Mostrando postagens com marcador casamento gay. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador casamento gay. Mostrar todas as postagens

O que você talvez não saiba sobre Kim Davis e sua sanha doentia contra o casamento homoafetivo

A Suprema Corte rejeita o caso de Kim Davis para destruir a igualdade no casamento
[O que você talvez não saiba sobre o caso]


Hemant Mehta fala sobre Kim Davis



Você encontrará o texto do vídeo publicado por Hemant Mehta, do canal Friendly Atheist, integralmente traduzido aqui, logo depois dessa biografia sobre o autor desse conteúdo.

Quem é Hemant Mehta, a mente por trás do Friendly Atheist e uma das vozes mais influentes do secularismo moderno?

Hemant Mehta, mais conhecido na internet como Friendly Atheist, é um dos comunicadores seculares mais proeminentes dos Estados Unidos. Escritor, educador e ativista, ele se tornou referência para quem busca análises críticas sobre religião, política e direitos civis — especialmente em um cenário em que movimentos fundamentalistas seguem tentando restringir liberdades individuais, incluindo as de pessoas LGBTQ+.

Nascido em Chicago e criado em uma família jainista, Mehta cresceu em um ambiente religioso, mas desenvolveu desde cedo uma postura analítica em relação à fé. Ao longo dos anos, essa atitude se transformou em uma carreira pública marcada pela defesa da laicidade, do pensamento crítico e do diálogo honesto sobre crenças e poder.

Formado em Matemática e Biologia pela Universidade de Illinois (Chicago), ele começou sua trajetória profissional como professor de matemática no ensino médio, chegando a obter certificação nacional. Essa experiência moldou seu estilo direto e didático — uma marca registrada em seus vídeos e textos.

É na internet que Hemant Mehta realmente se destaca. Ele é o criador do site FriendlyAtheist.com, do canal de YouTube FriendlyAtheist1 e coapresentador do Friendly Atheist Podcast, junto com Jessica Bluemke. Em todas essas plataformas, Mehta analisa discursos religiosos, decisões políticas e debates sociais com humor seco, dados atualizados e um olhar profundamente crítico sobre como o fundamentalismo impacta minorias. Essa perspectiva tem aproximado seu trabalho de pessoas LGBTQ+ ao redor do mundo, que encontram ali um aliado firme contra políticas discriminatórias.

Além de sua presença online, Mehta já participou da CNN, da FOX News e de outros veículos importantes, comentando temas como liberdade religiosa, educação laica e direitos civis. Também integrou conselhos de organizações seculares como a Foundation Beyond Belief e a Secular Student Alliance.

Como autor, publicou livros que se tornaram referência entre jovens ateus e leitores interessados na relação entre fé e sociedade, incluindo I Sold My Soul on eBay e The Young Atheist’s Survival Guide. Em um momento de sua carreira, lançou o controverso projeto God is an Abusive Boyfriend, posteriormente retirado após debate público — um exemplo de seu compromisso com a autocrítica e com uma construção contínua do diálogo secular.

Hoje, Hemant Mehta segue como uma das vozes mais consistentes e bem-informadas contra o fundamentalismo religioso nos Estados Unidos. Seu trabalho oferece não apenas crítica, mas também um espaço de acolhimento para pessoas que enfrentam opressão religiosa, incluindo muitas do público LGBTQ+. Com inteligência, ironia e rigor, ele se tornou uma referência indispensável para quem acredita que direitos humanos, ciência e liberdade devem caminhar juntos.


TEXTO DO VIDEO:




Vamos falar sobre a Kim Davis de novo. Eu acho que fiz um vídeo sobre isso há alguns meses e provavelmente vou repetir muitas coisas que disse naquele vídeo, mas por que não? Talvez seja a última vez que tenhamos que falar sobre ela. Mas, basicamente, a fanática cristã Kim Davis esteve nas notícias esta semana e, pela primeira vez, foi por um bom motivo. É porque a Suprema Corte disse: “Não vamos aceitar seu caso. Não queremos ouvir você. Vá embora. Não vamos lidar com isso.”

E eles disseram isso — deixa eu voltar e explicar o que diabos ela estava tentando fazer. Porque, embora rejeitar o caso dela seja importante, isso não significa necessariamente que é o fim de toda a guerra que eles estão tentando travar aqui.

Basicamente, aqui está o que aconteceu com Kim Davis. Anos atrás, Kim Davis era escrivã do condado de Rowan, no Kentucky. E, em 2015, depois da decisão Obergefell, depois que a igualdade no casamento virou lei nacional, casais gays iam até o escritório dela e diziam: “Queremos nos casar. Assine nosso certificado.” E ela dizia: “Mas eu sou cristã, então não. Vão embora.” E é tipo: não importa qual é a sua religião. Você é uma funcionária pública. Seu trabalho é assinar nosso certificado de casamento. E ela continuou dizendo não.

Então, um desses casais processou — processou ela. Ela basicamente teve que pagar; devia a eles cerca de uns 400 mil dólares, mais ou menos, em punição e honorários legais quando tudo isso terminou. E o Liberty Counsel, o grupo jurídico cristão de extrema direita, decidiu representar Kim Davis. E por dez anos eles vêm arrecadando dinheiro constantemente com a ideia de que são os únicos dispostos a defendê-la. E estavam levando isso até a Suprema Corte.

E uma das razões pelas quais Kim Davis é simplesmente engraçada é… aqui está Kim Davis. Deixa eu lembrar vocês do histórico matrimonial dessa boa mulher cristã. Esta é uma mulher que, em ordem cronológica — fiquem comigo — casou-se com o marido 1, teve gêmeos com o marido 3, divorciou-se do marido 1, casou-se com o marido 2, divorciou-se do marido 2, casou-se com o marido 3, divorciou-se do marido 3, e depois casou-se de novo com o marido 2 — exatamente como Jesus ordenou. E essa mulher dizia: “Sabe de uma coisa? Eu me importo com a santidade do casamento.”

Então, como ela justificava a hipocrisia óbvia sobre a “santidade do casamento”? Ela escreveu no livro dela que Deus não estava no cenário até que a mãe do marido 2 morreu. E então eles voltaram à igreja em 2011. Então, tipo… tudo o que ela fez antes de 2011 não conta, gente.

E depois ela também disse no livro que era meio engraçado, uma espécie de ironia divina, porque Deus está usando ela — essa pessoa imperfeita, que se casou um zilhão de vezes — para defender o casamento contra os gays.

De qualquer forma, só para resumir a situação legal dela: em 2022, um juiz federal disse que ela quebrou a lei ao não assinar aquelas licenças de casamento, porque ela era uma funcionária pública. Dane-se suas crenças religiosas. Faça seu trabalho. Você não pode escolher quais leis seguir. E um júri ouviu o caso dela em 2023 para decidir quanto ela devia. E decidiram: “É, nós não compramos nenhuma das suas desculpas.” Então disseram que ela devia ao casal gay — David Ermold e David Moore — 100 mil dólares.

O Liberty Counsel disse: “Vocês não podem fazer ela pagar. Ela trabalha para o governo. Ela é como uma policial. Ela tem imunidade qualificada. Não podem processá-la.” E o júri respondeu: “Não, eles podem processá-la. Ela deve a eles.” O Liberty Counsel recorreu, e não funcionou. A corte de apelações disse: “Sim, não. O que o tribunal anterior disse está certo. Ela estava violando a lei.”

No verão, o Liberty Counsel disse: “Bem, vamos pedir que a Suprema Corte intervenha.” E isso é normal — qualquer pessoa pode pedir. Mas o que eles estavam pedindo, e é aí que ficou assustador, não era apenas reverter as decisões anteriores. Eles disseram que Kim Davis tem direito à liberdade religiosa garantida pela Primeira Emenda, então ela não poderia ser processada por negar licenças de casamento.

Mas esse não era o ponto. Na verdade, o Sexto Circuito disse: “Isso não faz sentido. Não é assim que o país funciona.” Por exemplo — e isso foi escrito por eles — um escrivão que acha casamento inter-racial pecaminoso poderia se recusar a emitir licenças. Um funcionário eleitoral que acredita que mulheres não deveriam votar poderia recusar votos de mulheres. Um funcionário de zoneamento que é contra o cristianismo poderia se recusar a permitir a construção de uma igreja. Todos estariam usando poder estatal para violar direitos constitucionais, mas estariam seguindo a própria consciência. Isso não é como a Constituição funciona. E quando essas duas coisas estão em conflito, a consciência dela deve ceder à Constituição.

O Liberty Counsel disse: “Nã-nã-ninã-não, vamos pedir à Suprema Corte para reverter isso.” E mais ainda: o que pediram à Suprema Corte não era só reverter as decisões contra Kim Davis — eles pediram que a Corte anulasse a igualdade no casamento no país inteiro, porque disseram que isso se baseia totalmente na “ficção jurídica do devido processo substantivo”, o que significa que a Constituição nunca disse que pessoas gays têm o direito de se casar. E assim como os juízes disseram que não existe na Constituição um direito ao aborto, também deveriam dizer que não existe direito ao casamento igualitário.

Esse era o argumento. E o que aconteceu esta semana? Aqui está a lista de decisões da Suprema Corte — só um catálogo de casos que eles decidiram ignorar por qualquer razão. E ali estava, no número 25-125: Kim Davis versus David Ermold, etc. E dizia: o pedido de certiorari é negado — ou seja, não vamos ouvir esse caso. E acabou. O caso de Kim Davis não seria ouvido.

E aqui estavam as manchetes depois: Suprema Corte rejeita contestação à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A BBC resumiu assim: a escrivã do condado de Rowan foi finalmente condenada a pagar 360 mil dólares em danos e cumpriu seis dias de prisão por desacato. O Sexto Circuito também decidiu contra ela. Na apelação, a equipe jurídica de Davis argumentou que o casamento gay era baseado em uma ficção jurídica. Na segunda-feira, depois da rejeição da Suprema Corte, Mat Staver do Liberty Counsel disse que sua cliente agora enfrenta danos financeiros devastadores baseados em nada além de supostos “sentimentos feridos”.

U-hum. Todo mundo derrame uma lágrima por Kim Davis, que passou a última década tentando destruir o casamento igualitário. E a mulher que não consegue manter o próprio casamento por muito tempo agora diz: “Vejo esses casais gays felizes e quero que isso pare.” E aparentemente ela enfrenta danos devastadores… sabe o quê, Liberty Counsel? Vocês arrecadaram tanto dinheiro usando o nome dela. Por que não pagam tudo?

Essas pessoas são as piores. Todas elas. Outra coisa — e isso é do Right Wing Watch — Matt Staver também escreveu: “Não tenho dúvida de que a determinação de Kim Davis servirá como catalisadora para levantar muitos outros desafios à equivocada decisão Obergefell.” Ele disse que seu grupo continuará trabalhando com legisladores estaduais e indivíduos para derrubar Obergefell e devolver o tema do casamento aos estados.

A direita cristã não terminou de tentar derrubar Obergefell. Mas parece que o caso de Kim Davis era tão fácil de decidir que a Suprema Corte basicamente disse: “Vocês não podem nos fazer argumentar que todo tribunal anterior estava errado. Isso não é um caso controverso.” Mesmo que a Suprema Corte queira muito derrubar o casamento igualitário algum dia, não vai usar Kim Davis como veículo para isso — o que é maravilhoso, por agora. Mas os cristãos vão continuar tentando. E isso é decepcionante.

Uma coisa que me chamou atenção ao pesquisar sobre a história foi o quanto não vimos Kim Davis nos últimos dez anos. E eu não sei necessariamente por quê. Quando ela apareceu nas notícias pela primeira vez, muita gente zombou dela — da aparência, do cabelo, dos 97 casamentos. E tenho certeza de que não foi fácil para ela, apesar de ser figura pública. Mas, enfim, ela é uma fanática e estava fazendo algo horrível. Então, não sinto muita pena.

Mas me chama atenção que é Matt Staver quem fala agora, não Kim Davis. Eu mal vejo o nome dela. E fico me perguntando quais serão os próximos passos agora que ela tem que pagar isso. Será que ela desaparece? Será que encontra o marido número 5? O que ela faz agora? Vai tentar lucrar com isso? Vai fazer uma turnê de palestras? Não sei.

Mas, pelo menos desta vez, a Suprema Corte nos deu uma boa notícia dizendo: “Não vamos ouvir essa mulher. Não vamos aceitar esse caso. Tragam outro e talvez consideremos.” E de alguma forma isso virou boa notícia: quando a Suprema Corte diz que não vai ouvir algo, isso conta como boa notícia hoje em dia.

Certo, vou parar por aqui. Quais são as perguntas?

Kim poderia ligar para algumas igrejas. “Ei igreja, preciso de dinheiro, vocês podem me ajudar?” E eles diriam: “Você é membro?” E ela diria: “O quê? Não.” Ótima ideia.

Eu simplesmente não entendo o que motiva essas pessoas. Não interfere nas leis delas de forma alguma, mas elas ficam tão obcecadas com o pensamento do casamento entre pessoas do mesmo sexo. É um argumento justo, feito há séculos: como o casamento de um casal gay afeta o seu casamento? Tipo, se isso afeta, se você acha que desvaloriza seu casamento, talvez devesse conversar com seu cônjuge sobre isso — não culpar o mundo dizendo: “Ah, casamento não significa mais nada agora que outras pessoas podem fazê-lo.” Esse argumento sempre existiu porque eles não têm resposta.

Mas eles não param. É inacreditável como gostam de fingir que são os guardiões da moralidade, os defensores da moral, mas tudo o que você vê nas notícias sobre cristãos nunca é “veja como eles ajudam os pobres” — é sempre: precisamos proteger Trump, precisamos encobrir Trump porque ele apareceu nos arquivos do Epstein e não queremos que as pessoas fiquem bravas conosco. Então vamos fingir que é uma conspiração. É isso que fazem o tempo todo.

Deveriam existir mais punições para quem traz esses processos frívolos que vemos hoje. Sim, há muitos grupos jurídicos que vão defender alguém como Kim Davis gratuitamente, então ela não paga nada por ter advogados. E isso não é necessariamente um problema, mas eles estão usando ela para conseguir algo maior. Muitos processos usam pessoas aleatórias para tentar alcançar um resultado que querem. Isso é uma estratégia jurídica — pense o que quiser. Mas ela está nisso há 10 anos. E aí você se pergunta: o que isso faz ao casal gay que só queria seguir com suas vidas 10 anos atrás? Eles foram arrastados nisso por uma década. Eu não sei qual deveria ser a punição. Não sei o que seria “demais”. Mas sinto que 360 mil dólares não parecem suficientes — especialmente porque a maior parte vai para advogados.

Eu perdi uma aposta com Godless Granny sobre isso. Achei que a Suprema Corte diria: “Segurem minha cerveja.” Eu vou dizer: muitos especialistas jurídicos tinham certeza de que não haveria chance de a Suprema Corte aceitar esse caso, apenas porque o caso é burro. Pode surgir outro que a Corte aceite e que reverta Obergefell, mas não este. Este não é um bom caso teste.


ASSISTA AO VÍDEO (EM INGLÊS)

Primeiro pedido de casamento gay em jogo da NBA 🏀❤️🏳️‍🌈

💍🏀 O Amor Vence: O Primeiro Pedido de Casamento Gay em um Jogo da NBA Emociona o Mundo

Os noivos depois do pedido


Se você ainda acha que esportes e diversidade LGBTQIA+ não combinam, precisa conhecer essa história!

Em dezembro de 2016, durante uma partida entre Chicago Bulls e San Antonio Spurs, um momento inesperado mudou a forma como o amor é celebrado nas quadras de basquete e no coração de 21 mil torcedores.

No meio da quadra, com o mascote Benny the Bull e as animadoras de torcida do Bulls como cúmplices, Jake Conrad surpreendeu seu namorado, Michael Holtzman, com um pedido de casamento que arrancou lágrimas e aplausos de todos presentes.

Jake usou um ring pop — aquele famoso pirulito em formato de anel — como uma forma leve e divertida de simbolizar o compromisso. Michael, visivelmente emocionado, disse SIM sob aplausos e gritos da plateia.

📣 Por que isso foi tão importante?

Esse foi o primeiro pedido de casamento gay em um jogo da NBA. Um gesto simples, mas de enorme impacto para uma comunidade que ainda luta por visibilidade e respeito no mundo do esporte — um espaço tantas vezes hostil a quem foge da norma heterossexual.

O Chicago Bulls não só aceitou, como abraçou a ideia com entusiasmo. O casal ganhou ingressos VIP, conheceu ídolos como Scottie Pippen, e o momento viralizou no mundo todo.

A própria organização do Bulls deixou claro: amor é amor, dentro ou fora das quadras.

🌈 Muito além de um pedido

Mais do que um ato romântico, esse momento reforça que espaços públicos, esportivos e culturais precisam refletir a diversidade das pessoas que os frequentam.

Ver duas pessoas do mesmo sexo sendo celebradas assim, em rede nacional, com apoio do time, ajuda a criar referências positivas para quem ainda esconde quem é — e prova que estamos avançando, mesmo que aos poucos.

💞Eles trocaram alianças de verdade em uma cerimônia celebrada em 8 de junho de 2018.

🏳️‍🌈 Por que compartilhamos isso no Fora do Armário?

Porque acreditamos que histórias como essa fortalecem nossa luta por visibilidade e igualdade. Pequenos gestos têm grande alcance. E quando eles acontecem em lugares como a NBA, mostram que não há mais espaço para homofobia onde o amor entra em quadra.

🖥️ Quer ver esse momento?

Confira o vídeo aqui: Assista no YouTube: https://youtu.be/sHTrqefX8IA

💬 E você? Já viveu ou presenciou um momento de amor LGBTQIA+ em público que fez seu coração bater mais forte? Conta pra gente aqui nos comentários!


#AmorÉAmor #NBA #ChicagoBulls #Orgulho #LGBTQIA #ForaDoArmário

Casamentos LGBTQ+ Gratuitos na Carolina do Sul: Um Ato de Amor e Resistência




Casamentos LGBTQ+ Gratuitos na Carolina do Sul: Um Ato de Amor e Resistência



Em meio a um cenário de incertezas e ameaças à igualdade no casamento nos Estados Unidos, um evento recente em Columbia, na Carolina do Sul, demonstrou que o amor sempre encontra uma maneira de resistir. No dia 20 de janeiro, a feira de arte Y'all-Mart, promovida pelo Art Bar, organizou uma celebração especial: casamentos gratuitos para casais LGBTQ+ como um ato de apoio e protesto.

Amor e Comunidade em Meio às Ameaças

O evento, inicialmente anunciado no Instagram, convidava casais a "virem se casar de forma gay", oferecendo um pacote que incluía cupcakes, flores, fotografia e gravatas bolo por uma taxa simbólica de US$ 100. O valor arrecadado foi inteiramente destinado ao fundo de mudança de nome e marcador de gênero do Centro Harriet Hancock, um espaço comunitário LGBTQ+ da cidade.

Graças ao enorme apoio recebido, a iniciativa superou sua meta inicial de arrecadação de US$ 2.000 e chegou a US$ 3.500. No fim, os oito casais que participaram puderam se casar gratuitamente. "Os casais LGBTQ+ tinham cada um seus próprios motivos para querer se casar em uma feira de arte, mas um ponto comum era a incerteza sobre se seu casamento ainda seria legal quando conseguissem planejar uma cerimônia mais tradicional", relatou o jornal The State.

Casamento Como Protesto

Para muitos dos casais, o evento representou mais do que uma celebração. A preocupação com o futuro da igualdade no casamento nos EUA tem aumentado, especialmente com a possibilidade de reverter a decisão Obergefell v. Hodges, que garantiu o casamento igualitário no país.

"Quanto mais hostil fica, mais difícil é prever se poderemos fazer isso mais tarde", disse Sharon Thrailkill, que se casou com Christine Fowler no evento. Já Klo Hampton, que trocou alianças com Mahkia Greene, acrescentou: "Estávamos conversando sobre como isso parece um pouco urgente, mas queremos usar nossa autonomia enquanto a temos e dar esse passo."

A cofundadora do Y'all-Mart e oficiante das cerimônias, Caitlyn Viars, resumiu o significado do evento de maneira poderosa: "Quando encontramos nossa alegria queer... estamos resistindo simplesmente por existir e amar. É quase uma forma de protesto. Não deveria ser, mas é."

O Futuro da Igualdade no Casamento

O evento aconteceu em um momento crítico para os direitos LGBTQ+ nos Estados Unidos. Recentemente, a Câmara dos Representantes de Idaho aprovou uma resolução pedindo a revogação da decisão Obergefell v. Hodges. Embora sem força de lei, essa medida reflete a intenção de setores conservadores de fragilizar direitos conquistados. Além disso, a ex-cartorária Kim Davis, conhecida por se recusar a emitir licenças de casamento para casais do mesmo sexo, segue tentando reverter sua condenação nos tribunais.

A Lei do Respeito ao Casamento, sancionada pelo presidente Joe Biden em 2022, garante que o governo federal reconhecerá casamentos entre pessoas do mesmo sexo e inter-raciais. No entanto, se Obergefell for revogado, os estados não serão obrigados a realizar essas uniões, o que traria insegurança jurídica para milhares de casais.

Celebrar o Amor é um Ato de Resistência

Os casamentos LGBTQ+ realizados na Carolina do Sul representam muito mais do que apenas uniões matrimoniais: eles são um lembrete da força e da resiliência da comunidade. Enquanto direitos são questionados e ameaças pairam no horizonte, momentos como esses reafirmam a importância de continuar lutando pelo amor, pela igualdade e pela dignidade de todas as pessoas.

Que essas histórias inspirem mais atos de amor e resistência pelo mundo!

Com informações de The Advocate: https://www.advocate.com/news/south-carolina-free-lgbtq-weddings

JK Rowling surpreende esse casal na sessão de fotos da cerimônia de casamento

Nick e John não podiam esperar que um momento tão mágico pudesse ganhar ainda mais encantamento.



JK Rolwing ladeada por Nick (direita) e John
Cortesia de Matt.E Photography para o portal Pink News



Com informações de Amy West (Pink News)
https://www.pinknews.co.uk/2018/08/27/jk-rowling-gay-wedding-edinburgh-magic/

Traduzido por Sergio Viula


Imagine que você e seu amor estão sendo fotografados para seu álbum de casamento logo depois da cerimônia. É um dia simplesmente mágico. De repente, aparece uma das maiores divas de todos os tempos. Ela abraça os pombinhos e deseja felicidades com toda espontaneidade e entusiasmo.

Bem, foi isso que aconteceu ao casal Nick e John, que se casaram em Prestonfield House, Edimburgo, Escócia, no dia 26 de agosto último.

O fotógrafo Matt Fothergill foi encarregado de capturar qualquer momento especial que pudesse acontecer. E que momento foi esse!

Enquanto Matt fotografava o casal ao ar-livre, apesar do tempo não parecer muito promissor, ninguém menos JK Rolwing, a criadora de best-sellers como Harry Potter e Criaturas Fantásticas e Onde Habitam, apareceu bem atrás dele.

Conversando com o portal Pink News sobre o encontro encantador, o fotógrafo disse: "[Nick e John] estavam olhando por cima do meu ombro e pareciam muito entusiasmados."

"Então, eles correram para mim e disseram em tons muito apressados algo como: 'JK Rowling está bem atrás de você', e brincaram sobre como seria legal se a tivessem numa foto de casamento."

"Eu engoli meu nervosismo e corri, como um fã garotinho e perguntei tão educadamente quanto pude se ela se importaria de posar para uma rápida foto com os meninos, já que era o dia do casamento deles."

Inacreditavelmente, ela topou, e Forthergill capturou cada momento do fortuito encontro.

Numa foto, Rowling pode ser vista surpreendendo o casal por detrás. Em outras duas, ela abraça os dois ao mesmo tempo. Acredita-se que ela estivesse almoçando no mesmo local



O fotógrafo Matt Fothergill disse ao Pink News que JK Rowling caminhou até o casal Nick e John para desejar-lhes felicidades assim que soube que eles haviam acabado de fazer os votos
(Matt.E Photography)
 
"Ela foi simplesmente encantadora do começo ao fim. Ela virou-se e sorriu, caminho até eles e deu aos dois o maior dos abraços e desejou-lhes toda saúde e felicidade."

"Foi um momento lindo e surreal" - acrescentou ele. "Rimos disso por quase meia hora depois. O rosto de Nick nas fotos meio que entrega quão enlevados todos estávamos, eu acho. De fato, eu ainda murmurava em deleite, apesar de ainda estar ao alcance de seu ouvido."


O casal absolutamente surpreso com o entusiasmo de JK Rowling (Matt.E Photography)



O casamento de Nick e John foi realizado na Prestonfield House em Edimburgo
(Matt.E Photography)
 
Na verdade, a surpresa foi tanta que eles todos quase desmaiaram.


Lição do dia: O que é bom pode ficar ainda melhor com uma pequena ajuda dos amigos.

*************************************

LEIA:



Dona de empresas que atuavam nos mais variados ramos, a família Nassau tinha um único herdeiro: Eduardo.

Elegante, inteligente e bem-sucedido, o ricaço nutria uma curiosidade incomum para quem pode ter o que desejar num simples estalar de dedos: era aficionado pelos que têm o céu por teto e o chão duro por cama. Seu impulso oscila entre a obsessão e o completo esquecimento.

Numa noite de intenso desejo, um incidente mudará sua vida para sempre e será o estopim para muitas reviravoltas.


ADQUIRA O SEU AQUI:
https://www.amazon.com.br/gp/product/B00RURKA06




Adquira o seu aqui:
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM


Costa Rica: Vitória de presidente pró-casamento igualitário contradiz a expectativa das pesquisas

Carlos Alvarado, eleito presidente da Costa Rica em março.


Com uma vitória que contradisse todas as pesquisas de intenção de voto, o costa-riquenho Carlos Alvarado, candidato que apoia o casamento igualitário, derrotou seu adversário evangélico que pregava contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Carlos Alvarado, 38, é um romancista e ex-ministro do trabalho, e assumirá o gabinete presidencial da Costa Rica no dia 8 de maio com 61 por cento dos votos válidos apurados em 95% das urnas.

As pesquisas de intenção de voto prediziam a vitória do pregador evangélico Fabricio Alvarado, 43, que disparou na liderança na primeiro turno em fevereiro, depois de se opor à decisão de uma corte internacional que apoiou o casamento igualitário no país.

Carlos Alvarado, agora eleito, apoiou a decisão da corte internacional e prometeu tirar a religião do meio do governo. O novo presidente também promete equilibrar as contas no país. O ajuste fiscal será uma meta para o gabinete presidencial. O país foi rebaixado em quatro posições por agências de avaliação de crédito ao longo dos últimos cinco anos.

É gratificante ver a Costa Rica dar um retumbante não às tentativas de interferência de fundamentalistas religiosos no governo e na sociedade costa-riquenhos.

Catedral começa a realizar casamentos homoafetivos

A Catedral Episcopal de St Mary em Glasgow, Escócia
(Foto por Dave Swindells)



Texto original por Nick Duffy
Cathedral begins offering same-sex weddings
Para o Pink News - 19/07/17
http://www.pinknews.co.uk/2017/07/19/cathedral-begins-offering-same-sex-weddings/

Traduzido para o português e adaptado por Sergio Viula.


Uma catedral na Escócia anunciou que será a primeira no país a oferecer cerimônias de casamento homoafetivo.


No mês passado, a Igreja Episcopal Escocesa se tornou a primeira do ramo principal do anglicanismo no Reino Unido a permitir cerimônias de casamentos homoafetivos.

A igreja realizou mudanças depois que bispos, clérigos e leigos votaram profusamente em favor de permitir as celebrações de casamentos homoafetivos.

Seguindo o anúnico, a Catedral de Santa Maria (St Mary's Cathedral), em Glasgow, se tornou a primeira a fazer agendamentos para casais homoafetivos.

As pessoas poderão, inclusive, viajar de outras partes do Reino Unido para se casarem na Escócia, uma vez que as igrejas anglicanas da Inglaterra e de Gales ainda estão impedidas de celebrar as cerimônias de casamento homoafetivo por causa de legislação chamada "The Marriage Act", que afeta diretamente os casais homoafetivos.

O representante leigo da congregação da Catedral, o Dr. Beth Routledge disse: "A Catedral de Santa Maria aspira a ser uma igreja que é aberta, inclusiva e acolhedora" É fantástico ver outro passo sendo tomado para tornar isso ainda mais real. Quando os membros da congregação forem ao Orgulho (LGBT) de Glasgow mais tarde esse ano, teremos a sensação de termos ajudado a promover maior igualdade para os membros das comunidades LGBT."

Casal gay: Quando uma entrega fala mais do que mil palavras

Casal gay: Quando uma entrega fala mais do que mil palavras


Por Sergio Viula




Muita gente nunca teve contato com um casal gay na intimidade de seu lar. Para muita gente, esse ainda é um pensamento que causa estranheza. Sim, porque a maioria das pessoas pensa da seguinte maneira:

Gay = Parada LGBT 
Gay = Boates e festas
Gay = Sexo em primeiro lugar
Gay = Bate-cabelo e passinhos da Beyoncé ou da Gaga

E por aí vai. 

Falando por mim mesmo, sim, eu adoro a Parada LGBT. Sim, eu vou a boates, mesmo que não tanto quanto eu gostaria. Sim, eu adoro sexo, mesmo que não venha em primeiro lugar. Se a gente pensar direitinho, a gente passa menos tempo transando do que fazendo a maior parte das outras coisas na vida. Não, eu não sei dançar como a Beyoncé ou a Gaga, infelizmente. E não tenho cabelão para bater na pista de dança. 

Mas, por que foi que eu falei nisso?

Simplesmente, porque quando as pessoas entram na intimidade da gente, mesmo que seja só para fazer uma entrega, elas têm um "choque de realidade" e descobrem que gay não é figurinha que brota no carnaval e em ocasiões semelhantes e depois evapora como a Jennie para dentro de uma garrafa. Pelo contrário, a vida de um casal gay não é nada diferente da vida de qualquer outro casal e inclui todas as rotinas domésticas: lavar roupa, fazer comida, lavar louça, aspirar o pó da casa, fazer compras no supermercado, etc.





A entrega vale mais que mil palavras

Anteontem, comprei uma máquina de lavar pela internet. A loja foi a americanas.com. Não foi a primeira vez que comprei com eles. Sempre fui muito bem atendido - tudo muito prático. O processo todo - da compra à entrega - sempre é muito eficiente e confiável. Tanto que comprei a máquina por volta da hora do almoço de segunda-feira e recebi o eletrodoméstico em casa às 8:00 da manhã desta quarta-feira, ou seja, menos de 48 depois da confirmação de pagamento.

O curioso nessa história é que o caminhão que fez a entrega tinha três homens: o motorista e dois carregadores - todos no estilo macho educado, mas super masculino até para respirar. hehehe 

Fui ao portão recebê-los e pensei. Eles estavam super à vontade conversando naquele estilo Clube do Bolinha. Quero ver quando chegarem lá dentro e virem aquela cama box de casal da Ortobom com as roupas ainda fora de lugar, porque acabamos de acordar. Andre colocou um boné para não perder tempo penteando o cabelo e sentou no sofá. 

Os dois homens que carregaram a máquina entraram. 

Quando viram que havia dois homens na casa e uma cama de casal, a conversa ficou mais curta, mas não deixou de ser cordial. Eles foram super educados, mas fiquei pensando: Eles estão falando pouco porque estão tentando entender o nexo entre o ambiente e os moradores, ou seja, a relação. Continuei conversando normalmente com eles e elogiei a eficiência e a rapidez da entrega. Eles agradeceram. Assinei tudo e eles saíram.

Certamente, os homens da entrega conversaram muito no caminhão. As possibilidades são as mais variadas, mas uma coisa me parece certa: o diferente ou raro chama nossa atenção e geralmente desencadeia comentários, porque enquanto conversamos, organizamos as ideias.

No final das contas, uma imagem diz mais que mil palavras. E a imagem de hoje foi: um casal homoafetivo comprou uma máquina nova para substituir sua antiga que havia quebrado e não havia nada de excepcional nisso, exceto pelo fato de que uma coisa é ouvir falar sobre casais gays e outra coisa é ver que eles existem mesmo. Casamento gay não é mito urbano e nem lenda da roça. No final das contas, quando entramos em contato com o outro, percebemos que somos todos muito parecidos, ainda que nunca idênticos. E nisso reside a beleza de ser humano: todas essas diferenças incidentais têm uma coisa em comum: nossa humanidade, precisamente.


Sergio e Andre
E talvez nem tenha sido a primeira vez que eles entraram numa casa onde vivem dois homens ou duas mulheres que se amam, mas pode ser que tenha sido uma das poucas em que encontraram os dois em casa. Se fosse ontem, só teriam visto o Andre, porque eu saí cedo e voltei super tarde - trabalho, trabalho, trabalho.

De qualquer modo, daqui a pouco, eles voltam. Tem um microondas para chegar também, porque o que tinha aqui em casa quebrou faz tempo e eu não me dei o trabalho de substituir, mas está fazendo falta. 

Presidente da Itália assina a lei de reconhecimento das uniões civis homoafetivas. Vitória do humanismo sobre o fascismo!

Presidente da Itália - fonte: Getty Images/Pink News



O presidente da Itália assinou hoje a lei que reconhece as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo.
 
Semana passada, o Parlamento da Itália aprovou um projeto de lei legitimando as uniões civis homoafetivas, apesar de forte oposição da poderosa igreja católica e dos legisladores fiéis a ela nesse assunto.

A lei veio depois que a Corte Europeia de Direitos Humanos reconheceu que o país estava violando leis de direitos humanos e foi aprovada depois que o Primeiro Ministro Matteo Renzi pediu um voto de confiança nele para pressionar a passagem da lei por entre as manifestações contrárias.

Ativistas LGBT por toda a Itália rejubilaram quando a lei foi aprovada por 369 a 193. A Itália era o último país da Europa Ocidental sem reconhecimento das uniões homoafetivas.

A lei foi assinada nesta segunda-feira pelo presidente Sergio Mattarell, acabando de vez com um período de incertezas.

A notícia vem do portal de notícias LGBT Pink News e pode ser lida na íntegra em inglês aqui: http://www.pinknews.co.uk/2016/05/20/congratulations-italian-president-signs-same-sex-unions-bill-into-law/


-----------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Por mais que os fascistas lutem contra os direitos que dizem respeito a todos os humanos, o Esclarecimento vai avançando e garantindo vidas mais vivíveis para todos e todas.

Parabéns aos italianos esclarecidos.

Uma grande vaia carregada de vergonha para os clérigos católicos que ainda cheiram ao mofo das masmorras inquisitoriais e à fuligem das fogueiras do nada "santo" ofício.

Felizmente, existem sacerdotes que valorizam o ser humano em toda sua plenitude. Quer ver como? Leia o artigo desse querido padre, professor da PUC, falando sobre o LGBT, o Papa e as famílias. Vale muito à pena. E nem se precisa ser religioso para reconhecer o valor de posicionamentos como o dele: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/05/um-sacerdorte-esclarecido-escreve-os.html

Pedro Lemos do canal Palavra do Ateu manda super bem sobre "O Casamento Gay"

Babi Barreto e Pedro Lemos: casal lindo!


Pedro Lemos é o dono do canal Ateu, e daí?, que veicula o programa Palavra do Ateu. Particularmente, adoro os conteúdos que ele veicula ali. Tudo muito bem embasado, explicado e equilibrado. Recomendo muito que assistam esses dois vídeos (um é continuação do outro) e vejam os demais. Sigam o canal. Vale muito a pena acompanhá-lo.

Tive o privilégio de conhecer o Pedro Lemos num evento do AASA com a ARCA na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A pessoa tranquila que ele é nos vídeos, ele é em pessoa.

A foto acima é de Pedro com sua esposa. O perfil dele no Facebook está repleto de fotos lindas dos dois. Tomei a liberdade de colher essa de seu arquivo pessoal compartilhado naquela rede social para ilustrar o fato de que pessoas heterossexuais podem ser absolutamente esclarecidas sobre os direitos vinculados à diversidade sexual. 

E não apenas isso, mas existem pessoas gays, lésbicas, bissexuais e trans que não são capazes de produzir argumentações tão boas quanto as dele - o que não é nenhuma vergonha também, desde que estejamos abertos a aprendermos uns com os outros, especialmente com quem realmente consegue lançar luz sobre os obscuros preconceitos que acompanham a humanidade com persistência típica daqueles que reproduzem e conservam tolices em vez de superá-las, transformá-las ou descartá-las completamente.

Parabéns, Pedro! E obrigado por compartilhar seu conhecimento comigo e outros amigos que te admiram. Continue assim! :)





Published on Feb 25, 2016
Nesse programa eu tento abordar o tema do casamento entre pessoas do mesmo gênero por um ponto de vista racional, deixando as crenças supersticiosas de lado. Esta primeira parte é uma resposta ao vídeo que o Yago Martins, do canal "Dois dedos de teologia" postou sobre o assunto https://www.youtube.com/watch?v=MPbUO2cY1B0&feature=iv&src_vid=04qib23alV8&annotation_id=annotation_2648792663


 



Published on Mar 18, 2016
Essa é a segunda parte do programa onde eu falo a respeito do casamento gay. Aqui eu descortino alguns aspectos legais a respeito desse assunto e comento mais alguns dos argumentos utilizados pelos que se posicionam contra sua aprovação. 


"Casamento homoafetivo" na Grécia: mais um passo rumo à igualdade plena





Uniões civis ainda não tudo o que esperávamos, mas é um avanço a ser celebrado. E vamos adiante até que os direitos sejam igualados.






6ª cerimônia coletiva de casamento homoafetivo no Rio de Janeiro

No próximo domingo, 06 de dezembro, acontece a 6ª cerimônia coletiva de casamento homoafetivo, que reunirá 185 casais no Tijuca Tênis Clube. Em cinco anos, o Rio Sem Homofobia recebeu mais de 2.000 demandas sobre casamento civil e união estável. Em 2014, o evento contou com 160 casais participantes. O que acha da pauta?


185 casais participam de cerimônia coletiva de casamento homoafetivo, no Rio de Janeiro

Essa será a 6ª edição do evento, uma iniciativa do Programa Estadual Rio Sem Homofobia
Dia 06/12, às 14h, no Tijuca Tênis Clube




Rio de Janeiro, 02 de dezembro - No dia 06 de dezembro de 2015, o estado do Rio de Janeiro realizará mais uma vez o maior casamento de casais homossexuais do mundo. A 6ª cerimônia coletiva de casamento homoafetivo contará com a presença de 185 casais, que vão oficializar suas uniões no Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte da cidade. O evento é uma realização do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, coordenado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e a Associação de Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro.

Entre os casais que estarão no evento, 42 são da Baixada Fluminense e 18 da região Leste do estado do Rio, mais precisamente dos municípios de Niterói, Maricá e São Gonçalo. Os 125 casais restantes se inscreveram através do Centro de Cidadania LGBT da Capital, que atende à cidade do Rio de Janeiro e os municípios que ainda não possuem Centros de Cidadania próprios.

A cerimônia já faz parte do calendário de eventos do estado. A cada edição, o número de casais participantes cresce. Em cinco anos de atendimento à população, o Rio Sem Homofobia recebeu cerca de 2.300 demandas relacionadas a casamento civil e regulamentação de união estável. Segundo dados divulgados recentemente pelo IBGE, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo cresceu em cerca de 30% de 2013 para 2014. “Essa cerimônia já se tornou uma tradição do estado do Rio de Janeiro e é com muita felicidade que vejo esse crescimento constante de participantes a cada ano. Mais do que uma celebração do amor dessas pessoas, esse evento serve para reforçarmos essa conquista e reafirmarmos esse direito. Além disso, a cerimônia mostra que essa demanda existe e é crescente, como mostrou o IGBE”, comentou o superintendente e coordenador do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

Para a imprensa: o evento será realizado no Ginásio Tijuca Tênis Clube, na Rua Desembargador Isidro, 74. Recomendamos que os veículos interessados em cobrir o evento cheguem ao local 13h30.

O amor de farda: dois policiais se casam na Espanha

 
Os noivos se beijam depois da cerimônia


Com informações de El País: 
https://elpais.com/politica/2015/09/07/actualidad/1441623592_606185.html

 
A notícia vem do famoso jornal espanhol El País. Os policiais do Corpo Nacional de Policía, Chema e Jonathan, disseram sim um ao outro no primeiro casamento tornado público entre membros dessa instituição.

Provavelmente, não foram os primeiros policiais a se casarem, uma vez que o casamento igualitário já vigora na Espanha há 10 anos, mas o casal diz que "se serve para que as crianças que sofrem bullying [assédio moral] no colégio por sua condição sexual vejam que é algo normal, o sentimento está aí, que se faça visível depende de quem queira se dar conta do fato. Não é nada que tenhamos que ocular por pertencer a uma corporação ou outra."


 
Os noivos posam para fotos depois da cerimônia

Chema diz que os dois se aproximaram quando Jonathan estava passando por um período difícil e que a partir daí iniciaram uma relação que se converteu em matrimônio no sábado passado, 05 de setembro de 2015.

Ele acrescentou que o casal havia renunciado ao casamento na igreja, mesmo que essa passasse a celebra-lo entre casais homoafetivos, porque apesar dele ser católico, seria muito difícil convencer seu marido, que é "o agnosticismo em pessoa".


 
Chema e Jonathan durante a cerimônia

A lua-de-mel será uma viagem de uma costa à outra dos Estados Unidos desde Seatle até San Diego.

O Blog Fora do Armário deseja felicidades a esses dois lindos!

Estaria a Rússia dando sinais de cansaço em sua perseguição contra os LGBT?

 


Fantástico!!! Notícia fresquinha da UOL : Senador russo propõe fim da perseguição aos gays na Rússia. Claro que a lei que ele propõe está longe de ser justa. Silêncio em troca de paz não é o que queremos. Queremos que nosso modo de ser, de amar, de nos identificar seja respeitado. Além disso, o "não pergunte, não diga" funciona bem para gays, lésbicas e bissexuais que atendam aos padrões heteronormativos de comportamento e imagem pessoal. O que dizer das pessoas transexuais, travestis e outros transgêneros? É claro que não seriam beneficiadas diretamente por essa lei, mas espera-se que esse seja um primeiro passo rumo à liberdade plena. Pelo menos, foi assim que se deu do lado de cá do mundo e parece que é o mais provável do lado de lá também.

Nenhuma tirania vai durar para sempre, desde que as pessoas tenham orgulho de serem quem são em contraposição às subjugações a que fascistas de todos os tipos querem impor-lhes.

E tinha gente achando que o aplicativo que coloria as fotos de perfil dos usuários do Facebook eram só uma modinha... Ai, que merda quando o campo visual do indivíduo se restringe ao próprio umbigo. Só passa vergonha. Veja a repercussão na Rússia:

"Dobrinin carregou contra os políticos russos que transformaram a homofobia em bandeira, como o deputado da câmara legislativa da região de Leningrado, Vitali Milonov, que exigiu o bloqueio do Facebook em território russo depois de a rede social lançar um aplicativo que permite aos usuários colocar um filtro em suas fotos com as cores do arco íris em homenagem à aprovação do casamento gay nos EUA."

"É imprescindível eliminar do âmbito político e de nossa vida pseudopolíticos que promovem a homofobia e leis lixo. Porque são eles, e não os gays, que representam uma ameaça direta para a segurança da Rússia", afirmou o senador.

"A Suprema Corte dos Estados Unidos, em uma sentença histórica, legalizou há dois dias o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país, dando por nulas as leis estaduais que proibiam este tipo de união."
Veja a matéria completa no UOL: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscaGeral.html?q=homossexualidade

Sobre ser jovem e gay na Rússia, veja esse documentário: 

PARTE 1: https://www.vice.com/pt/article/jovem-e-gay-na-russia-de-putin-parte-1/

PARTE 2: https://www.vice.com/pt/article/jovem-e-gay-na-russia-de-putin-parte-2/

PARTE 3: https://www.vice.com/pt/article/jovem-e-gay-na-russia-de-putin-parte-3/

PARTE 4: https://www.vice.com/pt/article/jovem-e-gay-na-russia-de-putin-parte-4/

PARTE 5: https://www.vice.com/pt/article/jovem-e-gay-na-russia-de-putin-parte-5/

Irlanda aprova o casamento igualitário em plebiscito inédito





 
 Fotos: Internet


Por Sergio Viula


Último país da Europa Ocidental a descriminalizar a homossexualidade, a Irlanda foi o primeiro do mundo aprovar a mudança constitucional que permitirá o casamento independentemente do sexo dos cônjuges.

O plesbicito foi feito na última sexta-feira, 22, e os votos contados neste sábado. A maioria esmagadora votou pelo SIM ao casamento igualitário, a despeito das pressões da Igreja Católica neste que é um dos países mais católicos do mundo.

Parabéns aos Irlandeses!

Coincidentemente, esse sábado, durante a contagem dos votos, vários arco-iris se formaram em diversos pontos de Dublin, a capital.

O mundo melhorou um pouco mais esse final de semana. Um brinde aos Irlandeses com cerveja vermelha para combinar com o biotipo tradicional dos gingers mais festeiros do mundo.

Está difícil para todo mundo

Cena da série Glee: Kurt e Blaine




Está difícil para todo mundo
Por Sergio Viula


Essa semana foi rica em encontros significativos e reflexões sobre relacionamentos amorosos. Vou começar pelo final, ou seja, esse domingo, que já vai terminando.

Tive o privilégio de encontrar com Gustavo e Paulinho num quiosque quase em frente ao hotel Sofitel. Gustavo é um amigo de longa data que eu só conhecia virtualmente. Ele me acompanha desde o comecinho do blog Fora do Armário. Lembra-se do Formspring, ou nem ouviu falar? Pois é, ele me seguia lá e fazia perguntas muito legais. Tanto que tem pergunta dele lá no livro Em Busca de Mim Mesmo, numa seção só para perguntas e respostas. Aliás, Gustavo foi um dos primeiros leitores desse livro. Depois, leu também Crônicas de um Casamento Duplamente Gay, e me confidenciou que a leitura o estimulou a formalizar legalmente sua união de 18 anos. Precisamente hoje, eles fizeram um ano de casamento civil.

Nosso encontro durou uma hora e meia e foi extremamente agradável. Conversamos muito e demos boas risadas. Gustavo e Paulo são um exemplo de relacionamento bem-sucedido.

Um dos pontos de nossa conversa foi exatamente sobre como é difícil duas pessoas se unirem sob o mesmo teto. Eu falava sobre um relacionamento que tive recentemente, no qual o ex-namorado se empolgou muito no começo, mas depois esfriou, enquanto, comigo, pessoalmente, foi diferente: não estava tão entusiasmado no início, mas depois fiquei bastante envolvido. Teria sido um amor platônico por parte dele? Amor platônico é aquele em que o objeto amado deixa de ser objeto do amor tão logo o amante o possua. Talvez. Fato é que na hora doeu um pouco, provavelmente por causa da decepção, mas depois as coisas voltaram ao normal – entenda-se por 'normal' essa ilusão que a gente cria para designar o cotidiano sem grandes sustos ou surpresas.

No meio desse papo, Paulo compartilha uma ideia: “acho que quanto mais a gente envelhece solteiro, mais curte viver sozinho, e mais difícil fica morarmos com outra pessoa”.

Concordo pronta e plenamente. Completei dizendo: é muito bom dormir à hora que a gente bem entende, fazer comida se quiser, lavar louça quando desejar, mesmo que seja à uma hora da manhã, porque não há ninguém que se incomode com a luz, com o movimento, etc.

Por outro lado, pode fazer falta dormir colado, de vez em quando, com alguém que a gente ame, mas viver junto com outra pessoa não é só isso. Os problemas têm que ser resolvidos antes do café para não saírem brigados e o reencontro no final do dia se tornar ainda mais estressante. E isso exige compromisso, benevolência e aquele desejo de fazer dar certo, atitudes que só funcionam se operarem na mutualidade, na mais absoluta cumplicidade. Dedicação unilateral não funciona.

Outro encontro que rendeu bom papo foi com uma jornalista holandesa ontem (sábado), depois do trabalho. Sandra me perguntou sobre vários assuntos, mas uma coisa interessante para esse post foi a seguinte:

Está mais difícil para os gays ou para as mulheres? É mais fácil encontrar um parceiro sendo gay ou sendo mulher?

Minha resposta foi maior do que vou comentar aqui, mas, resumindo, as dificuldades são semelhantes para gays e mulheres heterossexuais, talvez para qualquer outro grupo (lésbicas, bissexuais, transexuais, etc.): Gente que te quer, mas a quem você não quer; gente que você deseja, mas que não te dá a menor bola; gente que combina em termos de personalidade, mas não tem química na cama; gente que super combina na cama, mas não faz eco em nada mais. E por aí vai.

Sem contar que, do mesmo jeito que tem gente que não me atrai em nada, há quem não sinta a menor atração por mim. Isso vale para todo mundo, cada um a seu modo. É uma questão de gosto mesmo, de tesão, de química. Além disso, precisamos entender que há certas pessoas que estão fora do nosso alcance, assim como estamos além do alcance de outras, mas só percebemos a dureza dessa realidade quando nos é negado aquilo que desejamos. O problema é que não notamos essa dura realidade quando são os outros que recebem a nossa negativa, ainda que silenciosa.

Além disso, as mulheres, devido à repressão sexual a que sempre foram submetidas, supõem que devam fazer “jogo duro” na hora em que o “boy” insinua ou propõe francamente que transem, enquanto os gays, por serem homens, e gozarem de mais liberdades em função de seu gênero masculino, mesmo que socialmente reprimidos, em função de sua orientação sexual, não se importam de transar logo no primeiro encontro. E pode ser que nem troquem telefones. Já as mulheres são geralmente mais difíceis de conquistar. Há, porém, uma diferença tremenda aqui: os homens que gostam de mulheres se orgulharão de apresenta-las aos amigos e aos familiares, assumindo um compromisso, desde que gostem da parceira, mas muitos gays ainda vivem no armário, e não se sentem livres para assumir compromissos. Outros já estão fora dele, só que sem o apoio da família, e isso faz com que muitos fiquem só no flerte, ou na primeira transa, sem avançar para a próxima etapa: a do namoro. Menos ainda para a etapa seguinte a essa: a do casamento. Então, se alguns gays transam mais do que algumas mulheres, isso pode ser devido à facilidade com que os homens se entregam ao ato sexual, mas também à dificuldade que muitos gays enfrentam para assumirem relacionamentos estáveis publicamente.

Claro que muitos gays estão se casando. Muitas lésbicas, bissexuais e transexuais também. Mas não se pode ignorar que o número dos solteiros que sonham com a chance de assumir um compromisso – mas têm medo da família e dos amigos – é astronômico.

Aí, meu amigo Edson Amaro me fala sobre algo que já vinha ocupando meus pensamentos há algum tempo – que as redes sociais estão cheias de garotos de 18, 19 anos em busca de diversão sexual, sem passar disso, e dificilmente passaria, levando-se em conta a idade, a maturidade e (falta de) independência que caracterizam essa faixa etária. É preciso ressaltar que isso não é ruim. Pelo contrário, é bom que eles vivenciem sua sexualidade com toda liberdade, conforme desejarem. O problema é que quando somos mais velhos, geralmente queremos mais que isso.

Eu, particularmente, não me encaixo mais em certos ambientes, apesar de frequenta-los quando me dá vontade. Refiro-me àquelas festas ou boates lotadas de garotos e garotas – todos com os mesmos cortes de cabelo, tatuagens semelhantes, piercings nos mesmos lugares, roupas em estilos semelhantes, que pretendem ser alternativas, mas naquele ambiente, vestindo corpos tão semelhantes, nem podem mais ser consideradas originais. Acho tudo isso uma gracinha, mas não é mais a minha noção de diversão. Talvez isso me ocorra agora como resultado típico do amadurecimento que o tempo, sempre indomável, acaba promovendo.

Quando vejo um grisalho bonito, bem tratado, andando na rua ou viajando no mesmo transporte que eu, fico me vigiando para não fixar o olhar e causar algum constrangimento. Afinal, é bom ser desejado, mas é chato ser invadido. Se eu acho lindos certos grisalhos (observe o determinante “certos”, não todos), por que será, então, que meus relacionamentos contam tantos homens mais jovens que eu? Talvez porque eles tenham algum fetiche com homens mais velhos, ao mesmo tempo em que eu não me importo de “ficar” com alguém mais novo, mas a verdade é que não é fácil encontrar caras da minha idade que não estejam casados ou que não tenham sido vacinados contra qualquer coisa que, de longe, lembre compromisso. Gente velha, inclusive eu, têm muitas manias próprias. Começo a me convencer de que as oportunidades serão cada vez menores daqui para frente, principalmente porque os caras mais velhos que só querem diversão costumam desejar carnes jovens e tenras. Talvez seja uma questão de probabilidade que o desencontro seja cada vez mais comum.

Aliás, desencontro é o que acontece com todo mundo, seja homo, hétero ou bi. E não adianta ficar se enganando com a aparente facilitação das redes sociais. Essa coisa de curtir foto, adicionar ao círculo de amigos, pedir número de whatsapp, pedir Skype, e outras banalidades não satisfaz plenamente, talvez nem superficialmente. Nada mais chato que sexo virtual. Eu, particularmente, não curto. Claro que se funciona para outras pessoas, nada há de errado nisso. Façam. Mas eu, pessoalmente, quero gente de carne e osso.

Outra coisa importante a sublinhar é que as lindas histórias de amor que vemos nas redes sociais não são perfeitas, ainda que sejam muito satisfatórias, mas para cada relação que vinga e frutifica, existem dezenas, talvez centenas, de outras que murcham antes mesmo de produzirem as primeiras flores.

Então, não se abata. Procure tirar de si mesmo e das oportunidades que a vida lhe traz o maior prazer possível, mesmo que seja de uma xícara de café. E nunca, jamais, em tempo algum, anule-se por causa de quem quer que seja. Não aceite relações abusivas, violentas, vampirescas. Ser capacho do outro não é missão de ninguém, mesmo que disso dependa a sua vida ou a dele(a). Ao tomar distância de um relacionamento doentio, você vai descobrir que pode viver muito melhor sozinho(a). E talvez o outro ou a outra também. Solteirice não é castigo. Castigo é viver um inferno todo dia.

Só não caia no oposto disso: desprezar quem te ama de verdade e desperdiçar uma oportunidade linda de ser feliz. Ah, e talvez a melhor maneira de envelhecer acompanhado seja investir numa relação duradoura desde cedo, mas nem isso é garantido. E quem disse que seria fácil?



Laurence Cunnington e Jeremy Pemberton casaram-se numa cerimônia civil
BBC

LGBT: Igreja Presbiteriana (EUA) abraça definição inclusiva de casamento

 
A Reverenda Dra. Jane Spahr, ao centro, uma ministra presbiteriana, realiza uma união homoafetiva para Sherrie Holmes, esquerda, e Sara Taylor, direita, no Marin Civic Center em San Rafael, Califórnia., Sexta, 20 de junho, 2008. | ASSOCIATED PRESS


Tradução e adaptação: Sergio Viula


O site do jornal The Huffington Post noticiou (nesta terça, 17/03/15) que a Igreja Presbiteriana (EUA) , a maior denominação presbiteriana anunciou uma mudança em sua constituição para permitir uma definição mais inclusiva do casamento.

Fonte: https://www.huffpost.com/entry/pcusa-lgbt-book-of-order_n_6885966

Oficialmente chamada Amendment 14-F (Emenda 14-F), o novo texto do Book of Order da denominação descreverá o casamento como sendo "entre duas pessoas".

Cerca de 71 por cento da Igreja Presbiteriana (EUA) aprovaram a mudança durante a assembleia geral em junho do ano passado (2014). A igreja esperou pela maioria de seus 172 Presbiérios, ou diretórios regionais, para aprovar a medida um por um. Nesta terça, a maioria foi atingida, com 86 Presbitérios enviando suas decisões em apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo na igreja.

“Hoje estamos nos regozijando!", disse a Reverenda Robin White, co-moderadora do grupo de defesa LGBT More Light Presbyterians. "Tantas famílias encabeçadas por casais LGBTQ têm esperado por décadas para entrarem nesses espaço criado para suas famílias dentro das comunidades da igreja.” (Site: https://sites.google.com/mlp.org/tempsite/home)

Centenas de paróquias deixaram a denominação nos últimos anos, em parte por causa de sua atitude mais inclusiva para com os membros LGBT. A Igreja Presbiteriana (EUA) contava com 10,959 igrejas membros em 2005. Esse número caiu para 10,038 em 2013, de acordo com estatísticas da igreja fornecidas ao The Huffington Post. A queda inclui tanto igrejas que se dissolveram completamente quanto igrejas que migraram para outras denominações, incluindo a Igreja Presbiteriana mais conservadora nos EUA e o Evangelical Covenant Order of Presbyterians -- nenhuma das duas ordena clérigos gays ou corrobora casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Na visão deste blogueiro (Sergio Viula), a Igreja Presbiteriana (EUA) só tem a ganhar com essa abertura. A tendência é que mais e mais famílias homoparentais e casais homoafetivos migrem de igrejas mais fechadas para essa denominação. O saldo final pode ser muito positivo para a Igreja Presbiteriana (EUA), tanto do ponto de vista humanista quanto do ponto de vista estatístico.

Parabéns a essa denominação! Quanto mais humanista forem as religiões melhor para todos.

Gays, travestis e transexuais no Budismo

https://aasaoficial.wordpress.com/2015/01/25/gays-travestis-e-transexuais-no-budismo/

Gays, travestis e transexuais no Budismo 


Leia essa e outras matérias sobre sexualidade e religião aqui:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/p/wicca-e-sexodiversidade-por-sergio.html

EUA: Como os evangélicos estão mudando de opinião sobre o casamento gay





EUA: Como os evangélicos estão mudando de opinião sobre o casamento gay

Por Elizabeth Dias @elizabethjdias
 
Traduzido por Sergio Viula 

Links em português acrescentados pelo tradutor. Links em inglês são originais da reportagem.

Jan. 15, 2015 - Fonte: TIME
https://time.com/3669024/evangelicals-gay-marriage/

Se o cristianismo evangélico é famoso por alguma coisa na política americana contemporânea, é por sua completa oposição ao casamento gay. Agora, vagarosamente, ainda que inegavelmente, os evangélicos estão mudando de opinião.

Todo dia, comunidades evangélicas por todo o país estão se deparando com uma encruzilhada a respeito do casamento. Minha história para a revista TIME essa semana, “A Change of Heart,” é um mergulho profundo nas mudanças de alianças e divisões nas igrejas evangélicas sobre a homossexualidade. Em público, muitas igrejas e pastores têm medo de falar sobre as mudanças societais e geracionais que estão acontecendo. Mas atrás das cortinas, é um jogo muito diferente. O apoio ao casamento gay em todas as faixas etárias de evangélicos brancos tem aumentado em dois dígitos através da última década, de acordo com o Public Religion Research Institute (Instituto de Pesquisa sobre Religião Pública), e a mudança mais rápida pode ser encontrada entre os evangélicos mais jovens – o apoio deles ao casamento gay saltou de 20% em 2003 para 42% em 2014.

Aqui estão algumas da descobertas de primeira linha do meu artigo. (Para ler a história completa, em inglês, aqui: https://time.com/3668781/inside-the-evangelical-fight-over-gay-marriage/).

Neste inverno [N.T. o inverno de 2015 lá nos EUA, é claro] a EastLake Community Church (a Igreja da Comunidade do EastLake de Seattle) está discretamente saindo do armário como uma das primeiras mega-igrejas do país a apoiar a plena inclusão e afirmação das pessoas LGBTQ. É quase impossível exagerar na importância dessa atitude. EastLake é de muitas maneiras a quintessência em termos de mega-igreja evangélica com milhares de pessoas, frequência, louvor com música rock, sermões baseados na pregação da Bíblia. Mas o pastor Ryan Meeks, 36, está na crista da onda de uma nova decisão. “Eu me recuso a ir a uma igreja onde meus amigos que são gays são excluídos da Comunhão ou do pacto do casamento ou da beleza da comunidade cristã”, disse-me Meeks. “É uma atitude de integridade para mim – a mensagem de Jesus era uma mensagem de ampla inclusão.”

Conversar sobre casamento gay não é mais visto como uma concessão automática em termos de autoridade bíblica. Outros pastores evangélicos de peso como Andy Stanley da North Point Community Church (Igreja da Comunidade de North Point) em Atlanta e Bill Hybels da Igreja de Willow Creek não vão tão longe quanto Meeks, mas estão falando com a congregação e outros líderes evangélicos sobre como trafegar pelas mudanças que eles estão vendo nos bancos de suas igrejas. Hybels tem se encontrado privativamente, ao longo do último ano, com agregados LGBTQ para aprender como compreender melhor suas histórias. Em um retiro da Convenção Batista do Sul que durou três dias, em outubro, para treinar mais de 1.300 evangélicos a se posicionarem contra o casamento gay, Stanley encontrou-se tanto com ativistas LGBT evangélicos como com líderes da Convenção Batista do Sul para conversas privativas sobre se suas visões diferentes sobre casamento gay colocava-os de fora da fé. Jim Daly, presidente da organização Focus on the Family, desenvolveu uma amizade com o ativista LGBT Ted Trimpa e a Gill Foundation, e estão trabalhando juntos sobre temas como aprovar legislação anti-tráfico humano.

Faculdades evangélicas estão dando meio-passos na direção da inclusão e depois se retraindo para evitar uma aparência de mudança. A Wheaton College, por exemplo, a alma-mater de Billy Graham em Chicago, empregou uma lésbica celibatária em sua capelania para ajudar a conduzir um grupo oficial de alunos que questionavam sua identidade sexual, e ainda convidou uma ex-lésbica, agora casada com um pastor, para se dirigir ao corpo estudantil.

Em toda parte, líderes evangélicos como Russell Moore da Comissão de Liberdades Religiosas e Ética da Convenção Batista do Sul negam que uma mudança geracional esteja em andamento. Novos ativistas, líderes como Moore e outros que acreditam, frequentemente não são realmente evangélicos, mas revisionistas que não apoiam a autoridade bíblica tradicional. Além disso, Moore diz que para os evangélicos manterem suas opiniões fora do compasso com as mudanças societais é típico: “Nós cremos em coisas ainda mais estranhas do que isso”, diz ele. “Nós cremos que um homem previamente morto chegará do céu sobre um cavalo.”

Então, existe um crescente número e ativistas LGBTQ evangélicos pressionando por mudança. Matthew Vines, 24 anos, e fundador do Reformation Project (Projeto de Reforma), representa um novo momento para mudar a corrente evangélica. Ele espera levantar evangélicos afirmativos em cada igreja evangélica do país. Ele apresenta conferências e sessões de treinamento para evangélicos, tem equipe em três estados e representantes em 25, e já levantou uma estimativa de um milhão e duzentos mil dólares para 2015 para avançar mais. Brandan Robertson, 22 anos, é o porta-voz nacional para o Evangelicals for Marriage Equality (Evangélicos para o Casamento Igualitário), um esforço iniciado para ajudar evangélicos a apoiarem os casamentos civis gays, se não casamentos nas igrejas. Justin Lee, 37 anos, do Gay Christian Network (Rede de Cristãos Gays) realizou sua 11ª conferência anual no ano passado em Portland, Oregon., e 1.400 pessoas compareceram – o dobro do número que veio ano passado. A amizade de Lee com Alan Chambers, o fundador da organização ex-gay Exodus International, foi uma das peças-chave que levaram Chambers a se desculpar pelos ferimentos que sua organização causou, e a organização fechou.

Para todos em todos os lados, a Bíblia mesma está jogo. E, a mudança religiosa leva décadas, séculos até, quando acontece de fato. Mas a cada dia, está ficando mais difícil negar que a mudança está realmente acontecendo. Meeks coloca as coisas assim: “Cada movimento positivo de reforma na história da igreja é primeiro rotulado de heresia. O Evangelicalismo está muito atrasado nesse ponto. Temos um débito a pagar.”.


MATTHEW VINES, citado na matéria - vídeo e script traduzido para o português por Sergio Viula aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2012/09/the-gay-debate-bible-and-homosexuality.html

Postagens mais visitadas