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IMPERDÍVEL: Semana do Orgulho LGBTI+ no Rio 2018



Por Cláudio Nascimento
23/06/2018





Já se organizou para o roteirão 
da Semana do Orgulho LGBTI + Rio 2018?


Momento de lutas, orgulho e participação!

Para facilitar a sua participação, segue a agenda com as atividades que o Grupo Arco-Íris realiza ou apoia.



Sabe por que orgulho LGBTI?

Então, no dia 28 de junho 1969, em Nova Iorque, pessoas LGBTI cansadas de extorsões, constrangimentos, assédios e agressões provocadas por policiais em bares de frequência LGBTI+ reagiram fortemente. Este momento foi chamado de a “Revolta de Stonewall”, que em 2019, completará 50 anos.

Este dia foi considerado como um marco onde a comunidade LGBTI se levantou com atitude, dignidade e orgulho contra a injustiça. Assim o 28 de junho passou mundialmente a ser considerado como o Dia do Orgulho LGBTI+.

Todos os anos, o Movimento LGBTI+, mundo a fora, realiza um calendário de atividades para marcar essa data histórica, reivindicar direitos e exigir o fim da discriminação e de assassinatos de Lgbti+. Também para afirmar a defesa dos direitos humanos e do estado de direito democrático, uma sociedade sem machismo, racismo e reivindicar direitos e exigir o fim da discriminação e de assassinatos de Lgbti+. Também para afirmar a defesa dos direitos humanos e do estado de direito democrático, uma sociedade sem machismo, racismo e lgbtifobia.

Vem participar conosco das atividades abaixo e celebrar a nossa luta pelo direito de amar quem quiser, pela diversidade sexual e de gênero.

Nos ajude a compartilhar esta agenda de eventos para pessoas de seu relacionamento social.

RESUMO de "Ciência, política e religião - 'cura gay' em debate no IMS da UERJ

 
O evento foi uma realização do IMS (Instituto de Medicina Social da UERJ)



ASSISTA AO VÍDEO DO EVENTO AQUI:
https://www.youtube.com/watch?v=gNCfUrISTVw&t=513s


 
Por Sergio Viula

Tive o privilégio de participar do Seminário Ciência, Política e Religião: “cura gay” em debate no Instituto de Medicina Social neste dia 18/06/18.

O Seminário acadêmico discutiu as tentativas de implementação, no Brasil, das chamadas “terapias de reorientação sexual”, seus efeitos e implicações.

Foi realizado no dia 18 de junho, de 9h30 a 18h, auditório do IMS/UERJ.

PEZÃO está destruindo o programa RIO SEM HOMOFOBIA



Sucateamento da UERJ, venda da CEDAE, salários do funcionalismo do Estado atrasados, UPAs sem condições de funcionar - o Governo Pezão-Dornelles está acabando com o Estado do Rio de Janeiro. Agora, foi a vez do programa Rio sem Homofobia.

Da esquerda para a direita: Sergio Carrara, Julio Moreira, Claudio Nascimento 
(Superintendente do Rio sem Homofobia que foi exonerado agora por Pezão) e Elizabeth Fernandes. (Foto: Sergio Viula)

O programa Rio sem Homofobia, que foi uma das iniciativas governamentais mais avançadas em termos de monitoramento da homofobia e de inclusão do segmento LGBT da população no território nacional, está sendo desmantelado pelo governo do Estado

O Rio sem Homofobia foi inaugurado em março de 2007, tendo Claudio Nascimento como seu superintendente desde então. Ao longo desses dez anos, o Rio sem Homofobia realizou diversas ações pontuais e implementou serviços permanentes visando à promoção da cidadania LGBT no âmbito do estado. Entre esses serviços, encontram-se os Centros de Cidadania LGBT, com atendimento direto à população em horário comercial, e o Disque Cidadania LGBT, uma central telefônica que funciona 24 horas por dia todos os dias.

  • O DESMANTELAMENTO DO PROGRAMA 
Porém, agora, o governador Luiz Fernando Pezão demite Claudio Nascimento, anuncia a exoneração de 04 dos 07 profissionais que trabalham como funcionários efetivos do programa e avisa que vai cortar 30% do salário dos três que ficarem. Ele também decide acabar com a Superintendência dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos - a responsável direta pelo Rio sem Homofobia -, deixando o programa morrer à míngua.

Pezão, que tem desmantelado o Estado do Rio de Janeiro e sucateado equipamentos importantes que vão desde a UERJ, com tudo o que ela produz de relevante para a sociedade fluminense, inclusive seu hospital de referência (o Pedro Ernesto), até o desaparelhamento da polícia militar e civil, bem como dos bombeiros, deixando professores, policiais, profissionais da saúde e outros funcionários públicos que prestam serviços essenciais à população do Estado desamparados, agora também desmantela um programa que levou uma década para ser construído e que produziu excelentes resultados em parceria com instituições importantes como a UERJ, a Fiocruz e órgãos estaduais como a Secretaria de Saúde, de Educação e de Segurança.

Tudo isso faz parte de uma política de Estado mínimo, capitaneada pelo governo federal, que garante que não liberará qualquer recurso extra para combater a crise no Estado do Rio de Janeiro, a menos que o Governo do Estado "corte na carne" - o que significa deixar de prestar serviços essenciais à população e privatizar patrimônio público, como acontece agora com a proposta de vender a CEDAE (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). Qual será a próxima?

O que está acontecendo é que a população está perdendo, na prática, todas as garantias previstas pela Constituição de 1988.

A esses terríveis golpes, é acrescido agora esse ataque a um programa de extrema relevância para a promoção da cidadania. O desmantelamento do Rio sem Homofobia é emblemático do descaso contra o povo do Rio de Janeiro que caracteriza o governo Pezão-Dornelles.

Volto a dizer: Eles estão violentando a Constituição de 1988 por todos os lados e de muitas maneiras. E nesse "eles", incluo o atual presidente Michel Temer, as presidências da Câmara e do Senado e até mesmo o Supremo Tribunal Federal com seu estranho silêncio a respeito disso tudo.

Por favor, leia a nota pública expedida pelo Conselho dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (CELGBT-RJ) abaixo:




NOTA PÚBLICA DO CONSELHO DOS DIREITOS DA POPULAÇÃO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CELGBT-RJ.

No dia 13 de fevereiro de 2017, o CELGBT-RJ reuniu-se com o novo Secretario de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Pedro Fernandes e sua equipe.

A pauta da reunião foi a exoneração Coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia e a continuidade do programa. Durante a reunião o CELGBT-RJ recebeu do Sr. Pedro Fernandes as  seguintes informações:

A partir de agora o Programa Estadual Rio Sem Homofobia está vinculado à Subsecretaria de Direitos Humanos, sob a gestão do Subsecretário  Sr. Atila Nunes.

A exoneração do Sr. Cláudio Nascimento foi uma questão administrativa e não será revertida. Todos os superintendentes foram exonerados em 01 de fevereiro de 2017 para que os subsecretários pudessem montar suas equipes.

Quanto à nova coordenação do programa Estadual Rio Sem Homofobia, informa que ele indicou o Sr. Carlos Tufvesson para ocupar o cargo de coordenador, mas o mesmo recusou.

Quanto à manutenção do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, não há previsão de encerramento do mesmo, contudo após o mês de março não há qualquer segurança nem verba de manutenção. Diz ainda que é preciso que a sociedade civil LGBT organizada ajude na captação de recursos e coloca-se à disposição para acompanhar nas negociações, fato que na análise deste Conselho é uma completa inversão de valores.

Concomitante à reunião com o Secretario de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social do Estado do Rio de Janeiro, onde este garantia para este Conselho a não extinção do programa acontecia, no prédio da Central do Brasil, outra reunião onde o coordenador executivo do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, foi convocado para prestar informações. Nesta reunião o coordenador executivo recebeu as seguintes informações:

A superintendência de direitos individuais, coletivos e difusos será extinta, o Programa Estadual Rio Sem Homofobia será transformado em uma gerencia. No momento não há coordenador especifico ficando o Rio Sem Homofobia sob  a coordenação direta do Subsecretario de Direitos Humanos;

Haverá corte da equipe nomeada de 7 para 3, além disso, os funcionários que não forem exonerados terão redução de 30% do salário.

A análise politica que este Conselho faz desta reunião é que há séria ameaça à toda politica pública para LGBT construída ao longo de dez anos no estado do Rio de Janeiro. Ao não reconhecer a especificidade da pauta LGBT e a situação de estigmatização que vive a população LGBT do Rio de Janeiro fica evidente o total descaso com populações que precisam de politicas afirmativas especificas. Vale ressaltar que a população LGBT não está coberta por legislação especifica como algumas outras pastas que também guardam especificidade e por isso o Rio Sem Homofobia é tão importante no estado do Rio de Janeiro.

A respeito da manutenção do Rio Sem Homofobia, vale ressaltar que a manutenção da politica pública é premissa do Estado e não da sociedade civil organizada. Não aceitaremos a desresponsabilização do Estado e a transferência da responsabilidade de buscar recursos para a população LGBT. A nossa Constituição é clara ao afirmar que é dever do estado garantir a cidadania de brasileiras e brasileiros.

Mostramos indignação com o tratamento recebido pelo Programa Estadual Rio Sem Homofobia que sendo reduzido à uma mera gerencia, terá sua envergadura comprometida e se reduzirá à mero “gestor de dor e mazelas” da população LGBT, não podendo oferecer qualquer intervenção de equipe multiprofissional como é feito atualmente.

O Conselho reconhece o Programa Estadual Rio Sem Homofobia como o resultado do acúmulo das lutas da população LGBT do Estado do Rio de Janeiro e questiona o ataque que aos direitos sociais de cariocas sob o argumento de crise ou de tempos de austeridade financeira. Os direitos sociais não podem pagar a conta da dita crise financeira.

Encerramos convocando toda a população LGBT para o debate e para a luta em prol de nossos direitos. Não aceitaremos o desmonte, não daremos nenhum passo atrás.

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2017.

Julio Moreira
Presidente do CELGBT-RJ

Rio sem Homofobia presta conta de suas atividades em 2015-2016

Por Sergio Viula


Da esquerda para a direita: Sergio Carrara, Julio Moreira, Claudio Nascimento e Elizabeth Fernandes. Foto: Sergio Viula


Nesta sexta-feira, dia 16/12/16, o programa Rio Sem Homofobia, realizado pelo Estado do Rio de Janeiro, tendo por superintendente Cláudio Nascimento, apresentou um relatório sobre as atividades realizadas e as pessoas alcançadas pelas ações do programa.





A reunião foi no prédio D. Pedro II, aquele que fica no complexo da Central do Brasil, onde funcionam vários departamentos ligados ao Governo do Estado do Rio, inclusive o Rio sem Homofobia. O convite me foi enviado pelo Disque Cidadania LGBT. Aceitei o convite prontamente e levei Andre comigo. Era o primeiro contato dele com a equipe do Rio sem Homofobia lá na sede do programa. Ele simplesmente adorou tudo o que viu e ouviu. Não é para menos. O trabalho de Claudio e sua equipe é acolhedor e foi muito bem apresentado pelos responsáveis por cada área: jurídico, psicológico, assistência social e atendimento/triagem, entre outros. 

Revezaram-se ao microfone, fornecendo detalhes de cada área de trabalho, os seguintes profissionais:

Cláudio Nascimento: Coordenador Geral do Programa Rio Sem Homofobia

Elizabeth Fernandes: Coordenação do Centro de Cidadania LGBT da capital

Gérson Santos: Coordenação Executiva do Programa Rio Sem Homofobia

Márcia Vianna: Assistente Social Centro de Cidadania LGBT da capital

Dario Córdova: Psicólogo do Centro de Cidadania LGBT da capital

Giowana Cambrone: Advogada do Centro de Cidadania LGBT da capital

Fernando Carneiro: Advogado do Centro de Cidadania LGBT da capital

Olavo Martino: Assessoria Técnica de Monitoramento


Essas queridas amigas e esses queridos amigos apresentaram os resultados de 2015 e de 2016 do Centro de Cidadania LGBT da capital. 

O tema desse seminário de prestação de contas foi: "Caminhos para Consolidação da Política Pública de Garantia de Direitos à População LGBT".

Infelizmente, não pudemos ficar para a roda de conversa, porque eu tinha um compromisso de trabalho às 19:00 e precisei sair às 17:30 para não correr o risco de me atrasar nesse trânsito insuportável do Rio de Janeiro na hora do rush. Porém, tudo o que Andre e eu ouvimos e vimos foi encorajador e desafiador ao mesmo tempo.

LIDIS (UERJ) E RIO SEM HOMOFOBIA

Por exemplo, o trabalho realizado com o apoio de Sergio Carrara, responsável pelo LIDIS (Laboratório Integrado em Diversidade Sexual e de Gênero, Políticas e Direitos) da UERJ, é de suma importância para o programa Rio sem Homofobia, além de ser, sem dúvida alguma, uma das inúmeras contrapartidas dadas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro à população fluminense

Saiba mais sobre o LIDIS  aqui: https://lidisuerj.wordpress.com/sobre-o-lidis/

Sergio Carrara, foto acima, é responsável pela gestão de pessoal, documentos técnicos e supervisão de publicações, entre outras ações no Rio sem Homofobia.

O DISQUE CIDADANIA LGBT


O trabalho do centro de atendimento é feito em quatro plantões, perfazendo 24 horas de atendimentos todos os dias, sem exceção, inclusive no ano novo e no carnaval. O atendimento é feito para todo o estado do Rio de Janeiro. 

Quando uma pessoa liga para o Disque Cidadania LGBT, um protocolo de atendimento é criado. Quando a solicitação não pode ser resolvida através do atendimento telefônico, ela é enviada ao setor que possa melhor atendê-la. 

Os usuários do serviço recebem atendimento personalizado, seja nas área s de psicologia, assistência jurídica ou assistência social. 

Quando o caso não pode ser resolvido pelo próprio programa, ele é encaminhado às instâncias competentes. 

O atendimento jurídico, por exemplo, prevê assistência ao cidadão que vai desde o acompanhamento para registro de boletim numa delegacia até o acompanhamento pessoal durante uma possível audiência.

ALGUNS RESULTADOS OBTIDOS PELO RIO SEM HOMOFOBIA

Mais de 700 funcionários da Fiocruz foram treinados até novembro desse ano. O alvo é de 1.500 funcionários treinados até abril de 2017. O treinamento visa principalmente ao aperfeiçoamento do atendimento às pessoas transexuais e travestis.

Em março, a Fiocruz realizará seu seminário de gênero. Pela primeira vez, uma mulher trans falará sobre gênero no evento - um espaço conquistado numa parceria Fiocruz / Rio sem Homofobia.

Outro trabalho fantástico  é o do professor Marcos Vinícius Torres Pereira, responsável pelo Núcleo de Práticas Jurídicas da UFRJ (NPJ). Ele falou sobre o funcionamento do referido núcleo no que diz respeito às demandas LGBT e de como a UFRJ foi a primeira universidade pública a incluir um curso sobre Direitos da Diversidade em sua grade curricular na Faculdade de Direito. 

Segundo Pereira, a UFRJ coloca 300 novos bacharéis em direito por ano no mercado. E tornem-se eles advogados ou não, fato é que todos eles têm contato com essa área do direito relacionada à diversidade sexual e às identidades de gênero. O contato do professor Marcos Vinícius é coordenacaonpjfnd@gmail.com e mais informações sobre o NPJ podem ser encontradas aqui: 
http://www.direito.ufrj.br/index.php/14-sitefnd-2010/npj2010/23-npj2010

NÚMEROS DE 2015 E DE 2016

Olavo Martino falou sobre os resultados obtidos pelo Disque Cidadania LGBT do Rio sem Homofobia em 2015 e em 2016. A apresentação foi feita com gráficos e intervenções por parte dos responsáveis por cada área, estando franqueada a palavra a quem desejasse perguntar qualquer coisa sobre os temas apresentados. 

Só em 2015, foram feitos 755 atendimentos, atendendo 739 usuários e respondendo a 962 demandas. Os usuários chegaram ao atendimento por quatro meios diferentes, sendo o Disque Cidadania LGBT o mais usado:

590 vieram do Disque Cidadania LGBT.
08 vieram do Disque 100.
145 chegaram espontaneamente ao centro de atendimento.
04 vieram das redes sociais.

As demandas foram as mais variadas e seria complicado reproduzi-las todas aqui, inuindo o perfil detalhado dos usuários. Destaco, porém, que a maior procura partiu de pessoas entre 30 e 39 anos, totalizando 211 pessoas, perfazendo 26% de todos os usuários atendidos. E essa faixa etária buscou o Disque Cidadania LGBT ou os Centros de Referência LGBT do Rio sem Homofobia, principalmente, para obter informações sobre casamento.

Dentre as demandas, 826 se referiam a direitos e à cidadania. E 136 tinham a ver com violência LGBTfóbica. Tudo isso no ano de 2015.

Entre as principais agressões, encontram-se a agressão física (40%) dos casos; o constrangimento público (35%) e a agressão verbal (33%).

Já em 2016, mais intensamente de maio a novembro, foram 387 atendimentos partindo de 249 usuários com 412 demandas. 

Além disso foram realizadas 3.188 ações, atividades e eventos pelo Rio sem Homofobia.

As atividades acontecerá mais intensamente a partir de maio desse ano, porque o programa ficou praticamente paralisado d oício de 2016 até maio, ou seja, quase um semestre inteiro, graças à crise econômica e a um impasse interno a respeito do qual nenhum dos componentes da equipe do Rio sem Homofobia se propôs a aprofundar, mas que nós já conhecemos o suficiente. 

Felizmente, o problema foi resolvido pelo próprio governador Pezão com a devida exoneração dessa figura desequilibrada. O programa Rio sem Homofobia retomou suas atividades de maio em diante e ainda fez um ótimo trabalho, dadas as circunstâncias.

Dos atendimentos feitos em 2016, 175 casos (46% das demandas) foram para a área jurídica; 140 casos (36%) foram para a área de psicologia; 68 (18%) foram para o serviço social e 4 (1%) não foi para nenhuma dessas áreas especificamente. 

Sobre as denúncias de violência LGBTfóbicas, 30 delas (23%) foram sofridas no ambiente familiar; 15 (17%) em vias públicas e 12 (14%) foram em ambientes comerciais.

Além disso, foram realizadas 73 ações socioculturais voltadas para a diversidade e às identidades de gênero, 2.521 ações para a formação e capacitação de servidores públicos, 287 ações de articulação de políticas públicas e projetos em parcerias com outras instituições, 307 ações de informação e orientação para a população LGBT.

Todos esses números de 2016 referem-se ao período de janeiro a novembro de 2016.

LÉSBICAS E MATERNIDADE

A advogada Giowana Cambrone nos trouxe uma informação valiosa sobre direitos reprodutivos, especialmente para as mulheres. Segundo ela, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autoriza o registro do filho por duas mães, desde que a reprodução assistida tenha sido feita em clínica devidamente regulamentada, a qual fornecerá documento comprobatório do procedimento realizado - o que dispensa as mães de qualquer processo jurídico. O requerimento de registro pode ser feito direito no cartório. 

Já para a reprodução assistida feita pelo modo caseiro continua dependendo de processo jurídico e de autorização de um juiz para a liberação de registro em nome das duas mães em cartório.

Quem quiser mais informações sobre esse assunto poderá ligar para o Disque Cidadania LGBT e falar com a Dra. Giowana Cambrone.

Ela também falou sobre as parcerias estabelecidas com o NUDIVERSIS - NÚCLEO DE DEFESA DOS DIREITOS HOMOAFETIVOS E DIVERSIDADE SEXUAL. Saiba mais sobre esse órgão de defesa dos seus direitos aqui:  
http://www.defensoria.rj.def.br/Cidadao/NUDIVERSIS

PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS

Muito foi falado sobre as pessoas trans e pessoas travestis e suas demandas. Vários usuários trazem demandas que envolvem os direitos e necessidades geralmente relacionados às pessoas trans: processo transexualizador, operação de redesignação genital, capacitação e oportunidades de emprego, etc.

Um dos documentos distribuídos por Claudio Nascimento foi o relatório publicado em maio de 2015 sob o título Pessoas LGBT vivendo em pobreza no Rio de Janeiro. Trata-se de uma pesquisa realizada pela organização Micro Rainbow International em parceria com o Rio sem Homofobia. O relatório de 60 páginas traz informações em texto, gráficos e fotos que retratam a situação de vulnerabilidade sócio-econômica de uma considerável parcela da população LGBT do Rio de Janeiro, fazendo recomendações a agências governamentais e decisores políticos, empregadores, prestadores de serviço, organizações LGBT e outras organizações da sociedade. Os interessados podem procurar o Disque Cidadania LGBT ou falar com Jaqueline, uma simpática mulher trans e secretária-recepcionista do Rio sem Homofobia.




O endereço da sede do Rio sem Homofobia é: Praça Cristiano Ottoni, S/N, 7º andar - Central do Brasil (o prédio fica na lateral direita, tendo o Palácio Duque de Caxias, também conhecido como Itamaraty do outro lado da calçada).

PRÊMIO RIO SEM HOMOFOBIA

Claudio Nascimento e Elizabeth Fernandes entregaram um lindo prêmio Rio Sem Homofobia a pessoas que fizeram uma diferença marcante em suas áreas de atuação na parceria com o programa. Todos eles foram fotografados aqui por Sergio Viula e Andre Dias. As fotografias oficiais foram tiradas por um fotografo que também  pode aer visto nas fotos abaixo. 

Como eu não lembraria o nome de todos, não vou me atrever a legendar as fotos, mas todos eles foram extremamente relevantes no decorrer desse ano para o avanço da cidadania LGBT no estado do Rio de Janeiro:










Eu (Sergio Viula) e Andre (meu amor) 
ficamos muito satisfeitos com tudo o que vimos e ouvimos.

Força, coragem e muita ternura nos trabalhos do próximo ano, meus queridos amigos e minhas queridas amigas do programa Rio sem Homofobia. Vocês são de um valor inestimável para a promoção da cidadania LGBT no estado do Rio de Janeiro.

E mais do que nunca é preciso unir forças com as coordenadorias existentes nas cidades, inclusive e muito especialmente a CEDS-Rio, órgão ligado à Prefeitura do Rio de Janeiro, especialmente agora que teremos como prefeito alguém que -  a mim,  pessoalmente falando - não inspira a menor confiança no que tange a promoção dos direitos dos cidadãos LGBT, dos direitos dos seguidores de religiões afro-brasileiras, dos direitos reprodutivos femininos e por aí vai.

Foi lindo ver o resultado da parceria de todos vocês na Parada do Orgulho LGBT domingo passado. Então força na peruca como diz o ditado popular e bola para frente. ^^

The Guardian faz matéria sobre "cura gay" e entrevista o brasileiro Sergio Viula também.



No dia 28 de janeiro desse ano, o querido Leandro Ramos, que trabalha com a All Out no Brasil, entrou em contato comigo para saber se eu estaria disposto a dar uma entrevista a Matthew Jenkin, jornalista do periódico inglês The Guardian. Respondi que sim e que podia ser por telefone se ele preferisse.

Matthew entrou em contato por e-mail e combinou o horário para conversamos. Falamos por mais de uma hora na sexta-feira seguinte, já em fevereiro. A matéria era sofre essa fraude chamada "cura gay" ou "terapia de conversão", dentre outros nomes tão absurdos quanto os conteúdos que carregam.

Pois bem. A matéria saiu.

Quem quiser dar uma olhada poderá acessá-la aqui:
https://www.theguardian.com/global-development-professionals-network/2016/feb/09/electrocution-and-submersion-gay-cures-and-the-fight-to-end-them

P.S. (21/02/15): O site Geledés publicou uma tradução na íntegra:
https://www.geledes.org.br/choques-eletricos-estupro-e-submersao-curas-gay-e-a-luta-para-dar-fim-a-elas/


Ignorância incurável

Essa semana também gravei um vídeo bem singelo, mas marcando um momento muito importante no contexto do combate à homofobia no Rio de Janeiro: a exoneração de Ezequiel Teixeira, auto-intitulado apóstolo, fundador de uma igreja neopentecostal no Rio de Janeiro, cujas doutrinas são muito pouco ortodoxas, quando comparadas com as do protestantismo histórico.

O tal pastor havia sido convidado pelo governador Pezão para assumir a secretaria que também é responsável pelo programa Rio sem Homofobia, coordenado por Cláudio Nascimento. Como assim, Pezão? Ficou doido? O que você queria com uma atitude dessas, macho?

Bem, o pastoreco não perdeu tempo e começou a desmontar o programa mais estruturado do Brasil no nível estadual, mas essa "bênção" homofóbica e promotora de discriminação contra outras religiões, não durou no cargo. Aliás, essa secretaria também era responsável por um programa de tolerância religiosa, incompatível com a mentalidade desse "coitado", que só é ignorante por escolha, porque oportunidade para sair dessas trevas mentais, ele já deve ter tido de sobra. Na verdade, quem acompanha os movimentos teológicos inclusivos que vêm sendo feitos na Europa e em alguns círculos dos EUA e da América Latina sabe que essas posturas discriminatórias estão mais do que ultrapassadas, ainda que insistam em subsistir aqui ou ali.

Quando a gente fala que fundamentalismo não combina com democracia e pluralismo e que esses caras só pensam em ampliar seus podres poderes, não é exagero.

Alô, Rio sem Homofobia!

Força na peruca e trabalho perseverante para recuperar o que foi danificado e manter funcionando o que não foi tocado pela estupidez daquele que foi e já não é. (risos)

6ª cerimônia coletiva de casamento homoafetivo no Rio de Janeiro

No próximo domingo, 06 de dezembro, acontece a 6ª cerimônia coletiva de casamento homoafetivo, que reunirá 185 casais no Tijuca Tênis Clube. Em cinco anos, o Rio Sem Homofobia recebeu mais de 2.000 demandas sobre casamento civil e união estável. Em 2014, o evento contou com 160 casais participantes. O que acha da pauta?


185 casais participam de cerimônia coletiva de casamento homoafetivo, no Rio de Janeiro

Essa será a 6ª edição do evento, uma iniciativa do Programa Estadual Rio Sem Homofobia
Dia 06/12, às 14h, no Tijuca Tênis Clube




Rio de Janeiro, 02 de dezembro - No dia 06 de dezembro de 2015, o estado do Rio de Janeiro realizará mais uma vez o maior casamento de casais homossexuais do mundo. A 6ª cerimônia coletiva de casamento homoafetivo contará com a presença de 185 casais, que vão oficializar suas uniões no Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte da cidade. O evento é uma realização do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, coordenado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e a Associação de Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro.

Entre os casais que estarão no evento, 42 são da Baixada Fluminense e 18 da região Leste do estado do Rio, mais precisamente dos municípios de Niterói, Maricá e São Gonçalo. Os 125 casais restantes se inscreveram através do Centro de Cidadania LGBT da Capital, que atende à cidade do Rio de Janeiro e os municípios que ainda não possuem Centros de Cidadania próprios.

A cerimônia já faz parte do calendário de eventos do estado. A cada edição, o número de casais participantes cresce. Em cinco anos de atendimento à população, o Rio Sem Homofobia recebeu cerca de 2.300 demandas relacionadas a casamento civil e regulamentação de união estável. Segundo dados divulgados recentemente pelo IBGE, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo cresceu em cerca de 30% de 2013 para 2014. “Essa cerimônia já se tornou uma tradição do estado do Rio de Janeiro e é com muita felicidade que vejo esse crescimento constante de participantes a cada ano. Mais do que uma celebração do amor dessas pessoas, esse evento serve para reforçarmos essa conquista e reafirmarmos esse direito. Além disso, a cerimônia mostra que essa demanda existe e é crescente, como mostrou o IGBE”, comentou o superintendente e coordenador do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

Para a imprensa: o evento será realizado no Ginásio Tijuca Tênis Clube, na Rua Desembargador Isidro, 74. Recomendamos que os veículos interessados em cobrir o evento cheguem ao local 13h30.

Estado do Rio lança a 3ª Conferência LGBT e abre inscrições para as etapas regionais


Estado do Rio lança a 3ª Conferência LGBT e abre inscrições para as etapas regionais


A 3ª Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT do Rio de Janeiro acontece em marco de 2016, e antes ocorrerão 09 etapas de Conferências LGBT Regionais pelo Estado do RJ, que acontecem entre novembro e dezembro de 2015.

Você é nosso(a) convidado(a)! Inscreva-se.

Sobre a 3ª Conferência Estadual LGBT -RIO: http://migre.me/s16jJ

Para se inscrever preencha a ficha de inscrição: http://migre.me/s16p1

Secretaria de Assistência Social e de Direitos Humanos do RJ: Lançamento da ação educativa da Visibilidade Trans



Em 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans, será lançada a ação educativa "Respeitar é... reconhecer que as pessoas são diferentes e ao mesmo tempo são iguais em diretos", iniciativa do Conselho de Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Estado do Rio  e do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, coordenado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SUPERDIR/SEASDH).


O evento acontecerá às 15h do dia 29/01, 
na Biblioteca Parque Estadual
(Avenida Presidente Vargas, 1261 - Centro).






Musicistas, atrizes transformistas, cantoras, professores e professoras, gestores, profissional liberal, militar, entre outras pessoas, integram o grupo de 18 protagonistas entre homens e mulheres trans e travestis que se disponibilizaram, voluntariamente, a participar como modelos da Ação Educativa de Visibilidade e Cidadania Trans. A iniciativa é do Programa Rio Sem Homofobia e do Conselho dos Direitos da População LGBT e será lançada na próxima quinta-feira, 29, Dia da Visibilidade Trans, às 15h, na Biblioteca Parque Estadual.

Esta é a primeira vez que o Governo do Estado / Programa Rio Sem Homofobia realiza uma campanha específica para promoção da visibilidade de travestis, homes e mulheres trans. A iniciativa, única do gênero no país, terá materiais gráficos (cartazes, folders e banners), peças para mídias digitais e camisas. Com o lema “Respeitar é... reconhecer que as pessoas são diferentes e ao mesmo tempo são iguais em direitos”, a ação tem como objetivo dar visibilidade para a necessidade do respeito aos direitos de pessoas trans, mostrando que são cidadãs e cidadãos de direitos, que ocupam cargos profissionais, têm suas predileções pessoais como qualquer indivíduo e necessitam gozar de iguais direitos.

Somente em 2014, através do Disque Cidadania LGBT (0800 023 4567), serviço telefônico gratuito de atendimento 24h e ininterrupto, de âmbito estadual, foram atendidas 97 trans e 45 travestis. A principal demanda foi a retificação do nome (43 usuárias) seguida de apoio jurídico (26 usuárias). Ainda em 2014, até outubro, o Centro de Cidadania LGBT da Capital, localizado na Central do Brasil, realizou 41 atendimentos a travestis e 126 atendimentos a transexuais. 

5ª CERIMÔNIA DE CASAMENTO HOMOAFETIVO NO RJ: O AMOR NO BRASIL É LEGAL. NO RIO DE JANEIRO, É BABADO!!!

O AMOR NO BRASIL É LEGAL;
NO RIO DE JANEIRO, É BABADO!!! 

por Sergio Viula





Apesar da obra no Cais do Porto, tudo ganha vida com as cores do arco-íris 

 
Os irmãos Sergio e Kátia Viula


 


 
Elias (esquerda) e André. 






Sergio Viula fotografando André e Elias - foto Kátia Viula 

 
André e Elias - foto Katia Viula

 




 
Jane di Castro arrasando com Emoções de Roberto Carlos 





Cristina e Juliana em pé.
 




Sergio e Graça (guerreira do Rio sem Homofobia) 

 



NÚMEROS DO AMOR:


160 casais participaram da cerimônia

2/3 dos casais são de mulheres

1/3 dos casais são de homens

40% vêm da Zona Norte do município do Rio de Janeiro

30% vêm da Zona Oeste da cidade

16 municípios estiveram representados

64% dos casais fizeram habilitação direta de casamento civil

32% realizaram a conversão da união estável em casamento civil

4% optaram pela realização de união estável



SERVIÇO:

Data: 23/11/14
Horário: 14:30
Armazém Utopia
Rua Rodrigues Alves, Armazém 6.
Cais do Porto



Liderados por Jane de Castro ladeada por seu marido Olavo, 159 outros casais se encaminharam até o palco da maior cerimônia de casamento comunitário LGBT do mundo. Cantando Emoções de Roberto Carlos, Jane tocou o coração de todos os presentes. Na abertura oficial da cerimônia, ela cantou o hino nacional e emocionou ainda mais a todos.

Em seguida, Claudio Nascimento abriu a série de discursos que antecederam a cerimônia matrimonial, agradecendo a todos e mencionando todos os órgãos governamentais envolvidos, bem como o apoio da sociedade civil. Em seguida, falou sobre o mito grego do Andrógino, que diz que Zeus decidiu dividir o andrógino ao meio para que ele deixasse de ser tão autossuficiente e passasse a buscar alguém que o completasse, fosse a parte masculina com o feminino, a parte feminina com o masculino, ou os iguais (masculino-masculino e feminino-feminino). 

Claudio Nascimento lembrou que foi graças a uma ação do então Governador Sergio Cabral que o Supremo Tribunal Federal julgou a legitimidade e isonomia das uniões civis homoafetivas. Com gratidão, o responsável pelo Programa Rio sem Homofobia lembrou que a primeira cerimônia, realizada em 22 de julho de 2011, logo após a decisão do SFT pelo reconhecimento das uniões civis homoafetivas, incluiu a formalização de sua própria união com João Silva, a primeiro casal gay a se unir legalmente no Rio de Janeiro.

“O dia é de celebração, mas também de afirmação política de direitos” – afirmou Nascimento, parabenizando a todos os presentes, tantos os casais como seus familiares e amigos.

Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris, representou a sociedade civil, especialmente a Comunidade LGBT do Rio de Janeiro.

“LGBT não é mais uma discussão acadêmica. A comunidade LGBT é parte da sociedade brasileira, e é isso que o estado do Rio de Janeiro está fazendo – incluindo a comunidade LGBT.” – destacou França.

Priscila Milhomem, representando a ARPEN (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais), e que tem participado ativamente das celebrações desde a primeira cerimônia de união civil em 2011, destacou os avanços.

“Esta quinta cerimônia é diferente das demais e é um marco para os casais, porque é a primeira vez que houve habilitação direta nos cartórios. Essa ação de reconhecimento de direito nos cartórios reforça a cidadania dos casais que estão aqui.” – celebrou Milhomem.

Para Luciana Mota, representando a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, houve um salto progressista na última década:

“Há nove anos, quando eu estava na faculdade, comentei com meus professores sobre meu desejo de escrever sobre adoção por casais gays. Fui criticada, mas fiz. E depois tracei como objetivo trabalhar pela cidadania da população LGBT. Nunca imaginei que, nove anos depois, eu estaria aqui trabalhando com um núcleo específico na Defensoria Pública, voltado para a população LGBT. E hoje tivemos até dificuldade em arrumar um local para acomodar os casais e os convidados.”

A dificuldade foi pelo grande número de presentes. A primeira cerimônia (2011) contava com 43 casais. A de hoje, que é a quinta, reuniu 160 nubentes – quase quadruplicou.  O número de presentes deve ter girado em torno de mil pessoas ao todo, incluindo a imprensa.

A Vereadora da capital, Laura Carneiro, sempre atuante em prol da inclusão das minorias, principalmente LGBT, tendo sido a realizadora da primeira sessão solene para celebrar o Dia do Orgulho LGBT na Câmara de Vereadores, disse o seguinte:

“Esse é um casamento especialíssimo. Brota amor em cada rostinho que a gente vê aqui. Parabéns aos noivos que lutaram por esse amor. E parabéns aos familiares que conseguiram entender esse amor.”

Já a deputada federal Jandira Feghali, eleita esse ano para mais um mandato no Congresso, destacou o seguinte:

“A luta da comunidade LGBT tem tido cada vez mais ressonância no Congresso Nacional. Não tenhamos ilusões – a realidade no Congresso ainda é perversa. E a próxima legislatura será ainda mais dura. A impressão que me vem diante de vocês aqui é que há uma psicopatia no Congresso que insiste em negar a realidade que estamos vendo aqui. E essa cerimônia, que é a maior do mundo, é a melhor resposta que poderíamos dar a esses fundamentalistas que insistem em negá-la no Congresso. Da nossa parte, parlamentares que compreendem que estão no século XXI, vocês terão apoio sempre para a criminalização da homofobia.”

A deputada foi aplaudidíssima antes e depois de seu discurso, tendo sido sucedida no púlpito pelo Subsecretário da Secretaria de Direitos Humanos Rafael Viola:

“Quando fiz direito há uma década, isso aqui era impensável: casamento homoafetivo. Quanto nossa sociedade avançou nessa década! O que o nosso estado democrático procura é a promoção dos direitos básicos do ser humano. Qual é o papel do Estado, senão promover o bem-estar de cada cidadão? O estado do Rio de Janeiro, um estado de vanguarda na luta pelos direitos das minorias, não vai ceder, mas vai avançar na garantia e na efetivação dos direitos de cada um de nós.”

O Dr. Rafael Viola também destacou que o Brasil assinou, em 2013, um compromisso com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, mas disse que é preciso que o Congresso ratifique essa adesão. Esta é outra coisa para acompanharmos atentamente.

Em seguida, o representante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro destacou o seguinte:

“Esse projeto saiu do sonho de Cláudio Nascimento e foi abraçado pelo Judiciário através da Cristina Gaulia. Esses juízes de toga aqui trabalharam de graça vários finais de semana para viabilizar os processos de vocês e estão aqui hoje do mesmo modo para celebrar esse momento tão especial para cada um de vocês.”


É gratificante ver como essas autoridades se empenharam no apoio a esses casais e seus familiares. O Dr. Viola se referia especialmente aos seguintes juízes que atuaram antes da cerimônia e durante a mesma:


Dra. Raquel de Oliveira

Dr. André de Souza Brito

Dra. Monique Abreu David

Dra. Mylene Gloria P. Vassal

Dra. Priscila Abreu David

Dra. Raquel Oliveira




O Defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Nilson Bruno, que foi eleito um dos padrinhos simbólicos dos casais, destacou os avanços que têm sido efetivados na Defensoria com a criação de um núcleo LGBT e de um núcleo contra o racismo esse ano. Entre as coisas que ele mencionou, vale lembrar a seguinte:

“Ainda precisamos avançar em muita coisa, mas qual é o estado brasileiro que tem um evento como esse para celebrar esses casamentos? Estou muito orgulhoso. Obrigado por me convidarem. Obrigado por vocês existirem. Quem disse que os casais heterossexuais são mais felizes que os casais homossexuais? Quem pode dizer isso? A Defensoria Pública não vai tolerar qualquer tipo de discriminação, seja de gênero, raça ou religião. Sejam felizes!”

A Dra. Cristina Gaulia, representando os desembargadores, falando sobre os novos desafios diante do Judiciário, disse o seguinte:

“O Judiciário tem que aceitar, endossar e ratificar o registro por dois pais ou duas mães. Também precisa garantir o direito aos procedimentos de transgenitalização do cidadão pobre” (referindo-se às pessoas transexuais).

Citando a música Até Quando? de Gabriel Pensador:

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!

Em seguida, leu um poema de Vinícius de Morais. 

As falas foram encerradas com a participação do representante da Secretaria de Assistência Social e de Direitos Humanos, João Carlos Mariano Santana Costa. Segundo ele, o Governador Pezão já pediu que a próxima cerimônia seja feita na Arena.

“Vamos mostrar que esse governo constrói políticas sérias, não é favor, é respeito. Vamos transformar a sociedade, vamos destruir o ódio. Por que tanto ódio se o amor é tão lindo? É uma luta de todos. O exemplo de vocês muda. O exemplo da família muda. É rápida a mudança? Não. Demora. Mas muda.”

 Foi extremamente gratificante para mim e para minha irmã Kátia Viula assistirmos a esse evento tão emocionante. Também temos duas outras razões para celebrar. Neste dia, casaram-se nossas amigas Cristiana Motta Luvizaro De Assis Serra e Juliana Luvizaro, e de um colega de trabalho, André Carrilho e Elias Barbosa.

Parabéns a todos os noivos e noivas que celebraram suas núpcias hoje, porque o AMOR É LEGAL no Brasil. E no Rio de Janeiro é BABADO!!!! 

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Fotos e reportagem por Sergio Viula.

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