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Estudo da Universidade de Columbia: Indivíduos LGB vivendo em comunidades anti-gay morrem cedo

14 de fevereiro de 2014
Contato: Stephanie Berger
sb2247@columbia.edu
212-305-4372
Columbia University's Mailman School of Public Health
Indivíduos LGB vivendo em comunidades anti-gay morrem cedo
Expectativa de vida mais curta em 12 anos em média para indivíduos LGB em comunidades com alto estigma em comparação com aquelas com baixo estigma
12 de fevereiro de 2014 - No primeiro estudo a olhar as consequências de preconceito anti-gay para em relação à mortalidade, pesquisadores da Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Columbia*, descobriu que pessoas lésbicas, gays e bissexuais (LGB) que vivem em comunidades com altos níveis de preconceito anti-gay têm uma expectativa de vida mais curta em 12 anos em média se comparada a de seus companheiros nas comunidades menos preconceituosas. "Os resultados desse estudo sugere uma ampliação das consequências do preconceito para incluir a morte prematura," observou o principal autor do estudo, Mark Hatzenbuehler, PhD, professor assistente de Ciências Sócio-médicas. O estudo encontra-se online no jornal Social Science & Medicine.
"Nossos resultados indicam que minorias sexuais vivendo em comunidades com níveis mais altos de preconceito morrem mais cedo do que minorias sexuais vivendo em comunidades com baixos índices de preconceito, e que esses efeitos são independentes de outros fatores de risco de morte, incluindo renda familiar, educação, gênero, etinicidade e idade,, assim como a renda média e o nível de educação de residentes em comunidades onde os participantes viviam," disse o Dr. Hatzenbuehler. "De fato, nossos resultados para o preconceito eram comparáveis às diferenças em expectativa de vida que foram observadas entre indivíduos com ou sem educação secundária."
Para examinar a relação entre preconceito e mortalidade, os pesquisadores construíram uma medida que capturasse a média do nível de preconceito em comunidades onde indivíduos LGB viviam, começando em 1988, usando informação sobre atitudes preconceituosas do General Social Survey (Pesquisa Social Geral), uma das fontes primárias de informações de indicadores sociais em ciências sociais. Essa informação sobre orientação sexual e preconceito e níveis de preconceito comunitário foi então conectada à longitudinalidade para informações sobre mortalidade através do Índice Nacional de Óbito (National Death Index), ao longo de 2008. Assim, os autores puderam examinar se o risco de mortalidade diferia para indivíduos LGB que viviam em comunidades caracterizadas por altos versus baixos níveis de preconceito. Ao final do estudo, 92% dos participantes LGB vivendo em comunidades com baixos níveis de preconceito ainda estavam vivos; em contraste, somente 78% dos participantes LGB vivendo em comunidades com altos níveis de preconceito continuavam vivos.
Os autores também descobriam que suicídio, homicídio/violência, e doenças cardiovasculares eram substancialmente elevados entre minorias sexuais em comunidades com altos níveis de preconceito. Os participantes LGB vivendo em comunidades com altos níveis de preconceito morreram por suicídio com idade média de 37.5, comparados àqueles com idade de 55.7 vivendo em comunidades com baixo índice de preconceito, uma surpreendente diferença de 18 anos. Homicídios e mortes relacionadas à violência são um dos mais diretos elos entre atitudes em comunidades hostis e mortes, e os resultados indicaram que os índices de homicídio eram três vezes mais prováveis de ocorrer em comunidades com alto nível de preconceito do que em comunidades com baixo nível de preconceito.
Dentre as mortes em comunidades com alto nível de preconceito, 25% foram devidas a doenças cardiovasculares, comparadas aos 18.6% de mortes nas comunidades com baixo nível de preconceito. "Fatores psicossociais estressantes estão fortemente conectados ao risco cardiovascular, e esse tipo de stress pode representar um caminho indireto através do qual o preconceito contribui para a mortalidade. Discriminação, preconceito, e marginalização social criam várias exigências únicas sobre os indivíduos estigmatizados que são indutoras de stress," disse o Dr. Hatzenbuehler.
Um significativo ponto forte do estudo foi a habilidade de documentar as associações entre preconceito e mortalidade em nível comunitário. Também digno de nota, destaca o Dr. Hatzenbuehler, é que a medida do nível de preconceito não repousa sobre as percepções das minorias sexuais de quão estigmatizante são essas comunidades, mas sim na atitude preconceituosa de todos os participantes morando naquela comunidade. "Portanto, essa abordagem supera muitas das limitações de medidas de nível individual de estigma e preconceito, as quais têm caracterizado a maioria das pesquisas sobre estigma e saúde até hoje."
* Columbia University's Mailman School of Public Health
O financiamento para o estudo foi oferecido pelo National Institute on Minority Health and Health Disparities (MD004768).
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Sobre a Columbia University's Mailman School of Public Health
Fundada em 1922, a Columbia University's Mailman School of Public Health segue uma agenda de pesquisa, educação, e serviço para abordar temas cíticos e complexos de saúde pública que afetam os nova iorquinos, a nação e o mundo. A Mailman School é a terceira maior detentora de prêmios conferidos pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH grants) entre escolas de saúde pública. Seus mais de 450 docentes multi-disciplinares trabalham em mais de 100 países ao redor do mundo, abordando temas como prevenção de doenças crônicas e infecciosas, saúde ambiental, saúde de mães e filhos, políticas de saúde, mudança de clima & saúde, e capacitação em saúde pública. É líder em educação de saúde pública com mais de 1.300 alunos graduados de mais de 40 nações buscando programas de mestrado e doutorado. A Mailman School também é o lar de numerosos centros de pesquisa mundialmente renomados, incluindo o ICAP (antigamente conhecido como International Center for AIDS Care and Treatment Programs) e o Center for Infection and Immunity. Para mais informações, por favor visite http://www.mailman.columbia.edu
Fonte do release original: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2014-02/cums-lil021414.php
Tradução para a língua portuguesa por Sergio Viula para o blog Fora do Armário
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Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo aumenta a auto-estima e diminui a homofobia em adolescentes

🌈 Relacionamentos entre jovens LGBTQIA+ fortalecem a saúde mental, aponta estudo da Universidade de Michigan
Um novo estudo da Universidade de Michigan trouxe descobertas animadoras sobre o impacto dos relacionamentos amorosos na vida de adolescentes que se identificam como gays, lésbicas ou bissexuais.
❤️ Relacionamentos com o mesmo sexo: um impacto positivo
A pesquisa mostrou que se envolver romanticamente com alguém do mesmo sexo pode ser benéfico para a saúde mental desses jovens. Entre os meninos, os relacionamentos ajudaram a aumentar a autoestima, especialmente quando duravam mais tempo. Já entre as meninas, mesmo um único relacionamento com outra garota ajudou a reduzir a homofobia internalizada.
“Namorar na adolescência é essencial para o desenvolvimento sexual e para as identidades sociais”, explica Jose Bauermeister, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan.
💔 E os relacionamentos com o sexo oposto?
Surpreendentemente, os relacionamentos com o sexo oposto não causaram nenhum efeito positivo ou negativo em relação à autoestima, depressão ou ansiedade. Em alguns casos, esses relacionamentos aumentaram a homofobia internalizada em meninos, mas esse efeito tende a desaparecer com o amadurecimento.
👥 Sair do armário também faz diferença
Outro fator com efeito protetor identificado pela equipe foi estar assumido para os amigos. Isso também teve impacto positivo na autoestima dos garotos e ajudou a diminuir a homofobia internalizada nas garotas. Ou seja: relacionamentos e redes de apoio fazem a diferença.
🧠 Por que esse estudo é importante?
Adolescentes LGBTQIA+ ainda enfrentam estigmas, violência e rejeição, principalmente dentro do próprio ambiente familiar. O estudo reforça que apoio e aceitação — inclusive de seus relacionamentos — são fundamentais para seu bem-estar psicológico.
“Cuidadores e profissionais que atuam com jovens LGBTQIA+ devem criar ambientes acolhedores, nos quais esses adolescentes possam falar livremente sobre sua sexualidade, suas dúvidas e suas experiências afetivas”, recomenda Bauermeister.
📘 O artigo completo, intitulado “Trajetórias de relacionamento e bem-estar psicológico entre jovens de minoria sexual” será publicado em agosto na revista científica Youth and Adolescence.
🌍 Desde 1941, a Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan é referência global em pesquisa e promoção da saúde pública, e está entre as cinco melhores dos EUA.
💬 Vamos conversar sobre isso? Você se lembra do seu primeiro relacionamento? Sentiu apoio? Que tipo de acolhimento te fez bem (ou te faltou) naquele momento?
#JuventudeLGBT #SaúdeMental #AutoestimaLGBT #RepresentatividadeImporta #ForaDoArmário #EstudoLGBTQIA #NamoroLGBT #HomofobiaInternalizada #AssumirFazBem
Com quantos anos vc teve sua primeira relação sexual?

Até 12 anos 60 (27%)
Entre 12 e 17 anos 102 (46%)
Dos 18 aos 25 anos 45 (20%)
Acima de 25 anos 12 (5%)
Ou seja, 73% das pessoas começaram sua vida sexual antes dos 17 anos. E 93 de cada cem pessoas antes dos 25 anos. Por isso, campanhas de prevenção contra AIDS, gravidez e DSTs precisam mesmo ser direcionadas ao público jovem, desde bem cedo.
Se você desejar comentar alguma coisa sobre essa pesquisa ou sobre sua própria experiência, fique à vontade.
Sexo é tudo de bom! Mas use camisinha!
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