Parada Gay será no Centro de Caxias

Está garantida a Parada Gay 2009 de Duque de Caxias - RJ

Organizadores conseguem autorização para evento na avenida principal. Juiz proíbe crianças e adolescentes

Duque de Caxias - Cerca de 200 mil pessoas são esperadas amanhã, quando acontece a 4ª Parada Gay (LGBT) de Duque de Caxias. O evento começa às 13h, na Avenida Brigadeiro e Lima e Silva, no Centro (Nota deste blogueiro: neste domingo, 15 de novembro de 2009), após uma queda de braço entre o prefeito do município, José Camilo Zito dos Santos, e representantes de gays, lésbicas, travestis e transexuais.

O juiz Aílton Augusto dos Santos, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Duque de Caxias, proibiu a participação de crianças e adolescentes. Em documento, ele ressalta que a medida tem como objetivo evitar que crianças e adolescentes presenciem cenas inadequadas para a sua faixa etária.

O prefito Zito chegou a impedir o evento, que seria realizado no dia 11 de outubro. O prefeito também não queria a realização do evento na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, mas resolveu ceder. “É um evento que vai levar muitas pessoas. Tenho que ser consciente”, disse ele.

Sharlene Rosa, coordenadora da parada e presidente do grupo Pluralidade e Diversidade, de Duque de Caxias, disse que serão distribuídos 20 mil preservativos no evento, que também vai arrecadar alimentos, roupas e brinquedos para serem distribuídos para os desabrigados em Caxias.

Parada Gay 2009 em Caxias (RJ) remarcada!!!

O Tio Zito disse que pode ter Parada Gay, sim, mas só se as senhoras forem bem comportadas. 

😂😂😝😝

 

LOOOOTEEEM A PISTA, IRMÃS!!!

Moral pra quem, Zito?

Parece piada de mau gosto, mas aconteceu de verdade: o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, tentou barrar a Parada LGBT do município — alegando que o evento promove “imoralidade”.

Isso mesmo. Em pleno século XXI, com crise econômica, saúde capengando e educação precisando de socorro, o prefeito resolveu que o verdadeiro problema de Caxias é… glitter, peruca, beijo gay e bandeira colorida.

Ah, Zito, que vergonha.

Diz ele que permite o evento, desde que haja ordem. Fofíssimo. A gente também quer ordem — mas ordem para garantir direitos, e não pra censurar a alegria alheia. Quer segurança? A organização vai contratar segurança particular. Quer formalidade? Já tá sendo feito. Quer controle de “atos obscenos”? Vai ter, mas a gente sugere começar fiscalizando certos gabinetes, porque o que tem de gente fazendo coisa feia em nome da moral…

A presidente do grupo Pluralidade e Diversidade, Sharlene Rosa, já deu a letra: a Parada vai acontecer no dia 15 de novembro, com o tema “A República é de todos: direitos aos homossexuais, já!”. O recado tá dado: não adianta tentar calar a gente. Cada vez que tentam, a resposta vem mais forte, mais colorida, mais organizada — e mais cheia de purpurina.

O recuo do prefeito depois da pressão foi tão evidente que até a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos já encaminhou denúncia contra ele, pedindo providências. Afinal, Zito quis impedir um evento democrático com base em puro preconceito.

Mas a gente tá acostumado. Sempre que LGBT ocupa espaço público, vem alguém gritando "moral" — como se moral tivesse a ver com amar quem se ama, e não com desviar verba, abandonar hospital e fingir que tá tudo bem quando não tá.

A parada vai acontecer, sim. Com respeito, com segurança, com militância, com festa. Porque ninguém solta a mão de ninguém — nem quando um prefeito tenta puxar o tapete.

Nos vemos dia 15 de novembro. De salto, com bandeira e com orgulho.
Porque a República é nossa também. E a rua, meu amor, é pra quem tem coragem.