Mostrando postagens com marcador adolescentes gays. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador adolescentes gays. Mostrar todas as postagens

BOYS (JONGENS): Lindo filme holandês.

Cena de Boys (Jongens)

Depois de muitas semanas seguidas sem um dia no final de semana para chamar de só nosso (uma dissertação está acabando com meu tempo livre), eu e Andre decidimos tirar o domingo só para nós dois. E foi ótimo!

Depois de almoçarmos e curtirmos o final no calçadão de Copacabana, fomos até Ipanema e fechamos a noite com o filme Boys (Jongens). A experiência com o filme foi ótima! Sensível e belo, o filme fala de amor e dos conflitos que um dos jovens passa a ter assumir o controle de sua própria vida. Veja o trailer abaixo.

O filme está sendo apresentado na Casa de Cultura Laura Alvim às 15:00 e 21:15.

Você pode comprar o ingresso online aqui: http://www.ingresso.com/rio-de-janeiro/adcinema/escolha/cinema/48514010/boys-legendado

Boys (Holandês: Jongens)
Fonte: Adorocinema

27 de outubro de 2016 / 1h 18min / Drama / Holanda
Direção: Mischa Kamp
Elenco: Gijs Blom, Ko Zandvliet, Jonas Smulders

Não recomendado para menores de 10 anos


Sinopse:

Sieger (Gijs Blom) é um atleta de 15 anos de idade, em fase de treinamento para uma competição de revezamento. A rotina é alterada pela chegada de um novo membro da equipe, Marc (Ko Zandvliet). Os dois descobrem interesses em comum e se tornam amigos próximos, até perceberem que possuem sentimentos um pelo outro. Sieger tenta esconder a sua atração, mas logo descobre que seu amor é grande demais para ficar em segredo.

'Uma Leve Simetria', de Rafael Bán Jacobsen, me emocionou.



Ainda estou sob o impacto da leitura de 'Uma Leve Simetria'.

Parabéns Rafael Bán Jacobsen! Seu livro é excepcional. Terminei a leitura ontem. Amei apaixonadamente cada linha!


***

Impressionante como o autor costura a história de Daniel e Pedro (no romance) à história de Davi e Jônatas, seguindo o roteiro dos livros de Samuel, com um ou outro retoque para aprofundar a sensibilidade dos relatos.

Linguagem impecável! Copydesk perfeito (nenhuma letra fora do lugar), o oceano de emoções que Pedro vive explorado até a última gota. A ambientação no meio judaico faz desse livro um diferencial em termos de romance com tema homoerótico ou homoafetivo, como prefiram.

SIMPLESMENTE IMPERDÍVEL!

Editora Malagueta






CONEXÃO REPÓRTER - A HOMOSSEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA


Atualização em 10/01/2025

Infelizmente, o vídeo não consta mais no link publicado aqui.

Porém, você ainda pode se beneficiar da leitura abaixo:


A homossexualidade na adolescência é um tema crucial e muitas vezes desafiador para jovens e suas famílias. Durante a adolescência, ocorre a descoberta e a afirmação da identidade sexual, o que pode ser um processo confuso e difícil, especialmente para adolescentes que se identificam como LGBT+. A pressão social, a falta de aceitação familiar, o bullying e o medo de não ser aceito por seus pares podem resultar em sérios impactos emocionais, incluindo depressão e ansiedade. A falta de apoio e compreensão também pode aumentar o risco de suicídio entre adolescentes LGBT+.

Por que o tema é tão importante?

Durante a adolescência, muitos jovens começam a perceber que têm atração por pessoas do mesmo sexo, e esse processo de descoberta pode gerar inseguranças e conflitos internos. A sociedade muitas vezes não está preparada para aceitar e apoiar essa diversidade sexual, o que pode aumentar os desafios para esses adolescentes. O apoio familiar é fundamental para ajudar no processo de aceitação e fortalecimento da autoestima. Portanto, é essencial que os pais se informem sobre as questões que envolvem a homossexualidade na adolescência para poder apoiar seus filhos de maneira adequada.

Principais desafios enfrentados por adolescentes LGBT+:

Medo da Rejeição: Muitos adolescentes temem que seus amigos, colegas de escola ou familiares os rejeitem quando descobrirem sua sexualidade.

Bullying e Discriminação: Jovens LGBT+ são frequentemente alvos de bullying e discriminação na escola, o que pode prejudicar seu bem-estar emocional.

Falta de Representação e Apoio: A ausência de representação positiva de pessoas LGBT+ nas mídias e falta de apoio nas escolas dificultam a compreensão e a aceitação.

Dificuldades Familiares: Pais podem reagir de forma negativa ou indiferente à revelação da sexualidade do filho, o que pode gerar um afastamento emocional.

Livros recomendados para adolescentes e pais:


"Os Meninos da Rua Paulo" – Gilda Nunes
Um livro que aborda a homossexualidade de forma acessível e aborda os dilemas da descoberta da sexualidade em um contexto brasileiro.

"Simplesmente Diferente" – Raoni S. Lemos
Focado na vida de jovens LGBT+ e na importância da autoaceitação, este livro é uma excelente leitura para adolescentes e para os pais.

"Doze Segundos" – Miguel Sanches Neto
Um livro que trata da adolescência e da descoberta da homossexualidade, mostrando os conflitos internos do personagem principal.

"O Que Me Faz Ser Eu?" – Fabrício Carpinejar
Carpinejar traz reflexões sobre identidade e pode ajudar os pais a compreenderem melhor os desafios enfrentados pelos adolescentes LGBT+.

Sites e organizações de apoio:

Grupo Dignidade (www.dignidade.org.br)
Uma das organizações mais relevantes para a defesa dos direitos LGBT+ no Brasil. Oferece informações sobre como lidar com questões relacionadas à homossexualidade e à aceitação familiar.

Aliança Nacional LGBTI+ (www.aliancalgbt.org.br)
A Aliança é uma rede de apoio que fornece recursos e orientações para a comunidade LGBT+ e também oferece suporte para famílias e pais que buscam compreender seus filhos LGBT+.

Movimento Homofobia Nunca Mais (www.homofobianuncamais.org.br)
Uma plataforma que oferece apoio psicológico e recursos educativos para adolescentes LGBT+ e seus familiares.

Rede Nacional de Famílias de LGBTs (www.familiaslgbt.org)
Oferece uma rede de apoio para pais que desejam entender melhor o processo de aceitação de seus filhos LGBT+ e como ajudar na criação de um ambiente seguro e acolhedor.

Centrão LGBT+ (www.centro-lgbt.org)
Um site que oferece serviços de apoio emocional e psicológico para adolescentes LGBT+ e oferece informações sobre como os pais podem ser aliados na jornada de aceitação dos filhos.

Esses livros e sites são recursos úteis para adolescentes que estão passando por esse momento de descoberta e também para os pais que buscam entender melhor como apoiar seus filhos com amor, respeito e aceitação. Quanto mais informações e apoio eles tiverem, mais seguro e saudável será o processo de aceitação e afirmação da identidade sexual.

Adolescente gay do Tennessee se enforca depois de deixar uma nota no lixo que dizia: ‘por favor, ajude-me, mamãe’

Phillip Parker, 14, enforcou-se no banheiro de seus pais.



via 4WSMV Nashville


Um adolescente gay do Tennessee matou-se na sexta-feira, depois de deixar uma nota no lixo que dizia: 'Por favor, ajude-me, mamãe' - reportou a SMV-TV de Nashville.


Phillip Parker, 14, enforcou-se no banheiro de seus pais em Gordonsville depois de um ano de constante bullying, disseram membros da família à WSMV, uma afiliada da NBC.

"Ele continuava dizendo-me que tinha uma pedra sobre o peito" - disse à estação a avó de Phillip, Ruby Harris.

"Ele só queria tirar aquela pedra de sobre o peito para que pudesse respirar."

A família disse que reportou o bullying à escola (Gordonsville High School) em várias ocasiões, mas a situação só piorava.

Um oficial disse à WSMV que o distrito escolar está preparando um plano para tratar do assunto com os alunos na segunda-feira.

"Ele não deveria ter se matado para que pudesse ser trazido à vida" - o pai do adolescente, também chamado Phillip, disse à estação.

A mãe do adolescente, destinatária da nota encontrada no lixo, disse que ela não imaginou o nível de dor de seu filho até que fosse tarde demais.

"Eu deveria ter sabido que havia algo errado, mas ele parecia feliz," Gena Parker disse ao Canal 5 de Notícias em Nashville. "Depois de fazer o que fez, nós descobrimos muita coisa que não sabíamos, e tem muito bullying em andamento naquela escola."

A tragédia aconteceu um mês depois que outro jovem adolescente do Tennessee, Jacob Rogers, tirou a própria vida, e apenas uma semana depois que Eric James Borges, que havia produzido um video anti-suicídio encorajando outros jovens gays a continuarem lutando, matou-se na Califórnia.

Uma vigília à luz de velas foi feita na noite de segunda-feira em Gordonsville para honrar a memória de Phillip.


-------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Mais que qualquer luta externa, tipo combate ao bullying (apóio totalmente), o mais importante é aceitação incondicional em casa. Pais que estão mais preocupados com o que o pastor vai dizer, ou o vizinho, ou o parente fulano de tal, só contribuem para o aumento dessa dor de inadequação que os adolescentes passam e que é agravada no caso do adolescente gay num ambiente hostil.

Tem que amar, aceitar, apoiar, etc. Tem que deixar namorar na idade que todo adolescente namora. Tem que deixar trazer o namorado em casa, jantar juntos, etc. Tem que mostrar que não há nada errado em ser gay e amar quem se ama. O que não se pode fazer é fingir que nada está acontecendo, que é uma fase, que ele está feliz solitário , etc.

AMOR: Essa é a melhor forma de neutralizar o ódio. AMOR INCONDICIONAL. ACEITAÇÃO E ORGULHO valem mais do que homenagens póstumas e punição de culpados, porque PROTEGE a pessoa e não a reputação machista de quem quer que seja.

Read more in English: http://www.nydailynews.com/news/national/gay-teen-tennessee-hangs-leaving-note-trash-read-mom-article-1.1010752#ixzz1kQF8zwYd

Adolescente comete suicídio um mês depois de fazer filme 'It Gets Better' (Melhora)

Perda trágica: Eric James Borges, um jovem gay de 19 anos, cometeu suicídio quarta-feira passada depois de incentivar outros jovens a assumirem suas vidas


Um adolescente que produzia videos e fez um filme emocionalmente inspirativo em apoio a jovens gays e lésbicas cometeu suicídio. Um mês depois de filmar It Gets Better, sites gays e lésbicos informaram que Eric James Borges, 19 anos de idade - conhecido como EricJames entre seus amigos - havia tirado a própria vida. Os motivos e circunstâncias que cercam a morte do adolescente não foram revelados, mas através de seu trabalho Borges revelou sua homossexualidade e que sua 'assunção' ano passado havia sido uma experiência traumática.


Depois de ser chutado de sua família 'cristã extremista' por causa de sua orientação sexual, Borges foi construir a vida na Califórnia

O video que ele fez um mês antes de se suicidadar (em inglês):


--------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Infelizmente, a pressão externa foi muito intensa para ele. Só quem passa por toda essa perseguição religiosa de famílias cristãs homofóbicas é que sabe. Ele era muito jovem. Os jovens lidam com mais dificuldade com tudo isso. Felizmente, eu tinha 34 anos quando enfrentei os 'picos' de perseguição por causa da minha assunção como gay. Se não estivesse mais maduro e mentalmente estruturado, não sei se teria aguentado. Quem já leu 'Em Busca de Mim Mesmo' sabe do que eu estou falando.

Fico especialmente feliz quando vejo outras pessoas encontrando encorajamento e força a partir daquela leitura. E por isso também mantenho esse blog 'Fora do Armário'. São gotas de água fresca em meio à desertificação existencial que dogmas e preconceitos vão impondo sobre a vida de tanta gente. Mas o que cada um precisa mesmo é tomar as rédeas da própria vida e seguir em frente. Gostem os demais ou não.

É trágico e lamentável que esse jovem não encontrou as forças necessárias para seguir em frente.  É mais um 'Bobby' que se vai. Assista ao filme Orações por Bobby e você vai entender exatamente o que quero dizer com isso.

Pastor defende adolescente homossexual e é demitido da igreja



Pastor denuncia homofobia contra adolescente em igreja na BA


Do site Terra - 10 de janeiro de 2012 



Uma denúncia de homofobia contra um adolescente de 16 anos, supostamente praticada por membros do conselho administrativo e frequentadores da Igreja Batista da Graça, em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, virou caso de polícia, com abertura de inquérito e desdobramentos na Justiça. A queixa foi prestada à delegada Karla Rodrigues de Souza, no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), no final da tarde desta terça-feira, pelo pai do adolescente, Carlos André da Silva, 44 anos, acompanhado pelo denunciante, o próprio pastor da congregação, Sérgio Emílio Meira Santos.

De acordo com Santos, que há 18 meses ministra cultos na igreja, o rapaz passou a ser constrangido pela direção e alguns membros em função de sua orientação sexual. A iniciativa, ainda segundo ele, teria gerado desconforto entre os membros do conselho, que decidiram pelo seu afastamento da condição de pastor. Santos declarou que foi informado da sua demissão por meio de uma carta, encaminhada pelo conselho, alegando que ele não estaria cumpria a contento suas atribuições de pastor, ausentando-se de cultos e das visitas domiciliares.

O advogado Raimundo Alves da Cunha falou em nome da igreja e contestou as denúncias. "Nada do que ele fala é verdadeiro. Quem conhece o conselho sabe que ele sempre pregou apoio aos homossexuais, sem distinção a ninguém. Isso é um álibi que ele usa em sua defesa, mas as provas que temos mostrarão o contrário. Procurem levantar os nomes dos membros do conselho e saberão quem está com a verdade. Os fatos estão comprovados e descritos na petição. A Justiça é quem irá decidir", sustentou.

"Essas alegações foram apenas uma nuvem de fumaça para encobrir os reais motivos da minha demissão. O motivo foi uma reunião na casa de um dos membros do conselho, onde foi declinado o nome do rapaz, falando sobre a sua orientação sexual e que eu o havia apoiado, permitindo que o mesmo ensaiasse no grupo musical da igreja. De forma alguma a palavra de Deus nos orienta a ficar na porta da igreja questionando as pessoas sobre a orientação sexual delas", disse, justificando sua atitude. "Toda nossa formação é orientada para que possamos incluir as pessoas. O próprio nome graça tem 25 significados e um deles é acolhimento", argumentou Santos, que continua no mesmo cargo, aguardando decisão judicial sobre o processo movido contra ele pelo conselho. "O silêncio é que gera a intolerância", arrematou.

O jovem, que frequenta a congregação há um ano e meio no bairro Alto Maron, confirma as denúncias. "Sempre houve afastamento, exclusão por parte de alguns membros devido à minha orientação, e isso num local que deveria dar apoio às pessoas", desabafou. O pai, a mãe, irmãos e outros seis membros da família frequentam a mesma igreja. Ao comparecer à delegacia para prestar queixa, o pai disse ter tido a convicção de que o filho, de fato, havia sofrido discriminação por conta de sua homossexualidade. "Quero continuar frequentando a igreja, quero que meu filho seja ganho para Cristo, seja ganho para o Senhor. Não quero que ele seja um jogado aí na rua, desprezado pelo fato de ser um homossexual", afirmou.

A coordenação do Grupo Safo, entidade que defende os direitos do público LGBT, também prestou queixa na delegacia. "Não como homofobia, porque não é crime, mas por discriminação por orientação sexual. Vamos ingressar com processo e também acionar o Conselho Tutelar e os organismos de direitos humanos", anunciou a coordenadora do grupo, Rosilene Santana.



☝☝☝

Adolescente gay comete suicídio: Até quando?

Adolescente que se assumiu gay no YouTube e sofria bullying comete suicídio


REDAÇÃO ÉPOCA
20/09/2011



Jamey Rodemeyer, 14 anos


Mais uma história triste de suicídio de um adolescente vítima do bullying nos Estados Unidos, segundo o Huffington Post e a Buffalo News. O nome do menino desta foto é Jamey Rodemeyer, e ele tinha 14 anos. Jamey mantinha um blog onde escrevia constantemente sobre xingamentos e humilhações que sofria na escola por ser gay. Entre um lamento e outro, ele também escrevia sobre Lady Gaga, seu grande ídolo. “Ela me deixa muito feliz, e me faz ter certeza de que nasci assim”.

Em seu blog no Tumblr, no começo de setembro, Jamey fez um desabafo: “Ninguém na minha escola procura prevenir suicídios, enquanto são vocês que me xingam e me fazem chorar”. Em outro post, no dia seguinte, ele também falou sobre o bullying: “Eu sempre digo o quanto sofro bullying, mas ninguém escuta. O que eu tenho que fazer para que me escutem?”.

Seus últimos posts antes de aparentemente cometer suicídio foram sobre o desejo de reencontrar sua bisavó, morta recentemente, e um agradecimento à sua diva Lady Gaga. Logo depois, foi encontrado morto do lado de fora da sua casa.

Abaixo, o vídeo (em inglês) que Jamey deixou quatro meses antes de morrer, quando parecia demonstrar uma visão positiva do mundo. O título é “As coisas melhoram! Eu prometo!”. “Meu conselho a vocês é o seguinte: Mantenha a cabeça erguida que você chega longe”, afirma. É triste que ele não tenha conseguido.


Pai entrega filho de 15 anos à polícia por ser gay




Pai rejeita filho por ser gay e entrega-o na polícia de Valadares



AUTOR: MIGUEL MOREIRA | LEITORES: 2835
SEXTA-FEIRA, 09 SETEMBRO 2011 13:32


Pai descobre que o filho é homossexual e entrega-o na esquadra da PSP de Valadares. A polícia acolheu o menor, de 15 anos, que está agora à espera de um albergue. Autoridades já acionaram os serviços de emergência social.

Um pai revoltado por ter descoberto que o filho era gay decidiu entregá-lo nas autoridades e abandonar o menor, na esquadra da Polícia de Segurança Pública de Valadares, em Vila Nova de Gaia.

Esta história de homofobia, contado pelo Jornal de Notícias, tem o lado insólito, mas acarreta um problema social grave. O menor entrou na esquadra, de madrugada, totalmente destroçado, e ficou sem abrigo, apenas devido à sua orientação sexual.

O progenitor (com formação superior) não aceita ficar em casa com o menor de idade, está em rejeição, e transportou para as autoridades a responsabilidade de acolher o filho. Dadas as circunstâncias, a PSP de Valadares procedeu de acordo com as normas e chamou os serviços de emergência social.

Perseguição, choque e desorientação

O caso ocorreu na passada quinta-feira. Uma fonte policial revelou ao JN que, depois de uma saída noturna, o rapaz de 15 anos foi perseguido pelo pai, que o viria a encontrar, por volta da 1h30 da madrugada, na discoteca Pride, localizada na cidade do Porto e freqüentada, sobretudo, por homossexuais.

Perante o choque de descobrir que o filho era gay, começou por chamar a polícia, acusando os proprietários do espaço de terem permitido a entrada a um menor de idade. A Polícia de Segurança Pública registou a ocorrência e tomou as medidas necessárias, já que a idade mínima para frequentar a discoteca é 18 anos.

Os dois regressam então a casa, localizada na freguesia gaiense, mas por pouco tempo. Já ás 4h30, o pai leva o filho à esquadra de Valadares. Segundo o JN, o menor apareceu na esquadra da PSP “lavado em lágrimas”. Sabia que iria ser entregue à polícia, sem cometer qualquer crime.

---------------------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


O que falta acontecer para que os governantes e legisladores desse país compreendam o malfeito de sua omissão diante da homofobia, esta que atinge o indivíduo LGBT em todos os lugares, inclusive dentro de casa? O que aconteceu nesse caso em Portugal é a mesma realidade vivida por muitos jovens homossexuais no Brasil e verificada estatisticamente pela mais recente e mais completa pesquisa feita até agora no país (Fundação Perseu Abramo - FPA).

Recomendo muito a leitura do livro lançado pela FPA, sob o título "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil". Não consigo engolir o grito que insiste em subir pela minha garganta:

Dilma, cadê você?
Maria do Rosário, cadê você?
Senadores, onde estão vocês?
Deputados, onde estão?

Até quando vocês, políticos, vão continuar fazendo de conta que o Brasil é um território livre de homofobia, quando todos os estudos sobre o assunto apontam na direção oposta? E a experiência diária só confirma essa terrível realidade?

Até quando a estúpida bancada evangélica homofóbica (que não seria levada a sério em nenhum país que preze os direitos humanos no mundo) vai continuar emperrando a evolução dos direitos civis nesse país?

Até quando as pessoas vão continuar achando que combater a homofobia é uma questão pessoal de cada cidadão LGBT e continuar ignorando que isso tem que ser uma agenda tutelada pelo governo em todos os níveis (federal, estadual e municipal) para o bem-estar dos cidadãos e para a preservação do próprio Estado Democrático de Direito?

Chega de baixaria, omissão, desprezo às reais e legítimas necessidades da população LGBT. Quem tem filho sabe que um garoto de 15 anos é - em termos de autonomia - uma criança. Ainda que ele possa parecer um adulto fisicamente, não subsistirá tranquilamente sem a tutela da família. Agora, um pai idiota desses ninguém merece. O Estado tem que cuidar para que esse menino não seja mais um nas estatísticas de abuso, de assassinato ou até de suicídio.

Até agora não ouvi nenhum desses demagogos que tanto falam do abuso de crianças e adolescentes se manifestarem a favor desse garoto vilipendiado pelo próprio pai. Cambada de sanguessugas do dinheiro público e produtores de mais preconceito. Como podem representar alguma coisa que não a si mesmos?

Basta de homofobia!

Adolescentes gays que se suicidam

Foto: Internet


Educação
04/10/2010 - 17:08



Suicídios recentes ressaltam pressões sobre adolescentes gays


As mortes desencadearam uma apaixonada – e por vezes furiosa – resposta dos ativistas gay e chamou a atenção de autoridades federais.


Do The New York Times


Quando Seth Walsh estava na sexta série, virou-se para a mãe e disse: "mãe, eu sou gay". Wendy Walsh, cabeleireira e mãe solteira de quatro filhos, respondeu: “ok, meu querido, eu te amo, não importa o que você seja".

No mês passado, Seth entrou no quintal de sua casa, na cidade de Tehachapi, no deserto da Califórnia, e enforcou-se, aparentemente incapaz de suportar uma chuva incessante de insultos, agressões e outros abusos de seus pares. Depois de pouco mais de uma semana na UTI, ele morreu na terça-feira passada. Tinha 13 anos.

O caso de Tyler Clementi, o calouro da Universidade Rutgers, que pulou da ponte George Washington, em Nova York, depois que seu encontro sexual com outro homem foi transmitido on-line, chocou a muitos. Mas sua morte, assim como a de Seth Walsh, são apenas alguns exemplos dos vários suicídios de jovens adolescentes gays que foram hostilizados por colegas, em pessoa ou on-line, nas últimas semanas.

A lista inclui Billy Lucas, 15 anos, de Greensburg, Indiana, que se enforcou dia 9 de setembro depois de colegas o terem provocado na escola. Menos de duas semanas depois, Asher Brown, 13 anos, dos subúrbios de Houston, atirou em si mesmo. Ele também relatou que foi insultado em sua escola, de acordo com o jornal Houston Chronicle. Sua família culpou os funcionários da escola que não agiram depois de receber a reclamação, algo que a escola nega.

Reação - As mortes desencadearam uma apaixonada – e por vezes furiosa – resposta dos ativistas gay e chamou a atenção de autoridades federais, entre eles Arne Duncan, o secretário da Educação, que na sexta-feira chamou os suicídios de "tragédias desnecessárias" causadas pelo "trauma de ser intimidado".

"Este é um momento em que cada um de nós – pais, professores, estudantes, autoridades eleitas e todos as pessoas conscientes – tem de se levantar e falar contra a intolerância em todas as suas formas", disse Duncan.

Enquanto o suicídio de adolescentes gays se torna uma preocupante tendência, os especialistas dizem que o estresse pode ser ainda pior em zonas rurais, onde a falta de serviços de apoio aos gays – e mesmo aos que já assumiram – pode levar a uma sensação de isolamento que pode ser insuportável.

"Se você está numa pequena comunidade, a pressão é muito forte", disse Eliza Byard, diretora-executiva da Gay, Lesbian, Straight Education Network, sediada em Nova York. "E sabe-se lá como as pessoas enviam recados sobre 'como é errado ser gay'."

De acordo com uma pesquisa recente conduzida pelo grupo de Byard, quase 9 entre 10 gays, lésbicas, transexuais ou bissexuais entre estudantes do ensino médio sofreram violência física ou verbal em 2009 - que vão de insultos a espancamentos.

Repercussões - No caso de Clementi, procuradores em Nova Jersey acusaram dois calouros colegas de Rutgers por invasão de privacidade e olham para a morte como um possível crime de ódio. Promotores em Cypress, no Texas, onde Asher Brown morreu, disseram na sexta-feira que iriam investigar o que levou ao suicídio.

Em um par de posts na semana passada, Dan Savage, colunista de sexo que vive em Seatlle, atribuiu a culpa a professores e administradores escolares negligentes, colegas de sala que praticam bullying e "grupos de ódio que mexem com algumas mentes e atormentam outras".

Em uma entrevista, Savage, que é gay, disse que estava particularmente irritado com líderes religiosos que utilizaram "retórica antigay"sobre questões como o casamento homossexual e gays nas forças armadas.

"O problema é que as crianças estão sendo expostas a essa retórica e depois vão para a escola onde há um garoto gay", disse ele. "Como eles irão tratar o garoto gay se foi dito que ele está tentando destruir sua família? Irão abusar dele."

No final de setembro, e na sequência de vários suicídios, Savage começou um projeto no YouTube chamado "vai melhorar", com gays adultos falando sobre suas experiências com o assédio quando adolescentes. Em um vídeo, um gay chamado Cyrus conta sobre vida de adolescente enristado em uma pequena cidade no interior de Nova York.

"A principal razão para levar adiante esses vídeos é o quanto minha vida está diferente, como ela é grande e como sou feliz em geral", disse ele. "Houve momentos na escola, apesar de ter bastante sorte com o bullying e não ter muitos problemas, em que me sentia sozinho e muito diferente."

Glenda Testone, diretora-executiva do Centro Comunitário de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, em Nova York, disse que os programas do centro atendem 50 jovens por dia, que muitas vezes sofrem de "intimidação, assédio e até mesmo violência".

"Os três principais grupos responsáveis são a família, os amigos e os colegas de escola", disse ela. "E se eles estão se sentindo isolados e não têm como dizer isso a essas pessoas, vai ser um caminho muito difícil."

Em Fresno, no conservador Central Valley da Califórnia, grupos como Equality California tem sido muito ativos na tentativa de criar sucursais, sobretudo depois da derrota eleitoral de 2008, quando os eleitores do estado aprovaram a Proposição 8, que proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Bullying - Em Tehachapi, mais de 500 pessoas participaram do velório de Seth Walsh. Uma delas, Elaine Jamie Phillips, um colega de classe e amigo, disse que sabia há muito tempo que ele era gay e que Seth foi provocado por vários anos. "Mas este ano ficou muito pior", disse Jamie. "As pessoas diziam: 'você deveria se matar', 'você deveria ir embora', você é gay, quem se preocupa com você?'"

Richard Swanson, superintendente do distrito escolar local, disse que sua equipe realizou assembleias trimestrais sobre comportamento, ensinou tolerância em sala de aula e que "pune atitudes associadas ao bullying". Mas essas coisas, disse, não impediram a tragédia de Seth. "Talvez não fossem capazes", disse, em um e-mail.

De sua parte, Walsh disse que se preocupava por Seth ter sido o alvo, mas não queria culpar ninguém, embora espere que sua morte possa ensinar as pessoas a "não discriminar e a não ter preconceitos". "Realmente espero que as pessoas entendam isso", disse ela.

Sair do Armário: Adolescentes Gays, em suas Próprias Palavras

Foto: Internet


Por SARAH KRAMER
Publicado em 20 de maio de 2011


Tradução para o Blog Fora do Armário por Sergio Viula


O suicídio de Tyler Clementi, um calouro da Universidade Rutgers que pulou da Ponte George Washington ano passado depois de descobrir que seu colega de quarto havia secretamente postado na internet um encontro romântico dele com outro homem, captou a atenção do mundo todo. No turbilhão de sua morte, estórias de jovens sendo vítimas de bullying e pondo fim às suas próprias vidas proliferaram.

O avalanche subseqüente de preocupação dos pais, educadores e daqueles que sobreviveram ao bullying inspiraram “It Gets Better,” uma campanha liderada pelo colunista e autor Dan Savage, na qual milhares de lésbicas e gays adultos compartilharam suas estórias para assegurar todos os adolescentes de que a sociedade tem um lugar para eles.

A cultura popular reforçou essa mensagem de aceitação. Por exemplo, o sucesso da TV “Glee” apresentou três estórias envolvendo adolescentes gays nessa temporada, incluindo os personagens de Chris Colfer e Darren Criss e sua paquera — o que inclui o raro beijo entre pessoas do mesmo sexo. Lady Gaga tem se oposto a retórica antigay que muita gente jovem tem ouvido em suas igrejas e comunidades com a música “Born This Way” (nascida desse jeito), aumentando sua base de fãs que já era grande entre adolescentes lésbicas e gays.

“A quantidade de atenção que tem sido dada aos debates a respeito dos assuntos L.G.B.T. no último ano é outro sinal de quão profundamente a sociedade americana continua dividida sobre os assuntos L.G.B.T.,” disse George Chauncey, um professor na Yale University de História dos Estados Unidos no Século 20 e de História Gay e Lésbica, ao referir-se às pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêro. “E ela [a sociedade] tem deixado claro para os jovens quanta oposição ainda permanece.”

O The New York Times aderiu ao projeto “Coming Out” (Assumindo/Saindo do Armário) que começa segunda-feira, como um esforço para melhor entender as realidades e expectativas dessa geração, e dar aos adolescentes voz própria nesse diálogo.

The Times falou pessoalmente ou enviou e-mails para cerca de 100 adolescentes gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros de todas as partes do país - de áreas rurais a centros urbanos, de ambientes amigáveis e hostis. O jornal contatou-os através de vários grupos de advocacy em torno do mundo, bem como através de mídia social como YouTube, Twitter e Facebook. O Trevor Project, que provê aconselhamento para jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros em crise, entre outros serviços, publicou uma chamada a todos os adolescentes para que contassem suas estórias ao The Times, resultando em aproximadamente cerca de 250 respostas. Algumas vezes, esses jovens nos conduziram a outros.

Os jovens que participaram estavam em diferentes fases de sua "saída do armário": alguns haviam assumido só para si mesmos, alguns para certas pessoas em certos círculos de suas vidas, alguns só para algum amigo ou familiar em quem confiavam; alguns saíram do armário para suas famílias ou comunidade e ao perceberem que não tinham o apoio de que precisavam, recuaram na declaração — e saíram do armário de novo alguns anos mais tarde. Outros falaram que odiaram-se a si mesmo durante o processo de auto-aceitação.

Alguns exibiram sua sexualidade, enquanto outros aderiam a normas tradicionais de gênero. Um menino disse que quando ele saiu do armário pela primeira vez, ele usava delineador e jeans skinny [bem justo e afinado nas pernas]. "Mas então quando eu decidi ser eu mesmo, era como se eu não mais me encaixasse em estereóptios," disse ele.

Diante das mensagens recebidas, jovens gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros somente queriam ser adolescentes. Enquanto eles conseguem enxergar um mundo onde eles podem se casar e ter portas abertas, eles não querem ser definidos por sua sexualidade, independentemente de como eles são recebidos por sua comunidade. Esta é somente uma parte de sua identidade.

Uma adolescente de 15 anos, Kailey Jeanne Cox, disse em sua estória: “Eu não quero ser vista pelas pessoas como ‘Oh, ela é, ela é gay.’ Eu quero que eles me vejam como ‘Uau, ela ama a Deus, quem liga para que tipo de pessoa ela gosta? Ela é cristã, ela tem uma vida exemplar e é uma pessoa maravilhosa.’ É isso que eu quero que as pessoas pensem quando me virem.”

Ou Joel Bimmerman, 17 anos, que não pode esperar pelo dia em que ele comece sua transição física de macho para fêmea, que resumiu tudo da seguinte maneira: “Eu só quero terminar isso e seguir em frente com a minha vida. Quero dizer que tenho coisas a fazer, além dessa transição.”

Leia EM BUSCA DE MIM MESMO: https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

Menina lésbica de 13 anos estuprada na África do Sul

Deixem as crianças LGBT em paz!




Menina lésbica Sul-Africana de 13 anos é estuprada



06 de Maio de 2011


Uma menina lésbica de 13 anos de idade foi estuprada em Atteridgeville, Pretoria, disse esta sexta-feira o Departamento de Justiça e Desenvolvimento Constitucional. “O governo condena esse ato sem sentido e covarde de criminalidade,” disse o porta-voz do departamento Tlali Tlali numa declaração. Ele disse que a menina, que era assumida sobre sua sexualidade, foi estuprada num aparente ato de "estupro corretivo" na quinta-feira.

----------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Quem precisa de corretivo é o estuprador, esse criminoso inescrupuloso. Cadê os fanfarrões que usam a pedofilia como pretexto contra os homossexuais? Por que não se pronunciam agora? Foi um ato de pedofilia e estupro, ou seja, de total violação da dignidade de uma adolescente.

A constituição sul-africana declara textualmente que não há distinção de orientação sexual no que diz respeito aos direitos e deveres civis. Tomara que os responsáveis pela justiça e pela polícia no país prendam e condenem esse criminoso a muitos anos de cadeia. É o mínimo que podem fazer agora...

Adolescente assume ser gay, apanha e mãe perde a guarda

Polícia de Catanduva diz que ela teria permitido que filho fosse agredido pelo padrasto; menor vai morar com o pai.





Janaina de Paula
Agência BOM DIA


O adolescente M.E.S., 16 anos, foi agredido pelo padrasto, Sivaldo Bispo dos Santos, com socos e pontapés na noite desta quarta-feira (8), em Catanduva, depois de revelar ser homossexual.

A mãe do adolescente, Aparecida Socorro Ozana, perdeu temporariamente a guarda do garoto por permitir que o filho fosse agredido. De acordo com o delegado Pedro Artuzo, o garoto também levou socos no órgão genital. “A mãe deverá ser punida por não ter feito nada para defender o adolescente”.

Depois da agressão, M. foi recolhido pelo Conselho Tutelar e encaminhado a um abrigo, onde passou a noite. O adolescente vai morar com o pai, em Monte Alto. “O que eu quero é viver minha vida sem prejudicar ninguém. Tenho um companheiro que me faz feliz”, disse o adolescente ao BOM DIA durante entrevista ontem à tarde.

De acordo com Vasco Pedro da Gama, presidente do grupo Reveja, que trabalha com ações de direitos civis de homossexuais em Catanduva, dois gays que moravam na cidade se suicidaram neste ano por causa de rejeição da família.

“Esse menino precisa de ajuda. Ele confiou na família e se decepcionou ao contar um segredo que o atormentava”, disse Vasco.

A psicóloga Mara Lúcia Madureira afirma que a discriminação pode trazer graves consequências, principalmente por se tratar de um adolescente.

“Esse garoto poderá desenvolver problemas de relacionamento social. Ele pode se tornar uma pessoa agressiva e introspectiva. O adolescente vai precisar de um suporte social”, afirmou a psicóloga.

Por telefone, o BOM DIA tentou falar com Sivaldo e Aparecida, mas eles não quiseram das entrevista. O pai do adolescente, Antônio Jair de Souza, também não quis comentar a agressão do filho. A reportagem também tentou falar com conselheiro tutelar Marcelo Ono, que atendeu a ocorrência. De forma grosseira, ele disse que não teria “nada para falar”.

Fonte: Agência REDE BOM DIA.

Bullying homofóbico e suicídio




TEXTO PUBLICADO NO SITE DA VEJA
em 04 de outubro de 2010:


Suicídios recentes ressaltam pressões sobre adolescentes gays


As mortes desencadearam uma apaixonada – e por vezes furiosa – resposta dos ativistas gay e chamou a atenção de autoridades federais


The New York Times

Quando Seth Walsh estava na sexta série, virou-se para a mãe e disse: "mãe, eu sou gay". Wendy Walsh, cabeleireira e mãe solteira de quatro filhos, respondeu: “ok, meu querido, eu te amo, não importa o que você seja".

No mês passado, Seth entrou no quintal de sua casa, na cidade de Tehachapi, no deserto da Califórnia, e enforcou-se, aparentemente incapaz de suportar uma chuva incessante de insultos, agressões e outros abusos de seus pares. Depois de pouco mais de uma semana na UTI, ele morreu na terça-feira passada. Tinha 13 anos.

O caso de Tyler Clementi, o calouro da Universidade Rutgers, que pulou da ponte George Washington, em Nova York, depois que seu encontro sexual com outro homem foi transmitido on-line, chocou a muitos. Mas sua morte, assim como a de Seth Walsh, são apenas alguns exemplos dos vários suicídios de jovens adolescentes gays que foram hostilizados por colegas, em pessoa ou on-line, nas últimas semanas.

A lista inclui Billy Lucas, 15 anos, de Greensburg, Indiana, que se enforcou dia 9 de setembro depois de colegas o terem provocado na escola. Menos de duas semanas depois, Asher Brown, 13 anos, dos subúrbios de Houston, atirou em si mesmo. Ele também relatou que foi insultado em sua escola, de acordo com o jornal Houston Chronicle. Sua família culpou os funcionários da escola que não agiram depois de receber a reclamação, algo que a escola nega.

Reação - As mortes desencadearam uma apaixonada – e por vezes furiosa – resposta dos ativistas gay e chamou a atenção de autoridades federais, entre eles Arne Duncan, o secretário da Educação, que na sexta-feira chamou os suicídios de "tragédias desnecessárias" causadas pelo "trauma de ser intimidado".

"Este é um momento em que cada um de nós – pais, professores, estudantes, autoridades eleitas e todos as pessoas conscientes – tem de se levantar e falar contra a intolerância em todas as suas formas", disse Duncan.

Enquanto o suicídio de adolescentes gays se torna uma preocupante tendência, os especialistas dizem que o estresse pode ser ainda pior em zonas rurais, onde a falta de serviços de apoio aos gays – e mesmo aos que já assumiram – pode levar a uma sensação de isolamento que pode ser insuportável.

"Se você está numa pequena comunidade, a pressão é muito forte", disse Eliza Byard, diretora-executiva da Gay, Lesbian, Straight Education Network, sediada em Nova York. "E sabe-se lá como as pessoas enviam recados sobre 'como é errado ser gay'."

De acordo com uma pesquisa recente conduzida pelo grupo de Byard, quase 9 entre 10 gays, lésbicas, transexuais ou bissexuais entre estudantes do ensino médio sofreram violência física ou verbal em 2009 - que vão de insultos a espancamentos.

Repercussões - No caso de Clementi, procuradores em Nova Jersey acusaram dois calouros colegas de Rutgers por invasão de privacidade e olham para a morte como um possível crime de ódio. Promotores em Cypress, no Texas, onde Asher Brown morreu, disseram na sexta-feira que iriam investigar o que levou ao suicídio.

Em um par de posts na semana passada, Dan Savage, colunista de sexo que vive em Seatlle, atribuiu a culpa a professores e administradores escolares negligentes, colegas de sala que praticam bullying e "grupos de ódio que mexem com algumas mentes e atormentam outras".

Em uma entrevista, Savage, que é gay, disse que estava particularmente irritado com líderes religiosos que utilizaram "retórica antigay"sobre questões como o casamento homossexual e gays nas forças armadas.

"O problema é que as crianças estão sendo expostas a essa retórica e depois vão para a escola onde há um garoto gay", disse ele. "Como eles irão tratar o garoto gay se foi dito que ele está tentando destruir sua família? Irão abusar dele."

No final de setembro, e na sequência de vários suicídios, Savage começou um projeto no YouTube chamado "vai melhorar", com gays adultos falando sobre suas experiências com o assédio quando adolescentes. Em um vídeo, um gay chamado Cyrus conta sobre vida de adolescente enristado em uma pequena cidade no interior de Nova York.

"A principal razão para levar adiante esses vídeos é o quanto minha vida está diferente, como ela é grande e como sou feliz em geral", disse ele. "Houve momentos na escola, apesar de ter bastante sorte com o bullying e não ter muitos problemas, em que me sentia sozinho e muito diferente."

Glenda Testone, diretora-executiva do Centro Comunitário de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, em Nova York, disse que os programas do centro atendem 50 jovens por dia, que muitas vezes sofrem de "intimidação, assédio e até mesmo violência".

"Os três principais grupos responsáveis são a família, os amigos e os colegas de escola", disse ela. "E se eles estão se sentindo isolados e não têm como dizer isso a essas pessoas, vai ser um caminho muito difícil."

Em Fresno, no conservador Central Valley da Califórnia, grupos como Equality California tem sido muito ativos na tentativa de criar sucursais, sobretudo depois da derrota eleitoral de 2008, quando os eleitores do estado aprovaram a Proposição 8, que proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Bullying - Em Tehachapi, mais de 500 pessoas participaram do velório de Seth Walsh. Uma delas, Elaine Jamie Phillips, um colega de classe e amigo, disse que sabia há muito tempo que ele era gay e que Seth foi provocado por vários anos. "Mas este ano ficou muito pior", disse Jamie. "As pessoas diziam: 'você deveria se matar', 'você deveria ir embora', você é gay, quem se preocupa com você?'"

Richard Swanson, superintendente do distrito escolar local, disse que sua equipe realizou assembleias trimestrais sobre comportamento, ensinou tolerância em sala de aula e que "pune atitudes associadas ao bullying". Mas essas coisas, disse, não impediram a tragédia de Seth. "Talvez não fossem capazes", disse, em um e-mail.

De sua parte, Walsh disse que se preocupava por Seth ter sido o alvo, mas não queria culpar ninguém, embora espere que sua morte possa ensinar as pessoas a "não discriminar e a não ter preconceitos". "Realmente espero que as pessoas entendam isso", disse ela.

------------------------

VEJA ESSE VIDEO AMERICANO (LEGENDADO) NO QUE SERIA UMA CÂMARA DE VEREADORES AQUI NO BRASIL. O TEMA É O SUICÍDIO DESSES ADOLESCENTES POR CAUSA DE BULLYING HOMOFÓBICO. É TOCANTE.



---------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:

Bulliying (o ato de debochar, ridicularizar, rotular, perseguir e agredir alguém por causa de uma característica pessoal) é uma crueldade. A coisa é tão séria que está se refletindo no aumento do número de suicídios entre adolescentes e jovens.

Até o criador de “Glee”, Ryan Murphy, decidiu criar um episódio para a série com o objetivo de discutir esse fenômeno social que está crescendo nos EUA. O episódio, intitulado "Theatricality", foi ao ar na segunda temporada de Glee e se tornou um marco importante para a série. Nele, o personagem Kurt Hummel (interpretado por Chris Colfer) se torna o alvo de intimidações homofóbicas dentro da escola, culminando em uma cena poderosa em que ele enfrenta o bullying e recebe apoio de seus amigos.

A decisão de Ryan Murphy de explorar o bullying gay foi uma forma de trazer um debate relevante à tona, refletindo a realidade de muitos adolescentes que, infelizmente, ainda enfrentam discriminação em suas escolas e comunidades por causa de sua sexualidade. Ao longo do episódio, Glee usou a música e o humor, características marcantes da série, para tratar de um tema sério, destacando a importância de solidariedade, aceitação e respeito.

Além disso, Ryan Murphy também tomou a decisão de se envolver ativamente com campanhas anti-bullying e com a organização The Trevor Project, que oferece apoio a jovens LGBT+ em situação de risco.

O impacto do episódio foi imediato e Glee foi elogiado por usar sua plataforma para discutir um tema tão importante, ao mesmo tempo em que oferecia um espaço de visibilidade para jovens LGBT+ na cultura pop.

O bullying tem que parar. Educadores (professores, supervisores, orientadores e diretores de escola) precisam estar atentos a isso, e tratar os agressores com rigor. Além disso, precisam educar para a diversidade em grandes e pequenos gestos.

E os homossexuais, por sua vez, devem ser mais donos de si, mais orgulhosos, e tomar atitudes que preservem sua integridade física e moral. Enfrentar com meios legítimos qualquer discriminação, mas para isso precisam, antes de tudo, assumir sua própria identidade gay sem "grilos". Senão, ficarão sempre à margem, no porão da existência, no exílio diário de tudo o que é seu direito desfrutar.

Quando se é adolescente isso é mais complicado, porque para muita coisa depende-se dos pais, mas existem leis para proteger os adolescentes. Se nada funcionar, disque para o Rio Sem Homofobia (para quem vive no Rio de Janeiro): 0800 0234567. Este é o telefone do Disque Cidadania LGBT. Existe também o disque 100 para combater o abuso contra menores de idade. Esse vale para o Brasil todo. Conte sua história, peça ajuda.

Não é admirar que a criança, o adolescente e o jovem gays se encontrem tão deprimidos. Além do bullying na escola e na vizinhança, existe a falta de compreensão de muitos pais em casa, e ainda tem esses pastores fundamentalistas dizendo literalmente que "Deus odeia vidados" (God hates fags). Coloque essa frase em inglês no Google search e você verá o que quero dizer. Por isso, vale a pena ver também esse vídeo sobre a Identidade Gay e o insulto. Tive a iniciativa de preparar esse video e postá-lo no YouTube por perceber a urgência e relevância dessas informações e análise.

Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo aumenta a auto-estima e diminui a homofobia em adolescentes



🌈 Relacionamentos entre jovens LGBTQIA+ fortalecem a saúde mental, aponta estudo da Universidade de Michigan


Um novo estudo da Universidade de Michigan trouxe descobertas animadoras sobre o impacto dos relacionamentos amorosos na vida de adolescentes que se identificam como gays, lésbicas ou bissexuais.


❤️ Relacionamentos com o mesmo sexo: um impacto positivo

A pesquisa mostrou que se envolver romanticamente com alguém do mesmo sexo pode ser benéfico para a saúde mental desses jovens. Entre os meninos, os relacionamentos ajudaram a aumentar a autoestima, especialmente quando duravam mais tempo. Já entre as meninas, mesmo um único relacionamento com outra garota ajudou a reduzir a homofobia internalizada.

“Namorar na adolescência é essencial para o desenvolvimento sexual e para as identidades sociais”, explica Jose Bauermeister, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan.

 

💔 E os relacionamentos com o sexo oposto?

Surpreendentemente, os relacionamentos com o sexo oposto não causaram nenhum efeito positivo ou negativo em relação à autoestima, depressão ou ansiedade. Em alguns casos, esses relacionamentos aumentaram a homofobia internalizada em meninos, mas esse efeito tende a desaparecer com o amadurecimento.


👥 Sair do armário também faz diferença

Outro fator com efeito protetor identificado pela equipe foi estar assumido para os amigos. Isso também teve impacto positivo na autoestima dos garotos e ajudou a diminuir a homofobia internalizada nas garotas. Ou seja: relacionamentos e redes de apoio fazem a diferença.




🧠 Por que esse estudo é importante?

Adolescentes LGBTQIA+ ainda enfrentam estigmas, violência e rejeição, principalmente dentro do próprio ambiente familiar. O estudo reforça que apoio e aceitação — inclusive de seus relacionamentos — são fundamentais para seu bem-estar psicológico.

“Cuidadores e profissionais que atuam com jovens LGBTQIA+ devem criar ambientes acolhedores, nos quais esses adolescentes possam falar livremente sobre sua sexualidade, suas dúvidas e suas experiências afetivas”, recomenda Bauermeister.



📘 O artigo completo, intitulado “Trajetórias de relacionamento e bem-estar psicológico entre jovens de minoria sexual” será publicado em agosto na revista científica Youth and Adolescence.

🌍 Desde 1941, a Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan é referência global em pesquisa e promoção da saúde pública, e está entre as cinco melhores dos EUA.



💬 Vamos conversar sobre isso? Você se lembra do seu primeiro relacionamento? Sentiu apoio? Que tipo de acolhimento te fez bem (ou te faltou) naquele momento?


#JuventudeLGBT #SaúdeMental #AutoestimaLGBT #RepresentatividadeImporta #ForaDoArmário #EstudoLGBTQIA #NamoroLGBT #HomofobiaInternalizada #AssumirFazBem

Postagens mais visitadas