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A TV BAR fechou e o Rio ficou mais cinza

 Por Sergio Viula


A TV Bar costumava ter uns painéis divertidos onde as pessoas podiam tirar fotos.  Essa aqui nós tiramos em 2016.



Foi com muita tristeza que recebemos a notícia de que a querida TV Bar, localizada em Copacabana, Rio de Janeiro, encerrou suas atividades nesse angustiante ano de 2020. 

A pandemia já teria feito estrago demais matando pessoas, mas ela foi além: Matou sonhos, silenciou lugares onde a alegria e o companheirismo se abraçavam.

A TV Bar foi, sem dúvida, um desses lugares. 

Dentre as preciosas lembranças que tenho desse lugar acolhedor, encontram-se várias com meu amado Andre. Nosso primeiro final de semana juntos no Rio incluiu uma noite inteira saboreando o som e os drinks servidos ali. A decoração, um misto de vintage com modernidade, o espaço aconchegante, a música maravilhosa e com clipes projetados nos monitores ao redor do extenso balcão do bar, que sempre servia bebida e simpatia no mesmo drink pelos vários e atenciosos bartenders - tudo conspirava para amarmos cada minuto passado ali dentro. 

Destaque aqui para os banheiros que desconheciam gênero. Homens e mulheres podiam utilizá-los sem qualquer preoconceito e sem qualquer importunação por quem quer que fosse - funcionários ou frequentadores.

Nossa primeira vez juntos na TV Bar foi acompanhada de uma ida ao Arpoador (tem uma foto no vídeo abaixo) para ver o nascer do sol, seguido de um café da manhã na Starbucks de Ipanema, bem na esquina com a Farme de Amoedo. 

Naquela noite, encontramos também o querido Jean Wyllys. Apresentei o Andre a ele, que muito simpático disse: "Cuide bem dessa joia que você tem nas mãos agora." Jean se referia a mim - o que me deixou surpreso e lisonjeado ao mesmo tempo. Faz tempo que nutro admiração muito especial pelo querido Jean e sinto o mesmo vindo dele. Andre ficou admirado com a gentileza e o carinho daquele 'profeta do humanismo e da diversidade'. Logo em seguida, eu comentei que eu também tinha encontrado uma jóia. ^^ E, acreditem, nesses quase cinco anos de relacionamento agora, temos cada vez mais certeza disso um sobre o outro.

Foram muitos momentos especiais na TV. A bus party da Smirnoff foi um dos highlights, mas não foi o único. Confira as fotos aqui: Smirnoff Bus Party - TV Bar. (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/11/o-marido-sugeriu-e-eu-aderi-bus-party.html)


Despedimo-nos da TV Bar com gratidão e muita tristeza por sabermos que não poderemos mais curtir a alegria e tranquilidade daquele espaço.




Não podia deixar de colocar aqui as palavras dos próprios administradores da TV Bar, publicadas ontem, dia 16/09/2020 no Facebook e em outras redes sociais:


Foram 10 anos de sobrevivência, resistência, acolhimento e muito trabalho para poder inovar e renovar a noite Carioca. Quebramos paradigmas, fomos caretas, fomos ousados.

Erramos e acertamos muitas vezes. Sempre com extravagancia e tesão no que se apresentou para o público. Foram 10 anos de pinta, close e álcool, muito álcool. Nosso trabalho sempre teve amor na veia.

Com a pandemia, fomos paralisados. E como que um susto, tudo parou. Umas das áreas mais afetadas foi a do entretenimento.

Então, comunicamos oficialmente, que nossa pinta, encerra por aqui. Pois, entendemos que nossa atividade, só vai ser bom se AGLOMERAR.

Paramos porque nossa atividade, ainda não está autorizada OFICIALMENTE a funcionar, somado a um desgoverno, sem apoio para pequenas empresas, e assim como muitos, fomos obrigados a fechar nossas portas.

Agradecemos de coração todo carinho que recebemos nesses 10 anos de atividade, apoio dos nossos clientes e amigos, toda galera que fez nosso som, nossa equipe maravilhosa, nossos gerentes que em 90% do tempo eram nossos braços, olhos e pernas.

Somos gratos por ter vivido 10 anos intensamente. Obrigado a todos que fizeram parte dessa família TV BAR, mas a partir de hoje, seremos o TV BAR que marcou 10 anos na historia da noite LGBTQI+ da cidade ainda maravilhosa que é o nosso Rio de Janeiro.

Grato pelo apoio de todos.
Ficamos por aqui. Um beijo

TV BAR E BOATE
( 2009 - 2020 )
Greg - Felipe - Ronaldo

Faltam dois dias: minha teimosia em planejar o futuro, apesar de tudo

Por Sergio Viula




Por Sergio Viula

Hoje é quarta-feira, e eu sempre gostei das quartas-feiras. Talvez seja pela sensação de que, quando ela chega, já vivi metade da semana, mas ainda me resta metade dela para viver. 

Fico pensando se não é porque tenho a sensação de “realizado” e “realizável” ao mesmo tempo, ou seja, a metade que ficou para trás significa trabalho feito, emoções vividas, novas memórias registradas, enquanto a metade que está adiante significa possibilidades, coisas que poderão ser feitas do mesmo jeito ou de um modo totalmente diferente, tempo livre no final de semana, entre outras coisas. 

Essa quarta-feira, especificamente, se torna ainda mais significativa por ser a antevéspera do meu aniversário esse ano. Porém, se por um lado eu projeto o depois de amanhã, por outro, não sei sequer se terei amanhã. 

Nossa teimosia em planejar o futuro

Nosso irresistível impulso de  antecipar o futuro, planejá-lo ou organizá-lo [até mesmo de sofrê-lo ou gozá-lo], quando ele ainda nem existe de fato parece ser uma característica exclusiva do bicho humano. 

Não que outros animais não se antecipem ao porvir de alguma forma. Formigas acumulam comida, guaxinins e esquilos também. Mas será que suas mentes são capazes de raciocínios elaborados sobre o minuto seguinte? Talvez, sim. Talvez, não. De qualquer modo, até o presente momento, tudo indica que fora da nossa espécie, não há bicho capaz de projeções tão ricas em detalhes como as que a nossa imaginação é capaz de realizar, principalmente porque aliamos a ela a capacidade de operar logicamente e de fazer toda espécie de cálculo em quadros hipotéticos, os mais variados – coisa que só se tornou possível, em grande parte, graças à nossa evolução linguística. 

E se quisermos indicativos de como operamos essas projeções cotidianamente, basta darmos uma olhada na lavanderia ou na cozinha. Lavar a roupa que usaremos amanhã é evidência suficiente do que digo aqui. A dispensa na cozinha também. E isso para não mencionar agendas encadernadas ou virtuais, uma vez que nem todo mundo mantém uma. 

E disso às projeções como onde nosso planeta estará daqui a 100 milhões de anos, é só uma questão de especialização. Desculpem o redutor “só” nessa frase. Afinal, é um baita salto que nenhuma espécie conhecida foi capaz de dar até agora, mas vocês devem ter entendido o que quis dizer.

De qualquer modo, é curiosíssimo que até mesmo aqueles indivíduos que sabem perfeitamente não ter controle fático sobre a vida continuem projetando e planejando, sofrendo e gozando dias que ainda nem nasceram, como é o meu caso. 

Perspectiva + perspicácia + prudência = previdência.

Essa vontade de colocar alguma ordem no caos obstinado do jogo das probabilidades que caracteriza a [nossa] vida nos confere mais do que alguma sensação de segurança, mesmo que ilusória – ela possibilita a identificação ou construção de possíveis saídas de emergência quando as coisas complicarem para o nosso lado. 

Marsupial da espécie Dasyuroides byrnei - por Spencer, 1896 – Kowari


Boas lições nos vêm da própria natureza 

Os marsupiais da espécie Dasyuroides byrnei parecem ser bons em evitar futuros riscos desnecessários. Eles constroem tocas com diversas entradas – o que previne seu encurralamento por predadores que eventualmente decidam fazer-lhes uma visitinha inesperada. Na contramão dessa lógica, bichos que fazem suas tocas com apenas uma entrada acabarão ficando sem saída quando alguma cobra faminta na vizinhança decidir ir às compras.

Quando relaxar?

Por isso, planejo, mesmo sabendo que as coisas podem não sair como eu esperava. Porém, essa verdade tem outro lado também, isto é, planejo muito, mas depois de fazer tudo o que podia, eu relaxo. E o faço sem desperdiçar meu tempo ou energia pedindo ajuda a amigos imaginários.

Nada de orações, preces, rezas, mandingas, correntes, simpatias ou quaisquer coisas do gênero. O que faço é ficar atento ao que acontece ao meu redor e às oportunidades de última hora que possam ser aproveitadas, minimizando o impacto do jogo momentaneamente desfavorável para mim. E não confundir nada disso com oportunismo do tipo que tira vantagem dos outros em prejuízo deles. Não. Pouca coisa me dá mais prazer do que não dever nada a ninguém, exceto o respeito que caracteriza qualquer cidadão com um mínimo de civilidade.

E relaxar foi exatamente o que fiz dentro de um avião da TAM na ponte aérea Rio-SP em 3 de junho de 2014, quando um desafortunado urubu, que voava bem diante dele em seus últimos segundos de vida, foi aspirado, inutilizando i

turbina completamente. Eu estava sentado na cadeira ao lado dela. Vi quando o equipamento sofreu o impacto, parando imediatamente. Mantive a serenidade, sabendo que nada havia que eu pudesse fazer, exceto manter o cinto afivelado e prestar atenção à possível máscara de oxigênio que poderia despencar diante de mim a qualquer momento, caso houvesse despressurização. Relembrei as instruções da aeromoça sobre como usar o assento como boia, caso houvesse aterrissagem sobre a água.

Fora isso, eu não tinha nada mais a fazer. Só havia uma pessoa capaz de resolver o problema: o piloto. Ninguém mais. E como eu não estava de posse do manche, felizmente, só me restava aguardar. 

Então, me recostei à poltrona e relaxei, só lamentando que, se eu morresse, não poderia beijar meus filhos de novo. Só pensava no futuro deles, mas não me deixei dominar por essa ideia. Na época, ainda não conhecia o Andre, meu amor. Se já o tivesse conhecido, isso acrescentaria outras preocupações à minha mente. 

Quanto à possibilidade de queda, eu provavelmente não sentiria coisa alguma, nem saberia que tinha morrido depois que isso acontecesse. Seria apenas como uma TV que se desliga quando alguém puxa o fio da tomada. 

Enquanto os passageiros ao meu redor quase morreram de um ataque cardíaco absolutamente inútil e desnecessário, o piloto manobrou o avião e fez o caminho de volta ao Galeão. 

Se ele tivesse fracassado, você não estaria lendo esse texto agora. Se eu tivesse infartado, mesmo com o avião estando a salvo no solo, também não. Ver tantas pessoas que acreditam em vida melhor após a morte se comportando tão desesperadamente diante da possibilidade de ficarem finalmente livres de um mundo que elas geralmente desprezam, seja em maior ou menor grau, acabou sendo um experimento em tempo real com duas conclusões distintas para mim: 

1. Esse pessoal que acredita em mundos pós-morte e seres espirituais não leva tudo isso tão a sério quanto alega.

2. Ateus de fato continuam ateus, mesmo em aviões que ameacem cair.


A cara que eu estou fazendo por dentro agora.


Faz diferença?

E que diferença faria isso se tivéssemos morrido? Nenhuma. 

Mas, faz muita diferença enquanto vivemos. Falo por mim mesmo. Repito: não falo em nome de ninguém. Porém, sei muito bem como é viver acreditando em um monte de bobagens, sempre niilistas em alguma medida, uma vez que negam o mundo, a vida e o corpo. E faz mais de 17 anos agora que sei como é viver livre de quaisquer superstições, principalmente aquelas baseadas em supostos livros sagrados, cuja ignorância e imoralidade ficam patentes aos olhos atentos de leitores capazes de pensar sem medo. 

A vida é curta, mas será melhor vivida na medida em que sua raridade e transitoriedade nos motivarem a aproveitá-la ao máximo em vez de adiarmos nossa felicidade para mundos tão improváveis quanto o Olimpo dos gregos, o Valhala dos vikings, ou o Sekhet-Aaru dos egípcios. A obsolescência dos paraísos desses povos aparentemente contrastante com a suposta validade dos paraísos cridos por muitos atualmente é só uma questão de tempo, mesmo que leve muito tempo. 

O ser humano troca de deuses e de sistemas de recompensa continuamente. Quem sabe um dia, ele cresça de uma vez e deixe essas infantilidades para trás? Quem viver, verá. ^^ 

Eu quero chegar aos 90 pelo menos, mas vivendo bem cada dia. Já estou praticamente a “seis minutos” nesse segundo tempo. Então, bola pra frente! 

A uma semana de completar um novo ano

Por Sergio Viula

E dá-lhe trabalho online!


Fossem estes dias comuns como costumavam ser, o mês de maio teria começado da forma mais gostosa possível - com um feriado nacional em plena sexta-feira! Porém, esse ano não teve nada de comum até agora, especialmente desde a segunda quinzena de março. A primeira morte foi registrada precisamente no dia 16 de março. Era um homem de 62 anos. Ele deu entrada no hospital no dia 10 e morreu no dia 16 em São Paulo. 

De 16 de março até agora, 6.434 pessoas morreram de complicações ocasionadas pelo coronavírus.

O número de infectados chegou a 92.630 pessoas até esse sábado de manhã. 38.039 se recuperaram. 

Porém, excluídos os mortos e os recuperados, temos ainda 48.157 pessoas que não sabem ainda se vão viver ou se vão morrer neste exato momento.

Há quem estime que até amanhã (domingo), o número de mortos chegará a 10 mil. Depois disso, se as coisas continuarem como estão, o crescimento deverá escalar. Por isso, há governadores e prefeitos endurecendo as medidas de isolamento. Estão certíssimos!

Por causa dessa conjuntura de crise gravíssima, meu aniversário, que será no dia 08 de maio, sexta-feira que vem, será comemorado sem qualquer aglomeração. Só eu e Andre. Nem meus pais me verão, exceto por videoconferência. E o mesmo vale para os meus filhos.

Devido a uma sugestão de minha amiga Hellowa Corrêa, estou pensando seriamente em fazer uma live comemorativa com as pessoas que desejarem participar. Divulgarei o link para a videoconferência no meu perfil do Facebook. Devo fazer isso na sexta-feira, à noite, porque Andre terá que trabalhar durante o dia.

Tenho trabalhado muito online. Não saio de casa para nada. A última vez que saí foi apenas para ir ao mercado. Isso foi no dia 26/04. Eu havia ficado duas semanas sem sair de casa para nada antes disso e agora já faz praticamente uma semana que não ponho o pé fora de casa. Quando fui ao mercado, fui de máscara e municiado de álcool gel. Uma vez em casa a sequência é sempre a seguinte: roupa no cesto, banho, higienização de todos os itens antes de irem para o armário ou para a geladeira, mãos lavadas com água e sabão, e só depois disso, o sonhado relaxamento.

É inacreditável ver que muita gente ainda defende o indefensável e apoia o senhor dos absurdos em seu picadeiro palaciano ou nas adjacências da Praça dos Três Poderes. Sinto uma vergonha alheia sem tamanho. 

Acreditem, se as pessoas que defendem o indefensável e apoiam o senhor dos absurdos tivessem de si mesmas um décimo da vergonha que sinto delas por serem indivíduos providos de cérebro que agem como se fossem descerebrados, elas certamente abandonariam o discurso que as nivela tão rasteiramente. 

Pelo jeito, não têm.

Mas. apesar de todos esses aí, amanhã há de ser um novo dia para esse sofrido planeta, quer vivamos ou morramos. Mas eu prefiro viver - e viver sem esse vírus ou quaisquer outros.

Coronavirus: Meu oitavo dia de quarentena



Por Sergio Viula



Sabe-se que o novo Coronavírus é altamente contagioso, além de ser potencialmente mortal para muitas pessoas. A saída, portanto, é não sair de casa e manter o corpo limpo, especialmente as mãos. Água e sabão são suficientes. Álcool em gel para momentos em que lavar as mãos não for uma possibilidade. 

A verdade é que enquanto os médicos contabilizam os mortos, o mundo assiste horrorizado ao progresso da epidemia. 

Alguns zombam. Não é nenhuma surpresa - idiotas sempre debocharam da morte até que ela os calasse pelos mesmos motivos dos quais zombavam até expirarem. 

Felizmente para todos nós, um exército de profssionais têm laborado sem descanso para estancar a epidemia, socorrer os já infectados, enterrar os mortos, e encontrar algum remédio para combater os sintomas. Experimentos para a produção de uma vacina avançam, mas não a teremos em semanas. Isso leva tempo e precisa levar mesmo para que a vacina seja segura e eficaz.

De onde vem isso?

Vírus e outras ameaças microscópicas podem comprometer nosso bem-estar, podendo dar fim à nossa vida e sociedade. Mas que ninguém pense que se trata de alguma catástrofe apocalíptica ou coisa assim. Vírus e outros patógenos geralmente se encontram em outros animais para além do ser humano. Dadas as condições favoráveis à sua migração, eles podem infectar qualquer infeliz que entre em contato com seus vetores ou com o ambiente por onde tais patógenos possam se espalhar. Isso é o bastante para começar uma epidemia e posteriormente se tornar uma pandemia. Não há deuses ou demônios por trás disso, assim como não há deuses ou demônios que possam nos livrar de tais coisas. A solução advém dos conhecimentos científicos que já acumulamos ou de que sejamos capazes de desenvolver. Isso, aliado à nossa capacidade tecnológica e administrativa, faz toda a diferença.

E nesse sentido, ninguém deu maior lição de competência do que a China até agora. Os chineses zeraram novas infecções em seu território e seguem atendendo com a maior eficácia possível já infectados. Agora, eles estão enviando médicos e insumos hospitalares para outros países em situação de crise. 

Tomara que orientais ou ocidentais, setentrionais ou meridionais, encontrem logo um remédio ou vacina contra mais esse vírus. Outros virão. Nossa vitória contra os vírus será definitiva no dia em que os cientistas descobrirem uma fraqueza comum a todos eles. É difícil, mas provavelmente existe alguma. 

Meus passatempos

Em meio ao pandemônio gerado por essa pandemia, passei a ocupar meu tempo com os afazeres domésticos mais do que nunca: Maratonas através da programação do Netflix, do GloboPlay e do  Amazon Prime ajudaram muito 

Só hoje, encerramos uma série (Elite - 3 temporadas), que havíamos começado a ver durante a semana, e ainda completamos os quatro episódios da belíssima série "Madam C.J. Walder", a primeira mulher americana a se tornar milionária por seus próprios esforços. E essa primeira mulher era negra! A série, baseada no livro "On her own ground", escrito por A'lelia Bundles, é uma lição de vida. Os destaques são para a inteligência, para a coragem e a persistência daquela mulher negra - história real ambientada no ínicio do século 20. Recomendo muitíssimo!

Estou parado, ele não

A quarentena não acabou, mas Andre terá que trabalhar amanhã. Ele está trabalhando em escala especial. Fica mais em casa do que vai ao trabalho agora. Contudo, o risco é sempre maior para quem se locomove e ainda atende dezenas, às vezes, centenas de pessoas por dia trabalhado. Esse é o caso dele e de seus colegas de trabalho.

Meus pais correm maior risco de morte se forem infectados. Meu pai é cardíaco e minha mãe está em remissão de câncer. Para não expô-los, só temos nos falado por telefone, WhatsApp e videoconferência. Ontem, fizemos compras para eles. Assim, não precisaram sair de casa.

Aproveitando o tempo livre, estou fazendo um curso online para aperfeiçoamento profissional, enquanto aguardo instruções dos meus patrões sobre como vamos lidar com nossos alunos depois de 30 de março, último dia de recesso até segunda ordem. Já nos disseram que o prazo poderá ser prorrogado, uma vez que a epidemia continua avançando.

Vale lembrar

Vinagre não destrói o vírus. Bebidas quentes também não fazem a menor diferença. Quando se diz que o vírus morre em temperatras altas, isso é apenas uma boa notícia para quem precisa esterilizar utensílios e equipamentos. Água e sabão são suficientes para higienizar o corpo, os objetos e a casa. Quer mais dicas, leia essa matéria do Fantástico (https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/03/15/manual-da-limpeza-como-se-proteger-do-coronavirus-no-dia-a-dia.ghtmlsobre como higienizar suas coisas em tempos de Coronavírus.

Meu conselho, se me permitem, é que usem seu tempo de forma criativa e segura. A epidemia vai passar, mas precisamos sobreviver até o dia seguinte. Siga as orientações das autoridades médicas e sanitárias. Não brinque com sua vida nem com a vida de outras pessoas. 

E que fique a lição: Não deixe para depois a realização dos seus sonhos. Para muitos, o sonho é simplesmente viver autenticamente. Aproveito para lembrar que se por um lado, sair de casa não pode, por outro lado, sair do armário é sempre uma possibilidade.

Quando a epidemia passar, aproveite a chance renovada de viver, e VIVA!


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