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A Ucrânia acaba de realizar sua primeira Parada LGBT fora de Kiev. E a do Rio?

Ucrânia realiza sua primeira Parada LGBT

Por Sergio Viula

Com informações do Gay Star News - http://www.gaystarnews.com/article/first-odessa-pride-ukraine/#gs.2P_SMm4


A Ucrânia acaba de celebrar sua primeira Parada LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais) fora da capital Kiev. 

"Agora todo o mundo vê que Odessa é realmente uma cidade aberta e segura. A cidade na qual existe um lugar para todos."

A Ucrânia realizou sua primeira Marcha do Orgulho fora de Kieve no último final de semana - e o evento transcorreu sem maiores problemas. 

No sábado (13 de agosto), entre 50 e 100 pessoas se reuniram nas ruas de Odessa, a terceira maior cidade do país, de acordo com o Hromadske International.

De início, as autoridades estavam hesitantes em permitr a marcha, mas no final elas apenas restringiram o grupo de levar o evento até o Parque Shevchenko.

O jornalista Vlasidlav Davidzon conclamou as pessoas a reconhecerem a decisão das autoridades em prover segurança para os participantes do evento, apesar de sua tentativa inicial de proibir o evento.

Marchando ao longo da Primorsky Boulevard, com uma faixa do arco-íris estendida, a parada foi protegida por 700 membros da polícia nacional. 

"Agradecemos aos participantes […] pela coragem e fé em nossa cidade", escreveram os organizadores. 

"A marcha foi segura, positiva, e cremos que este seja um passo enorme para o futuro. Agora, o mundo inteiro vê Odessa como uma cidade aberta e segura. Uma cidade na qual há lugar para para todos."

Geoffrey Pyatt, embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, chamou a Parada de Odessa de  "prova de que a Ucrânia está mudando".

Somente uma vez, a polícia teve que intervir quando um grupo tentou atacar a marcha.

Eles prenderam 20 pessoas, mas de acordo com os organizadores, os participantes não perceberam mais do que alguns policiais e jornalistas correndo atrás de alguém.

IMPORTANTE:

Mais uma vez, as Paradas do Orgulho LGBT se mostram poderosas ferramentas para mudanças. Se por um lado, elas não esgotam tudo o que precisa ser feito para a inclusão e  igualdade, por outro, elas não podem ser subestimadas de modo algum. 

Por isso, eu sempre digo: Participe das Paradas do Orgulho LGBT de sua região. 

Esse ano, eu tive o privilégio de participar de duas: São Paulo e Belo Horizonte com meu amor. Agora, Andre e eu aguardamos a do Rio de Janeiro, que pelo visto tem enfrentado problemas, especialmente de ordem financeira. Não é possível que a segunda maior parada do Brasil e o terceiro maior evento anual da capital fluminense seja tratada como se fosse pouca coisa. A Parada LGBT do Rio só não é maior que o réveillon de Copacabana e o carnaval.

CONVOCAÇÃO:

Com ou sem apoio da cidade e/ou do estado, estejamos todos e todas lá. 

E se não houver apoio, estejamos lá com ainda mais garra para denunciar a hipocrisia dos que se sentem senhores do sistema. 

Fiquem atentas e atentos, porque a data da parada ainda nem foi 
divulgada. E vejam que estamos num momento super estratégico, cheio de visitantes na cidade. Se bem aproveitada, a parada ainda poderia ser motivação extra para esses turistas voltarem ao Rio, movendo nossa economia mais uma vez, como como acontece em grandes cidades da Europa como Amsterdã, por exemplo.

Mas a Parada do Orgulho LGBT de Copacabana não é somente um investimento econômico. Muito mais do que isso, ela é um símbolo extremamente eloquente da diversidade que caracteriza a Cidade Maravilhosa e atrai gente do Brasil e do mundo. Além do caráter festivo, que é fantástico, porque a gente é feliz e não tem vergonha de mostrar isso, a Parada também presta serviços excelentes aos que participam, além de sinalizar muitas das demandas da comunidade LGBT para a sociedade e para o poder público.

Ninguém mais do que fundamentalistas LGBTfóbicos e outros conservadores igualmente inimigos da diversidade e das liberdades civis festejaria o fim de um evento que celebra exatamente tudo o que aqueles retrógrados odeiam. Mas, não vamos lhes dar esse gosto. O Rio de Janeiro não irá na contramão dos avanços das liberdades civis. E se você é LGBT, não faça coro com essa corja de promotores da morte. Faça a diferença nos eventos, seja no Rio ou em qualquer outra cidade desse país.

Mesmo que tenhamos que caminhar no chão, sem carros de som e decoração, estaremos lá com nossos cartazes, bandeiras e gritos de ordem. Ah, sim, e muito beijo na boca! Porque nosso amor não tem medo do sol nem da lua. Vem com a gente!

All Out: Pressione o Presidente da Ucrânia contra a aprovação de leis anti-gays

Ativista gay espancado por neo-nazistas depois do cancelamento 
da Parada Gay em Kiev, Ucrânia
Imagem © Reuters


O legislativo ucraniano está para votar um novo projeto de lei que torna ilegal ser publicamente gay ou lésbica. O presidente Viktor Yanukovych tem o poder de barrar essa lei, mas tem escolhido ficar calado sobre o crescente sentimento anti-gay.

É hora de finalmente trazer esse assunto à luz e forçar o presidente Yanukovych a falar contra essas leis.

A lei ucraniana que torna ilegal ser publicamente gay ou lésbica se conecta a um contexto de crescente discriminação e repressão contra a comunidade LGBTQ+ em várias partes do mundo. Em alguns países, como a Ucrânia, propostas de leis que criminalizam a identidade sexual ou de gênero de pessoas LGBTQ+ podem ser motivadas por um sentimento de conservadorismo, e muitas vezes essas ações são apoiadas por uma maior parte da sociedade ou grupos políticos, ignorando os direitos humanos fundamentais das pessoas.

Na Ucrânia, o movimento All Out tem sido um defensor ativo contra esses projetos de lei, tentando mobilizar pessoas de todo o mundo para pressionar os governos a reverter essas atitudes. All Out é uma organização internacional que se dedica a defender os direitos da comunidade LGBTQ+ por meio de campanhas de ação online, mobilizações políticas e trabalho de advocacy. A campanha que você mencionou provavelmente faz parte de um esforço da organização para que as vozes internacionais sejam ouvidas, especialmente pedindo ao presidente Viktor Yanukovych que se posicione publicamente contra a proposta de criminalização da homossexualidade e outras formas de discriminação.

Por que pressionar o presidente Yanukovych é importante?

Poder de veto: Como você mencionou, Yanukovych tem o poder de vetar essa proposta de lei. Sua posição é crucial para impedir que ela avance.

Visibilidade internacional: O apoio público de líderes internacionais, organizações de direitos humanos e ativistas pode influenciar as decisões políticas internas. A pressão externa muitas vezes se torna uma ferramenta importante para conscientizar e ajudar a mudar a direção de políticas governamentais.

Defesa dos direitos humanos: A criminalização da identidade sexual é uma violação clara dos direitos humanos, e campanhas como a de All Out buscam lembrar aos líderes mundiais a necessidade de proteção e respeito para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O que pode ser feito?

Assinar petições: Participar de campanhas de assinatura como a de All Out e compartilhar essas campanhas nas redes sociais pode aumentar o número de pessoas que pressionam os líderes a agir.
Apoiar organizações de direitos humanos: Além de All Out, apoiar outras organizações que atuam no combate à homofobia e à discriminação contra pessoas LGBTQ+ também é fundamental.

Disseminar informações: Ao informar e educar as pessoas sobre o impacto dessas leis e suas consequências, podemos aumentar a conscientização global sobre as violações aos direitos LGBTQ+.

O envolvimento da comunidade internacional é crucial para apoiar as pessoas afetadas por essas leis opressivas e lutar contra um ambiente de crescente intolerância.

Atualização em 01/02/2025: O link para a petição não está mais disponível. 

Como está a situação das pessoas LGBT na Ucrânia depois da invasão russa em 2022?

A situação dos direitos LGBTQ+ na Ucrânia, especialmente após a invasão russa em fevereiro de 2022, tornou-se ainda mais complexa e desafiadora. O conflito tem gerado uma série de impactos diretos e indiretos sobre a comunidade LGBTQ+ na Ucrânia, especialmente em um contexto de guerra, onde os direitos humanos geralmente enfrentam uma ameaça maior.

Impactos da invasão russa na comunidade LGBTQ+ ucraniana:

Aumento da vulnerabilidade: A guerra criou um ambiente de maior vulnerabilidade para a comunidade LGBTQ+, que já enfrentava discriminação e exclusão social em vários aspectos da vida cotidiana. A guerra exacerbou a necessidade de proteção e apoio, com muitas pessoas LGBTQ+ enfrentando maiores dificuldades para acessar serviços de saúde, abrigos seguros e apoio psicológico.

Deslocamento forçado: Muitas pessoas LGBTQ+ tiveram que fugir de suas casas devido aos conflitos. A comunidade LGBTQ+ é particularmente vulnerável durante deslocamentos forçados, pois podem ser alvo de violência tanto de militares russos quanto de outras facções ou grupos dentro da Ucrânia, que têm atitudes conservadoras e hostis à diversidade sexual e de gênero.

Exposição a ataques e violência sexual: 

Com a invasão e a guerra em andamento, as pessoas LGBTQ+ também se tornaram alvo de violência sexual e física. A situação da segurança é instável, e o governo ucraniano, apesar de algumas iniciativas para garantir os direitos das pessoas LGBTQ+, enfrenta desafios enormes para proteger essas comunidades em um cenário de guerra.

Mudanças nas prioridades governamentais: Após a invasão, a Ucrânia concentrou muitos de seus recursos e esforços na defesa contra a Rússia, o que acabou desviando a atenção das questões internas, como os direitos LGBTQ+. Embora o governo tenha feito progressos nas últimas décadas na promoção dos direitos humanos, o conflito impôs desafios para continuar esse trabalho com a mesma intensidade.

Apoio internacional e a resposta de grupos LGBTQ+: A comunidade internacional tem se mobilizado para apoiar a Ucrânia na luta contra a invasão russa, e organizações de direitos humanos, incluindo grupos LGBTQ+, têm enfatizado a necessidade de proteger as pessoas afetadas pela guerra. Embora os esforços estejam em andamento, muitas organizações estão tendo que operar em condições muito difíceis e com recursos limitados.

Situação legal e política

Antes da invasão russa, a Ucrânia já estava em um processo de melhoria dos direitos LGBTQ+, especialmente com a realização de marchas do Orgulho e com a adoção de algumas leis contra a discriminação. Contudo, a guerra fez com que o foco do governo mudasse para a segurança e sobrevivência do país, e algumas iniciativas voltadas para os direitos LGBTQ+ passaram a ser deixadas de lado.

Embora as leis que criminalizam a homossexualidade não tenham sido introduzidas oficialmente na Ucrânia, a sociedade ucraniana em sua maioria ainda é bastante conservadora, e a homofobia e transfobia permanecem um desafio significativo. A situação dos direitos LGBTQ+ na Rússia, com a adoção de leis extremamente restritivas contra a "propaganda gay", também impacta diretamente as pessoas que se identificam como LGBTQ+ em territórios ocupados pela Rússia.

O papel das ONGs e da comunidade internacional

As organizações de direitos humanos, como All Out e outras, continuam a apoiar a comunidade LGBTQ+ ucraniana, tanto dentro da Ucrânia quanto entre os refugiados em outros países. Elas fornecem suporte legal, psicológico, médico e de abrigo. Além disso, pressionam a comunidade internacional e o governo ucraniano a garantir que os direitos das pessoas LGBTQ+ sejam protegidos mesmo em tempos de guerra.

Infelizmente, a situação das pessoas LGBTQ+ na Ucrânia após a invasão russa tornou-se ainda mais difícil devido aos desafios do conflito armado, aumento da vulnerabilidade, e prioridades de segurança que deixam os direitos humanos, incluindo os direitos LGBTQ+, mais expostos à negligência. No entanto, há um movimento contínuo de solidariedade e apoio internacional para proteger e apoiar essas comunidades.

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