Mostrando postagens com marcador manifesto contra a homofobia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador manifesto contra a homofobia. Mostrar todas as postagens

Corinthians divulga manifesto contra a homofobia



Graças a um comentário do Dr. Paulo Iotti pelo Facebook é que fiquei sabendo dessa boa notícia envolvendo o Corinthians.  O clube de futebol, que tem uma das maiores torcidas do Brasil e do mundo, veio a público manifestar-se contra a homofobia nos estádios e no futebol de um modo geral. A ação se deve ao fato de que uma parte da torcida corinthiana começou a xingar jogadores do São Paulo na hora de chutar um tiro de meta e isso começou a virar um costume. A nota deixa bem claro do que se trata, utilizando inclusive o termo homofobia.

Parabéns à diretoria do Corinthians! Essa atitude foi certamente pioneira e entra para a história do futebol brasileiro.

Que a torcida do clube siga esse bom exemplo e que as diretorias e torcidas de outros clubes também se coloquem contra o preconceito e sempre a favor da diversidade.



MANIFESTO DA CIA. REVOLUCIONÁRIA TRIÂNGULO ROSA



MANIFESTO DA CIA. REVOLUCIONÁRIA TRIÂNGULO ROSA – CRTR


Publicado em 30/09/2012 por Sandro Candiles


Aos gays, lésbicas, transgêneros, bisexuais, transexuais , pessoas intersexo, travestis, crossdressers, t-lovers, homens e mulheres heterossexuais que simplesmente não correspondem aos estereótipos de gênero, ou simplesmente, SEXODIVERSOS.
 
Como podemos convencer a você que sua vida corre perigo?

Como podemos convencer que_ a cada dia que você acorda_ você está cometendo um ato subversivo, uma rebelião? E que, se você for um sexodiverso feliz, funcional, assumido e orgulhoso, simplesmente EXISTIR é um ato ainda mais subversivo?
 
Como podemos convencê-l@ que você é um@ REVOLUCIONÁRI@? Sim, porque ser feliz sendo sexodiverso é revolucionário, pois nos ensinam diaria e meticulosamente qu o que somos é errado, que devemos achar que somos errados e pecadores. Poucas são as coisas nesse país, que servem para nos proteger, ou que encorajam ou valiem a nossa existência. Sob a ótica dos conservadores e fundamentalistas, deveríamos estar mortos ou, no mínimo curados do desvio. E estar hoje aqui, vivo, rindo, feliz, confraternizando e junto com seus iguais, mostra a sua força!
 
Os números dos assassinatos motivados pela intolerância sexual estão aí para comprovar. Não se engane, pois nossas vidas ainda seguem em terreno minado. Não se deslumbre com o consume destinado aos sexodiversos e não se conforme com as opções de entretenimento, lazer, sexo fácil e sites recheados de divas pop. A vida da Rihanna não vai te dar consciência política. A pool party não vai te dar direitos civis.
 
Essa parada, num dia de domingo, com bate-cabelo nas alturas e muita colocação não vai mudar NADA na sua vida. Acorde! Nas celas dos opressores não vai tocar tribal house e você não poderá pendurar seu pôster da Lady Ga Ga. Enquanto você se preocupa em “se colocar”, em ficar sarad@, em comprar a roupa ideal, em ter um perfil atrativo nas redes sociais, nossos inimigos atacam sistematicamente e de forma violenta, qualquer possibilidade de ampliação de nossos direitos.
 
E somos fracos diante deles, ainda mais com suas emissoras de TV, suas rádios, jornais, púlpitos e seus milhões de reais e isenções fiscais. Eles estão no topo de um sistema heteronormativo que não quer permite que você tenha seus direitos divis plenos e que não lhe quer como ser humano autônomo e equiparado a eles.
 
Não temos muito com quem contar: uma legislação ainda incipiente, um governo que se diz amigável aos nossos direitos (mas que tem na base aliada deputados homofóbicos e chantagistas) e um movimento LGBT cooptado pelas verbas governamentais. Por outro lado, o que temos são nossos próprios corpos, a vontade dos militantes, a consciência de sermos pessoas revolucionárias natas e uma fé inabalável no AMOR. Somos os fundamentalistas do amor e da revolução sexual.
 
Por isso, pare e pense: como você está cooperando com a opressão dos sexodiversos e com a falsa democracia brasileira? Como você está repercutindo a mesma lógica segregacionista do Consumismo, do Patriarcado, do Machismo e da Homofobia? Como você está alimentando os trolls do fundamentalismo religioso e machista?
 
Mostre-se! Pendure um triângulo rosa na roupa que nos relembre todos os dias que, durante a Alemanha Nazista, cerca de 50 mil de nós fomos presos e mortos nos campos de concentração. Toda vez que você escutar ou ler o termo “gayzista”, sinta desprezo por quem o utilizou e retire-se do debate, pois não se dialoga com fundamentalistas religiosos e homofóbicos. Eles sofrem de uma dissociação cognitiva que os impedirá de enxergar a mais óbvia das verdades, de tão obcecados por reprimir seus próprios impulsos sexuais que estão.
 
Enxergamos o debate como uma arma para destruição do preconceito. Porém a realidade nos mostra que os fundamentalistas têm optado em permanecer cegos à violência que temos sofrido e quando Um não escuta o Outro, não há comunicação. Quando encontrar alguém disposto ao diálogo, debata, utilize bons argumentos, ensine sobre a importância do respeito e do amor, valores que somente serão obtidos quando for respeitada a livre expressão da afetividade e sexualidade de cada um.
 
Diante da homofobia, da violência a que estamos submetidos e dos discursos conservadores e fundamentalistas, Reaja!
 
1- Assuma-se! Esse é o mais revolucionário dos atos.
 
2- Não esconda seu afeto! O amor pode ser uma poderosa ferramenta política

3- Não reprima seu desejo! Sua expressão é um forte ato político.

4- Não se esconda nas salas de bate-papo! Vá para a rua, beije na boca, abrace e ande de mãos dadas!
 
5- Não dê trégua aos intolerantes! Denuncie sites homofóbicos ou que fazem apologia da violência contra feministas, mulheres, negros, religiões afro-brasileiras, ateus e sexodiversos pelo site https://new.safernet.org.br/

6- Se alguém te agredir, denuncie! Ligue para o Disque 100 ou, no caso de vítimas, escreva para o site www.denuncia197@pcdf.df.gov.br 

7- Não se deixe cooptar! Cuidado com a vida deslumbrada do consumo, da vida do “gay limpinho”.
 
8- Não sinta culpa pelos seus atos sexuais! A “culpa” é uma arma que eles utilizam para controlar sua mente e seu corpo.
 
9- Não despreze o gay afeminado, a lésbica masculinizada, @ travesti negr@, alguém gord@, a “bichinha pão com ovo”: você está repercutindo a mesma lógica daqueles que nos oprimem.
 
10- Deplore a homofobia horizontal, aquela cometida pelos próprios sexodiversos, que por algum motivo, se acham privilegiados por serem mais clarinh@s, ric@s, bem vestid@s, sarad@s ou esteticamente favorecid@s! Para o opressor, a bichinha bagaceira está no mesmo nível da top sarada que ferve no cruzeiro gay com sua sunga Gucci: são todos merecedores da morte ou da diminuição cívica.
 
11- ABOMINE as distinções de classe!
 
12- Entenda que a homofobia deve ser criminalizada e que ultrapassa os limites dos guetos gays: homens e mulheres heterossexuais já foram vitimas de homofobia, por simplesmente DEFENDEREM os sexodiversos ou por não se adequarem aos estereótipos de gênero ou ainda por expressar afeto a alguém do mesmo sexo. Exija a criminalização da Homofobia, a aprovação do PLC-122, pleno e abrangente, no mesmo nível dos crimes de Racismo.
 
13- Não vote em políticos que se aliem a fundamentalistas religiosos! Não vote em missionários, apóstolos, bispos, irmãos e irmãs, pastores, reverendos ou profetas! Não compre seus produtos e não os financie! Não assista as tevês onde compram horários para suas pregações falaciosas!

14- Entenda que sexodiversos, feministas, maconheiros, seguidores de religiões afro-brasileiras têm o mesmo adversário: o fundamentalismo religioso, o patriarcalismo, o machismo, a homofobia e o capitalismo e o capitalista de fundo religioso! Por isso, apoie as Marchas das Vadias, da Maconha e as ações para fazer do mundo um lugar menos intolerante e igualitário.
 
15- Lute pelo direito a indiferença sexual.
 
16- Seja você mesmo a revolução que você quer no mundo!
 
17- Leia e Estude sempre! Conheça a história da sexualidade, dos preconceitos, das religiões. Estude filosofia e pensamento lógico. Estude a Constituição e os direitos homoafetivos.
 
18- Tenha consciência política, seja militante, participe de algum grupo de sexodiversos, como a CRTR, ou crie o seu. Aja! Muitos de nossos opositores se reúnem semanalmente, nas missas e nos cultos, para escutar as mais falaciosas injurias contra nós, sem termos nenhum direito de resposta por nossa parte.
 
19- Indigne-se! Sim, não engula as piadinhas preconceituosas e não aceite manifestações de preconceito (Não! a fala preconceituosa da vilã da novela não é engraçada!), não aceite aquela pessoa religiosa falando mal dos diferentes em nome de um “respeito à fé”.
 
20- AME! Não aceite os argumentos de que sexodiversos não são capazes de amar, de constituir família, de serem fiéis e comprometidos com @ ser amad@.

21- Não aceite argumentos como: “amo você MESMO sendo homossexual”, ou “eu amo você MAS ODEIO o pecado”. Mande-os à merda!

III Marcha Nacional Contra Homofobia (Convocação e Manifesto)




É com o maior prazer que damos publicidade à Convocação e ao Manifesto da III Marcha Nacional Contra Homofobia (abaixo, em anexo e no site ).

Site - Convocação http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=216

Site - Manifesto http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=217

Gostaríamos de solicitar que as instituições da sociedade civil que desejam aderir ao Manifesto, enviem e-mail para vdwrm@hotmail.com com cópia para presidencia@abglt.org.br

Pedimos a divulgação por todos os meios de comunicação. Pedimos também a solidariedade e o apoio de todos os movimentos sociais nacionais e internacionais.

Todos e todas a favor da criminalização da homofobia, por uma educação sem homofobia e pela laicidade do Estado.


Toni Reis

Presidente da ABGLT

***************



Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

MANIFESTO DA II MARCHA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA




MANIFESTO DA II MARCHA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA

"Nada é mais forte que uma ideia cujo tempo chegou". Vitor Hugo




Igualdade de direitos. Fim da discriminação. Fim da violência. Cidadania plena. Reconhecimento. Respeito. Essas são as nossas reivindicações. Somos milhões de brasileiras e brasileiros, ainda excluídos da democracia e ignorado pelas leis do país.

Somos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), de todos os cantos do país, de todas as profissões, de todos credos, de todas raças, de todos sotaques, de todas opiniões, de todas etnias, de todos gostos e culturas. Mas temos algo em comum. Não usufruímos nossos direitos pelo simples fato de termos uma orientação sexual ou identidade de gênero diferente da maioria. Somos milhões de cidadãos /ãs de "segunda classe " em nosso Brasil.

Faz 22 anos que o Brasil se democratizou e promulgou a "Constituição Cidadã". Entretanto, em todo esse período, nossa jovem democracia não foi capaz de incorporar a população LGBT. Até hoje não existe sequer uma lei que assegure nossos direitos civis. Não existem leis que nos protejam da violência homofóbica.

A homofobia não é um problema que afeta apenas a população LGBT. Ela diz respeito também ao tipo de sociedade que queremos construir. O Brasil só será um país democrático de fato se incorporar todas as pessoas à cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. O reconhecimento e o respeito à diversidade e à pluralidade constituem um fundamento da democracia. Enquanto nosso país continuar negando direitos e discriminando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não teremos construído uma democracia digna desse nome.

Por essa razão é que a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT, convoca e coordenará todos os/as ativistas de suas 237 ONGs afiliadas e pessoas e organizações aliadas à II Marcha Nacional contra a Homofobia, a ser realizada na cidade de Brasília , em 18 de maio de 2011, com concentração às 9h, na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana.

O dia 17 de maio é comemorado como o dia internacional contra a homofobia (ódio, agressão, violência, discriminação e até morte de LGBT). A data marca uma vitória histórica do Movimento LGBT internacional. Foi quando a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças.

Vamos a Brasília, novamente, para denunciar a homofobia, o racismo, o machismo e a desigualdade social. Temos assistido nos últimos meses ao recrudescimento da violência homofóbica, a exemplo do que ocorreu recentemente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará, no Paraná e em Minas Gerais. Chama a atenção o fato de que muitos dos agressores não pertencem a grupos de extrema-direita violentos, mas são jovens de classe média, o que demonstra como a homofobia está amplamente difundida em toda sociedade.

O Brasil está mudando. Elegemos um operário e agora uma mulher presidenta da República, que coloca como meta central de seu governo a erradicação da extrema pobreza. A sociedade brasileira não é contra o reconhecimento dos direitos LGBT. A grande oposição à cidadania LGBT vem dos fundamentalistas religiosos. Algumas denominações evangélicas e parte da igreja católica dedicam esforços imensos a atacar permanentemente a comunidade LGBT e bloquear qualquer ação que garanta direitos a essa população.

O Brasil é um país plural e diverso, que respeita todas os credos e religiões, contudo nosso Estado é laico – separamos a religião da esfera pública, isso está garantido constitucionalmente. O movimento LGBT defende a mais ampla liberdade religiosa. Respeitamos todos os credos e opiniões, mas, entendemos que crenças religiosas pertencem à esfera privada - individual ou comunitária. Religião é uma escolha, a cidadania não!

Não aceitamos que dogmas religiosos sejam usados como justificativas para o preconceito e negação de direitos aos LGBT. É preciso assegurar a laicidade do Estado e garantir o respeito à diversidade.

A II Marcha Nacional Contra a Homofobia é, portanto, um grito, um protesto, um manifesto de respeito aos direitos individuais e coletivos.

Queremos igualdade de direitos e políticas públicas de combate à homofobia. Reivindicamos que o Estado brasileiro, de conjunto (ou seja, os três poderes), e em todas as esferas da federação (União, Estado e municípios) incorporem a diretriz de combater a homofobia e promover a cidadania plena para a população LGBT.

Defendemos que:

- o Estado laico seja assegurado, sem interferência dos fundamentalismos religiosos;

- o Governo Federal acelere a implementação do Plano Nacional de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania de LGBT, garantindo recursos orçamentários e o necessário controle social e accountability na sua execução, promovendo a diminuição da homofobia;

- todos governos estaduais e municipais instituam : coordenadorias LGBT, Conselhos LGBT e Planos de Combate à Homofobia;

- o Congresso Nacional aprove a criminalização da homofobia (PLC 122), a união estável e o casamento civil; a alteração do prenome das pessoas transexuais, o reconhecimento do nome social das travestis;

- o Judiciário, em todos os níveis, faça valer a igualdade plena entre todas as pessoas, independente de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero;

- o Superior Tribunal de Justiça reconheça como entidades familiares as uniões entre pessoas do mesmo sexo;

- o Supremo Tribunal Federal julgue favoravelmente às Ações que pleiteiam a união estável entre pessoas do mesmo sexo e o direito das pessoas transexuais alterarem seu prenome.

Na ocasião da II Marcha, convidamos a todas e todas para participar do VIII Seminário LGBT no Congresso Nacional, a ser realizado no dia 17 de maio – Dia Internacional Contra a Homofobia – no auditório Nereu Ramos.


Março de 2011

ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Postagens mais visitadas