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CEDS-Rio inagura agora mesmo espaço de acolhimento LGBT

CPA IV, inagurado há pouco (28/06/2020)


Por Sergio Viula

Antes de assumir o cargo de Coordenador da CEDS-Rio (Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio), Nélio Giorgini foi inspirado por uma palestra sobre empoderamento feminino na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). Na ocasião, recorda ele, falou-se muito sobre Indianare Siqueira e sobre a Casa Nem.


Nélio Giorgini, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura,
apresenta o Guia da Diversidade LGBT. Foto: Marcelo Piu/ Prefeitura do Rio



As informações ficaram armazenadas na memória até que Nélio assumiu a direção da CEDS-Rio e pôde ver de perto a vulnerabilidade na qual muitos cidadãos LGBT+ vivem no Rio de Janeiro. A partir de então, Nélio e sua equipe começaram a pensar em soluções para acolher pessoas LGBT em situação de desabrigamento.

Indianare Siqueira - Foto UOL


Uma de suas estratégias foi aproximar-se da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH). Nélio descobriu que essa secretaria já tinha um documento contemplando identidade de gênero. Giorgini teve acesso a números iniciais que apontavam pelo menos 20 pessoas LGBTs abrigadas nos aparelhos da Prefeitura. Era um bom começo, mas não era suficiente.

Em parceria com a SMASDH, Nélio e sua equipe na Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual começaram a pensar em como poderiam ampliar o alcance dessa assistência. A ideia de inagurar um novo Centro Provisório de Acolhimento que contemplasse cidadãos LGBT+ em situação de extrema vulnerabilidade social avançou. E neste domingo, 28 de junho, a prefeitura está inaugurando o CPA IV (CPA = Centro Provisório de Acolhimento) . O evento se dá ao mesmo tempo em que esse artigo é escrito.

Nesse espaço de acolhimento, as pessoas terão abrigamento, refeições e capacitação oferecida por educadores para que possam se reinserir socialmente e constituir seus próprios lares.


CEDS-Rio distribui quentinhas e máscaras 
a moradores de rua no Centro do Rio

Fonte da foto e matéria no jornal Meia-Hora.
https://meiahora.ig.com.br/celebridades-e-tv/que-isso-gordinho/2020/05/5915609-prefeitura-do-rio-faz-distribuicao-de-quentinhas-e-mascaras-a-moradores-de-rua-do-centro.html#foto=1



Nélio informa que, além disso, a CEDS-Rio e a SMASDH assinarão um termo de cooperação técnica para que se constitua um núcleo de trabalho dentro do CPA IV que será denominado Luana Muniz, facilitando o acompanhamento do projeto pelos servidores da CEDS-Rio, que são especializados na abordagem da população sexodiversa da cidade.

O nome Luana Muniz é uma homenagem a uma travesti e ativista dos direitos LGBT que faleceu aos 56 anos por causa de uma parada cardio-respiratória. Ela havia ficado internada no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla por uma semana no início do mês de maio de 2017, no Rio de Janeiro. A famosa travesti participava de um projeto que capacitava outras travestis e transexuais para o trabalho formal. Ela também acolhia travestis, transexuais, prostitutas e portadores do vírus HIV em um casarão que mantinha no Rio de Janeiro.

Nélio revela que pensou em Indianare Siqueira, mas não seria possível nomear o núcleo em homenagem a Indianare, porque, por força de lei, a prefeitura não pode homenagear personalidades vivas.

Luana Muniz abraçava os projetos da CEDS-Rio na atual administração. A homenagem é também uma demonstração de gratidão.

Com o núcleo Luana Muniz todos os projetos da CEDS-Rio já em andamento poderão ser estendidos aos cidadãos LGBT+ abrigados no CPA IV. Dentre eles, o Trans+Respeito, que foi o primeiro prêmio internacional (BrazilFoundation) da atual administração.

Nélio explica que todo o investimento é 100% da Prefeitura do Rio. O recurso é parte do orçamento da própria SMASDH, e celebra:

"Isso que é realmente inovador! Teremos um aparelho financiado pelo poder municipal do Rio de Janeiro em 100%."

Giorgini também expressa uma aspiração:

"Eu te confesso que, para o futuro, meu desejo e ter apoio da iniciativa privada diretamente com os movimentos sociais. Ao meu ver, o poder público deve ceder o espaço e possíveis serviços. Mas, para o futuro, ao meu ver (na minha humilde opinião), tem que ser: Espaço cedido pelo estado + Movimentos Sociais + financiamento privado."


Nélio Georgini, à esquerda, inaugurando o CPA IV.


A data para a inauguração do CPA IV não poderia ser mais emblemática - 28/06/20, que é mundialmente comemorado como o Dia do Orgulho LGBT+.

Antes mesmo que fosse inagurado, o aparelho já recebeu as primeiras beneficiárias e primeiros beneficários na sexta-feira passada, celebra Nélio.

O CPA IV fica na Rua Tenente Possolo, 49, Centro Rio de Janeiro. CPA IV possui 50 vagas.

Quem desejar mais informações, pode entrar em contato pelo WhatsApp (21) 2976-9186.

Perguntado sobre qual é o segredo para realizar tanta coisa sem orçamento especificamente destinado à CEDS-Rio, Nélio dá a receita:

"É possível com muita garra e sabedoria realizar ações interessantes e relevantes para população LGBT. Há de se ter muita humildade, paciência e habilidade de negociação para fazê-lo."


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Eu, Sergio Viula, não tenho a menor dúvida de que toda essa garra, sabedoria, humildade, paciência e habilidade de negociação tem que ser elevada à milésima potência quando se trata de qualquer conquista para a nossa comunidade, por mais legítima que seja a demanda, e parabenizo Nélio Giorgini e sua equipe pela resiliência e eficiência em pautar aquilo que é de interesse da comunidade LGBT+ carioca. Que a CEDS-Rio continue brilhando nessa caminhada e que outras cidades se espelhem nessa garra.

Festa antes da Parada do Orgulho LGBT em Madureira neste sábado, 12/05/18

Loren Alesxander, organizadora da Parada
do Orgulho LGBT de Madureira (Foto: Globo)


Coordenadoria da Diversidade e organizadores da Parada LGBT de Madureira realizam festa neste sábado


08/05/2018



O Grupo MGTT (Movimento de Gays, Travestis e Transformistas), que organiza a Parada LGBT de Madureira, na Zona Norte do Rio, realizará neste sábado (12/5) uma grande festa pré-Parada no bairro. A rua Almerinda Freitas será fechada pela prefeitura para realização do evento.

O evento gratuito terá shows de Mulher Pepita, Rennan da Penha, Suzi Brazil, Samara Rios, Karina Karão, Núbia Pinheiro, Desire, DJ Cláudio Fernandes e Penélope Lee, entre outros da cena gay do Rio. A apresentação ficará a cargo do padrinho da parada LGBT de Madureira, David Brazil.

O público esperado é de 50 mil pessoas.

"Será uma festa linda, com muito pagode, funk, rap e muito mais, além de grandes surpresas", convida Loren Alesxander, presidente do grupo MGTT.

O endereço da festa, a Travessa Almerinda Freitas, é um espaço de resistência para os LGBTs do subúrbio, onde são promovidas ações de apoio à comunidade, trabalho social e cultura há mais de duas décadas.

"O grupo MGTT, através da Loren, desenvolve um importante trabalho de cidadania e acolhimento à comunidade LGBT+ na Zona Norte, estamos apoiando o evento e marcaremos presença com nossas ações", pontua o Coordenador Especial da Diversidade Sexual do município, Nélio Georgini.

Vale lembrar que a Parada LGBT de Madureira será realizada dia 1° de julho.


Serviço



Local : Travessa Almerinda Freitas 

Quando: Sábado, dia 12, às 19h 
Entrada gratuita

Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?id=7938795

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Comentário deste blogueiro:

Visitem o grupo do evento no Facebook e compartilhem o evento com amigos, amigas e amigues. A Parada de Madureira merece todo apoio. Essa galera sempre foi guerreira e muita vezes colocou o 'bloco' na rua sem apoio do governo ou da prefeitura em termos de investimento financeiro. O apoio começou quando Carlos Tufvesson fundou a CEDS-Rio na gestão Eduardo Paes, e fico feliz em ver que essa festa que antecipa o evento está no site oficial da CEDS-Rio com o apoio do atual coordenador Nélio Georgini. Agora, é preciso investir $$$ nesse evento que é ao mesmo tempo voz para a comunidade LGBT, festa popular e patrimônio cultural para a cidade do Rio de Janeiro, juntamente com a Parada de Copacabana. 

A Parada do Orgulho LGBT de Copacabana e de Madureira, são as duas maiores paradas do Estado do Rio de Janeiro, não somente da capital.

|Um obrigado e um abração especial para a FM O Dia, que sempre esteve lá e estará novamente.


Visite o grupo do evento no Facebook:
https://www.facebook.com/events/777883152411420/

Ceds-Rio recebe casal gay agredido que diz ter sido vítima de homofobia na Tijuca

Ceds-Rio recebe casal gay agredido que diz ter sido vítima de homofobia na Tijuca

De acordo com a coordenadoria, o casal receberá apoio jurídico e psicológico
 
Do R7

3/5/2017 às 13h37 (Atualizado em 3/5/2017 às 13h41)



O casal relata que não consegue entrar mais em sua casaReprodução/Record TV Rio

A Ceds-Rio (Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio) recebeu, na terça-feira (2), no Palácio da Cidade em Botafogo, zona sul da cidade, o casal que sofreu agressões e diz ter sido vítima de homofobia. O evento contou com a presença de diversos órgãos de direitos humanos, entre eles, advogados, promotores, e representantes da Comissão de Direitos Homoafetivos da OAB-RJ, além de líderes dos movimentos sociais.

O caso aconteceu em uma vila na Tijuca, zona norte do Rio. De acordo com Flávio Micelis, não houve motivos para a sua agressão e a de seu marido. Ele relatou que foi agredido por cerca de 20 homens quando tentava deixar sua residência para ir para casa de sua irmã. Ele disse que uma festa acontecia no momento das agressões.

— Me deram muitos socos nas costas, na cabeça, eu fiquei muito desorientado, não sabia o que fazer. Caí no chão, eles me deram chutes, pontapés, e eu estou cheio de dores até hoje.
Segundo a Ceds-Rio, seus servidores farão a intermediação junto ao corpo jurídico e técnico para apoiá-los, inclusive, com direcionamento para ajuda psicológica. A coordenadoria também informou que a delegada Rita Salim de polícia também esteve presente na reunião.

A Ceds informou que o superintendente da grande Tijuca, José Henrique Júnior, esteve no encontro e se comprometeu ajudar o casal, havendo sido acordado inclusive uma ação educativa na região, que contará com a distribuição de material educativo contra LGBTfobia e uma palestra de sensibilização com os líderes sociais. O casal ainda não foi assistido por um advogado criminal, ao que a coordenadoria se prontificou em buscar essa demanda junto a OAB.


2016 sangrento
 
De acordo com dados levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), 2016 foi o ano com maior índice de mortes de pessoas LGBT's em 37 anos, quando o grupo começou a mensurar esse tipo de crime. A pesquisa do GGB informa que cerca de 343 LGBTs foram assassinados por motivos de ódio no último ano, dentre esses homicídios, cerca de 170 foram de homens gays. Segundo o levantamento, morre um LGBT a cada 25 horas no Brasil.


Fonte: R7
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/ceds-rio-recebe-casal-gay-agredido-que-diz-ter-sido-vitima-de-homofobia-na-tijuca-03052017

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Minha sugestão de ação é muito simples, mas extremamente eficaz:
Investigação, punição aos culpados e indenização paga pelo condomínio.
Isso é o mínimo que pode ser feito. JUSTIÇA!

Fica a dica!

Carlos Tufvesson fala ao Fora do Armário depois de sair da CEDS-Rio ao fim da administração Eduardo Paes

Carlos Tufvesson - Parada LGBT do Rio (Copacabana) - arquivo pessoal


Um mês depois de sua saída da CEDS-Rio (Coordenadoria da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro), Carlos Tufvesson, organizador e primeiro coordenador desse órgão municipal, a convite do ex-prefeito Eduardo Paes durante seu primeiro mandato, fala o Blog Fora do Armário sobre seu trabalho, sobre política e Movimento LGBT e sobre suas planos daqui para frente.

Com a eleição do novo prefeito, a cadeira foi ocupada pelo Nélio Georgini, de 41 anos, do mesmo partido que o prefeito, como informa o jornal O Dia.

Apesar de estar fora do gabinete agora, Tufvesson continua militando, como prometeu fazer quando concedeu essa entrevista no final da semana passada. Acredito que todos se lembrem da violência homofóbica e racista que um casal homoafetivo sofreu no prédio em que moram. Eles receberam uma carta anônima vilipendiando sua relação e sua identidade sexual e racial.

Tufvesson não perdeu tempo - acionou o Ministério Público do RJ. Ele esperou exatamente uma semana entre o ocorrido e alguma providência das autoridades. Como ninguém se manifestou, apesar do Rio de Janeiro ter órgãos de proteção à igualdade LGBT, Tufvesson entrou em ação. O resultado foi o seguinte, de acordo com site R7: 

MPRJ investiga mensagens de ódio enviadas para casal gay no Rio: "gente de cor e afeminada"

Sem assinatura, carta ainda pedia para que jovens deixassem condomínio na zona norte




O  MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) anunciou, neste sábado (28), que vai tomar todas as providências cabíveis e necessárias em relação ao caso do casal gay que recebeu uma carta com mensagens homofóbicas e racistas deixada na janela da casa onde vive, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio. O caso aconteceu no dia 20 de janeiro. 

O caso motivou uma reunião no MPRJ com o estilista e ativista Carlos Tufvesson, ex-coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio. Tufvesson encontrou-se, na quinta-feira (26), com a promotora Eliane Pereira e o subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, Alexandre Araripe Marinho.


Na reunião, o ativista afirmou que a liberdade de expressão religiosa não pode ser usada para discriminar um cidadão. Ele se mostrou preocupado com o aumento do número dos chamados crimes de ódio revelados por diferentes fontes estatísticas do Governo Federal e da ONU (Organização das Nações Unidas).

Veja, a seguir, uma entrevista exclusiva concedida por Tufvesson ao Blog Fora do Armário:


Fora do Armário: A Coordenadoria da Diversidade Sexual (CEDS-Rio) foi implantada durante a administração do prefeito Eduardo Paes. Quais foram os maiores desafios que você e sua equipe enfrentaram para implementar o programa dessa coordenadoria?

Carlos Tufvesson: Em primeiro lugar, juntar uma equipe competente, independente de partido ou ideologia, pois só isso já estraga as pessoas, que ficam tontas e perdidas, porque estarem cheias boas intenções não basta. Não adianta serem filiadas e nem mesmo saberem do que estão falando, pessoas sem nenhum histórico de militância. Na CEDS, o requisito para entrar na equipe era dedicação à nossa causa.

Depois criar um programa que comunicasse à sociedade a importância da luta contra a LGBTfobia – que não uma causa somente das pessoas LGBT, seus familiares e amigos, mas sim de toda sociedade de bem. Criamos o programa RIO SEM PRECONCEITO e conseguimos inserir uma nova mensagem nessa luta, que é de direitos civis e não de direitos especiais.

Reforçávamos isso em todas as campanhas que fazíamos a cada ano e que são históricas.

Me emociono de pensar nas campanhas que fizemos e em como as fizemos, pois nada é fácil, mas a dedicação e o compromisso com os direitos humanos sempre nos pautou.

Fora do Armário: Seis anos depois daquele início, quais são as realizações ou os resultados dos quais você mais se orgulha?

Carlos Tufvesson: Sim, dia 2 de fevereiro completaríamos 6 anos.

A maior importância foi a criação da CEDS em 2011. 

A nossa cidade do Rio de Janeiro, até então, não possuía nenhum órgão de defesa de direitos LGBT. É incrível imaginar isso numa cidade com a importância da nossa, que possui um dever preponderante como modelo cultural no país. A CEDS assumiu e desempenhou seu papel neste sentido.

Criamos a CEDS do zero e ela se tornou fundamental como políticas públicas, não só para os cariocas e aqueles que nos visitam, mas também toda sociedade LGBT nacional. A CEDS foi reconhecida como modelo de gestão de políticas públicas LGBT no país. Temos orgulho de todo o nosso trabalho. 

Seu maior resultado, talvez, seja a constatação da grande mudança comportamental de parte da sociedade após diversas e intensas ações realizadas, de forma efetiva, em toda cidade durante nossa gestão. 

A mera demonstração de afeto por casais homoafetivos àquela época ainda era vista como caso de polícia por suposto "atentado ao pudor". 

Outro exemplo, travestis e transexuais se escondiam e deixavam de acessar aos hospitais, clínicas da família ou escolas por causa da exposição e da humilhação de não poderem ser chamadas pelos seus nomes sociais. Foram tantas coisas realizadas, com resultados explícitos, que nem dá para relacionar aqui, mas se encontram públicos no site e rede social da CEDS: http://www.cedsrio.com.br/.  

Mas, foi o suporte do prefeito e de toda a administração, assim como do povo do Rio, que entendeu a mensagem do programa e apoiou o nosso trabalho, que nos possibilitou apresentarmos os resultados que tivemos.

Fora do Armário: Com a eleição do novo prefeito, um novo coordenador foi convidado a assumir a posição que você ocupou com tanta dedicação. Existe algum risco de que atividades que já estavam funcionando venham a ser interrompidas? Como você vê o futuro da CEDS-Rio?

Carlos Tufvesson: Não tenho porque achar que o prefeito não cumprirá suas promessas de campanha, pois tenho guardado comigo seus compromissos de continuar os projetos da CEDS, tendo sido até bastante elogioso.

Precisamos dar tempo para o novo coordenador trabalhar. Seguramente, ele sofre ataques e deve receber nosso apoio. Só estranhei, pois não houve transição, e nunca recebi um telefonema dele para se inteirar sobre a gestão  coisa que me parece normal, de praxe e até protocolar. Mas cada um trabalha com seus métodos e suas certezas.

De qualquer modo, como parte de minha antiga equipe está lá, ele tem as informações de que precisa. Eles têm experiência em políticas públicas LGBT. Então, existe uma continuidade na maneira de trabalhar.

Mas política pública não se faz sem orçamento. Eu sempre me virei nos trinta. É muito fácil todo mundo achar fofinho o Damas, mas é preciso aprovar o orçamento, como sempre fizemos em nossos 6 anos de gestão. Senão, é aquele modelo que todos nós da área já vimos: Falar muito e... apenas falar.

Fora do Armário: A campanha Rio Sem Preconceito, realizada anualmente, contava com várias celebridades que chamavam atenção para o combate ao preconceito e para a promoção da inclusão sexual, de gênero, racial, etc. Eles participavam sem qualquer cobrança de cachê porque acreditavam no seu trabalho. Antes de você sair, havia algum planejamento para a próxima campanha? Você acredita que haverá uma?

Carlos Tufvesson: Então minha angústia era essa. De não poder planejar o futuro de um órgão como a CEDS. Sinceramente, vejo a falência desse modelo partidarista na gestão pública exatamente por isso.

Como se interrompe um trabalho que estava indo tão bem, até mesmo pelo reconhecimento do então candidato Crivella, que é distinguido inclusive por honrarias da Câmara Municipal, do Governo Estadual e Federal, e da sociedade, apenas para inserir alguém por ser de um determinado partido? Seria para passar uma imagem de que o partido não é preconceituoso? Isso precisa ser demonstrado no dia-a-dia, em seu histórico e no de seus parlamentares, e não pelo uso de um órgão que presta serviços relevantes à sociedade.

Como cidadão, confesso que não acredito mais nesse modelo, pois vimos a falência dele, e nossa sociedade não aceita mais esse tipo de velha política. Basta olharmos para os resultados dos outros órgãos que agiram dessa maneira para entendermos que esse modelo é falido e não funciona.

Uma das razões do sucesso da CEDS era que ali não existia contratação partidária. Todos ali eram profissionais competentes em suas atividades e estavam ali dando de seu melhor para nossa comunidade, pois merecemos isso.

Não acredito em modelo diferente desse na gestão pública. Quem perde é o cidadão.

Fora do Armário: A CEDS-Rio foi grande parceira da Parada do Orgulho LGBT do Rio (Copacabana) no final do ano passado. Você considera que a comunidade LGBT poderá continuar contando com esse apoio daqui para frente? Caso a resposta seja negativa, quais seriam as alternativas?

Carlos Tufvesson: Não vejo porque não. Repito: O prefeito declarou em campanha e não tenho motivos para achar que ele mentiria. Não o conheço pessoalmente, mas o ex-prefeito Eduardo Paes me apresentou na transição e ele me pareceu uma pessoa muito gentil.

Mas acho que a sociedade civil precisa se reorganizar. E muito rápido.

Fora do Armário: Como você vê as demandas LGBT em relação ao poder público hoje no nível municipal, estadual e federal? Há razões para nos preocuparmos?

Carlos Tufvesson: Sim há razões. E muitas.

A lacuna aberta pela ausência de um movimento organizado, que defenda os direitos dos LGBTs acima dos interesses de partidos, nos deixou hoje sem movimento nenhum.

Há uma década, vemos os índices de crimes de ódio subirem e até a campanha de HIV para jovens LGBT ser barganhada politicamente. O movimento se calou a ponto de perder sua importância e relevância.

Aqui no Rio, fazíamos até uma campanha de prevenção – também nacionalmente reconhecida – exatamente para suprir essa lacuna. O resultado foi que nos tornamos o município que mais testa para HIV no país! Um trabalho de 5 anos de campanhas sérias e efetivas, com resultados para o cidadão.

Hoje um jovem nem sabe direito o que é o Movimento e acha que militar é compartilhar no Facebook.

Não é.

É também.

Precisamos refundar a maneira de lutar e pleitear nossos direitos. De maneira técnica, como sempre foi nossa atuação com meu grupo, e não de maneira subserviente a um partido.


Fora do Armário: O Movimento LGBT está mobilizado o suficiente para enfrentar esses desafios? Em sua opinião, o que está bem e o que precisa melhorar?

Carlos Tufvesson: Não.

Você que segue me diga: Quais inciativas tivemos do movimento nos últimos 8 anos no Rio? Posso te dizer que, na CEDS, nem propostas para apoio chegavam, exceto as da Parada LGBT.

E existem coisas que são de responsabilidade do poder público, mas outras que são do movimento social.

Temos uma lacuna gigantesca aí a ser preenchida e uma galera que não se reconhece nessa maneira antiquada de militar.

Fora do Armário: Quais são seus planos daqui para frente em termos de ativismo LGBT?

Carlos Tufvesson: Nesse momento descanso.

Desde que entrei na prefeitura, não tenho carnaval pois sempre estamos de plantão com a campanha de prevenção coordenada por nós. Será meu primeiro carnaval de folga. 

A CEDS, na prefeitura do Rio, se ocupava de tarefas bem além das questões de políticas públicas para os LGBTs, mas fico feliz pela oportunidade e pela confiança que tivemos de fazer esse trabalho.

Quero me dedicar à moda também, que é minha vida e minha profissão, pois existe uma carência enorme nesse setor tão mal compreendido.

Mas, entenda: Na minha vida, nunca planejei muito as coisas. Elas sempre foram acontecendo. Foi assim com o inesperado convite do Eduardo para ir para a prefeitura. Então, veremos.

Mas, entenda: Sou militante há 20 anos. É minha vida isso. E não tenho como deixar de ser. Porém, quero repensar essa forma e dar à sociedade civil uma nova maneira de poder militar junto.

Fora do Armário: Que mensagem você deixaria para a comunidade LGBT do Rio de Janeiro?

Carlos Tufvesson: DENUNCIE.

Sempre!

Em apenas 4 meses de gestão, assinamos 9 decretos para a comunidade LGBT em nossa cidade, que são direitos adquiridos.

Então exerça-os!

Fiscalize e cobre, ajudando a gestão, pois ela é de todos nós.


Se um de nós não tem direitos civis, então nenhum de nós tem direitos civis”.

Fora do Armário: Agradeço muito, Tufvesson, por sua disponibilidade em falar ao Fora do Armário. Desejo que você realize muita coisa em favor da comunidade LGBT. E espero sinceramente que a CEDS-Rio continue fazendo o trabalho que vinha fazendo, ampliando seus horizontes e que ela nunca se omita diante das demandas dos cidadãos e das cidadãs LGBT da cidade do Rio de Janeiro. 

Um grande abraço para você e para o André Piva, seu amor.

Carlos Tufvesson (à esquerda) e Andre Piva em 2011, quando se casaram.
Foto: Tatiane Amorim Fonte: Época - Coluna do Bruno Astuto.


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Matérias citadas:

Jornal O Dia: http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-01-14/gay-evangelico-de-41-anos-assume-pasta-em-defesa-de-lgbt.html

Site do R7: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/mprj-investiga-mensagens-de-odio-enviadas-para-casal-gay-no-rio-gente-de-cor-e-afeminada-28012017

III Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT. Se liga no Blog Fora do Armário, bunitx!!!!




Rio Sem Homofobia


Convocação para as etapas regionais da III Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT, que acontecem nas regiões do Estado do Rio, de 28 de novembro à 19 de dezembro.

São 09 Conferencias LGBT regionais. Veja a mais a próxima de você.

Você é nossa (a) convidada (a). Inscreva-se.

Acesse aqui:

Inscrições: http://migre.me/s8Uh6
Informações: http://migre.me/s8Ue1

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:

Não deixe de ver as informações e de se inscrever. É muito importante que mais gente participe, não apenas os que historicamente já lutam nesse campo. Sangue novo é bem-vindo. Já posso adiantar que serão fortes emoções. 

Quero ver trans, travesti, bissexual, gay e lésbica lá! E queer, transgênero não binário, e por aí vai. Você não precisa pertencer a qualquer ONG LGBT para participar. Então, vai, lá, bunitx! Quem quer ter representação não fica no sofá comendo pipoca. 

O Rio de Janeiro tem se destacado em termos de progresso para a comunidade LGBT, principalmente graças ao programa estadual "Rio sem Homofobia" e ao programa municipal "CEDS-Rio", mas o Rio de Janeiro não é só a capital e se ainda existem tantas carências na capital e zona metropolitana, imaginem nas mais distantes.  

Por isso, todas, todos e todes lá! ^^

Inscrições: http://migre.me/s8Uh6
Informações:http://migre.me/s8Ue1


Claudio Nascimento em Macaé com ativistas LGBT - foto enviada por Margarida que trabalha em Campos dos Goytacazes (meio, à esquerda).

Eduardo Paes convoca para apresentação de ações relacionadas ao Dia de Combate a AIDS


10h30 - O prefeito Eduardo Paes apresenta as ações da Prefeitura do Rio para o Dia Mundial da Luta contra a Aids.

Estarão presentes ainda o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e o coordenador da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson.

O evento servirá para atualizar informações sobre resultados das ações em combate à AIDS que são realizadas na cidade do Rio de Janeiro e também para lançar a 4ª Semana Carioca da Prevenção, que terá início em 28 de novembro e encerramento em 05 de dezembro.

Nesta semana, unidades de saúde estarão mobilizadas para reforçar as ações de conscientização e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, com reforço na oferta de testes para detecção de HIV e sífilis.

Local: Palácio da Cidade - Rua São Clemente, 360, Botafogo


João Felípe Toledo
Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS)
Assessor de Comunicação
Palácio da Cidade
Rua São Clemente, 360 - Botafogo
Tels. 21 - 2976.9137 / 98498.9419/ 96964.2000
comunicacao.ceds@gmail.com

https://cedsrio.com.br/

Desafio do laço vermelho: Uma iniciativa da CEDS-Rio que conta com você nas redes sociais.

Sergio Viula: 
Eu não tinha um laço de fita, então improvisei esse. 
Não tem como não ver! 
Camisinha sempre!




Desafio do laço vermelho


Uma iniciativa da CEDS-Rio


Desde domingo, 16 de novembro, a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro (Ceds-Rio) está promovendo a campanha Desafio do Laço Vermelho para dar visibilidade ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado nesta segunda-feira, 1º de dezembro.

O objetivo do #DesafioDoLaçoVermelho é alertar a população para o fato de que a Aids continua sendo uma doença mortal e que não há grupos de risco, mas sim comportamentos de risco.

Para participar da campanha, basta compartilhar voluntariamente através de redes sociais uma fotografia com a mensagem da campanha junto ao símbolo do laço vermelho. Depois disso, cada participante deveria desafiar três amigos a fazerem o mesmo.

“Conhecer seu estado sorológico através da testagem é a maneira de interromper a cadeia de transmissão desta epidemia. Chamamos atenção para a prevenção ser um ato de amor, pra si próprio e para seu parceiro(a) e que o teste deve ser feito por todas as pessoas sexualmente ativas”, declarou ao JB Carlos Tufvesson, presidente da Comissão DST AIDS do Conselho Municipal de Saúde do Rio, o acesso à informação é fundamental para impedir a transmissão da doença.

PARADA LGBT DE COPACABANA: CEDS-RIO LANÇARÁ O #DESAFIODOLAÇOVERMELHO

CEDS-RIO LANÇARÁ O #DESAFIODOLAÇOVERMELHO 



VEJA OUTROS SERVIÇOS QUE A PREFEITURA OFERECERÁ A VOCÊ NA PARADA:

http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?id=5067890


A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual lançará no domingo, 16, o #DesafioDoLaçoVermelho durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT do Rio deJaneiro. 


Esta será uma campanha interativa que convidará cidadãos e cidadãs para entrar em uma corrente de solidariedade através das redes sociais. O objetivo é visibilizar o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrado em 01 de dezembro e alertar para o fato desta luta ser de todos e todas, pois não existe grupo de risco mas sim comportamento de risco. 

“Conhecer seu estado sorológico através da testagem é a maneira de interromper a cadeia de transmissão desta epidemia. Chamamos atenção para a prevenção ser um ato de amor, pra si próprio e para seu parceiro(a) e que o teste deve ser feito por todas as pessoas sexualmente ativas”, diz Carlos Tufvesson, presidente da Comissão DST AIDS do Conselho Municipal de Saúde. 

Os visitantes do lounge Rio Sem Preconceito serão convidados a, de forma criativa, interagir com a simbologia do laço vermelho. Para incentivá-los à compartilhar uma fotografia com a mensagem da campanha, serão distribuídas fitas e batons na cor vermelha. Cada um destes participantes voluntários irá desafiar outros três amigos para formar elo a elo esta corrente solidária através das redes sociais. 

Artistas, personalidades e formadores de opinião também serão chamados a se engajar com esta campanha, inspirada no ice bucket challenge (desafio do gelo). Eles serão previamente convidados a publicar em suas redes sociais uma foto interagindo com o laço vermelho, símbolo da solidariedade pela luta contra o HIV. 

O foco desta campanha é incluir o tema da luta contra o HIV na timeline e no cotidiano de milhares de pessoas em todo o Brasil. Para que, através das imagens compartilhadas em solidariedade à causa, seja dada a visibilidade necessária para todas as questões relativas ao combate à essa doença. 

Exposição CEDS – Lounge Rio sem Preconceito
Domingo – 16/11, das 10h às 16h
Avenida Atlântica
(Próximo ao Posto 5)
Copacabana 

Mais informações: 

João Felípe Toledo
Assessoria de Comunicação da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual

E-mail: comunicacao.ceds@gmail.com 

Guilherme Silviano
Assessoria de Comunicação da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual

E-mail: comunicacaoceds2@gmail.com

18° Aniversário da Lei de Combate à Discriminação na Cidade do Rio de Janeiro

Na manhã deste dia 11 de setembro de 2014, a  Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Município do Rio de Janeiro ou simplesmente CEDS-Rio, realizou um ato comemorativo pelos 18 anos da lei municipal 2475/1996, de autoria da então Vereadora Jurema Batista, tendo como oradores o Prefeito Eduardo Paes, a Subsecretária de Inclusão Produtiva/SMD Jurema Batista (a própria autora da lei), a Secretária e assessora de gênero da Secretaria de Políticas Sociais do Rio de Janeiro Ana Rocha,  e o Coordenador da CEDS-Rio Carlos Tufvesson.

Tive a honra de ser convidado pessoalmente pelo Carlos Tufvesson e prontamente me dispus a ir. Logo na entrada fui muito bem recebido por uma recepcionista transexual. No andar de cima, num salão belíssimo, com convidados de setores da sociedade civil, da prefeitura e da imprensa, pude ouvir os discursos de Jurema Batista, Carlos Tufvesson e Eduardo Paes - nessa ordem. Infelizmente, perdi o de Ana Rocha, porque cheguei atrasado.


Fui muito bem recebido logo na entrada do Palácio da Cidade.

Foi uma reunião rápida, seguida de uma recepção simples, mas muito bem cuidada. O que saltou aos olhos foi o empenho de Tufvesson e o total  apoio de Eduardo Paes quanto ao combate ao preconceito por orientação sexual, gênero, raça e religião, entre outros.

Duas peças publicitárias foram apresentadas para relembrar o trabalho da CEDS-Rio (braço da Prefeitura) na conscientização de que uma cidade tão linda como o Rio não combina com o preconceito. Aliás, preconceito não combina com qualquer sociedade minimamente esclarecida, diga-se de passagem.

Jurema Batista falando da tribuna




Jurema Batista falou de sua luta para a provação da lei em 1996, quando não havia qualquer outra parecida no Brasil. Ela também falou de seu trabalho no combate ao racismo. Jurema encerrou ressaltando que "na cidade do Rio de Janeiro, os direitos individuais do cidadão estão garantidos."

Como Tufvesson reforçou em seguida, "a lei foi a primeira no Brasil e incentivou várias cidades e estados". Ele também destacou que a própria existência da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual no Rio deve-se ao trabalho de pessoas que lutaram arduamente no passado e que não podem ser esquecidas. Citou de cabeça o Paulo do Grupo Atobá, o Cláudio Nascimento que era presidente do Grupo Arco-Íris, o Almir França, a Loren que organiza a Parada LGBT de Madureira, o Marcelo Esteves e a Yone Lindgren, do Movimento Dellas. Como ele disse, muitos outros poderiam ser citados também.

Carlos Tufvesson - foto G1


Tufvesson também ressaltou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República publicou relatório sobre os crimes de ódio contra homossexuais e transexuais. O aumento foi de 46 por cento. E ressaltou que o lema da CEDS-Rio é:


"Eu não preciso ser negro para lutar contra o racismo. Eu não preciso ser mulher para lutar contra o machismo. Não preciso ser judeu para lutar contra o antissemitismo. Você não precisa ser gay para lutar contra a homofobia".

Uma ótima notícia foi comunicada em primeira mão no evento. A Prefeitura do Rio já aprovou o projeto da CEDS-Rio para a criação do primeiro Centro de Referência Rio sem Preconceito. O espaço lindamente planejado contará com seis secretarias, espaço multifuncional, inclusive para exposições e para a continuação do Projeto Damas. O cidadão terá acesso direto e gratuito aos serviços prestados pelas respectivas secretarias municipais e pela própria CEDS-Rio. O local escolhido fica à esquerda daquele largo que se estende em frente aos Arcos da Lapa.

Eduardo Paes se dirige aos convidados.


O Prefeito Eduardo Paes fez um discurso descontraído, mas com diversas declarações de impacto. Entre elas, destaco as seguintes:

"No processo eleitoral, parece que as pessoas estão competindo para ver quem é o mais preconceituoso."

"Fico impressionado com a falta de coragem de se colocarem certos posicionamentos contra o preconceito no debate público."

"Não é admissível que em pleno século 21 a gente ainda tenha que ver pessoas sendo discriminadas por sua orientação sexual, sua religiosidade, seu sexo."

"Não precisamos alimentar a disputa de quem odeia mais quem."

"A gente só combate isso [o preconceito] com ações firmes."

"A gente vai continuar lutando para que as pessoas façam o que quiserem, desde que respeitem os direitos dos outros."

Ele encerrou com a seguinte convocação: "Abaixo o preconceito, o ódio e todos aqueles que pensam que sabem tudo e não sabem de nada."

Eduardo Paes está exercendo seu segundo mandato. Desde o primeiro, logo no começo, abriu espaço e deu apoio para a criação da CEDS-Rio, convidando Carlos Tufvesson para assumi-la como Coordenador. 

Nas eleições para o segundo mandato, Paes continuou firme em seu propósito de inclusão. Aliás, não nos esqueçamos que ele foi o primeiro prefeito que participou de uma Parada do Orgulho LGBT no Rio. Naquela ocasião, o Governador Sergio Cabral também esteve presente. Foi marcante ver as duas maiores autoridades do Executivo municipal e estadual no evento, mesmo sendo de partidos diferentes. Eduardo Paes venceu as eleições para o segundo mandato no primeiro turno com 65% dos votos - fato inédito em todas as eleições realizadas até o momento no Brasil.

Ele, melhor do que ninguém, pode dizer o que disse sobre a pobreza do discurso público em torno dessas questões. Parabéns ao Prefeito e sua equipe.


Eduardo Paes e Loren, responsável pela Parada LGBT de Madureira.

A imprensa compareceu em massa e assediou o prefeito, que respondeu a todas as perguntas com atenção e simpatia.

Quem desejar maiores informações, pode falar com o assessor de imprensa João Felipe Toledo: comunicacao.ceds@gmail.com ou visitar o site da CEDS-Rio:
https://cedsrio.com.br/


E na saída, mais um momento para celebrar a presença transexual no evento.

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