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O Tribunal Distrital de Desniansky, em Kiev, reconheceu oficialmente um casal do mesmo sexo como uma família — um marco histórico na Ucrânia.



🌈 Tribunal em Kiev reconhece casal do mesmo sexo
como família pela primeira vez na Ucrânia
 

Fonte: https://www.instagram.com/p/DLsCHCTOFti


O caso envolve Zoryan Kis, diplomata da Embaixada da Ucrânia em Israel, e seu parceiro Tymur Levchuk. Os dois vivem juntos desde 2013 e se casaram nos Estados Unidos em 2021. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano inicialmente se recusou a reconhecer Levchuk como membro da família de Kis, negando-lhe os direitos conjugais para acompanhá-lo em Israel.

Em setembro de 2024, o casal entrou com uma ação judicial. O tribunal baseou sua decisão na Constituição da Ucrânia e nas diretrizes da Corte Europeia de Direitos Humanos, que exige que os países protejam legalmente famílias formadas por casais do mesmo sexo.

Para chegar à decisão, a corte analisou provas como finanças e bens compartilhados, depoimentos de testemunhas, registros de viagens, fotografias, mensagens e outros indícios de uma parceria estável e duradoura. No dia 10 de junho de 2025, o tribunal decidiu que a relação de Kis e Levchuk é equivalente a um casamento e que eles devem ser reconhecidos como uma família segundo a legislação ucraniana.


Zoryan Kis escreveu no Facebook:


“Este é um passo muito importante para a igualdade no casamento na Ucrânia e uma pequena vitória para os diplomatas ucranianos.”

Ele agradeceu ao juiz e afirmou que a decisão valida o amor deles.

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💬 Reações do público nas redes sociais:


@scholastik45: 👏👏👏👏👏

@lola_onice: "O amor é amor. Orgulhosa do meu país 💙💛

@pilates_hub_international: "Sou um homem casado, vivendo atualmente nos EUA. Ler essa notícia aquece meu coração com felicidade e esperança. Nosso país perdeu o rumo, mas sua comunidade continua crescendo como um girassol em direção ao sol."

@eennegenzestig: "Lógico, né? Ainda mais se quiserem entrar na União Europeia."

@chadwick.mickey: "Slava Ukraini 🇺🇦💙💛🏳️‍🌈❤️"

@diana_688: "Vamos láaaaaaaaaaa!"

@linneavillis: "Ótima notícia!"

@ant_sev: "Enquanto a Rússia afunda no fascismo. ❤️❤️❤️"

@robin.machacek: "🏳️‍🌈 Slava Ukraini 🇺🇦 porque a humanidade importa 💪🏼"

@rbtkfl: "W court" (interpretação: vitória no tribunal)

@misfitmaravilla: "Lindo! Sou aliada de Los Angeles. A luta de vocês é a minha luta."

@needfor_spleens: "Vai, Ucrânia 🔥🙌"

@scarletseiya: "Do lado certo da história 💙💛"

@tarotcuzmic: "Por que não reconheceriam? É literalmente uma expressão sexual da nossa espécie como Homo sapiens."

Trump coloca as unhas de fora em atitude chantagista e imperialista jamais vistas no salão oval

Zelensky com Trump 
no Salão a Oval


Trump e a Ucrânia: O Desastre da Reunião no Salão Oval


A reunião entre Donald Trump, JD Vance e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no Salão Oval foi um verdadeiro desastre diplomático. Em vez de uma colaboração em torno da luta contra a invasão russa, o encontro virou um espetáculo de hostilidade, com Trump e Vance descreditando Zelensky e suas ações. A guerra na Ucrânia, que já era uma questão partidária nos Estados Unidos, foi ainda mais politizada, com figuras republicanas se afastando do apoio a Zelensky, principalmente devido à postura de Trump.

Durante a reunião, Trump fez questão de atacar a administração do presidente Barack Obama, sugerindo que a Ucrânia enfrentava desafios devido a uma "falta de ação" do ex-presidente. Ele implicou que Obama falhou em ajudar a Ucrânia de maneira eficaz durante a crise de 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia. Trump ainda usou a retórica de que, se fosse presidente, teria uma postura mais dura contra Putin, insinuando que Obama não fez o suficiente para impedir a invasão russa.

Zelensky, que tem enfrentado um grande desgaste enquanto tenta salvar seu país, se viu confrontado pela postura agressiva de Trump, que parecia mais interessado em atacar a administração Biden do que em apoiar a Ucrânia. Esse evento marcou uma virada no apoio internacional à Ucrânia, com a base republicana alinhando-se cada vez mais com o discurso isolacionista de Trump.

O impacto dessa postura pode ser devastador não apenas para a Ucrânia, mas para os Estados Unidos, que têm se afastado dos valores democráticos ao estreitar laços com autocratas como Putin. O apoio à Ucrânia, uma vez unânime, agora enfrenta crescente resistência dentro do partido republicano, e a interferência russa nas eleições americanas de 2016 continua a ser uma sombra sobre as relações políticas atuais.

Canadá e Europa reagem à descompostura de Trump 

Após o tenso encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, no Salão Oval da Casa Branca, líderes do Canadá e da Europa expressaram forte apoio à Ucrânia. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, reafirmou o compromisso do Canadá em apoiar a Ucrânia diante da agressão russa. 

Líderes europeus também se manifestaram. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, convocou uma cúpula de emergência em Londres para discutir estratégias de apoio à Ucrânia. O presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou a posição da França em apoiar a Ucrânia e condenar a agressão russa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a dignidade e coragem de Zelenskyy, reafirmando o compromisso da UE com a soberania ucraniana. 

Essas reações destacam a solidariedade internacional com a Ucrânia após o confronto diplomático ocorrido no Salão Oval.

Qualquer pessoa minimamente sensata concordará com os líderes canadense e europeus nessa questão.

Trump e seus aliados parecem mais dispostos a colaborar com regimes autocráticos do que a proteger os princípios democráticos que sustentam a ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial. O cenário internacional que se desenha coloca em risco o futuro das relações globais e a segurança mundial.

Lawrence O'Donell comenta como Trump foi humilhado hoje diante de todo o mundo

Lawrence O'Donell comenta como Trump foi humilhado hoje diante de todo o mundo


Lawrence O'Donell


O texto abaixo é uma transcrição do vídeo feito em inglês por Lawerence O'Donell e publicado pela MSNBC em seu canal no YouTube. Veja o que disse esse analista sobre um vexame nunca antes vivenciado por um presidente dos EUA em circunstâncias semelhantes. Trump mentiu diante do presidente da França e foi imediatamente corrigido ao vivo.


Donald Trump fez história hoje, tornando este um dia que será lembrado com infâmia na história presidencial. Hoje, ele rejeitou formalmente a posição que todos os presidentes americanos mantiveram desde que Franklin Delano Roosevelt liderou os Estados Unidos à vitória na Segunda Guerra Mundial: a liderança do Mundo Livre. Roosevelt transformou a presidência nesse papel durante a guerra, e todos os presidentes subsequentes até Trump cumpriram essa responsabilidade, especialmente nas Nações Unidas.

As Nações Unidas nasceram na imaginação do presidente Roosevelt enquanto ele tomava decisões estratégicas essenciais para a vitória na Segunda Guerra. Ele também planejava o período pós-guerra—o que ele chamava de "planejar a paz". Durante a guerra, ele às vezes se referia aos Estados Unidos e seus aliados como as Nações Unidas. Embora ele não tenha vivido para ver sua ideia se concretizar, a organização foi construída com base no seu projeto. Todos os dias, na ONU, o embaixador do presidente americano sempre se posicionou ao lado da liberdade. Os EUA consistentemente votaram com as nações livres do mundo contra regimes opressores.

No século XXI, à medida que Vladimir Putin transformava a Rússia novamente em uma ditadura, a liderança americana no Mundo Livre significava enfrentar a agressão russa. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, exatamente três anos atrás, a ONU aprovou seis resoluções condenando a invasão. Em todas as votações, os Estados Unidos se posicionaram ao lado do Mundo Livre—até hoje. Pela primeira vez na história, os EUA não defenderam a liberdade na ONU. Em vez disso, votaram com o ditador contra o Mundo Livre. Donald Trump ficou ao lado de Vladimir Putin nas Nações Unidas.

A partir de hoje, se há um líder do Mundo Livre, ele não é mais o presidente dos Estados Unidos. Esse papel pode agora pertencer ao presidente da França, Emmanuel Macron, que teve um papel crucial neste momento histórico. Trump se tornou o primeiro presidente americano a ser publicamente interrompido e corrigido por um aliado—enquanto mentia sobre esse próprio aliado.

O General Charles de Gaulle, presidente da França após a Segunda Guerra Mundial, era conhecido por seu ego imenso. Até Winston Churchill e Roosevelt tiveram que lidar com sua forte personalidade com cautela, evitando discordâncias públicas com ele. Macron, por outro lado, é um dos presidentes franceses menos egocêntricos da história. No entanto, hoje, foi o presidente francês de temperamento tranquilo que precisou interromper o presidente americano arrogante e corrigi-lo de uma forma que nenhum outro presidente dos EUA jamais foi corrigido por um chefe de Estado.

Trump repetiu uma falsa alegação comum sobre a ajuda europeia à Ucrânia, dizendo que a Europa apenas empresta dinheiro para a Ucrânia, enquanto os EUA fazem doações diretas. Macron o corrigiu imediatamente, explicando que a Europa pagou 60% de todo o esforço de ajuda e congelou ativos russos no valor de 230 bilhões de euros, que não eram garantias de empréstimos. Macron até segurou o braço de Trump para impedir fisicamente que ele continuasse espalhando desinformação. No entanto, a resposta de Trump foi simplesmente repetir a mesma mentira.

No dia em que Trump oficialmente rebaixou a presidência dos EUA ao seu ponto mais baixo no cenário internacional—não apenas renunciando à liderança do Mundo Livre na ONU, mas ativamente se posicionando contra ele—ele também foi humilhado no Salão Oval. Nenhum presidente anterior seria tão patológico a ponto de contar uma mentira tão facilmente desmentível na frente da própria pessoa sobre quem estava mentindo, e nenhum presidente anterior seria tão tolo a ponto de tentar.

Como escreveu o historiador Timothy Snyder, a divisão política atual é entre realidade e irrealidade. Trump constantemente representa a irrealidade, e seus seguidores permanecem presos nessa ilusão. Eles são imunes à realidade—mesmo quando o presidente da França expõe diretamente as mentiras de Trump no palco mundial.

Os apoiadores de Trump nunca reconhecerão o que aconteceu hoje no Salão Oval. E mesmo se vissem, não entenderiam. Trump sabe disso, e é por isso que, mesmo depois de ser desmascarado, ele simplesmente repete a mentira novamente.

No final do dia, o presidente Macron chegou a ir à Fox News para tentar alcançar os seguidores de Trump. Ele alertou que qualquer acordo de paz com a Rússia deve incluir garantias reais de segurança para a Ucrânia e para a Europa. Enquanto isso, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell—que antes apoiava Trump em tudo—emitiu uma rara repreensão. Ele condenou qualquer tentativa de minimizar o papel da Rússia como agressora, chamando isso de um "erro grosseiro de julgamento e de compreensão da negociação e da influência".

Durante uma coletiva de imprensa conjunta com Macron, Trump também cometeu uma gafe embaraçosa sobre comércio. Ele criticou antigos acordos dos EUA com Canadá e México, perguntando: “Quem assinaria algo assim?” A ironia é que o acordo que ele criticava era o mesmo que ele havia assinado quando estava no cargo.

Dois presidentes humilharam Donald Trump hoje. O primeiro foi o presidente da França. O segundo foi o presidente dos Estados Unidos.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resumiu a importância deste momento:

“Esta guerra tem um significado profundo. É uma luta pela independência, como tantas nações já enfrentaram. Aqueles que lutam sobrevivem. Aqueles que se rendem são apagados pela história. E nós, ucranianos, existimos—e sempre existiremos.”

Ucrânia e os direitos LGBTQ+: uma luta dentro e fora do campo de batalha


Ucrânia e os direitos LGBTQ+: uma luta dentro e fora do campo de batalha

Por Sergio Viula 


Desde o início da invasão russa em 2022, a LGBTQ+fobia tem sido usada como ferramenta de propaganda por Moscou. O governo de Vladimir Putin e seus aliados tentam justificar a guerra alegando que a Ucrânia representa uma ameaça aos "valores tradicionais" russos. No entanto, longe dessa narrativa distorcida, a realidade é que a sociedade ucraniana tem avançado significativamente em direção à aceitação e aos direitos das pessoas LGBTQ+.

Se conseguir garantir sua soberania, a Ucrânia pode se tornar um dos países mais progressistas da Europa nesse sentido.

O discurso de ódio como arma de guerra

Logo nos primeiros meses da invasão, o líder da Igreja Ortodoxa Russa, Patriarca Kirill, declarou que a Rússia estava lutando contra a Ucrânia porque os moradores de Donetsk "não querem Paradas do Orgulho impostas pelo Ocidente". Mais recentemente, em 2024, o governador de São Petersburgo afirmou que os soldados russos estavam defendendo o país contra uma suposta "neutralidade de gênero" nas escolas ucranianas – uma alegação sem qualquer fundamento.

Essa retórica não é nova. A Rússia há anos criminaliza e reprime qualquer manifestação de diversidade sexual e de gênero. Em 2023, a Suprema Corte russa classificou o suposto "movimento LGBT internacional" como extremista, colocando-o na mesma categoria de grupos terroristas como o ISIS e a Al-Qaeda. Também proibiu totalmente a transição de gênero, ignorando recomendações médicas e a autonomia individual das pessoas trans. Agora, planeja criar um banco de dados de cidadãos LGBTQ+, o que pode levar a perseguições ainda mais severas.

A resistência LGBTQ+ na Ucrânia

Enquanto a Rússia intensifica sua repressão, a Ucrânia trilha um caminho oposto. Desde a Revolução da Dignidade, em 2014, a sociedade ucraniana passou por mudanças significativas. O governo adotou políticas contra a discriminação, e a aceitação social das pessoas LGBTQ+ cresceu de forma impressionante.

Em 2023, pesquisas mostravam que 58% da população ucraniana tinha uma visão neutra ou positiva sobre a comunidade LGBTQ+. Em 2024, esse índice ultrapassou os 70%. O presidente Volodymyr Zelensky também se comprometeu a legalizar a união civil para casais do mesmo sexo.

Outro marco dessa transformação é a presença de pessoas LGBTQ+ no exército ucraniano. Embora ainda enfrentem desafios dentro das forças armadas, sua participação ativa na defesa do país tem contribuído para mudar percepções e ampliar a aceitação dentro da sociedade.

Curiosamente, um dos fatores que impulsionaram essa mudança foi o próprio discurso da Rússia. O fato de a LGBTQ+fobia ser usada como justificativa para a guerra fez com que muitos ucranianos passassem a enxergar a diversidade sexual e de gênero de forma mais positiva – afinal, se a Rússia é contra, então deve haver algo de errado com essa mentalidade repressiva.

A ocupação russa e o perigo real para a comunidade LGBTQ+

Nas regiões ucranianas sob ocupação russa, o cenário é drasticamente diferente. Relatos indicam que soldados russos têm perseguido deliberadamente pessoas LGBTQ+ e que a repressão contra essa população tem se intensificado. Para essas pessoas, vencer a guerra e retomar os territórios ocupados não é apenas uma questão de patriotismo, mas de sobrevivência.

Diante desse contexto, é crucial que a comunidade internacional continue apoiando a Ucrânia em sua luta não apenas pela soberania, mas pelos direitos humanos. A resistência ucraniana não é apenas militar – é também uma luta pela liberdade, pela diversidade e pela construção de um país mais inclusivo.

A história está sendo escrita agora, e as próximas páginas podem transformar a Ucrânia em um símbolo de progresso para toda a Europa.

Ucrânia celebra Orgulho LGBT pela primeira vez dois anos depois da invasão russa




Pela primeira vez desde a invasão das forças russas há dois anos, a comunidade LGBTQ+ da Ucrânia celebrou o Orgulho com uma marcha na capital, Kiev.

No domingo, algumas centenas de pessoas marcharam pelas ruas de Kiev, entoando slogans como "Faça a Rússia pagar" e "glória aos heróis." No entanto, a marcha foi interrompida pouco após o início, com as autoridades suspendendo o evento por questões de segurança dos participantes. "Enfrentamos sempre uma grande oposição e violência ao tentar organizar eventos do Orgulho. Muitos homofóbicos acreditam que os gays não deveriam ter direitos na Ucrânia," disse Robert Lutsenko, organizador do Kiev Pride, ao The Guardian. Ele destacou que a polícia alertou os manifestantes sobre possíveis ataques de grupos de extrema-direita. "Diariamente, enfrentamos opiniões homofóbicas e protestos contra nosso modo de vida." Eventos do Orgulho já foram atacados antes: em 2015, 10 participantes ficaram feridos após serem agredidos por contra-manifestantes. Este ano, os participantes também temiam possíveis ataques do exército russo.

O Ukraine Pride trabalhou em estreita colaboração com as autoridades locais para garantir a segurança dos participantes, e o local do evento não foi divulgado publicamente, sendo informado apenas aos envolvidos poucas horas antes. Os manifestantes aproveitaram a ocasião para reivindicar direitos ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e uma lei de crimes de ódio inclusiva para a comunidade LGBTQ+. Atualmente, a igualdade no casamento não é reconhecida na Ucrânia, que também não possui uma legislação nacional que proíba totalmente a discriminação com base na identidade LGBTQ+. "Direitos básicos como proteção contra crimes de ódio ainda são inalcançáveis," afirmou Lutsenko. "Mas este Orgulho é um símbolo de nossa resistência. Estamos aqui para mostrar que permanecemos fortes, que o amor e a solidariedade podem prosperar mesmo nos tempos mais difíceis."




Fonte da foto: 
https://www.lgbtqnation.com/2024/06/ukraine-just-held-its-first-pride-event-in-years-despite-russias-continued-invasion/ 

Fonte da foto:
https://www.lgbtqnation.com/2024/06/ukraine-just-held-its-first-pride-event-in-years-despite-russias-continued-invasion/





A guerra da Rússia contra a Ucrânia e a hipocrisia dos que não condenam as ações de Putin

 

A invasão russa já dura quase um ano e três meses



Por Sergio Viula

24 de abril de 2023


Quando eu condeno Vladimir Putin  pela invasão à Ucrânia e seus crimes de guerra, costumo ouvir muito chororô por parte das viúvas de Stalin, outro genocida que matou diretamente ou levou à morte milhões de habitantes da falecida Uniâo das Repúblicas Socialistas Soviéticas.  Não eram unidas, não se comportavam como repúblcias, nunca foram socialistas no sentido real do termo e nem se enquadravam como soviéticas literalmente, porque "sovietes" era o nome dado aos conselhos de trabalhadores originados na Rússia, que foram incorporados como funcionários do governo, perdendo a capacidade de se opor a ele sob qualquer circunstância. Os sovietes perderam sua função original, tornando-se parte da engrenagem ditatorial estatal. Marx deve ter batido cabelo dentro do túmulo de decepção e indignação com tudo isso. 

Fato é que, geralmente, essas nostálgicas amantes de ditadores assassinos de seu próprio povo, como foram Stalin e agora Putin, que também mata um povo vizinho, independente e pacífico, falam muito sobre os americanos quando me ouvem condenar tais crimes, como se eu não condenasse igualmente as desgraças que os EUA já fizeram e ainda fazem por aí. O que mais me diverte na tolice das colocações que fazem tentando minimizar o que jamais poderá ser justificado ou normalizado, especialmente no tocante à invasão da Ucrânia, é que esses desafetos dos dos EUA não deixam de comprar, nem mesmo por um dia sequer, os produtos que financiam os imperialistas do lado de cá do meridiano de Greenwich. 

Explico: 

Uma das maiores violências que os EUA e parte da Europa cometem é despejarem incessantemente o lixo produzido pelas indústrias de alimentos, de fármacos, de roupas e de eletrônicos em solo africano. Os africanos de vários países diferentes não aguentam mais tamanha violência, que, entre outras coisas, se constitui numa das mais cruéis e estratégicas formas de invasão e de envenenamento sistemático das riquezas naturais e das populações africanas. 

Uma das melhores matérias feitas sobre isso foi pelo Intercept (em inglês), cujo link eu vou colocar abaixo. Mas, existe uma outra só sobre eletrônicos feita pela BBC, em português, que eu também vou linkar aqui. 

Toda vez que você pensar em desviar a atenção dos crimes de guerra cometidos por Vladimir Putin, citando os EUA, lembre-se que você faz parte da engrenagem de destruição destes últimos e deixe de ser hipócrita. Você provavelmente nunca deixou de comprar o que eles vendem e muito mais provavelmente ainda nunca os pressionou a mudar o modo como obtém a matéria-prima dos seus produtinhos favoritos em solo estrangeiro e como descartam o lixo gerado por essa cadeia de produção e consumo quando já não servem ao propósito de aumentar o seu idolatrado capital. 

A César o que é de César - Putin fora da Ucrânia e julgado por crimes de guerra; os EUA e a Europa pressionados a mudar suas políticas de produção e descarte que causam mais dano do que muitas guerras recentes.

E você, viúva nostálgica de ditadores assassinos, vai aprender o que significa a ética de fazer aos outros o que você espera que eles façam a você. Ela não é religiosa, diga-se de passagem. Foi apenas apropriada por alguns monges escritores que a colocaram na boca de um dos maiores ícones da cultura pop de todos os tempos.


#putinnacadeia

#PutinIsaWarCriminal

#putincriminosodeguerra


LINKS:


BBC: 

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160109_lixao_eletronicos_ab

The Intercept:

https://theintercept.com/2020/04/19/africa-plastic-waste-kenya-ethiopia/

Ucrânia: Por que devemos condenar o ataque de Putin?

Ucrânia: Por que devemos condenar 
o ataque de Putin?














Assista esse vídeo e pense comigo. 
Mais do que notícia, um alerta!

                  

JUNTE-SE A ESSE CLAMOR (UCRÂNIA)

Organizadores do Orgulho LGBT 
espancados nas ruas de Kiev, Ucrânia © Reuters


Queridos Amigos,

Acabei de assinar uma petição para que o presidente do parlamento ucraniano, Volodymyr Lytvyn, impeça um projeto de lei anti-gay que teve sua primeira votação nesta terça-feira. Essa terrível lei torna crime o ato de ler, escrever, blogar ou dar qualquer declaração que apoie os direitos LGBT na Ucrânia. O presidente do parlamento tem o poder de impedir essa lei em sua próxima leitura, e já demonstrou preocupação a esse respeito.

Por favor, adicione seu nome a essa carta, solcitando que o presidente do parlamento ucraniano, Volodymyr Lytvyn, impeça essa absurda lei anti-gay e interrompa o alastramento do sentimento anti-gay por toda a Ucrânia.

ASSINE AQUI:
www.allout.org/ukraine_gag 

REPRESSÃO NA UCRÂNIA: AJA AGORA

ATUALIZANDO AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS REFERENTES À UCRÂNIA


(06/07/12 - Sexta-feira)


A ALL OUT ENVIOU AS SEGUINTES NOVIDADES SOBRE O CASO:


A lei 8711, proposta na Ucrânia que discriminava gays foi arquivada por enquanto. Por causa dos esforços dos membros da All Out ao redor do mundo que assinaram, ligaram, twittaram, compartilharam e ficaram ao lado dos ativistas ucranianos, o projeto-de-lei que silenciaria milhões foi arquivado e - esperamos - derrotado.
Nossos contatos locais estão nos dizendo que a lei poderia ser colocada em pauta novamente em setembro, mas que esta seria a última chance da lei ser aprovada antes de expirar. E da próxima vez, teremos que erguer nossas vozes de novo. Sem o elemento surpresa, as forças por trás dessa lei anti-gay não conseguirão fazê-la ir adiante facilmente. Mas precisamos estar preparados.



REPRESSÃO NA UCRÂNIA: AJA AGORA
Colabore ainda mais: Assine e compartilhe em sua rede social.


87.494 pessoas apoiam esta campanha. Ajude a gente a alcançar 150.000
O legislativo da Ucrânia está prestes a votar um novo projeto de lei que criminalizará a demonstração de homossexualismo em público. O Presidente Viktor Yanukovych tem poder de vetar a lei, mas optou pelo silêncio em relação ao crescente sentimento homofóbico.

Ele afirma que uma nova aliança com a União Europeia é sua prioridade. Enquanto os oficiais do governo se preparam para um encontro coma uma delegação europeia sobre direitos humanos nesta sexta-feira, é o momento de finalmente trazer este assunto à tona e forçar o Presidente Yanukovych a se posicionar contra essa lei.Faça um apelo ao Presidente Yanukovych para que condene essa lei antes da reunião de sexta-feira. Toda manifestação de oposição fará muita diferença.


Oi, amigo


Acabei de assinar uma petição para o Presidente ucraniano Viktor Yanukovych, pedindo que vete o projeto de lei homofóbica que está no Parlamento. Essa lei ultrajante fará com que seja crime ler, escrever, blogar ou declarar qualquer tipo de apoio aos direitos homossexuais na Ucrânia.

Na semana passada, milhões de pessoas de todo o mundo viram a foto de Svyatoslav, o organizador da parada do Orgulho Gay na Ucrânia, que sofreu uma agressão selvagem, apesar de o evento ter sido cancelado. A líder do partido da oposição da Ucrânia está presa por ordem do atual governo. Nós somos capazes de criar a exposição internacional necessária para concentrar a atenção diretamente sobre o desaparecimento dos direitos humanos na Ucrânia. Quando os direitos humanos começam a sofrer abusos, o primeiro grupo que se torna alvo é, geralmente, o LGBT.

Assine esta petição, pedindo ao Presidente ucraniano Viktor Yanukovych para vetar esta lei homofóbica absurda e impedir que se espalhe o sentimento anti-gay na Ucrânia.

www.allout.org/pt/ukraine

All Out: Pressione o Presidente da Ucrânia contra a aprovação de leis anti-gays

Ativista gay espancado por neo-nazistas depois do cancelamento 
da Parada Gay em Kiev, Ucrânia
Imagem © Reuters


O legislativo ucraniano está para votar um novo projeto de lei que torna ilegal ser publicamente gay ou lésbica. O presidente Viktor Yanukovych tem o poder de barrar essa lei, mas tem escolhido ficar calado sobre o crescente sentimento anti-gay.

É hora de finalmente trazer esse assunto à luz e forçar o presidente Yanukovych a falar contra essas leis.

A lei ucraniana que torna ilegal ser publicamente gay ou lésbica se conecta a um contexto de crescente discriminação e repressão contra a comunidade LGBTQ+ em várias partes do mundo. Em alguns países, como a Ucrânia, propostas de leis que criminalizam a identidade sexual ou de gênero de pessoas LGBTQ+ podem ser motivadas por um sentimento de conservadorismo, e muitas vezes essas ações são apoiadas por uma maior parte da sociedade ou grupos políticos, ignorando os direitos humanos fundamentais das pessoas.

Na Ucrânia, o movimento All Out tem sido um defensor ativo contra esses projetos de lei, tentando mobilizar pessoas de todo o mundo para pressionar os governos a reverter essas atitudes. All Out é uma organização internacional que se dedica a defender os direitos da comunidade LGBTQ+ por meio de campanhas de ação online, mobilizações políticas e trabalho de advocacy. A campanha que você mencionou provavelmente faz parte de um esforço da organização para que as vozes internacionais sejam ouvidas, especialmente pedindo ao presidente Viktor Yanukovych que se posicione publicamente contra a proposta de criminalização da homossexualidade e outras formas de discriminação.

Por que pressionar o presidente Yanukovych é importante?

Poder de veto: Como você mencionou, Yanukovych tem o poder de vetar essa proposta de lei. Sua posição é crucial para impedir que ela avance.

Visibilidade internacional: O apoio público de líderes internacionais, organizações de direitos humanos e ativistas pode influenciar as decisões políticas internas. A pressão externa muitas vezes se torna uma ferramenta importante para conscientizar e ajudar a mudar a direção de políticas governamentais.

Defesa dos direitos humanos: A criminalização da identidade sexual é uma violação clara dos direitos humanos, e campanhas como a de All Out buscam lembrar aos líderes mundiais a necessidade de proteção e respeito para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O que pode ser feito?

Assinar petições: Participar de campanhas de assinatura como a de All Out e compartilhar essas campanhas nas redes sociais pode aumentar o número de pessoas que pressionam os líderes a agir.
Apoiar organizações de direitos humanos: Além de All Out, apoiar outras organizações que atuam no combate à homofobia e à discriminação contra pessoas LGBTQ+ também é fundamental.

Disseminar informações: Ao informar e educar as pessoas sobre o impacto dessas leis e suas consequências, podemos aumentar a conscientização global sobre as violações aos direitos LGBTQ+.

O envolvimento da comunidade internacional é crucial para apoiar as pessoas afetadas por essas leis opressivas e lutar contra um ambiente de crescente intolerância.

Atualização em 01/02/2025: O link para a petição não está mais disponível. 

Como está a situação das pessoas LGBT na Ucrânia depois da invasão russa em 2022?

A situação dos direitos LGBTQ+ na Ucrânia, especialmente após a invasão russa em fevereiro de 2022, tornou-se ainda mais complexa e desafiadora. O conflito tem gerado uma série de impactos diretos e indiretos sobre a comunidade LGBTQ+ na Ucrânia, especialmente em um contexto de guerra, onde os direitos humanos geralmente enfrentam uma ameaça maior.

Impactos da invasão russa na comunidade LGBTQ+ ucraniana:

Aumento da vulnerabilidade: A guerra criou um ambiente de maior vulnerabilidade para a comunidade LGBTQ+, que já enfrentava discriminação e exclusão social em vários aspectos da vida cotidiana. A guerra exacerbou a necessidade de proteção e apoio, com muitas pessoas LGBTQ+ enfrentando maiores dificuldades para acessar serviços de saúde, abrigos seguros e apoio psicológico.

Deslocamento forçado: Muitas pessoas LGBTQ+ tiveram que fugir de suas casas devido aos conflitos. A comunidade LGBTQ+ é particularmente vulnerável durante deslocamentos forçados, pois podem ser alvo de violência tanto de militares russos quanto de outras facções ou grupos dentro da Ucrânia, que têm atitudes conservadoras e hostis à diversidade sexual e de gênero.

Exposição a ataques e violência sexual: 

Com a invasão e a guerra em andamento, as pessoas LGBTQ+ também se tornaram alvo de violência sexual e física. A situação da segurança é instável, e o governo ucraniano, apesar de algumas iniciativas para garantir os direitos das pessoas LGBTQ+, enfrenta desafios enormes para proteger essas comunidades em um cenário de guerra.

Mudanças nas prioridades governamentais: Após a invasão, a Ucrânia concentrou muitos de seus recursos e esforços na defesa contra a Rússia, o que acabou desviando a atenção das questões internas, como os direitos LGBTQ+. Embora o governo tenha feito progressos nas últimas décadas na promoção dos direitos humanos, o conflito impôs desafios para continuar esse trabalho com a mesma intensidade.

Apoio internacional e a resposta de grupos LGBTQ+: A comunidade internacional tem se mobilizado para apoiar a Ucrânia na luta contra a invasão russa, e organizações de direitos humanos, incluindo grupos LGBTQ+, têm enfatizado a necessidade de proteger as pessoas afetadas pela guerra. Embora os esforços estejam em andamento, muitas organizações estão tendo que operar em condições muito difíceis e com recursos limitados.

Situação legal e política

Antes da invasão russa, a Ucrânia já estava em um processo de melhoria dos direitos LGBTQ+, especialmente com a realização de marchas do Orgulho e com a adoção de algumas leis contra a discriminação. Contudo, a guerra fez com que o foco do governo mudasse para a segurança e sobrevivência do país, e algumas iniciativas voltadas para os direitos LGBTQ+ passaram a ser deixadas de lado.

Embora as leis que criminalizam a homossexualidade não tenham sido introduzidas oficialmente na Ucrânia, a sociedade ucraniana em sua maioria ainda é bastante conservadora, e a homofobia e transfobia permanecem um desafio significativo. A situação dos direitos LGBTQ+ na Rússia, com a adoção de leis extremamente restritivas contra a "propaganda gay", também impacta diretamente as pessoas que se identificam como LGBTQ+ em territórios ocupados pela Rússia.

O papel das ONGs e da comunidade internacional

As organizações de direitos humanos, como All Out e outras, continuam a apoiar a comunidade LGBTQ+ ucraniana, tanto dentro da Ucrânia quanto entre os refugiados em outros países. Elas fornecem suporte legal, psicológico, médico e de abrigo. Além disso, pressionam a comunidade internacional e o governo ucraniano a garantir que os direitos das pessoas LGBTQ+ sejam protegidos mesmo em tempos de guerra.

Infelizmente, a situação das pessoas LGBTQ+ na Ucrânia após a invasão russa tornou-se ainda mais difícil devido aos desafios do conflito armado, aumento da vulnerabilidade, e prioridades de segurança que deixam os direitos humanos, incluindo os direitos LGBTQ+, mais expostos à negligência. No entanto, há um movimento contínuo de solidariedade e apoio internacional para proteger e apoiar essas comunidades.

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