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Habemus Satisfactionis - por Cláudio Pfeil

Habemus Satisfactionis

Rafael Sanzio, Escola de Atenas



Qualquer ser humano tem o direito, seja por que motivo for, de renunciar à função que lhe foi designada. É antes de tudo uma prerrogativa do ser livre. O Papa não foge à regra. Sua pompa apenas disfarça, não o faz transcender: humano, demasiadamente humano, parodiando Nietszche.

Particularmente, por não ser cristão nem coisa religiosa nenhuma, a saída do Papa não me move nem me comove. Os motivos são muitos, mas aqui não importam. Bertrand Russell, a quem não escondo de ninguém, muito pelo contrário, minha profunda admiração, escreveu um belíssimo texto intitulado“Por que não sou cristão: um exame da ideia divina e do cristianismo”, cujo link assinalo abaixo para quem interessar, e o qual subscrevo integralmente. Diria apenas, de forma sucinta e clara, que procuro pautar minha vida na filosofia, isto é, no livre pensar contra quaisquer dogmatismos. Na balança, digamos, tendo para o lado de Sócrates, Espinosa e Sartre, não o da Igreja, a qual, no meu entendimento, não tem absolutamente nada, ou quase nada, a ver com a lição de amor de Cristo.

Naturalmente, a Igreja Católica deixou um imenso legado à civilização. Refiro-me, não à sua doutrina, esta baseada no medo e na subserviência, mas na fabulosa produção artística que proporcionou, ainda que em favor de sua manutenção no poder. Não há como não se emocionar diante das rosáceas góticas e dos afrescos do Renascimento. Obrigado, portanto, aos anônimos artistas medievais, Rafael, Leonardo, Michelangelo e uma legião de gênios.Quanto à saída do Papa, bem, é um direito que lhe assiste o qual, penso eu, deve ser rigorosamente respeitado. Ele se diz cansado e prefere se aposentar. João Paulo II escolheu outra coisa: entregou-se, por assim dizer, em sacrifício à Santa Sé, débil e com Parkinson avançado, até seu último suspiro. Igualmente respeitável.

O direito de cada um resguardado, sinto-me compelido a expressar minha posição: a saída de Bento XVI, em virtude de suas posições orto-retrógradas, é um serviço prestado - ainda que este não seja o seu intuito e que isto não vá mudar em nada a ortodoxia da Igreja - à construção existencial com base numa autêntica autorreflexão ética, ou seja, na liberdade, e não no temor ante uma moral dogmática.

Habemus satisfactionis.


“Por que não sou cristão: um exame da ideia divina e do cristianismo”, Bertrand Russell:

https://www.amazon.com.br/Por-que-n%C3%A3o-sou-crist%C3%A3o-ebook/dp/B00ENIF1XG

Papa faz campanha contra o casamento gay, mas veja o que Bento XVI não comenta

Igreja se aproxima de outras religiões para combater casamento gay

Em discurso de Natal, papa disse que a união homoafetiva “é uma ameaça à família”



O GLOBO
COM AGÊNCIAS
Publicado:21/12/12 - 17h55
Atualizado:21/12/12 - 17h57


Discurso d eNatal foi proferido a funcionários do Vaticano no Salão ClementineAlessandra Tarantino / AP



VATICANO - O papa Bento XVI afirmou que o casamento gay é uma ameaça às fundações da família. A declaração se apoiou não só nos preceitos católicos, mas em um estudo produzido por um rabino francês, o que mostra a disposição da Igreja em se aproximar de outras religiões para reforçar a oposição à união homoafetiva. As declarações do papa foram feitas discurso de Natal aos funcionários do Vaticano, realizado no Salão Clementine, um dos pronunciamentos mais importantes do papa durante o ano.
 
- Não há como negar a crise que ameaça a família e suas bases, principalmente no mundo ocidental - disse o papa, de 85 anos.
 
Em seu pronunciamento, Bento XVI citou um artigo do rabino chefe da França, Gilles Bernheim. O trabalho "Casamento Gay, paternidade e adoção: o que sempre esquecemos de dizer" foi considerado pelo papa como "profundamente comovente". A atitude mostra uma aproximação entre a Igreja Católica e outras religiões, ao menos nesse aspecto, em um esforço para combater a ameaça que o papa chamou de "um falso entendimento sobre a liberdade".
 
A Igreja tem feito, em alguns países, alianças com outras religiões, como o Judaísmo e o Islamismo, para fortalecer a oposição à legalização do casamento gay, que tem ganhado força.
 
Nas últimas eleições nos EUA, a união entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada pela primeira vez por voto popular, nos estados de Maryland, Maine e Washington. Com isso, o país passa a contar com nove estados onde a união é permitida. Na França, uma lei que libera “casamento para todas” deve ser votada no ano que vem, com forte possibilidade de ser aprovada. Também na Europa, na Espanha, a corte suprema confirmou uma lei que permite o casamento gay.
 
O papa usou argumentos antropológicos e sociológicos, para fundamentar sua argumentação. Citando o estudo de Bernheim, disse que crianças criadas por casais gays seriam mais "objetos" do que indivíduos. Além disso, o religioso defendeu que o casamento heterossexual é um compromisso para toda a vida, ameaçado pela união gay.
 
- Quando tal compromisso é repudiado, as figuras-chave da existência humana igualmente desaparecem: pai, mãe, filho - elementos essenciais da experiência de ser humano são perdidos.

Líder de uma comunidade gay da Itália, Franco Grillini disse que as palavras do papa não passam de "uma grande bobagem":
 
- Nos lugares onde o casamento gay foi aprovado, não houve consequência ao casamento hetero - disse o líder gay.
 
Na conta oficial do papa no Twitter, inaugurada recenemente, nenhum comentário sobre o assunto foi postado.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Por que será que Sua Insanidade, o Papa Bento XVI, não falou sobre a pedofilia e a a mutilação de meninos em instituições católicas? Isso, sim, uma ameça à humanidade, principalmente à humanidade desses meninos.

Por que será que ele não falou das vítimas de pedofilia que o denunciaram à corte internacional?

Veja por quê os conservadores não podem ser contra o casamento igualitário sem contradizerem alguns de seus próprios princípios. Leia: O caso conservador a favor do casamento gay.

Abaixo:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2011/07/o-caso-conservador-favor-do-casamento.html

QUEM PAGA A CONTA DA VISITA DO PAPA AO BRASIL EM 2013

Foto: Internet



QUEM PAGA A CONTA DA VISITA DO PAPA AO BRASIL EM 2013



No próximo ano, em julho de 2013, o Brasil receberá, na cidade do Rio de Janeiro, a visita do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude, evento que pretende reunir milhares de jovens católicos/as. A magnitude e os custos envolvidos na realização deste evento nos faz perguntar: quem pagará a conta da visita do chefe religioso da Igreja Católica?

Constitucionalmente, o Brasil é um Estado laico, portanto deveria garantir a todas/os as/os cidadã/os a diversidade religiosa e a liberdade de crença. Isso significa que a coexistência de vários credos deve ocorrer sem que se imponha a crença religiosa de uma parte da sociedade ao conjunto dela, pois isso coloca a democracia em sério risco, já que os direitos humanos de parte da população que não compartilha daquela crença estariam sendo violados. Assim sendo, a visita do Papa ao Brasil, se custeada com dinheiro público - de formas diretas ou indiretas (por exemplo, renúncia ou isenção fiscal de empresas patrocinadoras do evento) - ferirá grave e frontalmente a laicidade do Estado.

Vivemos, no país, uma crescente ofensiva de grupos conservadores contra os fundamentos democráticos do Estados laico. Os fundamentalistas religiosos no Brasil vem criando sucessivos obstáculos aos avanços dos direitos humanos das mulheres e das pessoas LGBTT, além de buscarem o retrocesso de direitos já conquistados, especialmente os direitos sexuais e direitos reprodutivos. Isso se dá por meio da atuação desses grupos conservadores na mídia e na política partidária (inclusive com formação de bancadas parlamentares religiosas), interferindo na aprovação de leis e na implementação de políticas públicas, reforçando o conservadorismo moral, a desigualdade de gênero e a intolerância religiosa.

Para contribuir para o fortalecimento do Estado laico, a Red Latinoamericana de Católicas por el Derecho a Decidir - da qual Católicas pelo Direito de Decidir faz parte - lançará no Brasil no próximo dia 12 de setembro, a Campanha Latinoamericana por Estados Laicos. Contando já com a adesão de 30 entidades, grupos e pessoas, a Campanha ocorrerá por meio das redes sociais e mídias tradicionais, facilitando o acesso a textos, artigos, charges e imagens, para que as pessoas tenham oportunidade de refletir sobre a importância de se defender um Estado laico de fato como condição necessária para o exercício pleno da cidadania de todas as pessoas.

Já aderiram a Campanha: os cartunistas Laerte e André Dahmer, o professor Dr. Tulio Vianna (UFMG), as blogueiras Cynthia Semíramis (UFMG) e Conceição Oliveira (do blog Maria Frô), as Blogueiras Feministas, Maíra Kubík Mano (jornalista e professora da UFBA) entre outros.

Assim, convidamos jornalistas, veículos de comunicação, blogs, sites, movimentos sociais, entidades de defesa da laicidade dos Estados e de defesa dos direitos humanos das mulheres a se juntarem a nós, aderindo também à Campanha Latinoamericana por Estados Laicos que, antecipando as discussões sobre a iminente visita do Papa Bento XVI ao Brasil, pretende principalmente fomentar a discussão sobre a defesa da laicidade do Estado como a única forma de garantir a Democracia, os direitos humanos e o pluralismo religioso das sociedades latinoamericanas.

Católicas Pelo Direito de Decidir

Saiba mais:


Página da Campanha no site de CDD-Br - http://miud.in/1s9S

Página da Campanha no Facebook -https://www.facebook.com/CampanhaLatinoamericanaPorEstadosLaicos

Para aderir a campanha, acesse: http://miud.in/1sfh

Facebook de Católicas pelo Direito de Decidir -http://www.facebook.com/catolicasdireitodecidir/

Twitter: http://twitter.com/cddbr

http://www.catolicas.org.br/biblioteca/conteudo.asp?cod=55


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Só para deixar claro, o Papa tem todo o direito de vir ao Brasil. Pelo menos tanto quanto eu tenho de ir a Roma. A questão aqui é simples: ele deveria pagar suas despesas e de sua comitiva com o dinheiro que a própria igreja arrecada e acumula. Só a isenção de impostos para as igrejas nesse país já cobriria milhões de viagens!

Os católicos podem celebrar sua fé com o chefe de sua igreja, assim como qualquer outro grupo religioso pode fazê-lo com os seus líderes e comunidades. A questão aqui é simplesmente: 

POR QUE É QUE EU TENHO QUE PAGAR POR ISSO SE A IGREJA JÁ TEM SEU PRÓPRIO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO E ISENÇÃO DE IMPOSTOS E O ESTADO É LAICO?

Aliás, essa isenção poderia ser revista e retirada sem prejuízo algum à ideia de laicidade. Já o Estado brasileiro transferir dinheiro para financiar cultos e celebrações religiosas fere diretamente esse pilar do Estado Republicano em sua melhor expressão.

É só isso, hein, amiguinhos?! :)

Deputado Jean Wyllys rebate a homofobia do (nada bento) Bento XVI

Bento XVI


Jean Wyllys critica declarações homofóbicas do Papa

Deputado federal Jean Wyllys protesta contra declarações homofóbicas de Bento XVI


Jean: "Ameaça é o fascismo"


As recentes declarações homofóbicas homofóbicas do Papa, Bento XVI, revoltaram o deputado federal assumidamente homossexual Jean Wyllys (PSOL-RJ). Para o parlamentar, Bento XVI foi no mínimo infeliz ao afirmar que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja uma ameaça ao futuro da humanidade e à família.

“O papa suspeito e acusado de ser simpático ao nazismo disse que o casamento civil igualitário é uma ameaça à humanidade. Ameaça ao futuro da humanidade são o fascismo, as guerras religiosas, a pedofilia e os abusos sexuais praticados por membros da Igreja e acobertados por ele mesmo”, protestou Jean com relação às palavras do chefe da Igreja Católica.

“Espero que os estados laicos do Ocidente não cedam à pressão desse genocida em potencial”, completou o deputado. Bento XVI disse que “o lugar de honra cabe à família, baseada no casamento de um homem com uma mulher” e que o casamento entre pessoas do mesmo sexo coloca em xeque “o próprio futuro da humanidade”.

O nada bento Papa Ratzinger e eu ressentimento contra as famílias homogênicas

Essa ilustração era parte de um cartaz Alemão
por ocasião da visita do Papa à Alemanha


DA REUTERS
EM CIDADE DO VATICANO - 09/01/2012


Casamento gay ameaça a humanidade, diz o papa



O papa Bento 16 disse na segunda-feira que o casamento homossexual é uma das várias ameaças atuais à família tradicional, pondo em xeque "o próprio futuro da humanidade".

Foram as declarações mais fortes já proferidas pelo pontífice contra o casamento homossexual, durante um pronunciamento de ano novo a diplomatas de quase 180 países acreditados no Vaticano, abordando questões econômicas e sociais contemporâneas.

Segundo Bento 16, a educação das crianças precisa de "ambientes" adequados, e "o lugar de honra cabe à família, baseada no casamento de um homem com uma mulher".

"Essa não é uma simples convenção social", disse o papa, "e sim a célula fundamental de cada sociedade. Consequentemente, políticas que afetam a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade".

Em vários países --principalmente no mundo desenvolvido--, autoridades eclesiásticas católicas protestam contra iniciativas voltadas para a legalização do casamento gay.

Nos EUA, um dos principais paladinos dessa causa é o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, que será sagrado cardeal pelo papa em fevereiro.

Numa recente carta, Dolan criticou o presidente Barack Obama por sua decisão de não apoiar uma proibição federal ao casamento homossexual, e alertou que essa política pode "precipitar um conflito nacional de enormes proporções entre a Igreja e o Estado".

PECADO

A Igreja Católica, que tem 1,3 bilhão de seguidores no mundo, prega que as tendências homossexuais não são pecado, mas que os atos homossexuais são, e que as crianças devem crescer em uma família tradicional, com um pai e uma mãe.

"A unidade familiar é fundamental para o processo educacional e para o desenvolvimento dos indivíduos e Estados; daí a necessidade de políticas que promovam a família e auxiliem na coesão social e no diálogo", disse Bento 16 a diplomatas.

O casamento gay já é legal em vários países europeus, como Espanha e Holanda. Algumas religiões que autorizam o casamento gay e a ordenação de mulheres e homossexuais como clérigos têm perdido fiéis para o catolicismo, e o Vaticano já tomou medidas para facilitar tais conversões.

Em 2009, Bento 16 decretou que os anglicanos que se converterem ao catolicismo podem manter uma hierarquia paralela, preservando parte das suas tradições.

Grande parte dessa migração do anglicanismo para o catolicismo envolve fiéis que consideram a Igreja Anglicana liberal demais.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Quanto mais o papa e outros fanáticos religiosos falam esse tipo de besteira notíciado acima, mais eu me congratulo (sem o menor pudor) por ter escrito 'Em Busca de Mim Mesmo'. Quem já leu o livro e vê esse tipo de notícia percebe quão atualizado e pertinente o é o conteúdo do livro. Quem não leu, quando ler, terá a oportunidade de pensar em muita coisa que passa despercebida no avalanche do cotidiano.

Não vou descer a detalhes sobre essa atitude do papa, suas premissas e consequências. Fica aqui a dica: EM BUSCA DE MIM MESMO. O livro é suficiente e ainda vai muito além disso.

Bento XVI denunciado à corte internacional

Vítimas de pedofilia denunciam papa à corte internacional

Fonte da foto: Internet


Bento XVI e dirigentes católicos são acusados de crimes contra a humanidade


Uma associação americana de vítimas de padres pedófilos anunciou nesta terça-feira que apresentou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o papa Bento XVII e outros dirigentes da Igreja católica por crimes contra a humanidade.

Os dirigentes da associação Snap, orientados pelos advogados da ONG americana "Centro para Direitos Constitucionais", entraram com uma ação para que o papa seja julgado por "responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade, por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo".

A Snap tem membros nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Bélgica, quatro países muito afetados pelo grande escândalo de pedofilia que envolve a Igreja. "Crimes contra a dezenas de milhares de vítimas, a maioria crianças, foram escondidos pelos líderes nos mais altos níveis do Vaticano. Neste caso, todos os caminhos levam a Roma", declarou a advogada Pamela Spees.

Omissão - A organização acusa o chefe da Igreja católica de ter tolerado e ocultado sistematicamente os crimes sexuais contra crianças em todo o mundo. À queixa acrescentaram 10.000 páginas de documentação de casos de pedofilia. Os bispos e, em alguns casos, o próprio Vaticano rejeitaram ou ignoraram muitas das queixas das vítimas de padres pedófilos. O escândalo desacreditou a Igreja em vários países na Europa.

O papa Bento XVI expressou sua vergonha e pediu desculpas, apelando para a tolerância zero contra os pedófilos. Ele também pediu aos bispos do mundo, que têm a responsabilidade primária sobre seus sacerdotes, a plena cooperação com os tribunais criminais. A Snap não acredita nesse desejo de transparência e justiça, e não moderou suas acusações.

Papa Bento XVI anuncia que vem ao Rio de Janeiro em 2013



Bento XVI avisou ao final de sua conturbada visita à Espanha que virá ao Rio de Janeiro em 2013. Isso custará milhões para os cofres públicos, uma vez que a visita do Papa não é por conta do rico Estado do Vaticano, mas dos pobres coitados dos países que historicamente se identificaram com o catolicismo romano. E a visita será justamente entre a Copa e a Olímpiada: marketing pessoal e institucional bem planejado, com alcance mundial, além de muito dinheiro borbulhando por aqui para Sua Santidade(?).

Na Espanha, os jovens fizeram um movimento contra a visita do papa e a favor da taxação da igreja no país, onde ela tem uma fortuna em imóveis e outros bens, mas é isenta de impostos. A Espanha está mergulhada em dívidas e esses impostos extras seriam muito bem-vindos. O papa foi ao país assim mesmo, mas não sem que se orquestrasse um movimento fabricado pelas paróquias para dar a impressão de que os jovens espanhóis estavam arrependidos das manifestações. Caravanas de vários países se reuniram no evento e deram a impressão de que a Espanha estava em massa representada lá.

Aqueles jovens que se confessaram e disseram que estavam arrependidos das manifestações nem eram manifestantes. Eram jovens das paróquias da Espanha e de fora fazendo cena para o mundo ver. Eu mesmo tive aluno meu que foi para a Espanha em caravana essa semana para bajular Bento XVI. Um monte de brasileiros, sem contar os de outros países.

Consideraram o evento um sucesso e quando o papa disse que vinha aqui em 2013, a caravana de brasileiros vibrou como se fosse Copa do Mundo. Triste realidade de uma juventude alienada e anestesiada pelo aparato clerical cotidiano e papal de vez em quando.

Como eu digo, o único papa que é utilidade pública é o papa-defunto.

O Brasil tem que parar de sangrar dinheiro por conta de sanguessugas, sejam políticos, empresários ou clérigos. Essa cambada de malfeitores.

O Papa diz SIM à camisinha




Uma mudança radical aconteceu na política do Vaticano depois que oficiais do UN AIDS (organização das Nações Unidas para o combate à AIDS no mundo) anunciaram que uma significante queda nos casos de HIV tem sido registrada, graças ao uso de preservativos. A visão mantida pelo Vaticano tem sido a de que evitar gravidez é um mal, mas agora parece que um mal maior seria colocar o próprio parceiro em risco de contrair o HIV. Sim, parceiro, seja homem ou mulher, hetero ou homossexual. Durante uma entrevista o Papa disse que "o problema é esse... é o primeiro passo em tomar responsabilidade, em levar em consideração o risco de vida da pessoa com quem você mantém um relacionamento."

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Uma instituição com acesso ao melhor da literatura mundial em suas vastas bibliotecas, como é o caso do Vaticano, não tinha percebido isso até que saísse esse relatório da UN AIDS? Lastimável! 30 anos de epidemia e só agora eles dão o sinal verde para a camisinha... Alguém ainda quer prestar atenção ao que esses senhores e senhoras amanteigados falam contra a vida, a sexualidade, a evolução dos direitos civis?

João Paulo II foi corrupto e leniente com pedofilia, diz escritor



João Paulo II foi corrupto e leniente com pedofilia, diz escritor


A beatificação de Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, seis anos após sua morte, só não foi mais rápida que a da Madre Teresa de Calcutá — que ocorreu cinco anos depois do falecimento da religiosa, em 1997. Qual o motivo de tanta pressa?

Para Yallop, João Paulo II "podia falar mais de 50 línguas, mas não escutava em nenhuma"Quem responde é o britânico David Yallop, crítico voraz da Igreja Católica. Ele é autor dos livros Em Nome de Deus — que trata da misteriosa morte do Papa João Paulo I, 33 dias após ser proclamado chefe da Igreja — e Poder e Glória, sobre o lado obscuro do papado do recém-beatificado Karol Wojtyla.

Defensor da tese de que João Paulo I foi assassinado porque queria acabar com a lavagem de dinheiro feita por meio do Banco do Vaticano, ao qual investigou em seu livro, Yallop acredita que Karol Wojtyla, o seu sucessor no comando da Santa Sé, era corrupto, leniente com a pedofilia e extremamente político.

Católico, o autor britânico ainda persiste em sua fé e, mesmo discordando do conservadorismo do Vaticano, afirma que até frequenta igrejas, por mais que nunca vá a missa. “É estranho, mas eu acredito no poder da reza”, conta o escritor nesta entrevista a Manuela Andreoni, do jornal O Globo.

O Globo: O que o senhor achou da beatificação de Karol Wojtyla?

David Yallop: Pelos próprios parâmetros do Vaticano, está havendo muita pressa no julgamento disso. De fato, é a primeira vez desde que ele morreu que uma pessoa recebeu o benefício da remoção do que eles costumavam chamar de “advogado do diabo”, ou seja, um clérigo sênior que era nomeado para tomar uma posição bem crítica em relação a todas as provas que fossem reunidas para que qualquer pessoa seja considerada para a beatificação.

Mas (essa posição) foi abolida, ironicamente por João Paulo II. Então, ele se beneficiou de sua própria decisão. Aliás, este é o homem que criou mais santos no curso de seu papado, de 1978 até 2005, que todos os papas antes dele juntos.

O Globo: Por que essa pressa?

DY: Do momento em que ele se tornou papa, as mentiras e as desinformações começaram. É dito que ele se comportou de forma corajosa durante a Segunda Guerra Mundial e que salvou as vidas de muitos judeus. Isso não é verdade. E dito que ele sofreu muito durante a guerra, trabalhando em condições de escravo. Isso não é verdade — ele tinha um trabalho assalariado, pago pelo Reich...

Acho que o Bento XVI foi obrigado a fazer isso pelas pessoas a seu redor. Você lembra quando o João Paulo II morreu, teve aquela grande erupção na Praça de São Pedro pedindo para beatificá-lo imediatamente. Então, com menos de dois meses depois de sua morte, eles já haviam começado o processos. Não se tem notícias sobre algo assim! Mas eu acho que o que eles temiam eram pessoas como eu e das coisas que nós descobrimos e tornamos públicas.

O Globo: Em seu livro o senhor denuncia a corrupção no Vaticano. O que lhe faz pensar que João Paulo II fazia parte dela?

DY: João Paulo I, Albino Luciani, deixou foi uma série de ações que ele ia começar a implementar. Ele ia tirar pessoas do Banco do Vaticano, tirar alguns padres e cardeais corruptos. E ele disse ao seu secretário de Estado, um homem chamado Cardeal Jean Villot, o que ele pretendia fazer e o cardeal ficou muito chateado com isso e ele (João Paulo I)disse que era o papa e podia fazer o que quisesse, e foi para a cama e morreu.

E, se ele tivesse vivido, aquelas coisas seriam postas em seus lugares na manhã seguinte. Quando Wojtyla tomou poder, mais ou menos um mês depois, foi falado a ele muito precisamente que mudanças eram essas que Luciani queria fazer, mas ele não queria saber de prosseguir aquele caminho. Então, isso te diz alguma coisa sobre sua reação à corrupção.

O Globo: Por que ele não mexeu nisso?

DY: Ele tinha uma visão de que a Igreja não lavaria o seu linho sujo em público. Ele dizia que tinha um quarto especial em cada casa, falando solidamente sobre a Igreja Católica, onde as pessoas deveriam ir para discutir esses assuntos e que eles não deveriam deixar aquele quarto, o quarto secreto, como ele chamava.

O Globo: Mas João Paulo II é aclamado pela comunidade internacional...

DY: Não estou dizendo que este homem não fez boas ações, mas ele também fez más ações. Ele encobriu escândalos de pedofilia na Igreja. Foi primeiro chamado à atenção dele em 1984 ou 1985 por três homens — dois deles padres e outro advogado — que estavam muito preocupados com a pedofilia nos Estados Unidos. Eles haviam criado um documento, de cem páginas, do qual eu tenho cópia, que era o caminho que a Igreja deveria tomar em relação a isso.

Este não era um documento que pregava tolerância zero sobre o abuso de crianças. Este era um documento para proteger a Igreja, dizendo “olha, se você não tomar essas providências para impedir os padres que abusam de crianças, você vai quebrar financeiramente”. Eles previram que custaria à Igreja algo como US$ 2 bilhões. Falando em número hoje, custou ao Vaticano US$ 10 bilhões, para pagar às vítimas.

O Globo: Por que a aclamação de seu papado, então?

DY: No momento em que ele morreu, ele era um dos homens mais populares do planeta. O que me deixa muito chocado é que, se você pedisse para as pessoas que o ouviram falar para citar qualquer coisa que ele tenha dito, ou como os afetou... Era como se ela tivessem ido a um show de pop. Elas gostavam do espetáculo e depois seguiam com a vida. Lembravam aquele momento porque ele era um homem muito carismático. Ele podia falar mais de 50 línguas — não muito bem, mas o suficiente para falar “feliz Natal” —, mas não escutava em nenhuma. Era um homem muito dogmático.

O Globo: E o que o senhor acha do papado de Bento XVI até agora?

DY: Acho que ele prova que há vida após a morte, porque é como o Papa João Paulo II novamente. Um homem que é rígido, um homem que é tão hostil à homossexualidade, tão hostil aos contraceptivos, hostil a tantas coisas que o senso comum diz... Você tem que voltar ao início de tudo e dar outra olhada. Porque a maioria das coisas que eles apoiam e pregam não tem nada a ver com as origens da fé. Você não achará nada no Novo Testamento que dirá que você não pode ter um relacionamento homossexual.

O Globo: E o senhor é católico ainda assim?

DY: Eu me descreveria como um católico pensante, representante de uma minoria. A maioria deles não é pensante. Eles estão seguindo porque são treinados, condicionados quando crianças. Existem pedaços da fé, como um estilo de vida, e não estou falando da doutrina e dos dogmas, mas do que Cristo nos ensinou, que são maravilhosos. Mas estamos longe disso agora. Se Jesus Cristo fosse para uma reza agora nos portões de Sant'anna, em Roma, ele não conseguiria passar, seria preso.

O Globo: E você acredita em milagres?

DY: É estranho, mas acredito no poder da reza. Já vi funcionar. Mas o negócio dessa mulher que supostamente foi curada por João Paulo II... Acho que é uma fantasia. Talvez ela não tenha sido diagnosticada direito para começar.


O Globo: E ele vai conseguir seu segundo milagre, necessário para a canonização?

DY: Nada é mais certo.

Homens sem camisa diante do Papa

Ah, se não fossem as batinas...
😋😂


Um grupo de homens saradíssimos tirou a camisa e exibiu corpos fantásticos numa apresentação diante do Papa Bento XVI, freiras e outras autoridades eclesiásticas.



Cada músculo, um flash!!! hahaha
O Papa chegou a se levantar... Tô loka!!!!



Detalhes sobre esse encontro "caliente":

Em dezembro de 2010, durante uma audiência geral no Vaticano, um grupo de quatro acrobatas conhecido como "Fratelli Pellegrini" (Irmãos Pellegrini) apresentou uma performance diante do Papa Bento XVI, freiras e outras autoridades eclesiásticas. Os acrobatas iniciaram o espetáculo removendo suas camisas e executaram uma série de poses acrobáticas, incluindo a formação de uma torre humana. O Papa assistiu atentamente à apresentação e, ao final, aplaudiu e levantou-se brevemente para cumprimentá-los. ​

A performance ocorreu como parte de uma convenção sobre circos organizada pelo escritório do Vaticano para migrantes. O grupo "Fratelli Pellegrini" já se apresentou em diversos locais ao redor do mundo e foi convidado para este evento específico no Vaticano. ​

Para assistir ao vídeo dessa apresentação, clique no vídeo abaixo:

Gays protestam contra o Papa na Espanha com 'beijaço' público

Beijo contra a intolerância: ativistas LGBTQ+ protestam durante visita do Papa Bento XVI a Barcelona

Casal gay se beija durante a passagem do papamóvel de Bento XVI em Barcelona (Josep Lago/AFP)



No domingo da visita do Papa Bento XVI a Barcelona, a Praça da Catedral se tornou palco de um ato de protesto marcante. Pelo menos 100 ativistas gays e lésbicas se reuniram para um grande beijo coletivo em resposta à posição da Igreja contra os direitos LGBTQ+.

A manifestação foi organizada por meio das redes sociais e aconteceu no momento em que o papamóvel passava pelo local, seguindo em direção à icônica Sagrada Família. Enquanto os fiéis cantavam e saudavam o pontífice, os ativistas expressavam sua indignação diante da histórica oposição da hierarquia eclesiástica a direitos fundamentais, como o casamento igualitário e o acesso a métodos contraceptivos.

Jordi Petit, um dos líderes históricos do movimento LGBTQ+ na Catalunha, destacou a necessidade de um Estado laico, onde "a política siga seu caminho e a religião seja uma escolha pessoal". Ele criticou duramente a postura do Vaticano, que insiste em interferir em questões civis e de saúde pública, ao mesmo tempo que reafirmou seu respeito pelos cristãos de base que lutam por uma sociedade mais justa.

Durante o protesto, palavras de ordem foram entoadas pelos manifestantes, enquanto, do outro lado, grupos de jovens católicos respondiam em defesa do Papa. O clima de tensão refletiu o embate entre um Vaticano que resiste às mudanças sociais e uma sociedade que avança na ampliação dos direitos humanos.

A visita de Bento XVI à Espanha ocorreu em um momento de crescente atrito entre o governo espanhol e o Vaticano, especialmente após a legalização do casamento igualitário em 2005 e a ampliação dos direitos reprodutivos das mulheres. Em sua homilia, o Papa criticou tais avanços, reafirmando sua defesa do que chamou de "ordem natural da família", excluindo da sua visão de mundo as diversas formas de amor e convivência que existem na sociedade.

O protesto na Praça da Catedral foi um lembrete de que a resistência contra a intolerância segue viva. Em um mundo onde direitos conquistados são constantemente ameaçados, expressões de afeto se tornam também expressões de luta. E essa luta continua.

Escritor José Saramago acusa Bento 16 de "cinismo"

Saramago enfrenta o cinismo da fé e responde com inteligência à insolência do Vaticano ✊📚



Saramago, 28.nov.2008/Foto por Tuca Vieira/Folha Imagem


Publicado em outubro de 2009


Nem todo mundo se cala diante dos absurdos que saem do Vaticano. Enquanto o papa Bento 16 destilava doutrinas cada vez mais reacionárias, o escritor português José Saramago — Prêmio Nobel de Literatura — levantou a voz e disparou com precisão cirúrgica:

“As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva.”

Saramago não economizou palavras ao criticar o então papa, Joseph Ratzinger, chamando-o de "cínico" por invocar um Deus invisível para justificar visões de mundo medievais e retrógradas.

“Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa.”

🔥 Queimou sem precisar de fogueira.

O escritor estava em Roma para divulgar seu livro "O Caderno", mas aproveitou o encontro com o filósofo italiano Paolo Flores D'Arcais para mostrar que sua lucidez continua afiada como sempre. E mais: anunciou que está deixando de ser um ateu “tranquilo”.

“Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder.”

Essa crítica não é nova para quem acompanha Saramago, mas ganha força justamente pelo momento em que a Igreja Católica parecia endurecer ainda mais seus discursos — especialmente contra minorias, mulheres e pessoas LGBTQIA+.

O que a Igreja quer controlar?

Para Saramago, o Vaticano nunca se preocupou de fato com as almas. O interesse da instituição sempre foi mais terreno: o controle sobre os corpos.

É nessa mesma lógica que se entende a obsessão de muitos líderes religiosos com quem podemos amar, com o que fazemos entre quatro paredes e com a liberdade de sermos quem somos. Por isso, a resposta precisa ser firme, ousada e inteligente.

Saramago encerra com uma convocação implícita: não basta ignorar o reacionarismo — é preciso enfrentá-lo.


📚 No dia seguinte ao colóquio em Roma, o autor lançaria o livro "Caim", mais uma obra em que cutuca as bases religiosas com ironia, coragem e questionamento.

A nós, leitores e viventes, resta seguir o conselho: que a insolência da inteligência viva continue sendo nossa arma contra a hipocrisia e o moralismo de conveniência.


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