-Sistani (foto acima), o mais influente clérigo xiita do Iraque, convocou os fiéis a matarem os homossexuais e muçulmanos sunitas. A convocação foi feita no início desta semana quando o Aiatolá publicou um comunicado em seu site, no qual incita seus seguidores a matar os sunitas e os homossexuais da "maneira mais severa".



Vítimas da violência homofóbica no Iraque


💔 Eles estão sendo caçados e mortos. O mundo precisa saber.

Homens gays estão sendo sistematicamente perseguidos, torturados e assassinados no Iraque — muitas vezes pelas mãos das próprias forças de segurança.


Um relatório divulgado em 17 de agosto de 2009 pela organização internacional Human Rights Watch expôs uma das realidades mais brutais e chocantes enfrentadas hoje pela população LGBT no Oriente Médio. Traduzido por este blog em 28 de agosto, o documento denuncia uma onda de tortura e assassinatos sistemáticos contra homens gays no Iraque — um país mergulhado em violência, mas que ainda encontra tempo para perseguir pessoas por sua orientação sexual.

Segundo o relatório, centenas de gays foram mortos nos últimos meses, inclusive por milicianos e forças de segurança iraquianas que atuam em colaboração com os militares americanos. As denúncias envolvem estupros, espancamentos com cabos, choques elétricos e assassinatos brutais, que muitas vezes são cometidos com total impunidade.

“Os líderes do Iraque devem defender todos os iraquianos, não abandoná-los aos agentes armados do ódio”, declarou Scott Long, diretor do Programa de Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros do Human Rights Watch.

“Fazer vista grossa para a tortura e o assassinato ameaça os direitos de cada iraquiano.”

Um dos relatos presentes no relatório é devastador. Um jovem gay contou:

“Eles vieram à casa dos meus pais um dia depois. Eu estava fora de casa quando isso aconteceu. O filho do vizinho tem o mesmo nome que eu, então eles sequestraram o cara errado. Quando descobriram, deixaram o garoto ir, mas bateram nele violentamente — queriam matá-lo. Eles o torturaram com eletricidade, surraram-no com fios. Ele parecia um frango assado quando chegou em casa.”

Enquanto isso, líderes religiosos jogam mais gasolina na fogueira. O Aiatolá Ali al-Sistani, a mais influente autoridade xiita do país, publicou em seu site um comunicado incitando seus seguidores a matar homossexuais e sunitas “da maneira mais severa possível.”

O ativista iraquiano Ali Hilli, fundador do grupo Iraqi LGBT, afirmou em entrevista à BBC que o Iraque se tornou “o lugar mais perigoso do mundo para gays, lésbicas e pessoas trans”. E completa: "Mesmo durante os anos de Saddam Hussein, havia mais liberdade sexual do que agora."

Os números são aterradores:

  • 87 pessoas LGBT foram assassinadas apenas em 2009 (dados de janeiro a agosto)

  • Mais de 700 desde 2004

  • Pelo menos 48 pessoas foram levadas pela polícia e nunca mais apareceram

📢 Isso é um genocídio silencioso. E o silêncio da comunidade internacional — e de muitos de nós — é cúmplice.


Fora do Armário não vai se calar.

Nossa luta não é apenas por direitos em nossas cidades, mas por vidas LGBTQIAP+ em todas as partes do mundo. A barbárie que acontece no Iraque é um chamado à resistência global. Exigimos ação dos organismos internacionais, pressão diplomática sobre o governo iraquiano e visibilidade para essas vidas que estão sendo apagadas todos os dias.

Nenhuma religião, nenhum governo, nenhum ódio tem o direito de calar o amor.

🕯️ Se puder, compartilhe essa postagem. Quanto mais pessoas souberem, mais difícil será fingir que nada está acontecendo.

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