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Cuba estuda autorização para liberar cirurgias de mudança de sexo para estrangeiros

Noiva transsexual Wendy Iriepa, esquerda, e seu noivo Ignacio Estrada
deixam a cerimônia em Havana em 13 de agosto (aniversário de Fidel) 
no primeiro casamamento transexual realizado em Cuba.




Fonte das fotos: Internet


Desde 2008, o governo cubano aprovou, por resolução ministerial, a autorização para a realização das cirurgias de mudança de sexo. Nos últimos três anos, foram realizadas 15 cirurgias.

O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, estuda a possibilidade de liberar a realização de cirurgias para estrangeiros que queiram mudar de sexo. A informação é da diretora do Centro Nacional de Educação Sexual, Mariela Castro, que é filha de Raúl. Até o final do ano, o Parlamento cubano vai votar a legalização da união civil de pessoas do mesmo sexo.

Mariela Castro disse ainda que a legislação cubana já permite que as cirurgias de mudança de sexo sejam feitas em cubanos residentes no país. Mas, segundo ela, o Centro Nacional de Educação Sexual têm recebido muitos pedidos de estrangeiros.

Desde 2008, o governo cubano aprovou, por resolução ministerial, a autorização para a realização das cirurgias de mudança de sexo. Nos últimos três anos, foram realizadas 15 cirurgias. "Por enquanto, não fazemos esse tratamento a estrangeiros", disse Mariela Castro. "[Mas] no futuro [isso poderá ser possível]."

Papai é mamãe, e mamãe é papai (uma nova família americana)

Casal transgênero engravida e dá à luz um menino nos EUA



Os pais Emily e Cai, e o bebê
 Dante Foto: Reprodução de internet


Por Extra Online

Quando o pequeno Dante tiver crescido o suficiente, seus pais sentarão com ele para explicar que "Mamãe não podia ter filhos, então o papai fez isso por ela".

A explicação para isso se deve ao fato deste lindo bebê de 22 meses de idade ter nascido em uma das mais incríveis famílias do mundo. Sua mãe, Emily, de 28 anos, nasceu menino. E seu pai, Cai, de 24, nasceu menina.

Os médicos duvidavam que tal façanha pudesse acontecer, e até mesmo Emily pensava assim, por achar que era estéril.

- Nós não planejamos ter um bebê assim - disse Emily. - Nós estávamos, na verdade, pensando em adotar, já que, até onde sabíamos, ter nosso próprio bebê seria impossível separadamente, menos ainda juntos. Como isso foi acontecer é um mistério, mas estamos agradecidos por esse milagre. Acredito que quando duas pessoas se amam muito, então coisas especiais podem acontecer.

Foi uma história de amor à primeira vista. Nem haviam se submetido, ainda, às cirurgias de troca de sexo, mas já viviam como o gênero oposto, compreendendo verdadeiramente um ao outro.

- Ser transgênero é um sofrimento, e não algo que você vive como uma fantasia. Então, conheci Cai e foi fantástico. Eu achava que essas coisas só acontecessem em contos de fadas - contou Emily, que está aguardando para fazer a cirurgia que irá remover seus órgãos masculinos.

O casal já não utilizava mais proteção para o ato sexual, mas acreditavam que não haveria risco de gravidez, porque Cai tomava doses altas de hormônio masculino, além de injeções para controle de natalidade. "Então, eu estava com sete meses de gravidez e não sabia. Não sentia o bebê se mexer dentro de mim", disse Cai.

- Eu estava resignada com a ideia de que nunca seria capaz de ter um filho biológico - disse Emily. Ela, que nasceu como menino, chamado Scott, fez poucos meses antes do nascimento a cirurgia para troca de sexo. - Nós adoramos nosso filho. Ele trouxe muita alegria para nós. Ele é perfeitamente saudável de todas as maneiras.

O casal, que vive numa área rural da Pensilvânioa, EUA, agora virou sensação na TV. Eles garantem que Dante vai crescer sem segredos. "Vamos explicar a situação, que não houve nada de errado nem que ele é diferente. Nós vamos dizer que mamãe não podia ter filhos, então papai fez isso por ela".

Fonte: site The Mirror

Casal Transexual: Não é filme de ficção; é vida real!



Para contar sua história, este casal fez uma exigência à reportagem do DIÁRIO: manter suas identidades em absoluto sigilo. O pedido fez todo o sentido. Daniel e Paula guardam um passado com contornos de ficção. Juntos há quase 15 anos, eles se apaixonaram em uma sessão de terapia em grupo que acontecia em um hospital público de São Paulo. Eram encontros recorrentes de pacientes diagnosticados com o chamado distúrbio de identidade de gênero. Em outras palavras, pessoas nascidas mulheres, mas com o forte desejo de se tornarem homens, e homens que queriam ser mulheres. Esse era o caso de Daniel e Paula. "Sempre tive uma aparência que não condizia com o meu nome de batismo, que era Sandra. Além disso, eu me sentia um homem em um corpo feminino", conta ele, que começou o processo para a mudança de sexo ainda em 1990, ano emque retirou as mamas. De lá para cá, Daniel, que é meio careca e usa barba e bigode, já passou por mais de 40 cirurgias - muitas delas não foram bem sucedidas. Por isso tem severas cicatrizes pelo corpo. Ele ainda precisa se submeter a uma pequena intervenção. "Tenho sofrido tudo isso em prol de uma solução para a vida." Paula, que nasceu Sergio, virou definitivamente mulher em 2000.


O casal Daniel e Paula


Daniel e Paula, ambos baianos, se conheceram em São Paulo, em 1997, quando ainda estavam no processo para a mudança definitiva de suas genitálias. "Paula era calada, nunca saía com ninguém. Ela contava seus dramas na terapia, mas não se relacionava com a gente", lembra Daniel. "Fiquei cismado e isso fez com que eu começasse a me aproximar dela." Paula não era moça fácil. Participava dos encontros relatando seu drama, mas sempre ia embora sozinha. Os convites dos colegas de análise para esticar a conversa nos arredores do hospital não a seduziam. "Ainda que todos nós estivéssemos no mesmo barco, me sentia como se não pertencesse a este mundo." Até hoje, ela mantém certa discrição. Mede as palavras antes de falar e não se entrega facilmente. É diferente de Daniel, que é falante, acolhedor.

Mas, de tanto ele insistir, um dia Paula cedeu e os dois saíram para conversar a sós. No primeiro encontro, só rolou papo. Alguns meses mais tarde, aconteceu o primeiro beijo. "Até que foi bom", ela diz, sem dar grandes detalhes. Os dois namoraram um tempo ("não muito") até decidirem morar juntos. "Nosso relacionamento era complicado. A gente ficava só no beijo e na social. Eu não deixava ele ver o meu corpo porque tinha muita vergonha."

Em 2000, Paula finalmente foi submetida à cirurgia de "adequação anatômica da genitália". Daniel está em processo porque, no passado, muitas intervenções foram mal sucedidas. Embora já tenha pênis, ele urina sentado. "A parte mais crítica da cirurgia é a construção da uretra", ele diz. "Mas isso vai melhorar daqui a alguns dias, quando eu fizer o último retoque para colocar o buraquinho por onde sai o xixi no lugar certo." Por causa disso, ele enfrenta situações delicadas ao precisar de banheiros públicos. "Em geral, fico apertado. Os banheiros masculinos não têm cabines individuais como os femininos. Não posso ir nem a um, nem a outro. É uma complicação."

De acordo com o relato do casal, a relação sexual deles é "quase normal". "Temos prazer sem penetração", diz ele. Apesar disso, Daniel se orgulha de sua nova forma física. Afirma que possuía um clítoris "avantajado", o que lhe proporcionou um órgão genital masculino considerável. Depois, ele exibe as cicatrizes que têm no abdômen e na coxa. "Não me importo com elas. Ao contrário, elas representam a minha liberdade."

Paula também não liga para as marcas no corpo do amado. Também não se importa com o fato de as transas não serem convencionais. "Um beijo e um carinho são capazes de me deixar satisfeita. O importante é que nos damos bem e agora somos muito, muito felizes."


Luta diária

Mas, até alcançarem essa plenitude, dizem ter percorrido um caminho longo e sofrido. "Eu cheguei a São Paulo em 1975. Sonhava com um emprego, uma vida decente. Mas não consegui trabalho por causa da minha aparência. Eu era um homem com nome de mulher." Sem dinheiro, sem casa e comida, Daniel viveu nas ruas do centro da cidade durante quase quatro anos. Fui mendigo."

Teve a sorte de ser amparado por uma japonesa, dona de uma loja na rua Mauá. Virou balconista. Quatro anos depois, ela mudou de país e o périplo de Daniel recomeçou. Mas conseguiu se empregar no setor de limpeza de um hospital particular. "Alguns colegas não me aceitaram e pediram minha cabeça. Só que a diretoria me protegeu." Daniel ficou 19 anos lá. "Eu sou um vitorioso."

Paula fica emocionada ao relembrar o passado e chora. "Sofri um conflito interno muito grande." Filha de pais protestantes, ex-estudante em uma escola de freiras, ela conta ter crescido sem saber quem era e, por isso, evitava as pessoas. "Não tive infância, adolescência, nada." Aos 28 anos, ainda na Bahia, ela conseguiu "burlar" sua certidão de nascimento. "Nasci nessa idade porque socialmente me tornei mulher." Em seguida, ela decidiu vir para São Paulo. Tinha uma carta nas mãos de um médico baiano, pedindo a um colega paulistano para atendê-la. Foi assim que Paula ingressou no tratamento para a cirurgia de adequação da genitália em um hospital público. O processo durou sete anos. Agora, com os sexos adequados, Daniel e Paula conseguiram também ter os documentos acertados. Ele é, de fato, Daniel e ela, Paula. Está escrito nas identidades.

Como marido e mulher, eles dividem um sobrado confortável de dois quartos e bem arrumado em um município de São Paulo, localizado em uma rua residencial com nome de pássaro. Daniel tem 51 anos e está aposentado. Por isso cuida da casa e dos dois cachorros pequenos que eles mantêm. Paula, 44 anos, é funcionária pública e estudante - ela faz faculdade em São Paulo. "Daqui para a frente, só penso em melhorar a minha vida", diz.

O casal não tem filhos e não sonha em aumentar a família. Eles parecem mesmo felizes. Mas Paula avisa: "Há muito pouca informação sobre a transexualidade e é um erro pensar que esse processo é simples, uma coisa banal. Não é. Até chegar onde chegamos, passamos por muito sofrimento, dor e angústia."


PAULA é funcionária pública.
DANIEL está aposentado.

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