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Vereador defende a pedofilia



A fala é do vereador Lúcio Campelo (PR)



Leia a matéria de O Globo na íntegra aqui:

https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2018/11/22/sou-e-a-favor-da-pedofilia-diz-vereador-em-votacao-de-projeto-sobre-violencia-sexual-veja-video.ghtml


COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

As igrejas costumam se colocar como grandes defensoras das crianças e das famílias. Contudo, a recordista de crimes de pedofilia é, sem sombra de dúvida, a Igreja Católica. Ela, porém, é uma instituição de proporções internacionais e centralizada. Entre as igrejas evangélicas, espalhadas mundo afora e geralmente sem lideranças centralizadas com o nível de poder do Vaticano, crimes como o de abuso de menores acabam sendo tratados de modo pontual.

Veja abaixo o resultado de um relatório que venho fazendo com base nas prisões de pastores por crimes cometidos no Brasil. Aqui, só tem casos levantados em território brasileiro. Veja que a pedofilia foi a campeã de ocorrências no segundo semestre deste ano.

Só para constar, a pedofilia também foi a campeã de ocorrências no primeiro trimestre.

Portanto, nos primeiros seis meses de 2019, o crime mais praticados por pastores evangélicos foi o de pedofilia.


No segundo trimestre de 2019, foram presos 42 pastores, alguns deles cometendo o mesmo crime mais de uma vez ou agregando violências para além daquela que deu nome ao crime principal. A média foi de quase 3,5 pastores preso por semana nesse período.

Foram 12 tipos de crimes diferentes.

Os mais praticados foram pedofilia (28,5%) e golpes financeiros (21%), seguidos de estupro de adultos e violência doméstica (empatados em 9,5% cada).

Pedofilia: 12 pastores presos. Em alguns casos, foram várias vítimas diferentes ou várias vezes com a mesma vítima.

Golpes financeiros: 9 pastores presos.
Um dos casos envolvia 8 pastores (sete já presos e um foragido), e se tratava de venda e viagens a Israel.

Estupro de adultos: 4 pastores.

Violência doméstica: 4 pastores. Três das quatro acusações de violência incluíam requintes de crueldade. Num deles, a mão de esposa foi decepada; em outro a esposa levou uma martelada na cabeça; em outro, ela foi agredida durante o Congresso dos Gideões; e no último, ela ficou em cárcere privado, submetida a contínuas agressões.

PERCENTUAIS DOS CRIMES MAIS PRATICADOS:


28,5% dos crimes foram de pedofilia
21% dos crimes foram de golpes financeiros
9,5% dos crimes foram estupro de adultos e violência doméstica

Atualização em 26/12/24:
Esses dados constavam no Blog Mais um Pastor na Cadeia, agora extinto. https://pastorespresos.blogspot.com.br/

Casal gay encontra bebê abandonado no metrô



Com informações do The Huffington Post
Tradução por Sergio Viula


Numa noite de agosto do ano 2000, David Stewart estava na estação de metrô da Eighth Avenue A/C/E em Nova York, quando telefonou para seu parceiro Mercurio, dizendo:

“Encontrei um bebê!" E acrescentou: "Liguei para 911 (emergência), mas acho que eles não acreditaram em mim. Ninguém virá. Eu não quero deixar o bebê sozinho. Venha até aqui e traga um carro de polícia ou coisa assim.”

Quando o casal compareceu à vara de família em dezembro daquele ano para depor sobre o que havia acontecido, a juíza encarregada do caso perguntou se eles estariam interessados em adotar. Stewart, um profissional do serviço social, respondeu que sim.

A história contada por Peter Mercurio pode ser lida no The New York Times:

https://archive.nytimes.com/opinionator.blogs.nytimes.com/2013/02/28/we-found-our-son-in-the-subway/

Apesar da jornada deles ter um final feliz, a história de Mercurio e Stewart chama atenção para a adoção gay ao redor do mundo, especialmente em regiões onde casais gays são impedidos de adotar crianças.

Enquanto nos Estados Unidos ainda existem muitas diferenças entre o modo como cada estado trata a adoção por casais homoafetivos, com alguns inclusive proibindo, enquanto outros consideram legítima, na Alemanha a suprema corte reconheceu a adoção gay permitindo que uma pessoa adote o filho de seu parceiro, seja este biológico ou adotado. Anteriormente, parceiros do mesmo sexo só podiam adotar filhos biológicos de seus cônjuges. Obviamente, ainda não é suficiente, mas já é um avanço.

Em 20 de fevereiro, Porto Rico aprovou uma lei impedindo os casais gays de adotarem. Pai gay e pop star, Ricky Martin expressou seu desapontamento, twittando: “Como é triste. Isso é como dar as costas às crianças. Tantos órfãos querendo ter o aconchego de um lar."

https://www.huffpost.com/entry/ricky-martin-gay-adoption-puerto-rico_n_2735073

Peter Mercurio escreveu um roteiro sobre a jornada de sua adoção, chamada "Found (A True Story)", que significa "Achado (Uma História Real).Veja uma chamada abaixo.


Estudo: Pais Adotivos Homossexuais Dão Ótimos Pais

Estudo: Pais Adotivos Homossexuais Dão Ótimos Pais


Traduzido por Sergio Viula
para o Blog Fora do Armário
Original aqui: https://www.theatlantic.com/health/archive/2012/10/study-gay-adoptive-parents-make-great-adoptive-parents/263893/




 
libertygrace0/Flickr


PROBLEMA: Devemos permitir que crianças em alto risco no sistema de apoio que precisam de lares e famílias amáveis sejam adotadas por casais homossexuais? A resposta rápida é "sim," mas é sempre bom ter o apoio da ciência.

METODOLOGIA: Este é o primeiro estudo a comparar crianças que são adotadas a partir do sistema de amparo (abrigos) por homens gays, mulheres lésbicas, e casais heterossexuais, e traçar seu progresso ao longo do tempo, explica o autor e líder do projeto Justin Lavner, um candidato a doutorado na UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles). Os pesquisadores acompanharam 82 crianças no Condado de Los Angeles - 22 das quais foram adotadas por pais ou mães homossexuais, com a idade média de quatro anos - e avaliaram-nas depois de dois meses, um ano, e dois anos a contar de sua alocação nas famílias adotivas.

Enquanto os estudos prévios haviam sido feitos com crianças adotadas por pais gays ainda bebês, as crianças acompanhadas nesse estudo começaram com uma série de fatores biológicos e ambientais de risco já atuando contra elas - tais como nascimento prematuro, exposição a substância pré-natal, e abuso ou negligência - identificados pelos pesquisadores a partir de registros públicos.

RESULTADOS: As crianças nos três tipos de lares se beneficiaram da adoção: em média, elas obtiveram ganhos significativos no desenvolvimento cognitivo - seus índices de QI aumentaram 10 pontos em média - e elas mantiveram níveis estáveis de problemas de comportamento. Além disso, as crianças adotadas por pais gays ou mães lésbicas começaram, na verdade, com mais fatores de risco, e tinham mais probabilidade de ser de uma etnicidade diferente de seus pais adotivos, mas depois de dois anos elas estavam em pé de igualdade com seus colegas heterossexualmente adotados.

CONCLUSÃO: A co-autora Letitia Anne Peplau colocou sucintamente: "Não existe evidência científica para discriminar pais gays e mães lésbicas."

IMPLICAÇÕES: Mais de 100.000 crianças em abrigos nos EUA precisam de lares. Um potencial de 2 milhões de casais homossexuais estão interessados em adotar, de acordo com um estudo de 2007. Somente 19 estados (e o Distrito de Columbia) permitem que casais gays adotem. Mesmo em estado onde é legal, acrescenta Lavner, a discriminação contra pais homossexuais torna menos provável que se consiga a adoção. Os números - e agora a evidência científica - falam por si mesmos.

O estudo completo, "Can Gay and Lesbian Parents Promote Healthy Development in High-Risk Children Adopted From Foster Care?" pode ser encontrado aqui: https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1111%2Fj.1939-0025.2012.01176.x



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LINDSAY ABRAMS - Lindsay Abrams é parceira editorial do The Atlantic Health channel. Seu trabalho também apareceu no The New York Times.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

E o Brasil?

No Brasil, mais de 37 mil crianças vivem em abrigos, de acordo com o portal do Conselho Nacional de Justiça. Esse número pode ser ainda maior. O IBGE identificou 60 mil casais homoafetivos no último censo brasileiro. Se apenas metade desses casais adotassem, o número de crianças em abrigos chegaria próximo ao zero.

Vale lembrar que muitos casais ainda não se identificaram no Censo por conta do preconceito da família. Muita gente vive uma relação estável sem assumir que é um casamento, apenas aparentando amizade (para a família) ou parentesco (para os amigos). Estes precisam superar essa 'fase' para tornarem-se aptos a assumir qualquer responsabilidade paterna ou materna.

O Supremo Tribunal Federal equiparou as uniões civis homoafetivas às heteroafetivas - o que facilita a conversão em casamento e também abre caminho para a adoção, apesar de ser ainda um processo lento. O Jornal O Globo fez matéria comemorando o Dia dos Pais com primeiro casal gay a adotar no Brasil.

Os desafios de criar um ou mais filhos, sejam biológicos ou adotivos, são sempre enormes, qualquer que seja o tipo de casal. Tempos atrás escrevi um post sobre paternidade. Recomendo a leitura para quem gosta de pensar no assunto ou já é pai/mãe.

Espero pelo dia em que o Brasil não terá mais filhos abandonados ou órfãos sem lar. Trabalhemos duro até que vejamos esse dia raiar.

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