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Lanna Holder e Rosania Rocha: Mais humildade, meninas!

Lanna Holder (esquerda) e Rosania Rocha


Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para “evangelizar” os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.

“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”

As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.Continua AQUI: https://noticias.gospelmais.com/missionaria-lana-houder-pastora-pregarao-parada-gay-20976.html


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO
(já postado no site que originou a matéria)


Às missionárias em questão, quero deixar duas colocações:

1. Que bom que saíram daquele meio homofóbico. Não é fácil. Aguentem firmes os ataques que já estão sendo feitos pelos fanáticos.

2. Cheguem com humildade aos ambientes de militância gay.

Vocês ficaram a vida inteira difamando quem lutava pela liberdade e reconhecimento que vocês antes desprezavam. Agora, não venham querendo dar lição de moral ou questionar o caráter político e legítimo das paradas gays. Vocês não têm autoridade para se pronunciarem a esse respeito, levando em conta seu passado recente.

Querem abrir igreja, são livres para isso. Agora, se quiserem manter a neurose das outras igrejas com a única diferença de que passaram a aceitar os gays no seu ambiente de culto, isso é pouco demais para fazer realmente uma diferença relevante.

Eu, particularmente, desconfio de qualquer comunidade religiosa que pretenda patrulhar a vida alheia. E vocês demonstraram nessa matéria mais uma vez o tom de patrulhamento que nunca deixaram para trás de fato.

Humildade... cheguem junto para aprenderem antes de ensinarem... ouçam antes de falar... e de preferência nem falem se não for para fortalecer um movimento que já têm inimigos suficientes.

É só isso por enquanto,

Sergio Viula

Visite o blog Fora do Armário (veja no google associado ao nome Sergio Viula)

Mais um capítulo da ficção evangélica conhecida como "ex-gays"

Mais um capítulo da ficção evangélica conhecida como "ex-gays"



Por Sergio Viula

Os evangélicos demonstram um estranho fascínio por casos de "ex-homossexuais". Que fique claro que o prefixo "ex" aí não passa de uma ficção. Pessoas consagradíssimas pelas igrejas e pastores evangélicos, querendo ser "provas vivas" de que a homossexualidade pode ser revertida, acabam demonstrando o contrário, ou seja, que a homossexualidade é tão irreversível quanto a heterossexualidade. E por que deveria ser diferente? Ambas são manifestações da afetividade humana com o mesmo status de legitimidade, apenas com objetos de desejo diferentes. Mas não esqueçamos da bissexualidade — essa fascinante possibilidade de amar sem fronteiras... ;)

Entretanto, a questão dos propalados "ex-gays" persiste. Este mês, uma revista evangélica chamada Eclésia publicou uma entrevista com Lanna Holder, uma pernambucana que dizia ter sido "libertada do homossexualismo" (termo que os crentes continuam usando, apesar de equivocado). Ela fez muito sucesso como pregadora em igrejas lotadas e com gente apresentando todo tipo de manifestações supostamente espirituais durante suas pregações. Pois bem, depois de muito tempo na igreja, "liberta" (segundo ela mesma), pregando (agenda cheia), casada com outro crente, mãe de um menino, a tal missionária Lanna Holder envolveu-se com outra mulher. Esta também era da igreja, casada e exercendo um ministério.

Foi um escândalo para a igreja e para os pastores. Ela deixou de ministrar, foi lançada no esquecimento e separou-se. Depois de um tempo vivendo longe dos púlpitos, sem projeção, com problemas financeiros acumulados pela suspensão das ofertas (como ela mesma diz na entrevista), etc., etc., etc., Lanna Holder decidiu voltar para a igreja e "servir ao Senhor". Já está pregando de novo.

Na entrevista, não vi traços daquele triunfalismo barato que caracterizava a pregadora antes. Parece que os "hematomas" emocionais causados pela "queda" ainda estão bastante doloridos. No entanto, ela demonstra ainda acreditar na possibilidade de transformação de homossexuais em ex-gays mediante a pregação da Bíblia. Pior: ela sempre cita a homossexualidade associada ao adultério, à prostituição e aos vícios. Contudo, não afirmou em nenhum momento que é "ex-homossexual", como fazia antes...

Não é difícil entender por que ela voltou para a igreja depois de ir tão longe: sentimentos de culpa, medo, saudosismo, necessidade de segurança financeira, entre outros.

A matéria da Eclésia não me impressionou de modo algum. O que encontrei foi o que já conhecia: "ex-gays" são pura lenda urbana. O que me admira é que, a despeito de todas as evidências contra esse mito do "ex-gay", os crentes continuem aglomerando-se em torno dos que pregam tal coisa. Agora, a pergunta que não quer calar: se são heterossexuais, por que se interessar por esse assunto? Se são gays, por que perder tempo com isso, já que não passa de falácia? Uma coisa eu garanto: lagarta que virou borboleta morre borboleta, nunca volta a ser lagarta... kkkk E é bom que fique claro que não estou dizendo que alguém "vire gay". Lagartas são borboletas em estado embrionário. De uma lagarta nunca sairá uma ameba, por exemplo. Quando o indivíduo é gay, é só uma questão de tempo até que ele alce voo... ;)

(Meu comentário refere-se à edição de Eclésia — Ano 12 — Edição 130 — Janeiro/2009)

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