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Linha do Tempo da Repressão LGBT na Rússia

 
Até abril de 2025, Vladimir Putin acumulava mais de 24 anos no poder
considerando seus mandatos como presidente e primeiro-ministro.


🕰️ Linha do Tempo da Repressão LGBT na Rússia


2013 – Lei da "Propaganda Gay"

  • Data: 30 de junho de 2013

  • Medida: Aprovada uma lei federal que proíbe a "promoção de relações sexuais não tradicionais" para menores de idade.

  • Impacto: Tornou ilegal qualquer manifestação pública pró-LGBT que pudesse ser interpretada como "influência sobre crianças", incluindo paradas, bandeiras, e discussões em escolas.


2017 – Prisões e perseguições na Chechênia

  • Data: Abril de 2017 (denúncias reveladas)

  • Medida: Prisão, tortura e desaparecimento de dezenas de homens suspeitos de serem gays na região da Chechênia.

  • Impacto: Condenação internacional, mas negação por autoridades locais e inação do governo central russo.


2020 – Emenda Constitucional

  • Data: 1º de julho de 2020

  • Medida: A Constituição russa foi alterada para incluir a definição de casamento como a união exclusiva entre um homem e uma mulher.

  • Impacto: Proibição constitucional do casamento homoafetivo.


2022 – Expansão da Lei de "Propaganda Gay"

  • Data: 5 de dezembro de 2022

  • Medida: Expansão da lei de 2013 para proibir a “propaganda de relações sexuais não tradicionais” para todas as idades, não apenas menores.

  • Impacto: Qualquer mídia, livro, filme, música ou manifestação pública pró-LGBT passou a ser censurada ou banida.


2023 – Proibição do Movimento LGBT

  • Data: 30 de novembro de 2023

  • Medida: A Suprema Corte da Rússia declarou o “movimento social internacional LGBT” como extremista, proibindo oficialmente suas atividades.

  • Impacto: ONGs, grupos, eventos e materiais pró-LGBT passaram a ser considerados ilegais. Qualquer associação pode resultar em prisão.


2024 – Banimento de organizações internacionais pró-LGBT

  • Data: Abril de 2024

  • Medida: A Procuradoria Geral da Rússia declarou a Elton John AIDS Foundation como uma organização “indesejável”.

  • Impacto: Proibição de funcionamento no país. Funcionários e apoiadores podem ser acusados criminalmente.

  • Justificativa: “Promoção de valores familiares ocidentais e relações sexuais não tradicionais.”


🗨️ Comentário deste blogueiro:

Cada item dessa linha do tempo é um lembrete brutal de como o ódio pode ser institucionalizado e travestido de "proteção à infância", "tradição" ou "segurança nacional". O que está acontecendo na Rússia é um exemplo escancarado de como regimes autoritários precisam de bodes expiatórios para manter o controle — e nós, pessoas LGBT+, estamos entre os alvos preferenciais.

É assustador ver como a perseguição avançou do silêncio forçado para o desaparecimento de vidas e o banimento completo da nossa existência. E tudo isso sob aplausos de setores ultraconservadores que sonham com o mesmo tipo de repressão em seus próprios países.

O mais perverso é que essa máquina de repressão não se contenta em nos excluir: ela quer apagar a nossa história, a nossa cultura e até a nossa solidariedade internacional — como mostra o ataque à fundação do Elton John, que salva vidas!

Mas há algo que eles nunca conseguirão banir: nossa coragem. Nossa verdade. Nossa luta. E é por isso que seguimos fora do armário.

Ucrânia: Por que devemos condenar o ataque de Putin?

Ucrânia: Por que devemos condenar 
o ataque de Putin?














Assista esse vídeo e pense comigo. 
Mais do que notícia, um alerta!

                  

Aterrorizante: Crianças adotadas são arrancadas de seus pais gays na Rússia

Autoridades invadem apartamento de dois homens gays que tinha filhos adotados

Os investigadores envolvidos usaram a chamada "lei de propaganda gay" da Rússia para remover as crianças de seus lares.



Autoridades revistaram apartamento e causaram prejuízos 
a uma família formada por um casal homoafetivo e dois filhos adotivos. 
Foto: Facebook.



Fonte: Gay Star News
https://www.gaystarnews.com/article/terrifying-adopted-kids-removed-from-their-gay-dads-in-russia/

Traduzido e adaptado por Sergio Viula


Uma visita à sala de emergência logo se tornou um pesadelo para dois pais, que foram separados de seus filhos adotivos depois que as autoridades ordenaram que os meninos fossem retirados deles. Advogados dos homens decreveram a situação como "aterrorizante".

Em 19 de junho, dois homens russos levaram um de seus filhos ao hospital de Moscou para tratar um caso com suspeita de apendicite. Os homens não serão identificados aqui para sua segurança.

Assim que o médico descobriu que o garoto tinha dois pais, ele não hesitou em denunciar os dois para o Comitê Investigativo da Rússia. Além de ordenar que as autoridades removessem os meninos de seu lar, o Comitê processou os assistentes sociais envolvidos no processo de adoção por negligência.

Cerca de um mês depois, as coisas pioraram. As autoridades russas tentaram várias vezes revistar o apartamento dos pais e da família mais próxima deles. Por fim, derrubaram a porta do apartamento do casal e de um dos seus irmãos. Os investigadores também interrogaram um dos pais das crianças por mais de três horas.

Propaganda Gay

O Comitê decidiu que a adoção contrariava a controversa lei de "propaganda gay" da Rússia. Desde 2013, a lei proibe qualquer representação positiva de pessoas LGBT+ na mídia. O governo argumenta que a lei interrompeu a "promoção de relações sexuais não tradicionais para menores". Porém, o que a lei tem produzido é vigilância e perseguição diuturnas contra pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgêneras até mesmo em questões privadas como a vida familiar.

Grupos LGBTI de Moscou e de São Petersburgo uniram forças para apoiar o casal e prover-lhes assitência legal.

Como aconteceu a adoção?

A Rússia não permite a adoção por casais homoparentais. Acontece que um dos homens adotou os dois garotos legalmente. Os meninos tinham 12 e 14 anos de idade em 2010. Como pessoas solteiras podem adotar, e ele se encaixava no perfil, os assistentes sociais não recusaram o pedido de adoção.

De acordo com os advogados do casal, a agência de adoção em Lyublino realizava visitas regulares à casa deles desde 2010. Foram nove anos até o momento do ataque do governo contra a família. Durante todo esse tempo, a agência relatou que os dois homens cuidavam muito bem dos meninos.

De acordo com Polina, uma ativista da organização "Saindo do Armário", sediada em São Petersburgo, "os vizinhos do casal estavam presentes durante a revista e conversaram com a mídia. "Eles só disseram coisas boas sobre a família".

"De acordo com eles [os vizinhos], eles não notavam qualquer sinal de problema, as crianças cresciam numa atmosfera calma e inteligente, e os pais cuidavam dos filhos." - comenta Polina.

Polina diz que a lei de "propaganda gay" foi redigida de modo tão vago que não deixa claro o que é ilegal ou não.

Provavelmente, essa seja a razão pela qual essa aberração legislativa crie insegurança jurídica e dê margem para discriminação em todo o território russo, inclusive com uso de violência física, verbal e simbólica.

"A única coisa que pessoas LGBTI podem fazer para ficarem completamente seguras é permanecer na invisibilidade, é esconder sua orientação sexual e identidade de gênero, mentir em seu ambiente social", diz Polina.

"Também ficou claro que famílias homoafetivas com filhos seriam o grupo mais vulnerável sob essa lei, porque sob essa lei, você está "fazendo propaganda" todo dia apenas por ser uma família."

Polina também descreve o sentimento daqueles que são LGBT+ ou se solidarizam com suas lutas: "Estamos todos apavorados por causa das famílias com filhos adotivos, pois seria muito fácil anular adoções e destruir famílias."

"Essa tendência causará muito dano, primeiro e acima de tudo para as crianças, que de outro modo teriam famílias amorosas e solidárias", finaliza Polina.

A Alemanha começa a receber gays que fugiram do expurgo homofóbico da Chechênia

Angela Merkel - Chanceler Alemã



Por Nick Duffy
Para o Pink News - 08 de junho
http://www.pinknews.co.uk/2017/06/08/germany-welcomes-gay-man-who-fled-chechnyas-homophobic-purge/

Adaptado por Sergio Viula



A Alemanha abriu as portas para os homens gays que fugiram do expurgo LGBT na Chechênia. Em abril, o jornal russo Novaya Gazeta reportou sobre a perseguição homofóbica que havia sido deflagrada na região, que é autônoma em relação à Rússia, mas faz parte da Federação Russa. Os jornalistas que revelaram a história foram forçados a se esconderem depois que foi declarada "Jihad contra eles".

Enquanto isso, grupos LGBT entraram em ação para ajudar as pessoas LGBT a escaparem daquela região e da Rússia. A resposta russa às repetidas exortações internacionais para investigar o caso tem sido praticamente nula.

Essa semana, a Alemanha agiu concretamente para aceitar um refugiado da Chechênia. De acordo com The Local, um oficial do Ministério para Assuntos Estrangeiros confirmou que "um visto foi emitido e a pessoa pôde entrar na Alemanha em 6 de junho".

The Local: https://www.thelocal.de/20170608/germany-grants-refuge-to-gay-man-from-russian-muslim-province  

O Ministério disse ao jornal alemão Tagesspiegel: “Estamos felizes em poder ajudar, especialmente em casos difíceis. Em cada caso, o governo alemão verifica que proteção significativa pode ser concedida no interesse da pessoa afetada."

O país provê vistos em caso de "situações humanitárias urgentes" para pessoas em risco.

O caso acontece depois que Angela Merkel, chanceler alemã, levantou o assunto numa conferência de imprensa em dupla com Vladimir Putin.

Ela disse: "Acreditamos em intercâmbio mesmo que haja diferenças de opiniões. Falamos sobre os direitos e opiniões da sociedade civil aqui na Rússia. O direito de protestar é importante numa sociedade civil, e também destacamos os papéis das ONGs. Temos recebido relatório negativos sobre o modo como os homossexuais são tratados na Chechênia em particular, e eu pedi ao Presidente Putin que use sua influência para [ajudar] as pessoas gays na região."

Putin não respondeu aos comentários dela.

Dezenas de homens gays salvos de expurgo na Chechênia por um ousado grupo russo

Pessoas têm protestado exortando 
o governo russo a tomar ação contra a LGBTfobia (Getty)


Por Elena Cherubini
9th May 2017, 3:51 PM
Para o Pink News
http://www.pinknews.co.uk/2017/05/09/dozens-gay-men-saved-from-purge-chechnya-daring-russian-group/


Tradução e leve adpatação: Sergio Viula


A organização Russian LGBT Network já ajudou a evacuar 40 homens gays da Chechênia, onde pelo menos quatro pessoas foram mortas num "expurgo gay".

Relatos no mês passado alegam que mais de 100 homens gays foram detido no expurgo checheno com muitos temendo pela própria vida.

Segundo relatos, homens gays estão sendo espancados, torturados com eletricidade, vivendo sem água ou sem comida.

Numa entrevista à NPE via Skype, o gerente de comunicações da Russian LGBT Network descreveu como a organização dela estabeleceu uma linha de apoio a homens gays para retirá-los da Chechênia.

A mulher, que permaneceu anônima devido ao risco envolvido em seu trabalho, disse que seu grupo já ajudou 40 homens a escapar da Chechênia.

Os homens são primeiramente evacuados da Chechênia para outras regiões da Rússia, antes de serem conduzidos para fora do país.

“Para a maioria deles, permanecer na Rússia é simplesmente mortal,” disse ela.

“Eles já estão sendo caçados por seus parentes... porque a homossexualidade é considerada uma mancha sobre toda a família e acredita-se que a única maneira de lavar essa mancha é matando a essa pessoa.”

Mais cedo essa semana, um adolescente gay foi empurrado para fora da varanda de um prédio pelo tio por causa de sua homossexualidade.

Depois de lançar esse serviço telefônico de suporte, a mulher disse que muitos dos homens têm sentido medo de ligar.

“Desde o começo, as primeiras pessoas que nos contataram... estavam terrivelmente apavoradas, elas não tinham certeza se podiam confiar ou se nós as mataríamos", disse ela.

A mulher acrescentou que o governo russo não está dando qualquer suporte e está ignorando as pessoas envolvidas nesse trabalho como uma organização LGBT.

Assine a petição do PinkNews para pressionar o governo a parar com a perseguição os homens gays na Chechnya,

“O que queremos deles nesse momento é que eles façam uma investigação adequada sobre esse assunto", disse ela.


“Houve muita atenção da parte da comunidade internacional, houve muita pressão, e as autoridades Rússia foram muito questionadas sobre o que está acontecendo na Chechênia, e em algum momento eles não puderam permanecer em silêncio."




Líder Checheno, Ramzán Kadýrov.


Ela chamou o governo de 'monstros' porque eles não estão fazendo nada sobre os cidadãos russos que estão sendo mortos e sequestrados.

O presidente russo Vladimir Putin, que inicialmente negou qualquer informação confiável sobre o assunto, agora concorda em investigar a perseguição na Chechnya.

Esse pronunciamento só foi possível depois que Putin foi exortado pelas autoridades incluindo os EUA, o Reino Unido, a ONU e a chanceler alemã Angela Merkel a tomar providências sobre isso.

O jornalista que primeiro descobriu a história foi forçado a se esconder depois de receber ameaças de morte em nome da Jihad. 


Nota 1: A Chechênia é um território majoritariamente dominado pelo islamismo, mas faz parte da Federação Russa.

Nota 2: O SSEX BBOX lançou uma campanha de visibilidade chamada beijaço LGBTQ online por direitos na Rússia. A hashtag é #kiss4LGBTQrights e está sendo executada no Instagram. Você só precisa publicar uma foto de beijo com qualquer pessoa, colocar a hashtag na legenda da foto e geolocalizar a foto em Moscou, Kremlin. Assim, o SSEX BBOX tem enchido o Kremlin com fotos de beijos, pressionando o governo de lá, uma vez que todo mundo que visita o Kremlin online acaba vendo as publicações. Eu, por minha conta, acrescentei mais hashtags para que as fotos apareçam em mais lugares. 


Nota 3: Se você entende bem a língua inglesa, leia e ouça essa entrevista com meu amigo queer gender Pri Bertucci para a rádio KPFA, em San Francisco, sobre tudo isso e muito mais. 

Nesse link, você pode acessar a entrevista diretamente e até baixá-la para seu aparelho eletrônico: https://kpfa.org/episode/talk-it-out-radio-may-7-2017

O QUE É O SSEX BBOX
http://www.ssexbbox.com/sobre/

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E falando em 'jihad' e movimentos islâmicos e/ou governos extremistas, vale a pena resgatar o seguinte trecho de uma postagem feita à época do ataque à boate Pulse. Falo sobre isso porque algumas das justificativas à perseguição contra homens gays na Chechênia passam pelo Corão e suas interpretações mais radicais. Veja abaixo:


Recomendo esse vídeo produzido pelo Dr. Bill Warner, do Centro de Estudos do Islão Político, comenta sobre a chacina na boate gay Pulse, em Orlando, Flórida. O que levou um muçulmano e se tornar jihadista, matar 49 pessoas LGBT e ferir outras 50?

No vídeo, ele também diz porque estamos perdendo a guerra contra a 'Jihad' e o que fazer para reverter o quadro.

A dica me veio através do perfil https://www.facebook.com/LeiIslamicaEmAcao/ no Facebook. 

Eles também mantém o blog http://infielatento.blogspot.com.br/ para chamar atenção sobre o avanço da Sharia, a lei islâmica aplicada a todos os aspectos da vida dos muçulmanos, inclusive o poder estatal onde ela é adotada.

Sobre a necessidade de se criticar o Islã, Maomé, a 'jihad' e os sistemas políticos, econômicos, sociais e culturais que surgem a partir deles, muita gente nunca entendeu o Charlie Hebdo, inclusive quando eles falaram sobre o afogamento do menino imigrante. Sugiro que leiam esse ponto de vista publicado por mim na época em que a "treta" rolava solta nas redes sociais. Invista um tempinho nessa leitura. Acredito que será produtivo.


Sobre o cartoon do Charlie Hebdo com o menino sírio:

https://www.foradoarmário.com/2016/01/sobre-o-cartoon-do-charlie-hebdo-com-o.html


Anistia Internacional (em Ipanema): Para a Rússia com Amor.

Texto por Sergio Viula


Foto: ESTADÂO

Foto: ESTADÂO

Foto: ESTADÂO


Não consegui chegar cedo ao Ato promovido pela Anistia Internacional "Para a Rússia com Amor", mas deu tempo de ver muita gente passando e assinando cartões que serão entregues à Embaixada da Rússia em Brasília na próxima quinta-feira, dia 05/02/14. Desde o começo da campanha, já foram assinados 6 mil cartões com mensagens escritas pelos signatários.

Jandira Queiroz e sua equipe montaram plantão na Praia de Ipanema, em frente ao Posto 9, às 11h, deste domingo (02/02/14).

Com um tanque de gás hélio, encheram balões que voaram pelos céus de Ipanema e além.

Depois, entregaram balões aos transeuntes que multiplicaram a mensagem ao longo do caminho de volta para casa.

O ato foi promovido como parte de um movimento global de resistência às políticas "eugênicas" que Vladimir Putin vem promovendo na Rússia contra a parcela LGBT da população.

As Olímpiadas de Inverno em Sochi são uma ocasião estratégica para chamar a atenção do mundo todo.

No vídeo a seguir, você terá uma demonstração real do que vem acontecendo naquele país desde que uma demagógica lei, batizada como "lei anti-propaganda gay", foi aprovada no Parlamento e sancionada pelo presidente Putin. A Igreja Ortodoxa Russa é cúmplice de tudo isso, com seu constante reforço anti-gay.


Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula
Foto: Sergio Viula
Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula

Foto: Sergio Viula



VEJA O QUE TEM ACONTECIDO NA RÚSSIA DE PUTIN:


A Rússia tem enfrentado intensa crítica internacional devido à aprovação da chamada "lei anti-propaganda gay", sancionada pelo presidente Vladimir Putin em 2013. Essa lei proibe a “promoção de relações sexuais não tradicionais para menores de idade”. Embora o texto legal seja vago, sua aplicação prática servia para silenciar e marginalizar a comunidade LGBTQIA+ no país.

Contexto Político e Social:

A Lei Anti-Propaganda Gay

A legislação, supostamente apresentada como uma medida para "proteger crianças", tem consequências graves:

Qualquer manifestação pública de apoio aos direitos LGBTQIA+ pode ser considerada ilegal, incluindo marchas do orgulho, discursos públicos ou exibição de símbolos como a bandeira do arco-íris.

Ativistas e organizações LGBTQIA+ estão sendo perseguidos, multados e, em alguns casos, presos.

Discriminação e Violência

A lei legitimou discursos de ódio e contribuiu para o aumento da discriminação e da violência contra pessoas LGBTQIA+ na Rússia. Grupos extremistas têm perseguido, atacado e humilhado publicamente pessoas da comunidade, muitas vezes documentando essas ações para espalhar o medo pelas redes sociais.

Conexão com os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (2014)

As Olimpíadas de Inverno em Sochi são uma oportunidade estratégica para expor a repressão na Rússia. Grupos ativistas ao redor do mundo, como a Anistia Internacional, têm organizado protestos globais para pressionar o governo russo e chamar a atenção da comunidade internacional.

Apoio da Igreja Ortodoxa Russa

A Igreja Ortodoxa Russa desempenha um papel central no reforço da lei abominável. Ela apoia a narrativa do governo, retratando a comunidade LGBTQIA+ como uma ameaça aos valores tradicionais e à moralidade.

Impacto Internacional

Atos como esse promovido pela Anistia Internacional no Brasil fazem parte de um movimento global de resistência. Diversos países e figuras públicas têm criticado a Rússia, boicotando eventos ou usando plataformas internacionais para denunciar a situação.

Situação da Comunidade LGBTQIA+ na Rússia

Embora a lei seja mentirosamente apresentada como um esforço para proteger crianças, ela serve ao propósito de isolar pessoas LGBTQIA+, dificultando o acesso a recursos e a manifestação de apoio à comunidade sexodiversa da Rússia. Muitos ativistas foram forçados a buscar refúgio fora do país.

All Out na Rússia: Veja o que tem sido e ainda será feito


ALL OUT agindo onde for preciso


Para mais informações e solicitações de imprensa, escreva para imprensa@allout.org.
Assine a petição para que os patrocinadores da olimpíadas de Soche se manifestem contra a homofobia e a transfobia na rússia. Veja aqui: https://www.allout.org/pt/actions/olympic-sponsors


ALL OUT NA RÚSSIA:
FATOS IMPORTANTES SOBRE A CAMPANHA


400.000 ASSINATURAS

Nos últimos dois anos, mais de 400 mil membros da All Out em todos os países do mundo se manifestaram pelo fim das leis homofóbicas na Rússia.

PROTESTOS EM 21 PAÍSES, 34 CIDADES

Milhares de membros da All Out se juntaram numa mobilização global na véspera da reunião de cúpula do G20, em setembro de 2013, para pressionar os líderes mundiais a se manifestarem contra as leis homofóbicas russas. Grandes líderes mundiais se juntaram a nós, de David Cameron, primeiro-ministro britânico, a Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL

Em agosto de 3012, mais de 50 membros da All Out na Suíça entregaram ao COI a maior petição que eles já receberam, com 300 mil assinaturas. Como resultado, pela primeira vez na história, o COI declarou publicamente que a Carta Olímpica proíbe a discriminação baseada na orientação sexual.

PRINCÍPIO 6

Em parceria com a Athlete Ally, mais de 50 atletas olímpicos se juntaram à campanha Princípio 6, contra a discriminação homofóbica nos esportes antes do início das Olimpíadas de Inverno de 2014, em Sochi. Os membros da All Out podem demonstrar seu apoio no mundo todo usando os produtos da campanha criados pela American Apparel.

PATROCINADORES OLÍMPICOS


Em outubro de 2013, mais de 150 mil membros da All Out escreveram ao presidente da Coca-Cola pedindo que a empresa condenasse as leis homofóbicas russas. Logo depois, realizamos uma manifestação com caminhões carregando outdoors enormes em frente à sede da empresa em Atlanta.

1 MILHÃO DE VISUALIZAÇÕES


O video "O Amor Sempre Vence", retratando o que poderia acontecer em Sochi com uma atleta olímpica lésbica, teve mais de um milhão de exibições no YouTube desde que foi lançado em novembro de 2013.

CRONOLOGIA DA CAMPANHA

Maio – junho de 2011: Começa a repressãoManifestantes pacíficos são atacados e presos durante a Parada do Orgulho em Moscou – como resposta, o prefeito proíbe a realização da Parada. A All Out lança sua primeira campanha na Rússia, exigindo uma atitude do presidente Dmitri Medvedev. Algumas semanas depois, ativistas gays são presos em São Petersburgo por realizarem uma manifestação pacífica. A repressão começa a avançar.

Novembro de 2011: Não seremos silenciados

Políticos de São Petersburgo propõem uma lei que proíbe a "propaganda de relações sexuais não tradicionais" – a "lei da mordaça gay". A essa altura, cinco outras regiões da Rússia já haviam aprovado leis similares. Trabalhando com ativistas na Rússia, a All Out lança uma campanha para chamar a atenção do mundo todo para a lei, enviando uma mensagem poderosa aos políticos de São Petersburgo: nós não seremos silenciados!

Fevereiro de 2012: Não vá a São Petersburgo!A "lei da mordaça gay" avança em São Petersburgo. Sabendo que o governador pretende transformar a cidade em um grande destino turístico, mais de 100 mil membros da All Out pedem que seus amigos e familiares não visitem São Petersburgo, criando uma tempestade internacional de publicidade negativa para a cidade. No mundo inteiro, 3.521 membros da All Out também pedem que os Ministros de Relações Exteriores de seus países condenem a lei. Em Moscou, a banda punk Pussy Riot realiza um protesto musical contraos ataques do governo russo aos direitos humanos.

Elton John denuncia em Moscou lei russa contra gays

Elton John denuncia em Moscou lei russa contra gays
Foto: Folha de São Paulo (07/12/13)


Cantor afirmou que está triste e impressionado com a legislação


O cantor britânico Elton John denunciou nesta sexta-feira, em um show em Moscou, a lei russa que reprime "a propaganda" da homossexualidade, classificando-a de "desumana".

"Estou profundamente triste e impressionado com a legislação contra a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) aqui na Rússia", declarou a estrela pop, de 66 anos, declaradamente homossexual, segundo "posts" publicados em sua página no Facebook e em seu portal na Internet.

"Para mim, é desumana e busca isolar", acrescentou.

Antes, a agência de notícias Interfax já havia noticiado que Elton John manifestou sua tristeza com a lei promulgada em junho no país, além de pedir a renúncia a qualquer forma de discriminação.

"Quero mostrar que isso conta para mim e que não acredito no isolamento", disse o astro, justificando sua presença em Moscou, mesmo depois que alguns militantes lhe pediram para boicotar a Rússia.

A estrela dedicou seu show a Vladislav Tornovoi, um homem de 23 anos torturado até a morte em Volgogrado, no sudoeste russo, aparentemente por sua homossexualidade. Com requintes de crueldade, o crime abalou a comunidade gay e os defensores dos direitos dos homossexuais.

Elton John é a primeira celebridade ocidental de peso, conhecida por seu enérgico apoio aos direitos dos gays, a se apresentar na Rússia desde que o presidente Vladimir Putin assinou em junho uma lei nacional proibindo a "propaganda da homossexualidade" aos menores.
Fonte: Primeira Edição

Região Norte da Rússia suspende lei local contra a "propaganda" gay

Arkhangelsk: Wikipedia


A região norte da Rússia chamada Arkhangelsk foi a primeira a suspender sua proibição local contra a "propaganda homossexual" para menores depois de ter vigorado por dois anos.

A região conhecida como "Arcanjo" foi originalmente a segunda depois de Ryazan a efetivar a lei anti-gay banindo "propaganda" em 2011. Desde então, somente três pessoas foram presas sob a lei, incluindo o ativista russo Nikolai Alekseyev detido ano passado por fazer um piquete do lado de fora de uma biblioteca infantil.

Porém, hoje a cidade anunciou que seus legisladores em Arkhangelsk acreditam que não haja mais necessidade de uma lei local, uma vez que já existe uma proibição federal, assinada em Junho pelo presidente Vladimir Putin.

A organização GayRussia informa que o artigo 2.13 da lei "Sobre Ofensas Administrativas" foi revogado seguindo uma apelação feita por Nikolai Alekseyev e Alexey Kiselev à Corte Europeia de Direitos Humanos, que está de acordo agora sobre abrir um processo contra leis regionais contra propaganda gay em Ryazan e São Petersburgo.

São Petersburgo se juntou a duas outras cidades russas em 2012, aprovando uma proibição regional sobre 'propaganda' gay para menores. Em setembro, Nikolai Alekseyev oficialmente solicitou um encontro com Vladimir Putin depois que o presidente alegou estar disposto a falar com membros da comunidade LGBT numa entrevista recente.


FONTE: PINK NEWS - TRADUÇÃO: SERGIO VIULA

Madonna sobre presidente russo: “Talvez Putin seja gay"

Madonna sobre presidente russo: “Talvez Putin seja gay"

Cantora usou uma rede social para criticar as políticas homofóbicas do governo da Rússia


iG São Paulo , da Redação 
09/10/2013, às 16:17:30




'Talvez Putin seja gay, talvez seja esse o problema', afirmou Madonna em um tuite. Foto: Divulgação


Madonna mostrou mais uma vez que não tem medo do governo da Rússia e muito menos das políticas antigays do seu presidente, Vladmir Putin . Na noite da ultima terça-feira (08), a cantora usou uma rede social para alfinetar o político. "Talvez Putin seja gay. Talvez seja esse o problema”, escreveu ela em seu perfil no Twitter.

Em outubro de 2012, a popstar enfureceu os homofóbicos russos ao defender a comunidade LGBT local durante um show na cidade de São Petesburgo. Cidadãos do país até entraram com um processo na justiça local para que Madonna pagasse R$ 20 milhões de multa pelo seu gesto.

A mensagem da estrela foi uma resposta a um casal que participava do projeto “Art For Freedom”. A ideia é que os fãs da cantora enviem músicas, fotos e textos com a hastag #artforfreedom para que Madonna comente e faça intervenções artísticas nas imagens.

A insinuação sobre Putin foi motivada por uma imagem mandada por um casal gay. Na foto, Adrian eShane aparecem se beijando em frente a um grafite que mostra o ex-líder soviético Michael Gorbachev dando um beijo no ex-presidente da antiga Alemanha Oriental Erich Honecker.

Madonna já se posicionou diversas vezes em prol dos direitos da comunidade LGBT. No primeiro semestre, ela foi bastante ativa na defesa do casamento igualitário nos Estados Unidos.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Madonna foi guerreira quando se apresentou na Rússia e defendeu as Pussy Riots e a comunidade LGBT da Rússia. Foi chamada até de 'puta velha' por autoridades russas. O governo russo quis impor multa de 1 milhão de dólares a ela. Mas, a rainha do Pop e musa da comunidade LGBT e de milhões de heterossexuais de bom gosto não se intimida.

Mandou bem, Madonna. Ele vai ficar 'putin' com você, linda , mas a comunidade LGBT russa e internacional te aplaudem!

Governo brasileiro cala-se e ratifica atitudes discriminatórias em jogos na Rússia

Brasil cala-se diante de atitudes discriminatórias 
da Rússia nos Jogos de Sochi


30/09/13 - 13:30

POR VITOR ANGELO


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, 
recebe a presidente Dilma Rousseff 
durante encontro no Kremlin, 
em Moscou em 14.dez.2012 

Foto por Roberto Stuckert Filho/Presidência da República


O governo brasileiro se calou e ratificou junto com a Rússia o veto a uma referência aos LGBTs que ativistas dos direitos humanos queriam colocar como uma das cláusulas nos Jogos Olímpicos feita pela ONU. Os russos irão sediar as competições de inverno, em fevereiro de 2014, em Sochi, e os jogos já são alvos de polêmicas.

Para quem não sabe, a Rússia tem uma lei que criminaliza quem promove a homossexualidade, isto é, falar a palavra gay é crime lá e gangues de mafiosos e neonazis têm literalmente caçado e torturado homossexuais com a conivência da polícia e do governo Putin. A situação tem criado muita revolta e protestos no mundo civilizado. Muitos atletas (gays e héteros) ameaçam com boicote esta Olimpíadas e existe uma movimentação forte dos grupos dos direitos humanos para proteger atletas LGBTs naquele país durante os jogos. O COI e até a Fifa estão pressionando o presidente Vladimir Putin para que a lei anti-gay, como ficou conhecida mundialmente, seja derrubada.

Esta é uma das formas de cercear esta clara violação dos direitos humanos: a chamada pressão internacional. E ela tentou marcar presença no texto que foi aprovado na última quinta-feira, 26. Esperava-se (países europeus e ONGs LGBTs) que o Brasil, co-autor do texto, pressionasse para que fosse incluído um parágrafo contra a discriminação pela orientação sexual. Mesmo pressionado, o país calou-se. Quem acabou levantando a questão foi a Noruega, mas sem a força necessária de contestação como seria se o aval tivesse partido de nosso país. No fim do debate, acordou-se que uma referência a “todas as formas de discriminação” (que foi incluída no texto) abarcaria os gays.

É verdade que, em alguns poucos e esparsos discursos, o governo de Dilma Rousseff já disse ser contra o preconceito contra orientação sexual. Sabemos que na prática, ela tem vetado sistematicamente políticas afirmativas para os LGBTs. Do projeto Escola Sem Homofobia à propaganda de prevenção contra o HIV-Aids com casais do mesmo sexo, ela é implacável em negar cidadania justa para gays, lésbicas, transexuais e bissexuais. Calar-se diante da situação russa, foi mais uma forma de concordar com políticas discriminatórias que – tanto Rússia, em um grau elevadíssimo como o Executivo e o Legislativo brasileiro em outro patamar – já vem praticando faz anos.

Se a covardia e o despreparo do governo Dilma para as questões dos direitos humanos nos desanima (entidades dos direitos de negros, índios, mulheres continuam insatisfeitos com suas negligências e omissões), existe um movimento de indivíduos (gays e héteros) que questionam o que está acontecendo na Rússia e – pela forma virtual – tentam mostrar sua indignação mandando mensagens ao presidente do comitê olímpico, Thomas Bach.

De qualquer forma, é lamentável o que acontece na Rússia. Um texto superficial aprovado um dia depois que um dos maiores opositores da política anti-gay russa, Alexey Davydov, morreu. O ativista faleceu na quarta-feira, 25, uma grande perda, mas pelo menos foi poupado de tanta obscuridade. Há algo de podre do reino dos czares e o cheiro chegou no nosso país.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebe a presidente Dilma Rousseff durante encontro no Kremlin, em Moscou em 14.dez.2012 – Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

https://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/09/30/brasil-cala-se-e-ratifica-atitudes-discriminatorias-em-jogos-na-russia/


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


A presidenta do Brasil comete mais uma injustiça contra os LGBT - como se já não bastasse a infeliz declaração sobre o veto ao projeto Escola sem Homofobia, de que o governo não fará propaganda de 'opção sexual' (sic), discurso muito semelhante ao do Putin agora. Em sua visita à Rússia, a presidenta endossa, pelo silêncio absoluto, o que vem sendo feito contra os LGBT da Rússia.

Enquanto Obama, além de outras autoridades europeias, tomou uma posição de contrariedade à campanha homo-transfóbica promovida pelo governo russo, inclusive reunindo-se com ativistas LGBT naquele país, nossa presidenta Dilma Rousseff, que sempre gosta de bancar a defensora dos direitos humanos e posar como porta-voz dos que se sentem violados em sua privacidade (vide discurso dela sobre a espionagem americana durante encontro na ONU recentemente), fez cara de estátua para o sofrimento dos cidadãos LGBT na Rússia, a despeito de toda a polêmica criada pela insistência do COI (Comitê Olímpico Internacional) em manter os Jogos de Inverno em Sochi, quando poderiam tê-los transferido tranquilamente para o Canadá ou outro país que se conformasse aos princípios que o próprio COI estabelece como fundamentais para que um país hospede uma Olimpíada, entre eles o de não-discriminação de grupos ou indivíduos.

Mais uma vez, Dilma Rousseff demonstra sua homo-transfobia internalizada. Ele fica novamente associada aos que odeiam a diversidade no exterior, não bastassem os conchavos com fundamentalistas homo-transfóbicos no Brasil.

Sinto vergonha desse governo.

ENOUGH is ENOUGH - OPEN YOUR MOUTH (CHEGA! - ABRA SUA BOCA)







CURTA A PÁGINA: www.open-your-mouth.eu


Convocando o Governo Federal Alemão e todos os patrocinadores dos XXII Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 na Rússia a: ABRIREM SUAS BOCAS!

ENOUGH is ENOUGH - Open Your Mouth (Chega! - Abra a sua boca) é um movimento que envolve diversas ações contra a perseguição russa aos cidadãos LGBT e visa conscientizar as grandes empresas envolvidas em patrocínio com relação a seu papel como formadoras de opinião. De acordo com Alfonso, um dos coordenadores do movimento, a reação da mídia e de grupos unindo-se à campanha tem sido muito grande. A ideia é dialogar com essas empresas e obter uma resposta positiva na luta contra o preconceito. Caso isso não funcione, o grupo poderá lançar mão de outras estratégias para se manifestar contra a homo/transfobia de Vladimir Putin, especialmente durante as Olimpíadas de Inverno.

Veja algumas das maneiras pelas quais eles têm procurado fazer as pessoas pensarem a partir dos slogans de suas marcas prediletas. Todas as fotos são montagens que 'brincam' com os slogans para falar sério sobre Direitos Humanos:










NOTA: Informações fornecidas pelo próprio coordenador do grupo na Europa.

Vladimir Putin, o novo Hitler.


Ação Cidadão do Bem - Corrente do Bem
https://www.facebook.com/AcaoCidadaoDoBemCorrenteDoBem



Putin-Hittler

por: Kenya Crocco


Aproveitando os acontecimentos surreais desse ano e pegando um pouquinho de História, vamos falar sobre os atos anti-humanitários de Putin. E começo esse artigo com uma pergunta básica, na qual eu quero que vocês reflitam.


QUAL A DIFERENÇA ENTRE PUTIN E HITTLER???

Ou se preferirem

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A ALEMANHA EM 1944 E A RÚSSIA EM 2013???

Pensaram?

Bom, ao meu ver, não há nenhuma diferença, simplesmente porque tanto o Hittler quanto o Putin propagaram em seus respectivos países (e em suas respectivas épocas) o ódio contra certos grupos de pessoas, que eles julgavam estar fora do padrão de ideia deles.

Hittler, um homem que era puramente religioso, tinha uma ideologia totalmente totalitária, ou seja, ele acreditava que o Estado deveria controlar tudo e todos; e por ter esta ideologia, ele criou o Partido Nazista da Alemanha, e os elementos principais desse partido eram o anti-parlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo, a eugenia, o antissemitismo, o anticomunismo, o totalitarismo e a oposição ao liberalismo econômico e político.
O nazismo, pregava que os alemães eram a raça pura e que todas as outras raças eram impuras, e estas deveriam ser exterminadas. Pregava-se também, a ideia de raças parasíticas, que eram raças sem pátria, e de acordo com a ideologia Nazista, estas também poderiam ser exterminadas. Essa foi a justificativa teórica para a opressão e eliminação dos judeus, ciganos, eslavos e homossexuais na Alemanha em 1944. http://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo

Nota de Sergio Viula: No caso dos homossexuais, os principais argumentos eram que um alemão que teve a 'honra de nascer homem' (sic) não podia se entregar a outro homem, como se fosse uma 'simples' mulher (sic), e que a 'semente' deles, desperdiçada sem a possibilidade de fecundação, deveria estar gerando novos alemães. Por isso, os prisioneiros dos campos de concentração marcados com o triângulo rosa eram homens. As mulheres lésbicas não chamavam a atenção do governo nazista, mas sofriam outro tipo de violência: a de serem pressionadas a se casarem com homens alemães para descendentes a estes homens. Para escaparem à perseguição e ao encarceramento nos campos de concentração, alguns homens gays se casavam com suas amigas lésbicas (numa relação de fachada). Vejam que ambos os argumentos ecoam de visões machistas e homofóbicas importadas da tradição religiosa fundamentalista. Leiam: Triângulo Rosa - Um Homossexual no Campo de Concentração Nazista.

Quanto ao Putin, atualmente ele esta recebendo vários protestos, nos quais ele é chamado de ditador e totalitário.

Usando como desculpa a "boa moral e os bons costumes" e a religião, Putin já mandou que prendessem as integrantes da banda russa de punk rock, Pussy Riot, sob acusação de vandalismo, ódio religioso e prejudicar a ordem social. As integrantes cantaram em uma catedral de Moscou uma canção contra o presidente russo Vladimir Putin e o mandaram para o inferno quando ele disse que aceitaria desculpas em troca da liberdade das meninas. Putin também criou a lei anti-gay, que proíbe a apologia da homossexualidade em comerciais, mas que serviu apenas para que os homofóbicos (como Putin), colocassem as asinhas de fora e pudessem expressar mais ainda seu ódio.

Agora, mais uma pergunta.

QUANTO TEMPO VOCÊS ACHAM QUE VAI DEMORAR PARA QUE PUTIN COMECE A EXPRESSAR SEU ÓDIO CONTRA OUTROS GRUPOS??

Porque sinceramente, para um presidente que ignora assassinatos em massa contra um grupo de pessoas, causado por uma lei que ele sancionou, dizendo que esses grupos que estão propagando os assassinatos e incitando o ódio estão apenas defendendo a "boa moral" de uma sociedade, me desculpem, mas o Putin chegou ao mesmo patamar que o Hittler, ou está quase lá.

Vocês acham que é impossível o Putin começar a propagar o ódio contra outros grupos? Porque eu não acho. Pessoas com a mesma mentalidade de Hittler ou que chegam perto dela (como Putin), podem fazer atrocidades com as pessoas que eles julgam estar fora do padrão normal de sociedade.

Não precisamos ir longe para ver isso, basta olhar os vários projetos sem pé nem cabeça de alguns deputados brasileiros. Eu tenho certeza que se a 'cura gay' tivesse sido aprovada, a mesma coisa que está acontecendo na Rússia, iria acontecer aqui no Brasil, sabe por quê? Porque temos um homofóbico no Estado [Nota de Sergio Viula: na verdade, vários), e quando há pessoas assim no governo, os cidadãos que também são homofóbicos se sentem no direito de propagar seu ódio... afinal, eles têm um representante ali no governo, que partilha dos mesmos ideais de "boa moral", e isso já é um bom álibi para praticar atrocidades.


Por um Brasil totalmente LAICO apoie essa ideia:
https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/Pelo_fim_das_candidaturas_de_lideres_religiosos_para_cargos_politicos_ou_publicos/?copy

A favor da PL 122, contra discriminação da homofobia, deficiência física e idosos:PL 122: https://secure.avaaz.org/campaign/po/homofobia_nao/

Petição contra PEC 33
https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=P2013N39808

Petição contra PEC 99/11:
https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/Impedir_que_a_Proposta_de_Emenda_a_Constituicao_PEC_9911_avance/?wqBWGd

O preconceito é uma prova de inferioridade. O combate ao preconceito é obrigação de todos! Visite e curta: 
https://www.facebook.com/AcaoCidadaoDoBemCorrenteDoBem

Coca-Cola replies to Sergio Viula about their sponsorship to the Olimpics in Russia

This is the situation in Russia: Gay man is arrested during manifestation
against governmental homophobia


Brasileiros, saibam mais sobre o boicote e como participar.
São apenas três dias, mas fará diferença. ;)


SERGIO VIULA'S MESSAGE:
September 12, 2013


Dear Sir/Madam,


My name is Sergio Viula. I'm from Brazil, a country that will
soon host both the Olympic Games and the World Cup and I'm really
embarrassed by the fact that your company is sponsoring the Winter Olympic Games in Russia. Their recent anti-LGBT policies are pure outraging fascim.

How come a company that is always selling an image or respect, friendship and happiness, pour out millions of dollars into a country that has violated several human rights, especially now with those anti-LGBTlaws put into effect by President Putin?

Shame on you! Your company should be putting pression on the IOC to transfer the Games from Russia to a country where people of all sexualities and genders are treated with all due respect. Canada showed interest in hosting the games in response to the Russian homophobic-transphobic policies.

As you haven't taken a clear stand for humanism and for the opressed
Russian LGBT community, I am taking part in the international three-day boycott against yourproducts, coinciding with the time when the Olympic torch will be arriving in Russia.

In Brazil, the boycott group page can be found here:
http://www.facebook.com/events/650070678344766/650804684938032/?notif_t=plan_mall_activity


Sincerely,
Sergio Viula



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COCA-COLA'S REPLY:
 
September 12, 2013.

Thank you for contacting The Coca-Cola Company, Mr. Viula. We appreciate the opportunity to respond.

As one of the world’s most inclusive brands, we value and celebrate diversity. We have long been a strong supporter of the LGBT community and have advocated for inclusion and diversity through both our policies and practices. We do not condone human rights abuses, intolerance or discrimination of any kind anywhere in the world.

As a sponsor since 1928, we believe the Olympic Games are a force for good that unite people through a common interest in sports, and we have seen firsthand the positive impact and long-lasting legacy they leave on every community that has been a host.

We support the ideals of the Olympics and are proud to continue our role in helping to make the Olympics a memorable experience for athletes, fans and communities all around the world.
We hope this information is helpful and encourage you to contact us again should you have additional comments or questions.

Alex
Industry and Consumer Affairs
The Coca-Cola Company

Please use the record number below should you have additional questions.




TRADUÇÃO DA RESPOSTA DA COCA-COLA PARA A LÍNGUA PORTUGUESA

Uma gentileza de Welbert Cabral via Facebook.

Obrigado pelo contato com a empresa Coca-Cola, Mr. Viula.
Agradecemos a oportunidade de responder.

Como uma das marcas mais inclusivas do mundo, nós valorizamos e celebrar a diversidade. Temos sido um forte defensor da comunidade LGBT e têm defendido a inclusão ea diversidade através de ambas as nossas políticas e práticas. Nós não toleramos abusos dos direitos humanos, intolerância ou discriminação de qualquer tipo em qualquer lugar do mundo.

Como patrocinadora desde 1928, acreditamos que os Jogos Olímpicos são uma força para o bem que unir as pessoas através de um interesse comum em esportes, e temos visto em primeira mão o impacto positivo e duradouro legado que deixam em cada comunidade que tem sido um host.

Apoiamos os ideais dos Jogos Olímpicos e estamos orgulhosos de continuar o nosso papel em ajudar a tornar os Jogos Olímpicos uma experiência memorável para os atletas, fãs e comunidades em todo o mundo.

Esperamos que esta informação é útil e incentivá-lo a entrar em contato conosco novamente se você tiver comentários ou perguntas adicionais.
Alex

Indústria e Consumidores

The Coca-Cola Company

Por favor, utilize o número do registro abaixo se você tiver perguntas adicionais.

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