Dezenas de homens gays salvos de expurgo na Chechênia por um ousado grupo russo
Pessoas têm protestado exortando
o governo russo a tomar ação contra a LGBTfobia (Getty)
9th May 2017, 3:51 PM
Para o Pink News
http://www.pinknews.co.uk/2017/05/09/dozens-gay-men-saved-from-purge-chechnya-daring-russian-group/
Tradução e leve adpatação: Sergio Viula
A organização Russian LGBT Network já ajudou a evacuar 40 homens gays da Chechênia, onde pelo menos quatro pessoas foram mortas num "expurgo gay".
Relatos no mês passado alegam que mais de 100 homens gays foram detido no expurgo checheno com muitos temendo pela própria vida.
Segundo relatos, homens gays estão sendo espancados, torturados com eletricidade, vivendo sem água ou sem comida.
Numa entrevista à NPE via Skype, o gerente de comunicações da Russian LGBT Network descreveu como a organização dela estabeleceu uma linha de apoio a homens gays para retirá-los da Chechênia.
A mulher, que permaneceu anônima devido ao risco envolvido em seu trabalho, disse que seu grupo já ajudou 40 homens a escapar da Chechênia.
Os homens são primeiramente evacuados da Chechênia para outras regiões da Rússia, antes de serem conduzidos para fora do país.
“Para a maioria deles, permanecer na Rússia é simplesmente mortal,” disse ela.
“Eles já estão sendo caçados por seus parentes... porque a homossexualidade é considerada uma mancha sobre toda a família e acredita-se que a única maneira de lavar essa mancha é matando a essa pessoa.”
Mais cedo essa semana, um adolescente gay foi empurrado para fora da varanda de um prédio pelo tio por causa de sua homossexualidade.
Depois de lançar esse serviço telefônico de suporte, a mulher disse que muitos dos homens têm sentido medo de ligar.
“Desde o começo, as primeiras pessoas que nos contataram... estavam terrivelmente apavoradas, elas não tinham certeza se podiam confiar ou se nós as mataríamos", disse ela.
A mulher acrescentou que o governo russo não está dando qualquer suporte e está ignorando as pessoas envolvidas nesse trabalho como uma organização LGBT.
Assine a petição do PinkNews para pressionar o governo a parar com a perseguição os homens gays na Chechnya,
“O que queremos deles nesse momento é que eles façam uma investigação adequada sobre esse assunto", disse ela.
“Houve muita atenção da parte da comunidade internacional, houve muita pressão, e as autoridades Rússia foram muito questionadas sobre o que está acontecendo na Chechênia, e em algum momento eles não puderam permanecer em silêncio."
Ela chamou o governo de 'monstros' porque eles não estão fazendo nada sobre os cidadãos russos que estão sendo mortos e sequestrados.
O presidente russo Vladimir Putin, que inicialmente negou qualquer informação confiável sobre o assunto, agora concorda em investigar a perseguição na Chechnya.
Esse pronunciamento só foi possível depois que Putin foi exortado pelas autoridades incluindo os EUA, o Reino Unido, a ONU e a chanceler alemã Angela Merkel a tomar providências sobre isso.
O jornalista que primeiro descobriu a história foi forçado a se esconder depois de receber ameaças de morte em nome da Jihad.
Sobre o cartoon do Charlie Hebdo com o menino sírio:
Tradução e leve adpatação: Sergio Viula
A organização Russian LGBT Network já ajudou a evacuar 40 homens gays da Chechênia, onde pelo menos quatro pessoas foram mortas num "expurgo gay".
Relatos no mês passado alegam que mais de 100 homens gays foram detido no expurgo checheno com muitos temendo pela própria vida.
Segundo relatos, homens gays estão sendo espancados, torturados com eletricidade, vivendo sem água ou sem comida.
Numa entrevista à NPE via Skype, o gerente de comunicações da Russian LGBT Network descreveu como a organização dela estabeleceu uma linha de apoio a homens gays para retirá-los da Chechênia.
A mulher, que permaneceu anônima devido ao risco envolvido em seu trabalho, disse que seu grupo já ajudou 40 homens a escapar da Chechênia.
Os homens são primeiramente evacuados da Chechênia para outras regiões da Rússia, antes de serem conduzidos para fora do país.
“Para a maioria deles, permanecer na Rússia é simplesmente mortal,” disse ela.
“Eles já estão sendo caçados por seus parentes... porque a homossexualidade é considerada uma mancha sobre toda a família e acredita-se que a única maneira de lavar essa mancha é matando a essa pessoa.”
Mais cedo essa semana, um adolescente gay foi empurrado para fora da varanda de um prédio pelo tio por causa de sua homossexualidade.
Depois de lançar esse serviço telefônico de suporte, a mulher disse que muitos dos homens têm sentido medo de ligar.
“Desde o começo, as primeiras pessoas que nos contataram... estavam terrivelmente apavoradas, elas não tinham certeza se podiam confiar ou se nós as mataríamos", disse ela.
A mulher acrescentou que o governo russo não está dando qualquer suporte e está ignorando as pessoas envolvidas nesse trabalho como uma organização LGBT.
Assine a petição do PinkNews para pressionar o governo a parar com a perseguição os homens gays na Chechnya,
“O que queremos deles nesse momento é que eles façam uma investigação adequada sobre esse assunto", disse ela.
“Houve muita atenção da parte da comunidade internacional, houve muita pressão, e as autoridades Rússia foram muito questionadas sobre o que está acontecendo na Chechênia, e em algum momento eles não puderam permanecer em silêncio."
Líder Checheno, Ramzán Kadýrov.
Ela chamou o governo de 'monstros' porque eles não estão fazendo nada sobre os cidadãos russos que estão sendo mortos e sequestrados.
O presidente russo Vladimir Putin, que inicialmente negou qualquer informação confiável sobre o assunto, agora concorda em investigar a perseguição na Chechnya.
Esse pronunciamento só foi possível depois que Putin foi exortado pelas autoridades incluindo os EUA, o Reino Unido, a ONU e a chanceler alemã Angela Merkel a tomar providências sobre isso.
O jornalista que primeiro descobriu a história foi forçado a se esconder depois de receber ameaças de morte em nome da Jihad.
Nota 1: A Chechênia é um território majoritariamente dominado pelo islamismo, mas faz parte da Federação Russa.
Nota 2: O SSEX BBOX lançou uma campanha de visibilidade chamada beijaço LGBTQ online por direitos na Rússia. A hashtag é #kiss4LGBTQrights e está sendo executada no Instagram. Você só precisa publicar uma foto de beijo com qualquer pessoa, colocar a hashtag na legenda da foto e geolocalizar a foto em Moscou, Kremlin. Assim, o SSEX BBOX tem enchido o Kremlin com fotos de beijos, pressionando o governo de lá, uma vez que todo mundo que visita o Kremlin online acaba vendo as publicações. Eu, por minha conta, acrescentei mais hashtags para que as fotos apareçam em mais lugares.
Nota 3: Se você entende bem a língua inglesa, leia e ouça essa entrevista com meu amigo queer gender Pri Bertucci para a rádio KPFA, em San Francisco, sobre tudo isso e muito mais.
Nesse link, você pode acessar a entrevista diretamente e até baixá-la para seu aparelho eletrônico: https://kpfa.org/episode/talk-it-out-radio-may-7-2017/
O QUE É O SSEX BBOX?
http://www.ssexbbox.com/sobre/
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E falando em 'jihad' e movimentos islâmicos e/ou governos extremistas, vale a pena resgatar o seguinte trecho de uma postagem feita à época do ataque à boate Pulse. Falo sobre isso porque algumas das justificativas à perseguição contra homens gays na Chechênia passam pelo Corão e suas interpretações mais radicais. Veja abaixo:
Recomendo esse vídeo produzido pelo Dr. Bill Warner, do Centro de Estudos do Islão Político, comenta sobre a chacina na boate gay Pulse, em Orlando, Flórida. O que levou um muçulmano e se tornar jihadista, matar 49 pessoas LGBT e ferir outras 50?
No vídeo, ele também diz porque estamos perdendo a guerra contra a 'Jihad' e o que fazer para reverter o quadro.
A dica me veio através do perfil https://www.facebook.com/LeiIslamicaEmAcao/ no Facebook.
Eles também mantém o blog http://infielatento.blogspot.com.br/ para chamar atenção sobre o avanço da Sharia, a lei islâmica aplicada a todos os aspectos da vida dos muçulmanos, inclusive o poder estatal onde ela é adotada.
Sobre a necessidade de se criticar o Islã, Maomé, a 'jihad' e os sistemas políticos, econômicos, sociais e culturais que surgem a partir deles, muita gente nunca entendeu o Charlie Hebdo, inclusive quando eles falaram sobre o afogamento do menino imigrante. Sugiro que leiam esse ponto de vista publicado por mim na época em que a "treta" rolava solta nas redes sociais. Invista um tempinho nessa leitura. Acredito que será produtivo.
Sobre o cartoon do Charlie Hebdo com o menino sírio:
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