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SUA INSTITUIÇÃO OU ONG PODE APOIAR O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA: Assine o manifesto da resolução CFP 001/99




Do Site do Conselho Federal de Psicologia:
https://site.cfp.org.br/manifesto-2/




Nota de apoio
Assine o manifesto da resolução CFP 001/99


Estamos colhendo adesões para o manifesto abaixo, interessados em assinar enviar email para livia.davanzo@cfp.org.br

Nós abaixo-assinados vimos a público manifestar apoio à Resolução CFP nº 001/99 e demonstrar indignação ao texto do PDC n° 234/2011 do deputado João Campos (PSDB-GO) que visa sustar artigos da norma e esclarecer o que segue:

1. Cabe destacar que a Resolução do CFP 001/99 é um marco internacional na defesa dos direitos humanos. Ainda no ano de 1970, a American Psychological Association retirou do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) a homossexualidade do rol de transtornos psicológicos. No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Medicina reafirma essa decisão. Seguindo este posicionamento, dentre as organizações internacionais, em 1993, a Organização Mundial de Saúde excluiu a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados com a Saúde (CID 10). Inclusive, o psiquiatra Robert Spitzer, considerado o pai da Psiquiatria Moderna e conhecido pelo apoio ao uso da chamada terapia reparativa para “cura” da homossexualidade, após 11 anos, veio a público pedir desculpas às pessoas LGBT. Entretanto, alguns grupos insistem em tratá-la como patologia propondo formas de cura;

2. A Resolução, editada em 1999, estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, e foi construída no âmbito da regulamentação da Psicologia  (https://site.cfp.org.br/manifesto-2/#) e rapidamente tornou-se referência dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, sendo citada como dispositivo orientador exemplar de garantia de direitos, servindo de referência para outras profissões, para instituições de ensino superior e de pesquisa.

3. Ao tempo em que manifestamos repúdio ao referido PDC, alertamos para a inconstitucionalidade do mesmo, visto que o artigo 49, inciso V, da Constituição Federal autoriza o Poder Legislativo a sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. Nesse sentido, esclarecemos que, como conselho profissional, este não integra o Poder Executivo nem mesmo a administração pública federal, conforme recente decisão do STF (Mandato de Segurança n° 26.150-1). Fica claro, portanto, que o PDC não tem legitimidade para sustar uma resolução do Conselho Federal de Psicologia.

4. Cabe à sociedade brasileira manifestar seu estranhamento ao retrocesso das conquistas sociais expressas neste PDC que, a título de defender o livre exercício profissional, propõe, na verdade, irresponsavelmente, a adoção das supostas terapias de reversão que, além de não possuírem nenhuma base científica, são eticamente inaceitáveis e amplificam o preconceito e a homofobia.

Veja a nota técnica da Organização Panamericana de Saúde (Opas) “Curas para uma doença que não existe”: 
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/11/OPS-TR.pdf

Líder da homofóbica organização Love in Action sai do armário

Na placa: Jesus não é desculpa para o ódio


A Impressionante Confissão do Ativista 'Ex-Gay' John Smid

Tradução Sergio Viula
Para o Blog Fora do Armário (http://www.foradoarmario.net)

Por décadas, John Smid havia sido o líder de Love in Action, o infame ministério "ex-gay" que confiscava as cuecas de clientes se as roupas íntimas parecessem gays demais. O radical ministério baseado na cidade de Memphis também usava um cronômetro no banheiro para garantir que os clientes não se masturbassem durante o banho.
  
De todos os ministérios "ex-gay", esse era o mais parecido com uma seita - com Smid mantendo controle absoluto sobre a vida social de seus clientes, que pagavam uma nota para viver no programa residencial.
 
A gama de controle da mente empregada por Smid para tornar pessoas gays em heterossexuais era impressionante. Em uma entrevista de 1997 com o Memphis Flyer, Smid falou sobre sua própria técnica de negar a realidade: "Estou aquela parede e de repente ela está azul," disse Smid, apontando para uma parede amarela. "Alguém chega e diz: "Não, ela é ouro." Mas eu quero acreditar que aquela parede é azul. Então Deus vem e diz: "Você está certo, John, [aquela parede amarela] é azul." É dessa ajuda que eu preciso. Deus pode me ajudar a fazer aquela parede [amarela] se tornar azul."

Esse alto nível de lavagem cerebral não era raro para os clientes estrela do Love in Action. Por exemplo, Anne Paulk, coautora de Love Won Out (O Amor Venceu), escreveu sobre os jogos mentais que ela jogava para supostamente superar os pensamentos lésbicos: "...Eu começava a experimentar respostas sexuais...Então eu olhava através da janela do carro e dizia algo como: "Puxa, senhor, há uma árvore ali fora! Aquela é verde e tem folhas. Ela tem um casco marrom." Eu fixava minha mente em qualquer coisa que pudesse me distrair...com o tempo, aquele processo me tornou mentalmente disciplinada ao ponto de remover todos os pensamentos lésbicos, ponto." (Eu fotografei o marido dela que foi garoto propaganda num poster "ex-gay" dentro de um bar gay)

É óbvio que tais técnicas podem instilar disciplina para mudar o comportamento sexual temporariamente - mas não a orientação sexual de alguém. Numa impressionante confissão (em inglês) essa semana, Smid disse que alterar a atração sexual de alguém é altamente improvável - de fato, tão improvável que ele alega nunca ter encontrado um único homem ou mulher que tenha se livrado de sua homoafetividade. De acordo com Smid:

Sim, há homossexuais que fizeram mudanças dramáticas em suas vidas enquanto caminharam através do processo de transformação com Jesus. Tenho ouvido estória após estória de mudanças que ocorreram enquanto homens e mulheres encontraram a graça de Deus em suas vidas como pessoas homossexuais. Mas, lamento, esse processo de transformação pode não atingir as expectativas de muitos cristãos. Eu também quero reiterar aqui que a transformação para a vasta maioria dos homossexuais não incluirá mudança de orientação sexual. De fato, eu nunca encontrei um homem que tenha experimentado mudança de homossexual para heterossexual.

Caramba! Se o mito "ex-gay" não funciona nem para Smid, então não funciona para ninguém mais. Afinal, ele tinha uma dedicação incrível, aderiu a uma forma duríssima de fundamentalismo, e reforçou um regime com características de seita sob seu comando. Todavia, depois de anos, ele é confrontado com a desencorajadora realidade de que programas "ex-gay" são programas de marketing da direita religiosa, e não um movimento legítimo.

Desnecessário dizer que deixar o passado completamente para trás não é fácil. Smid ainda está casado com sua esposa e numa jornada para descobrir sua verdade interior. Ele tem um pé na comunidade baseada na realidade e outro num mundo de fantasia. Mas o primeiro passo para deixar sua charada "ex-gay" para trás é admitir que esses programas não funcionam.

Nunca é fácil reconhecer que se está errado, especialmente depois de décadas após décadas de investimento mental, espiritual e financeiro numa grande mentira. Desejo a Smid a melhor sorte em sua contínua evolução e estou feliz que esteja começando a discutir honestamente as limitações dos programas "ex-gay".

O tempo de Smid é maravilhoso, uma vez que candidatos desesperados do Partido Republicano (GOP) estão flertando com a Direita Religiosa discutindo o mito "ex-gay". Por exemplo, no The View (programa da ABC), Herman Cain disse que acreditava que a homossexualidade fosse uma "escolha". O sempre-oponente dos homossexuais Rick Santorum também pulou para o vagão dos "ex-gay" falsamente alegando que existe evidência crível de que as pessoas LGBT podem mudar de gay para heterossexual: "Existem todos os tipos de estudos lá fora que sugerem exatamente o contrário" - declarou Santorum. "E existem pessoas que eram gays, viveram o estilo de vida gay, e não são mais."

Além disso, exsitem aventureiros da ciência como Mark Yarhouse da Regent University que produzem estudos fraudulentos alegando que a mudança de orientação sexual é possível. Eu sugiro veementemente que os promotores dessa política insensível suspendam essa propaganda que já foi longe demais e ouçam Smid.


Mas, obviamente, isso requererá que se coloque as vidas das pessoas à frente das mentiras políticas - então, não espere que isso aconteça muito em breve.
  
Fonte: Truth Wins Out

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


"Em Busca de Mim Mesmo" tem tudo a ver com o que esse texto aborda. Ao traduzir esse material, eu pensava: Como o livro é atual! É de fato uma leitura que todos deviam fazer, especialmente pessoas ligadas à educação, política, movimentos sociais, psicologia e áreas afins. Se estivesse em inglês, enviaria um exemplar para John Smid. Ele vai passar por muito do que eu mesmo passei naquela fase de reconhecimento. 

Leia aqui:

Jovem gay submetido a sessão de 'cura' em Igreja foi eletrocutado, queimado e perfurado

Após meses de tortura, jovem considerou o suicídio, subindo no telhado de casa. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.


Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batistanorte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos.

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT
 (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série deentrevistas sobre a realidade de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto dezenas de milhares de vezes na internet.

Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve.

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.



Depois de meses de tortura, ele disse ter considerado o suicídio, subindo no telhado da casa onde morava. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Cada vez fico mais convicto de que "Em Busca de Mim Mesmo" é leitura obrigatória para todo cidadão, seja gay ou não.


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Ministra das Mulheres da Malasya diz que campo anti-gay viola a lei





21 de abril de 2011


Um campo construído para corrigir comportamento efeminado de meninos muçulmanos em idade escolar viola a lei e deve ser abolido, diz a ministra das mulheres da Malásia. Sessenta e seis garotos estudantes identificados por professores como efeminados começaram a receber aconselhamento essa semana para desencorajá-los de serem gays. Eles estão sendo submetidos a quatro dias de educação religiosa e física. Um oficial de educação disse que o campo foi planejado para guiar os meninos de volta "ao caminho apropriado na vida". Mas a ministra das mulheres, Shahrizat Abdul Jalil, disse que discriminar essas crianças baseado nem aparentes maneirismos femininos era traumático e prejudicial à sua saúde mental.


Fonte: BBC - https://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-13141466

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Enquanto a comunidade LGBT exige apenas respeito e esclarecimento quanto à legitimidade da diversidade sexual e é perseguida por fundamentalistas religiosos que alegam que isso é mera propaganda gay, quando na verdade é apenas uma maneira de valorizar a liberdade individual e os direitos básicos de todos os seres humanos, a Malásia, país islâmico, submete meninos à tortura mental desse tipo de reeducação ou reversão sexual, violando completamente os direitos básicos dessas crianças. Por que esses fundamentalistas que acusam os homossexuais de quererem "homossexualizar" a sociedade - pura calúnia - não protestam contra a violação dos direitos e da dignidade dessas crianças.

Como podem se calar diante de tamanho absurdo? Que bom que essa ministra corajosamente se posicionou contra esse absurdo, mesmo correndo o risco de despertar a ira dos fundamentalistas islâmicos de plantão.

No Brasil, precisamos aprovar o quanto antes leis que garantam os direitos civis da comunidade LGBT. Precisamos nos distanciar o máximo desse tipo de "barbárie" fundamentalista que se esforça para sobreviver ao esclarecimento que há algumas décadas vem abrindo caminho para uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

Escola sem Homofobia já!
Criminalização da Homofobia já!
Todos os direitos civis garantidos aos LGBT já!

O Brasil não pode continuar atrasado. São 500 anos desde a invasão, com todo tipo de massacre e desigualdade sob as bênçãos de um clero desumano e ambicioso e do descaso de políticos omissos, quando não corruptos. Que os políticos atuais demonstrem de forma concreta, na aprovação das leis que não mais podem esperar, que não são herdeiros desse baú de lama que a história testemunha. Que sejam avatares na construção de uma sociedade que reflita na prática a beleza do espírito da Constituição de 1988. São 23 anos esperando a concretização do que a Magna Carta diz em seu Artigo 5º:

"Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;"

Se homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, por que é que os homens e mulheres LGBT cumprem suas obrigações como todos os heterossexuais, mas não desfrutam dos mesmos direitos no que diz respeito à sua própria orientação sexual e identidade de gênero?

Congresso, Senado, Supremo Tribunal e Presidência da República, os senhores compõem o mais alta escalão dos Três Poderes. Cumpram a Constituição. É o mínimo que podemos esperar do poder que emana do próprio povo, que garantam os direitos desse mesmo povo, o que inclui as minorias. É legítimo garantir os direitos da comunidade LGBT no Brasil, assim como se tem feito com os heterossexuais da sociedade brasileira, de um modo geral.

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