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Filha do presidente dos Camarões sai do armário, apesar de ser proibido


Brenda Biya (à esquerda) e sua namorada


Brenda Biya, filha do presidente dos Camarões, Paul Biya, anunciou recentemente sua orientação sexual em uma postagem no Instagram, buscando promover mudanças sociais.

Na semana passada, Biya compartilhou uma foto nas redes sociais onde aparece beijando sua namorada, uma modelo brasileira. A imagem ganhou grande repercussão na mídia nacional, em parte devido às rígidas leis anti-LGBTQ+ vigentes no país. Atualmente, a homossexualidade é considerada crime, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão e multas de 20.000 francos (aproximadamente 180 dólares americanos). Esse contexto legal praticamente não oferece direitos aos LGBTQ+ nos Camarões. Em uma entrevista, Biya expressou esperança de que sua visibilidade encoraje outras pessoas a se assumirem e compartilharem suas histórias. “Muitas pessoas estão na mesma situação que eu, sofrendo por serem quem são,” disse ela. “Se eu puder dar-lhes esperança, ajudá-las a se sentirem menos sozinhas, se puder transmitir amor, fico muito feliz. Falar abertamente é uma oportunidade de enviar uma mensagem ainda mais forte.”

A revelação de Biya acontece em meio a um movimento de mudanças progressistas na África nos últimos anos, com países como Angola, Botsuana, Moçambique e Nigéria revogando leis anti-gay de origem colonial. (Enquanto isso, alguns países, como Uganda, têm endurecido suas leis). Biya também destacou que a legislação dos Camarões foi estabelecida muito antes de seu pai assumir o cargo. “Acho isso injusto e espero que minha história ajude a mudar essa situação. As mentalidades estão evoluindo nos Camarões, especialmente entre os jovens,” comentou ela. “Vai levar tempo, mas acredito que as coisas podem mudar.”


LUTE COMO UMA GAROTA... LÉSBICA! 🌈

Homem morto nos Camarões por enviar mensagem de amor para outro homem. Assine essa manifestação de luto.

Sergio Viula


Assinem essa manifestação em memória de Roger Mbédé, preso por enviar uma mensagem de texto que dizia "estou muito apaixonado por você" a outro homem nos Camarões. O ódio sustentado principalmente pela pregação religiosa homofóbica tem derramado muito sangue humano no continente africano, sob a proteção do Estado e, não poucas vez, por determinação deste. Basta incluir seu e-mail.

Se quiser enviar uma mensagem e não souber escrever em inglês, basta copiar e colar essa aqui:

I moan for you, Roger Mbédé. Let love overcome hatred.

Obrigado a todos os que se importam.

https://www.allout.org/en/actions/remember-roger


This text message cost Roger his life
www.allout.org
 
Together, let’s remember Roger Mbédé, jailed for texting
“I’m very much in love w/ u” to another man in Cameroon.

United Nations: Acting to End Homophobic Bias and Violence



ONU: Reunião histórica de ministros sobre os direitos LGBT

Fonte: Human Rights Watch

Governos e ONU devem agir para acabar com o preconceito homofóbico e a violência

26 de setembro de 2013


Defensores dos direitos LGBT foram acusados de impor valores morais aos outros, mas, na verdade, são os governos intolerantes que impõem seus valores. Pessoas LGBT existem em todos os lugares. A única questão é se elas podem desfrutar dos mesmos direitos humanos que todos os outros ou se os governos impõem visões preconceituosas para negar-lhes esses direitos.


Kenneth Roth, diretor executivo


(Nova Iorque) – Uma reunião sem precedentes de ministros do governo, realizada em 26 de setembro de 2013, pediu uma ação urgente para acabar com o flagelo da violência e discriminação contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneras (LGBT), informou hoje a Human Rights Watch. A reunião, que contou com representantes de quase uma dúzia de países, foi a primeira em que tantos se reuniram para discutir questões de direitos LGBT na Organização das Nações Unidas.

“A reunião de hoje, com ministros de todo o mundo, demonstra um compromisso histórico para acabar com a perseguição baseada na orientação sexual e na identidade de gênero”, disse Kenneth Roth, diretor executivo da Human Rights Watch. “O desafio agora, tanto para as Nações Unidas quanto para os países individuais, será transformar esse compromisso em ação.”

Os ministros endossaram uma declaração comprometendo seus governos a trabalharem juntos e com outros para combater o que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, chamou de “um dos grandes desafios de direitos humanos negligenciados de nosso tempo”. A declaração instou os governos a revogarem leis discriminatórias, melhorarem as respostas à violência motivada por ódio e garantirem proteção legal adequada e apropriada contra discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero.

A reunião ministerial aconteceu após a publicação de um relatório histórico de 2011, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que revelou a violência e discriminação generalizadas com base na orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa.

Mais de 76 países criminalizam relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, quando essas pessoas estão acima da idade de consentimento. Em muitos outros países, a discriminação em habitação, saúde e emprego é comum. O relatório também destacou o problema da violência motivada por ódio, incluindo violência sexual, agressão física e assassinatos direcionados.

A reunião contou com ministros das relações exteriores da Argentina, Países Baixos e Noruega, o secretário de Estado dos Estados Unidos, o ministro de Cooperação para o Desenvolvimento da França, representantes de alto nível do Brasil, Croácia, União Europeia, Japão e Nova Zelândia, além do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

“Defensores dos direitos LGBT foram acusados de impor valores morais aos outros, mas, na verdade, são os governos intolerantes que impõem seus valores”, afirmou Roth. “Pessoas LGBT existem em todos os lugares. A única questão é se elas podem desfrutar dos mesmos direitos humanos que todos os outros, ou se os governos impõem visões preconceituosas para negar-lhes esses direitos.”

A reunião foi organizada pelo Grupo Central LGBT da ONU em Nova York – um grupo inter-regional que inclui Argentina, Brasil, Croácia, União Europeia, França, Israel, Japão, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega e Estados Unidos, bem como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e as organizações não governamentais Human Rights Watch e a Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas.

Fonte: Human Rights Watch

Papa Francisco substitui Arcebispo Ferozmente Anti-Gay de Yaoundé - Camarões.

Ferozmente Anti-Gay Arcebispo Simon-Victor Toyne Bakot da cidade de Yaoundé, Camarões, foi substituído pelo Papa



Arcebispo Victor Tonye Bakot - substituído por ordem do Papa Francisco



31 July 2013 | By Tris Reid-Smith
GAY STAR NEWS

Traduzido por Sergio Viula


O Papa substituiu o Arcebispo Simon Victor Tonye Bakot da cidade de Yaoundé, Camarões, que lutava contra os direitos LGBT e chamava o casamento gay de 'crime contra a humanidade'.

A decisão de substituí-lo veio na mesma semana em que o Papa Francisco indicou um posicionamento mais suave em relação aos LGBT, dizendo "quem sou eu para jugar?", referindo-se aos homossexuais.

Bakot, com 66 anos de idade, foi Arcebispo da capital dos Camarões, Yaoundé, desde novembro de 2003.

Ele era descrito como 'muito homofóbico' pelos defensores dos direitos LGBT nos Camarões que falaram com o Gay Star News hoje (31 de julho).

Em 2005, suas declarações contra a homossexualidade desencadearam um debate nacional, levando os jornais dos Camarões a publicarem uma lista de pessoas proeminentes, incluindo ministros do governo, que eles alegavam ser da "máfia gay".

Bakot parecia apoiar essa teoria de conspiração, dizendo que o sexo gay era "a causa do desemprego dos jovens, porque quando homens jovens se recusam a ter sexo homossexual com oficiais do governo, eles não conseguem emprego.

No ano passado, ele disse que os gays eram "um perigo para a unidade familiar" e "uma afronta à família, inimigos das mulheres e da criação".

Ele ligava os gays aos pedófilos e sugeria que os africanos "propusessem a poligamia ao Ocidente, exatamente como eles propõem a homossexualidade para nós".

Mas não se sabe se seu posicionamento anti-LGBT – que parece ir contra a visão do Papa Francisco – foi um fator que tenha contribuído para seu afastamento.

As principais razões citadas são "escândalos político", uma briga a respeito do equilíbrio étnico na Universidade Católica da África Central (UCAC), onde ele é o Grand Chancellor e má gestão de propriedade da igreja.

Sabe-se que ele hipotecou propriedades da igreja e a Jeune Afrique alega que a diocese deve agora seis bilhões de Francos Camaroneses (12 milhões de dólares ou 9 milhões de euros).

Ele foi temporariamente substituído pelo Monsenhor Jean Mbarga, Bispo de Ebolowa.

A partida acontece num momento em que há interesse internacional no clamor da população LGBT dos Camarões, acompanhando a tortura e assassinato do ativista gay Eric Lembembe mais cedo esse mês.

O site 76 Crimes relata que a investigação foi interrompida em meio ao clima de perseguição contra as pessoas LGBT.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Aparentemente, a questão passou sobretudo pela limpeza da corrupção mesmo: "Outro que renunciou foi o arcebispo de Yaoundé, em Camarões, também por conta de um escândalo financeiro. Simon-Victor Tonyé Bakot chegou a ser o presidente da Conferência Episcopal de seu país, mas também era um ativo empreendedor imobiliário."

Já vão tarde. Geralmente, esses caras que ficam batendo muito na tecla homofóbica têm algo a esconder e usam isso para distrair. Enquanto a população fica preocupada com o 'furico' dos outros, eles vão enchendo os bolsos. Que bom que foram destituídos. Já vão tarde. E a população LGBT respira um pouco de paz por lá.


VEJA O QUE DIZ O INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS SOBRE ISSO:

https://www.ihu.unisinos.br/noticias/522385-papa-comeca-limpeza-de-arcebispos-suspeitos-de-corrupcao

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Proeminente ativista dos direitos gays torturado e morto na República dos Camarões

Proeminente ativista dos direitos gays torturado e morto na República dos Camarões


Prominent gay activist killed in Cameroon
por DAN LITTAUER | LGBTQ Nation
16 de julho de 2013
Traduzido para o português por Sergio Viula



YAOUNDÉ, Camarões — Eric Ohena Lembembe, um proeminente defensor dos direitos LGBT e jornalista foi encontrado morto em sua casa na cidade de Yaoundé, Camarões na segunda-feira de manhã.

De acordo como o Human Rights Watch na terça-feira, os amigos de Lembembe descobriram seu corpo em sua casa depois de não conseguirem contato com ele por telefone durante dois dias.


Eric Ohena Lembembe


Eles encontraram a porta da frente fechada a cadeado pelo lado de fora mas podiam ver, pela janela, o corpo de Lembembe estirado na cama.

Eles alertaram a polícia camaronense, que arrombou a porta. De acordo com os presentes, o pescoço e os pés de Lembembe pareciam ter sido quebrados, e seu rosto, mãos e pés haviam sido queimados a ferro.

“Não sabemos quem matou Eric Lembembe, ou por que ele foi morto, mas uma coisa está clara: O fracasso total das autoridades camaronenses para deter a violência homofóbica tem enviado a mensagem de que esses ataques podem ser perpetrados com impunidade,” disse Neela Ghoshal, pesquisador senior de direitos LGBT no Human Rights Watch.

“A políca não deve descansar até que os perpetradores desse crime hediondo sejam trazidos à justiça. O Presidente Biya deveria quebrar o silêncio quanto a essa onda de violência homofóbica nos Camarões e condenar esse ataque brutal", acrescentou Ghoshal.

Lembembe estava entre os mais proeminentes ativistas num dos países mais hostis da África para suas minorias sexuais. Primeiro como jornalista e depois como diretor executivo do CAMFAIDS, uma organização de direitos humanos com base em Yaoundé, ele documentava a violência, a chantagem e as prisões que transformavam em alvo a comunidade gay dos Camarões.

Ele também era um contribuinte regular para o blog Apagando 76 Crimes (Erasing 76 Crimes blog), que foca nos países onde a homossexualidade é ilegal, e escreveu vários capítulos de um livro publicado em fevereiro sobre o movimento global pelos direitos gays intitulado “From Wrongs to Gay Rights.”

O assassinato de Lembembe segue-se a vários ataques contra defensores dos direitos LGBT nos Camarões.

Em junho de 2013, assaltantes não identificados colocaram fogo na sede do Alternatives-Cameroon, que oferece serviços relacionados ao HIV à população LGBT em Douala, a segunda maior cidade do país.

Num outro incidente no mês passado, o advogado de direitos humanos Michel Togué, que representa clientes acusados de homossexualidade, foi roubado e seus arquivos legais e laptop foram levados.

Tanto Togué qaunto Alice Nkom, outra advogada que representa clientes LGBT, têm recebido repetidas ameaças de morte por e-mail e SMS (torpedo), incluindo ameaças a seus filhos.

“Eric era um colega corajoso, diligente, que trabalhava muito como repórter para expor os males dos Camarões lá fora, e até mesmo quando ele trabalhava como ativista para informar pessoas LGBT oprimidas daquela nação e proteger seus direitos,” Colin Stewart, autor do livro “From Wrongs to Gay Rights,” e editor do blog “Erasing 76 Crimes,” disse ao LGBTQ Nation na terça-feira.

“Sua energia, sua clareza, sua mão para guiar e suas boas obras serão faltas grandemente sentidas", disse Stewart.

A homossexualidade é punível com prisão de até cinco anos nos Camarões, e o país processa mais gente por sexo gay do que qualquer outro país da África sub-Saariana, de acordo com o Human Rights Watch.

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