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Casal gay em pé de guerra com o Clube Paulistano

Warde e Tapajós: eles querem que a decisão seja reconsiderada


🎾 Quando o preconceito veste branco: a história de um casal barrado no Clube Paulistano


Entre as piscinas silenciosas, os almoços familiares e a tradição centenária do Clube Athletico Paulistano, uma história vem quebrando o verniz de aparente neutralidade: o infectologista Ricardo Tapajós, 45, e o cirurgião plástico Mário Jorge Warde, 39, estão lutando por algo simples — o reconhecimento de sua união.

Juntos desde 2004, os dois formam um casal estável, com vínculos familiares, afetivos e patrimoniais. Ainda assim, o clube, um dos mais tradicionais e elitistas de São Paulo, recusou o pedido de Tapajós para registrar Warde como seu dependente. A alegação: tanto o estatuto da entidade quanto o Código Civil só reconheceriam uniões entre homem e mulher.

Mas a história revela mais do que uma suposta "leitura técnica": expõe o conservadorismo enraizado em instituições sociais fechadas, onde a aparência de igualdade esconde práticas discriminatórias. Quando Tapajós viveu com uma mulher, mãe de seus filhos, o mesmo pedido foi aprovado em apenas uma semana. Agora, com um parceiro homem, a recusa veio amparada por uma leitura rígida e seletiva do regulamento.

“Ele frequenta o Paulistano como visitante, mas gostaria de tê-lo ao meu lado na qualidade de companheiro, como eu poderia fazer caso fosse casado com uma mulher”, afirmou Tapajós.

A proposta para Warde? Comprar um título de 180 mil reais, além de passar pelo crivo social de sete sócios influentes. É o preço da aceitação.

A advogada do casal, Isabella Pereira, afirma que o estatuto é omisso quanto ao reconhecimento de casais homoafetivos e que a questão não é jurídica, mas política e ética:

“Não se tratava de decidir se determinada pessoa poderia ou não se associar, mas o que fazer em casos assim.”

Ricardo e Mário Jorge seguem frequentando o clube aos domingos, pagando taxa de visitante, sem acesso a áreas comuns como a piscina ou o cinema. Mas não abrem mão de estarem juntos, de mão dada e cabeça erguida, exigindo o respeito que merecem.

Essa história não é apenas sobre um clube: é sobre como, mesmo em tempos de avanços legais, o preconceito ainda encontra maneiras de se disfarçar sob regulamentos, tradições e “boas maneiras”. E sobre como o amor, quando firme, não recua diante da exclusão.


🌈 Porque nenhuma tradição deve ser mais forte que o direito de existir com dignidade.


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