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Lésbica violentada com uma escova de banheiro, e assassinada

África do Sul: Lésbica violentada com uma escova de banheiro, e assassinada

Enquanto o Presidente dos EUA Barack Obama visitava a África do Sul, uma jovem lésbica foi brutalmente violentada, assassinada e lançada na periferia de Joanesburgo.


01 julho de 2013
BY DAN LITTAUER

TRADUÇÃO: SERGIO VIULA



Duduzile Zozo


Uma mulher lésbica foi brutalmente violentada com uma escova de banheiro e assassinada no que se acredita ter sido um crime de ódio em Ekurhuleni, África do Sul.

O corpo seminu de Duduzile Zozo, 26 anos de idade, foi encontrado em Thokoza, Ekurhuleni, uma região na periferia de Joanesburgo, na manhã de domingo, reportou o Daily Sun.

Ativistas LGBT têm conclamado o governo da África do Sul a agir agora contra o crime de ódio e pediu ao Presidente dos EUA Barack Obama, que está visitando o país, para levantar o tema dos crimes de ódio contra pessoas homossexuais.De acordo com a polícia, o corpo de Zozo foi encontrado com uma escova de banheiro enfiada em sua vagina.

A inconsolável mãe de Zozo, Thuziwe Zozo, disse ao jornal que suspeita que sua filha tenha sido assassinada por causa de sua sexualidade.

"Ela era lésbica, mas nunca teve problemas antes. As pessoas a amavam e a admiravam," disse ela.

Num de seus últimos posts no Facebook na sexta-feira, ela escreveu: ‘No final, só nos arrependemos dos riscos que não corremos, do relacionamento que tivemos medo de manter, e das decisões que esperamos por tempo demais para tomar...’A polícia declarou que está investigando depoimentos de que Zozo foi vista numa taverna no sábado à noite.

O Capitão de Polícia Godfrey Maditsi pediu que o público "compareça com qualquer informação que possa ajudar a colocar os responsáveis atrás das grades."

Thulisle Msiza, Diretora do Ekurhuleni LGBTI, disse ao Mambaonline: "Parece que as lésbicas não podem ir a lugar algum."

"Não podemos ser nós mesmas. Temos que nos esconder, de outro modo somos mortas. Temos que ficar de portas fechadas - como animais enjaulados."

‘É como se estivéssemos vivendo na era do apartheid de novo e os homossexuais estivessem sendo oprimidos.’

A prefeitura local tem notado o aumento de ataques brutais contra mulheres lésbicas.Em abril, o corpo da lésbica assumida Patricia Mashigo (36), mãe de dois filhos, foi jogado na região de Daveyton township, depois de aparentemente ter sido apedrejada até a morte.

O Departamento de Justiça e Desenvolvimento Constitucional (DOJCD) possui uma força-tarefa há dois anos cujo objetivo é "encarar a violência contra pessoas LGBTI tem sido duramente criticado por estar fazendo muito pouco para combater os crescentes crimes de ódio no país".

Apesar de numa declaração o DOJCD ter afirmado seu compromisso com a igualdade e em "criar impacto", Eugene Brockman do Gay Flag of South Africa disse: ‘É muito vago sobre quando eles vão fazer as coisas. Eles tiveram dois anos para faze-las.’

A organização Junior Equality Mayema of People Against Suffering Oppression and Poverty (PASSOP) disse ao Gay Star News: ‘Essa mulher foi morta de uma maneira hedionda, brutal e tenebrosa apenas por causa de sua sexualidade.

"O governo tem que estar aberto ao diálogo com os líderes culturais e religiosos desse país sobre direitos LGBT, de modo que a incitação ao ódio que motiva tais crimes, seja detida.""Estou desapontado que o Presidente dos EUA Barack Obama não tenha levantado o tópico dos direitos LGBT durante sua visita à África do Sul; talvez ele não esteja bem informado do que está acontecendo aqui."

"Religião, costumes e cultura estão cheios de homofobia, o que também infesta a polícia.""Todos esses problemas têm que ser abordados antes que mais pessoas morram por causa de tais crimes hediondos que assolam a África do Sul.’



Veja mais em: http://www.gaystarnews.com/article/south-africa-lesbian-brutally-murdered-and-raped-toilet-brush010713#sthash.gQMfysGh.iZdKtoE5.dpuf

Machismo, um híbrido de violência e ignorância





Machismo, um híbrido de violência e ignorância

Publicado pela primeira vez quando este blog ainda estava na UOL.
Por Sergio Viula



Que o machismo se baseia em e promove mais violência já é conhecido historicamente. Mais recentemente, essa mentalidade reduzida e redutora se apresentou claramente no comportamento dos criminosos de classe média que espancaram uma empregada doméstica na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro). Eles se especializaram em bater em mulheres. Faziam isso por "esporte". Entretanto, a violência contra a mulher, que ocorre no lar, é tão revoltante e humilhante quanto aquela sofrida por aquela pobre mulher, com um diferencial inquietante: fica no anonimato na maioria das vezes e ocorre diariamente.

Além da revolta que eu senti quando tomei conhecimento do caso pela TV, fiquei espantado com a ignorância e o preconceito que a justificativa esfarrapada deles revelava: "Pensávamos que fosse uma prostituta."

Como é que gente de classe média, cursando universidade, pode dizer uma imbecilidade dessas? Pensar que o fato de uma mulher ser prostituta lhes dá o direito de agredir, espancar e/ou matar? E o pior é que eles disseram isso provavelmente pensando qu a sociedade acolheria a explicação. Algo como: "Ah, sim, vocês pensaram que fosse uma prostituta?! Então, tudo bem... Foi só um engano." Será que a gente tem cara de babaca ou são eles mesmos que são burros?

Infelizmente, isso é comum em machistas agressores de mulheres tanto quanto em machistas agressores de homossexuais, mais conhecidos como homofóbicos. Esse tipo de violência, porém, é a ponta de um iceberg cuja estrutura fica quase totalmente oculta em meio à rotina de uma sociedade que se entrega à naturalização de uma dominação silenciosa, mas cruel.

A dominação masculina encontra reunidas todas as condições para seu pleno exercício. A primazia universalmente concedida aos homens é claramente percebida nas estruturas, baseadas em uma divisão sexual do trabalho, que confere aos homens a melhor parte. Os próprios hábitos sociais moldados por tais condições acabam funcionando como matrizes das percepções, dos pensamentos e das ações de todos os membros da sociedade. As mulheres, por sua vez, não conseguem escapar totalmente desses esquemas de pensamento que são produtos da incorporação dessas relações de poder e que se expressam em seu comportamento passivo e submisso - não natural, mas condicionado por todo esse esquema social.

Nesse aspecto é perigosíssimo o papel da religião na sociedade, especialmente o cristianismo. Não preciso inventar. Caso alguém duvide do que estou dizendo, vou citar algumas "pérolas" machistas que a Bíblia, sem o menor pudor, apresenta contra as mulheres. Infelizmente, elas mesmas nem percebem a armadilha e acabam sendo a maioria dentre os que lotam os templos e alimentam esse sistema opressor. A Bíblia perpetua a divisão sexual (e iníqua) da sociedade. Veja você mesmo:

1. O mito do início do mundo. Adão culpa a mulher: "A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi." (Gênesis 3:12) A mulher é responsabilizada por todos os males do mundo.

2. O homem se sente no direito de dominá-la, porque Deus mesmo disse: "Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará." (Gênesis 3:16 - grifo meu) Aqui o machismo e o patriarcado (o governo dos homens) inventa sua auto-justificativa áurea.

3. Um dos provérbios mais usados nas igrejas para falar da mulher perfeita é o da mulher virtuosa (Provérbios 31:10-31). Mas o seu conteúdo é todo de subserviência ao marido, trabalho doméstico e atendimento às necessidades dos filhos. É a popularmente conhecida "Amélia, a mulher de verdade". É a "burra de carga".

4. Quando Ló ofereceu suas filhas virgens para favores sexuais aos homens de Sodoma, ele não sofreu nenhuma punição. Sua mulher, porém, apenas pelo fato de ter olhado para trás quando saía da cidade, virou estátua de sal. Mais um mito que coloca as mulheres abaixo de qualquer nível de dignidade. Sorte das filhas de Ló que os homens não as quiseram. (Gênesis 19:6-8; 25,26)

5. O desprezo pela relação amorosa, como se a mulher fosse coisa impura é nítido nas palavra do apóstolo Paulo - o mais proeminente dos apóstolos: "Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas por causa da impureza, cada um tenha sua própria esposa." (I Coríntios 7:1,2). A esposa é apenas um objeto destinado ao uso do homem para que ele não se entregue à prostituição.

6. Veja a hierarquia da dominação explicitamente defendida por Paulo. Ele diz que Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça do homem, o homem é o cabeça da mulher. (Conferir I Coríntios 11:3) e a mulher... sifu!

7. Outra pérola paulina: "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido como ao Senhor, porque o marido é o cabeça da mulher..." (Efésios 5:22,23)

8. Paulo instrui Timóteo, seu mais fiel discípulo, dizendo: "A mulher aprenda em silêncio, com toda submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio." (I Timóteo 2:11,12) E, logo em seguida, vem o mito do Éden para justificar (I Timóteo 2:11,12)

9. Mas Pedro também não perde tempo: "Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido..." (I Pedro 3:1)

10. Quando João quer representar o sistema pervertido desse mundo (na visão cristã, diga-se de passagem), ele utiliza a figura de uma mulher montada numa besta, ou seja, num animal. Ele associa essa mulher à prostituição, à blasfêmia, às abominações, à morte dos santos cristãos, ao anticristo, etc. (Conferir Apocalipse 17:1-18)

Não é de admirar que o machismo tenha sido alimentado por tantos anos com conteúdos religiosos, além de outros. Mulher, dizem os pregadores baseados na Bíblia, é ajudadora do homem. Ela existe para servi-lo. Ora, a prostituta é simplesmente aquela mulher que leva essa submissão servil às últimas consequências, colocando-se diante de um homem para atender aos seus caprichos mais excêntricos. E é por isso que esses criminosos que agrediram a empregada doméstica se sentiam no direito de espancar prostitutas - antes de mais nada, mulheres.

Por isso, toda a sociedade (homens inteligentes e livres das amarras do machismo, e mulheres inteligentes e autônomas) deve exigir:

a) Rigor nos julgamentos de crimes contra as mulheres;

b) Rigor nos julgamentos de crimes contra os homossexuais;

c) Rigor nos julgamentos de crimes contra as crianças.

Fora o machismo e o patriarcado. Ser homem não é ser o oposto de ser mulher. Essa divisão não é natural. Ela foi construída histórica e socialmente. Homens e mulheres são diferentes, mas não opostos. Entre os próprios homens há enormes diferenças, bem como entre as mulheres. É tolice querer hierarquizar a sociedade com base no sexo de cada um. Igualdade e respeito são as bases de qualquer sociedade equilibrada e saudável.

Mãe avisou jovens sobre riscos de crimes homofóbicos em Camaçari

Mãe avisou jovens sobre riscos de crimes homofóbicos em Camaçari

Uma semana antes de ser assassinada a tiros ao lado na namorada, Maiara de Jesus, 22 anos, enviou para o celular do pai, o soldador Jorge de Jesus, uma mensagem de despedida

27.08.2012 


Foto: Acervo Pessoal




Namoradas receberam ameaças por SMS


Ronney Argolo
ronney.argolo@redebahia.com.br

Uma semana antes de ser assassinada a tiros ao lado na namorada, Maiara de Jesus, 22 anos, enviou para o celular do pai, o soldador Jorge de Jesus, uma mensagem incomum. “Às vezes, por coisas sem sentido, acabamos perdendo pessoas importantes. Às vezes erramos, às vezes arriscamos e somos felizes. (...) O destino reserva para todos os humanos uma certeza: a morte. No dia em que eu deixar de existir, lembre-se de que parti feliz, porque tive a oportunidade de ter tido uma pessoa como você”, afirmou ela, via celular.

Para Jorge, o texto hoje soa como uma premenitória despedida. “É como se ela soubesse que algo ia acontecer”, interpreta.

Maiara foi assassinada em Camaçari, no final da noite de sexta-feira, quando voltava do camelódromo onde trabalha com a namorada Laís Fernanda dos Santos, 25 anos. Dois homens passaram em uma moto atiraram três vezes contra Laís - atingida no tórax e na cabeça - e uma vez contra Maiara, na cabeça.

Saudade Sem encontrar uma explicação para a morte da filha, a mãe de Laís, Josefa Pereira dos Santos, conhecida como Dete, deixa transparecer toda a tristeza ao entrar no quarto onde o jovem casal vivia, nos fundos da casa de uma vizinha.

Ontem, encontrou sobre a cama roupas ainda por passar e, nas estantes, retratos com imagens de bons momentos de Laís e Maiara. “Elas eram o meu pé e a minha mão. As duas muito carinhosas, viviam me abraçando. Maiara me conquistou e eu tinha um amor de mãe por ela. Laís tem dois irmãos homens e era minha única filha. Não consigo parar de pensar nem em uma, nem na outra. Mas sei que nada vai trazer elas de volta”, lamenta Dete.

Ela trabalha junto com a filha e a nora no camelódromo. Todos os dias, às 7h30, acordava as duas. Laís e Maiara cuidavam da barraca pela manhã e Dete fazia o almoço. Levava a comida ao meio-dia e ficava por lá. Enquanto Maiara era a melhor vendedora, Laís ajudava com o controle do estoque. No final do dia, eram as jovens que fechavam o caixa.

Sonhos

Antes do crime, Maiara aguardava a resposta de uma entrevista de emprego numa loja em Camaçari. Laís queria concluir o supletivo noturno para “vencer na vida”. Preferia trabalhar do que estudar e já acompanhava a mãe no camelódromo desde os 7 anos.
“Ela ia fazer uma tatuagem no tornozelo com a frase ‘Dete, eu te amo’. Escrevia isso nos relógios, nos diários, nas pulseiras, em todos os lugares. Ela era muito próxima de minha mãe, gostava muito dela”, conta o irmão de Laís, Luiz Fernando Santos, 23 anos.

Família

Assim como entre os familiares de Laís, o casal tinha boa relação com a família de Maiara, que saiu de Dias D`ávila aos 18 anos. No última Dia dos Pais, 12 de agosto, Jorge de Jesus conheceu a mulher com quem a filha vivia há cerca de dois meses e assim soube que a filha era gay.

“Eu gostei da garota. Disse a Maiara que a amava acima de tudo e que a aceitava”, lembra. Maiara não contou para a mãe, evangélica, por medo da reação. “Ela disse que ia falar, mas não teve tempo pra isso”, lamenta Jorge.

Faltou tempo também para as famílias se conhecerem. Jorge já tinha combinado um encontro, por telefone, com o empilhador Enedil Nunes dos Santos, pai de Laís. Eles falaram sobre a relação das filhas e chegaram a marcar uma reunião familiar para setembro. “Todos em minha casa estão muito chocados. Tenho mais dois filhos e tenho que dar suporte a eles”, conclui.

Mãe avisou filha sobre possíveis ataques homofóbicos


A delegada titular de Homicídios da Região Metropolitana, Maria Tereza dos Santos, reafirmou ontem que a investigação segue por duas linhas, sem, no entanto, sivulgar quais linhas seriam estas. Ela não acredita na homofobia como motivação do crime, mas a família não descarta.

“As pessoas têm preconceito aqui. Desde que os gêmeos foram agredidos por serem confundidos com gays que eu falava para Laís tomar cuidado”, lembra Josefa dos Santos, mãe de Laís Fernanda. A agressão a que ela se refere ocorreu em junho, contra os irmãos José Leonardo e José Leandro da Silva, de 22 anos. Leonardo morreu.
Josefa não acredita que o ex-namorado da filha, Luciano Pereira, o Bubu, de 24 anos,tenha participação no crime, que poderia ter sido motivado por ciúme. “O namoro acabou numa boa. Ele foi para o enterro, me apoiou. Não faria isso”, afirma.

Outros familiares e amigos das vítimas também defendem o rapaz. “Não sei o que aconteceu. As duas eram muito queridas. Mas o Bubu está sendo acusado sem provas”, disse Ana Cláudia Fernandes, amiga e vizinha das vítimas.

Violência no limite - Marta Suplicy



"Violência no limite"


Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo do dia 4/8/2012:
 
"Ele foi atropelado na Paulista, assaltado no Butantã, alvejado no Cambuci, espancado no centro e acabou morto por engano pela polícia." Ninguém explicitou de forma tão clara e dura o que vivem hoje os cidadãos paulistanos do que Angeli, em sua genial charge, no dia 27 de julho ("Opinião").
 
São os assaltos a restaurantes, os assassinatos de pessoas que não devem nada à comunidade, os prédios inteiros barbarizados, a quadrilha de jovens da classe média roubando e fazendo sequestros-relâmpagos para comprar roupas de grife e ter dinheiro para a balada... Além da violência no trânsito, as mortes causadas por motoristas embriagados e os gays atacados por homofóbicos na avenida mais emblemática da cidade.
 
Nesse conturbado panorama, a CPMI que investiga a violência contra as mulheres traz dados estarrecedores do desleixo e da falta de infraestrutura com que o mais rico Estado brasileiro trata a mulher.
 
O Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari, mostrou que São Paulo é o Estado que teve mais casos de mulheres assassinadas no Brasil em 2010 (foram 663 vítimas).

Os números assustam e a questão continua desprezada. A Lei Maria da Penha, que completará seis anos no próximo dia 7, assim como em outros Estados, carece de implementação adequada por falta de recursos e de funcionários preparados. O pouco que tem vem da União. Inquéritos são devolvidos às delegacias, pois, de tão malfeitos, não podem ser aceitos pelo Ministério Público.
 
Repetindo: os homens morrem nas ruas e as mulheres morrem e são agredidas em suas casas.

Quanto aos homossexuais, pesquisa publicada pela Folha ("Cotidiano", 23/7) traz uma surpresa, quando indica a família e os vizinhos em primeiro lugar como os mais violentos contra gays.
 
O número de 62% dos ataques feitos por conhecidos mostra uma sociedade ainda preconceituosa e com muita dificuldade em aceitar o diferente. Mas, evidencia também, o descaso governamental com a educação nas escolas, que falham no ensino ao respeito à diversidade sexual.
 
O ignorar da questão acaba não influenciando a diminuição do preconceito e da violência familiar contra gays. Também não inibe os ataques virulentos contra homossexuais nas ruas de São Paulo.
 
Os desafios são grandes. De solução mais rápida, pois depende de decisão política e coragem, são os bandidos (vide exemplo do Rio, que, numa situação que parecia insolúvel, conseguiu grandes avanços).
 
Muito pode ser obtido com determinação, parceria federal, criatividade e investimento em inteligência. Mulheres e gays ainda vão esperar mais um pouco, pois a cultura machista e o preconceito exigem mais esforço e tempo. Mas não tem volta, chegaremos lá.
 

Foto: Reprodução

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