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Trecho de entrevista com Judith Butler - 30 de março de 2025

Entrevista completa em inglês aqui:



Trecho de entrevista com Judith Butler publicada em vídeo em 30 de março de 2025


Eu entendo que essas pessoas estão sofrendo, eu entendo. Elas têm uma sensação de falta de direito, de que não têm um lugar no mundo. Talvez haja uma explicação social e econômica para o que aconteceu com elas. Como chegaram a esse ponto de alienação? Por que não têm empregos que lhes deem satisfação? Por que não fazem parte de comunidades que lhes mostrem outros valores? Acho que precisamos de uma análise histórica disso, o que significa suspender o julgamento. Não é só dizer: “Oh meu Deus, são pessoas terríveis.” Estamos perguntando: “Como essa coisa terrível aconteceu?” Na medida em que a extrema-direita radical é evangélica ou participa de uma forma de nacionalismo cristão, como ocorre não apenas nos Estados Unidos, mas também em lugares como a Hungria, o gênero passa a ser entendido como algo que desafia a primazia da família heterossexual e das diferenças distintas entre homens e mulheres — a suposta natureza divina do sexo e todas as ordens sociais que se baseiam nisso, inclusive a própria civilização.

Oli Dugmore: Judith Butler, bem-vinda de volta ao Politics.

Judith Butler: Joe, obrigada. Estou feliz por estar aqui, é um grande prazer.

Oli Dugmore: Para quem não está familiarizado com você ou não viu sua última entrevista, como você se apresentaria?

Judith Butler: Sou Judith Butler. Sou professora titular na pós-graduação da Universidade da Califórnia em Berkeley e autora de diversos livros, mais recentemente Who’s Afraid of Gender, publicado pela Penguin, agora disponível em versão de bolso — acessível para estudantes, eu acho.

Oli Dugmore: Acho que, como da última vez, é útil começar com uma breve definição de termos. Você poderia explicar o que a palavra "gênero" significa para você? Talvez fosse útil indicar onde seu uso do termo pode ser um pouco diferente da forma como outras pessoas o usam.

Judith Butler: Essa é uma ótima pergunta. Nos meus primeiros anos — talvez há 35 anos — eu tinha uma teoria de gênero. Publiquei e defendi essa teoria. Mas agora estou fazendo outra coisa, que não é oferecer uma definição de gênero, e sim acompanhar a forma como o termo se tornou um tema altamente inflamado na vida pública. Algumas pessoas usam “gênero” para se referir à identidade de gênero — como a pessoa se identifica: você é homem, mulher, ou se identifica de outro modo? Na história do feminismo, “gênero” era uma categoria de análise — uma forma de rastrear relações de poder, de pensar desigualdades sistêmicas, exclusões. Era uma estrutura para compreender como o poder é distribuído com base em ideias de masculinidade e feminilidade. Pode parecer estranho, mas eu não tenho uma definição única de gênero. Acho que estou mais interessada em como as pessoas se aproximam desse conceito e no que elas fazem com ele. Hoje, o termo tem tantos significados que é difícil acompanhar. Então, em vez de ser alguém que defende uma teoria de gênero específica, sou mais uma crítica que acompanha o que tem acontecido com esse termo. E isso é significativo, no sentido de que sim, acredito que muitas pessoas têm uma ideia falsa sobre o que é ou pode ser o gênero — mas eu não as retorno a uma definição única. Sugiro que considerem a variedade de abordagens que encontramos, por exemplo, nos programas de estudos de gênero. Não posso resolver esses debates. Mas é importante ver que existem os materialistas, os interseccionais, os pós-estruturalistas, os historiadores — e entre eles há diferenças profundas entre historiadores culturais e econômicos. Devemos manter essas abordagens abertas e valorizar a complexidade desses debates. Mas estamos vivendo uma época em que tudo isso está sendo silenciado — ou quando uma caricatura única do que é gênero substitui um campo de estudo realmente complexo, representado em toda universidade de pesquisa importante no mundo.

Oli Dugmore: Isso talvez não responda diretamente à pergunta, mas foi uma ótima resposta, para ser honesto.

Judith Butler: Obrigada.

Oli Dugmore: Sem falar especificamente sobre gênero, você me fez pensar se isso não faz parte de uma tendência acadêmica ou discursiva mais ampla de tentar reduzir e simplificar as coisas. Pode ser sobre gênero, economia, política — escolha o tema... pode ser política, economia, gênero — qualquer um desses temas está sendo simplificado.

Judith Butler: Sim, isso é parte de uma tendência anti-intelectual, onde se desconfia do pensamento crítico, da complexidade, da dúvida. As pessoas querem respostas simples. Mas vivemos em um mundo complexo, com histórias e estruturas complexas. E quando você simplifica demais, você também apaga vozes, histórias e experiências. Você não só fecha a porta para o pensamento crítico, como também exclui pessoas. É isso que está em jogo — uma luta sobre quem tem o direito de existir, de ser reconhecido, de ser ouvido. E isso não se limita ao gênero, mas é evidente no modo como gênero tem sido atacado. Pessoas trans, por exemplo, são colocadas como ameaças simbólicas a uma ordem tradicional. E isso serve a projetos políticos autoritários que se alimentam do medo.

Oli Dugmore: Então estamos vendo uma reação não só contra ideias, mas contra pessoas reais.

Judith Butler: Exatamente. E a retórica contra o “gênero” — entre aspas — tem servido como catalisador para movimentos reacionários em vários países. Isso aconteceu na Hungria, na Polônia, no Brasil, na Itália. Eles usam o termo “ideologia de gênero” como uma forma de nomear o inimigo — mas é um inimigo inventado. É uma forma de demonizar qualquer coisa que desafie a autoridade patriarcal ou nacionalista. E, ao fazer isso, colocam em risco a vida de pessoas que já são vulneráveis.

Oli Dugmore: O que você diria para quem tem medo dessas mudanças ou sente que está “perdendo seu lugar” no mundo?

Judith Butler: Acho que o medo é real. Há sofrimento real — pessoas se sentem deixadas para trás, sem oportunidades, sem sentido. Mas culpar minorias por isso é um desvio. Devemos olhar para as estruturas econômicas e sociais que criam esse sentimento de abandono. E precisamos construir solidariedade — não mais exclusão.

Judith Butler: Há um esforço, hoje, de simplificar conceitos complexos para transformá-los em armas políticas. “Gênero”, por exemplo, foi transformado em uma caricatura, esvaziado de sua riqueza teórica e empírica. As pessoas usam a palavra como se fosse uma ameaça, sem entender ou querer entender o que ela significa de fato. Isso é parte de uma campanha global de desinformação. E, frequentemente, isso vem acompanhado de ataques contra universidades, pesquisadores, professores e programas de estudos de gênero. A ideia é deslegitimar o saber crítico, especialmente aquele que desafia normas tradicionais de poder. Então, quando perguntam o que “gênero” significa para mim, eu respondo com mais perguntas do que definições. Porque é justamente o espaço do debate, da dúvida, da investigação que está sendo atacado. E eu quero defender esse espaço. Quero defender o direito de pensar criticamente sobre gênero, sobre identidade, sobre poder. Quero defender o direito das pessoas trans, não binárias, queer, de existirem sem serem demonizadas. Quero defender o direito de todos nós a uma linguagem mais ampla, mais justa, mais aberta. Porque sem isso, o que nos resta é o autoritarismo — a imposição de uma única verdade, de uma única forma de viver.

 E esse autoritarismo não é apenas político. Ele invade o cotidiano das pessoas — nas escolas, nas famílias, nos espaços públicos. Quando alguém é impedido de usar seu nome, de vestir-se como deseja, de ser reconhecido em sua identidade, isso é violência. É uma forma de dizer: “Você não pertence.” E isso não deveria ser aceitável em nenhuma sociedade que se diga democrática. Muitas vezes me perguntam: “Por que gênero importa tanto?” E eu respondo: porque é através do gênero que se controlam corpos, desejos, futuros. É através do gênero que se impõem normas sobre quem pode amar, trabalhar, andar na rua, viver com dignidade. E quando essas normas são questionadas, aqueles que detêm o poder reagem. Eles dizem que estão defendendo a “família”, a “moral”, a “civilização”. Mas o que estão realmente defendendo é o seu lugar exclusivo nesse mundo — um lugar construído sobre a exclusão dos outros.

É por isso que precisamos de solidariedade. Não apenas entre pessoas LGBTQIA+, mas entre todas as pessoas que querem viver em um mundo mais justo. A luta pelo reconhecimento de gênero é também uma luta contra o racismo, contra o classismo, contra o colonialismo. Não podemos separar essas lutas. O que está em jogo é o tipo de sociedade que queremos construir. Será uma sociedade que escuta as pessoas, que acolhe a diversidade, que protege os mais vulneráveis? Ou será uma sociedade que reforça fronteiras, normas rígidas, hierarquias violentas? Essa escolha está diante de nós todos os dias — nas leis, nas escolas, nas redes sociais, nas conversas em família. E cada um de nós tem um papel. Não se trata apenas de teoria. Trata-se de vida vivida. Trata-se de sobrevivência. Trata-se de dignidade.

Por isso escrevi Who’s Afraid of Gender? — para mostrar que o medo em torno do gênero é fabricado, e que ele serve a propósitos políticos muito claros. Querem que tenhamos medo uns dos outros. Querem que as pessoas sintam que seus filhos estão em perigo porque alguém usou o banheiro errado. Querem distrair as pessoas da verdadeira desigualdade: a econômica, a racial, a estrutural. Mas nós não precisamos aceitar essa lógica do medo. Podemos responder com cuidado, com escuta, com pensamento. Podemos reconstruir laços, comunidades, sentidos de pertencimento. E isso começa com reconhecer que gênero não é uma ameaça. Gênero é uma parte da vida humana. Uma parte que pode ser vivida de muitas maneiras, com alegria, com dignidade, com liberdade.

Oli Dugmore: Judith Butler, muito obrigado por esta conversa. Foi um enorme privilégio poder ouvi-la.

Judith Butler: Obrigada a você. Foi um prazer. E espero que sigamos todos pensando — e sentindo — juntos.

Lobista de Washington perde patrocínio por querer banir gays do futebol americano

Fonte da foto: NY Daily News


Parcialmente traduzido e levemente adaptado por Sergio Viula para o Blog Fora do Armário.

Jack Burkman, o lobista de Washington que anunciou que na segunda-feira pressionará por um projeto de lei que proíba gays de jogarem na Liga Nacional de Futebol Americano (National Football League) porque “estamos perdendo nossa decência como nação”, perdeu um de seus clientes pagantes por causa desse esforço.

A companhia DC Solar Solution (Califórnia), que pagou a ele 30 mil dólares no quarto trimestre de 2013, disse à revista TIME na terça-feira que estava cortando relações. “A DC solar não aceita ou apoia as visões homofóbicas do Sr.  Burkman, e desde que soubemos de seus esforços equivocados para produzir legislação excluindo atletas gays do NFL, terminamos nossa parceria com ele”, escreveram os executivos da DC Solar, Jeffery Carpoff e Paulette Carpoff  num pronunciamento. “A DC Solar valoriza a diversidade dentro de nossa empresa e nas comunidades, e não toleramos discriminação de qualquer espécie. Como uma empresa trabalhando para abordar temas sobre o futuro do país, não temos intenção de trabalhar com aqueles presos no passado.”

Diante do impacto comercial, Burkman disse que não recuaria de sua busca por manter homens gays fora do futebol Americano profissional.

Enquanto isso, o maior crítico de Burkman é seu irmão assumidamente gay, o anestesista de Seattle, Dr. James Burkman, que twittou uma pérola da ironia na terça feira para seu irmão [homofóbico] o seguinte: “Having your head up your ass is quite gay. No?” Essa frase é um trocadilho que significa agir como babaca, mas traduzido literalmente seria como: “Manter a sua cabeça no seu cu me parece bem gay. Não?” (grifo meu)

Matéria completa em inglês aqui: Jack Burkman Lobbyist Looking To Ban Gay Pro-Football Players Loses Client | TIME.com http://swampland.time.com/2014/02/26/lobbyist-trying-to-ban-gays-from-the-nfl-loses-client/#ixzz2wKBWc84x

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Mais uma vez, uma empresa consciente da sexodiversidade  que compõe a sociedade humana está agindo com absoluta propriedade. Nada disso, porém, teria sido possível sem o trabalho de várias organizações voltadas para a inclusão LGBT no mercado de trabalho e a reforma das políticas internas dessas empresas para um ambiente mais saudável e seguro para todos, principalmente as pessoas LGBT que durante tanto tempo foram discriminadas por sua orientação sexual ou transgeneridade.

Isso também tem a ver com um consumidor LGBT consciente, que sabe o poder que tem  seu dinheiro na movimentação do mercado – movimento que claramente se manifestou em San Francisco, principalmente na era Milk. Sugiro que assistam Milk – a Voz da Igualdade.

Parabéns às empresas que se colocam francamente contra qualquer tipo de discriminação, inclusive a homofobia e a transfobia. Isso é sinal de evolução como civilização.

Veja como foi a mesa redonda em Betel neste 26 de maio de 2012

Diversidade Sexual e Diversidade Religiosa na Perspectiva do Estado Laico



Esse foi o nome da mesa redonda que apresentada em Betel (Praia de Botafogo, 430/Sobreloja).  Composta por Cristiana Serra, da Diversidade Católica; Sergio Viula, ateu e autor de Em Busca de Mim Mesmo; Ed Machado, candomblecista e autor de Mãe Agripina; e de Marcio Retamero, pastor de Presbiteriano e de Betel, lançando seu mais novo livro Você tem Fome de Quê?, a mesa versou e conversou sobre diálogo inter-religioso, diálogo entre religião e diversidade sexual, Estado laico, pluralismo, democracia, direito, legislação, e por aí vai. Houve espaço para perguntas do auditório e também veiculação em tempo real pela internet.

Depois de encerrada a mesa, o Rev. Marcio Retamero autografou livros e ofereceu um coquetel para os presentes. Eu – como sempre apaixonado por livros – não podia deixar de comprar o livro do pastor Retamero ("Você Tem Fome de Quê?"), comprei também o livro de Ed Machado ("Mãe Agripina"), acrescentei à cesta o “Nossa Tribo”, traduzido por Cristina Serra, mas autorado pela Rev. Nancy Wilson, e garanti logo o “TodaFamília é Legal” de  Lea Carvalho (infantil). De quebra, ganhei “Crônicas de um Pastor Gay”, também de autoria do Rev. Marcio Retamero. Ao todo, cinco livros! Adooooro!

A noite serviu para troca de experiências e de conhecimento, bem como estímulo mútuo. A mesa foi marcada pelas seguintes falas (em ordem de apresentação):

Cristina Serra falou sobre o trabalho de conscientização que vem sendo feito dentro da Igreja Católica desde o Concílio Vaticano sobre a diversidade religiosa, com ênfase no respeito às subjetividades, trazendo a reflexão para o campo da diversidade sexual também. Ela citou importantes documentos eclesiásticos que podem embasar o respeito à diversidade, inclusive sexual. 

Sergio Viula falou sobre laicismo, pontuando questões ligadas à discriminação praticada contra ateus por parte de religiosos midiáticos e a abertura de organizações ateístas para apoiar os direitos LGBT, especialmente a Liga Humanista e Secular do Brasil (LiHS), a qual recentemente lançou mais um Conselho, mas desta vez voltado para os temas de interesse LGBT. A ênfase na fala de Sergio Viula foi humanista, mas destacando três pontos que interessam a todos, religiosos e ateus: Estado (1)laico e (2)democrático de (3)direito.

Ed Machado falou sobre o Candomblé na história do Brasil, sua luta pela garantia de liberdade de culto, a perseguição movida por membros da Igreja Católica e das Evangélicas, a postura preconceituosa de políticos fundamentalistas frente às religiões de matiz africana e nos trouxe interessantes reflexões sobre diversidade religiosa, diversidade sexual e direito das minorias.

O Pr. Marcio Retamero destacou o que pensa sobre inclusão, enfatizando o modo como Betel vive intensa e profundamente essa inclusão - o que também leva a alguns embates com colegas inclusivos que não entendem plenamente a liberdade que sua comunidade usufrui, seja em matéria de fé ou de prática. Ele também falou sobre política, educação, diversidade sexual e diversidade religiosa e alertando para o risco de que uma teocracia cristã se aposse do Brasil, caso não fortaleçamos a laicidade do Estado urgentemente - laicidade que faz bem a religiosos e ateus, porque estado laico não é nem religioso nem ateu, mas garante a todos o direito de crer ou não crer sem interferir nessa matéria, exceto quando o mau uso dessas liberdades contradigam outros direitos fundamentais.

Os presentes ao evento saíram inspirados a viver corajosamente e abertos às diferenças, não apenas na base da tolerância, mas da valorização das subjetividades.

A abertura e moderação do evento ficou por conta de Lea Carvalho, mas nada disso teria sido possível sem o empenho de outros queridos que arrumaram os salões, o som, as câmeras, a conexão com a internet em tempo real, etc. Parabéns a tod@s!

Quem não pôde comparecer, mas deseja curtir um pouco do pensamento dos debatedores poderá fazê-lo através de seus livros, os quais podem ser encontrados nos links acima. 


Outras opções também aqui:  http://metanoiaeditora.com/






Diversidade Católica faz evento no dia 03 de Junho na UniRio. Os dados podem ser encontrados também na página do evento no facebook (https://www.facebook.com/events/327123327357306). 

Veja mais detalhes no blog da Diversidade Católica:

http://www.diversidadecatolica.blogspot.com.br/2012/05/o-amor-de-cristo-nos-uniu-gays-cristaos.html

II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT do Rio de Janeiro



II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT do Rio de Janeiro
CONVOCATÓRIA E ORIENTAÇÕES

Com o lema Por um Brasil e um Rio de Janeiro livres da pobreza e da discriminação: Promovendo a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”, oGoverno do Estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos e a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, em parceria com o Governo Federal, através da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem a honra de convidar todas as pessoas interessadas a participarem da II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT, que acontece entre os dias 20 a 22 de outubro de 2011. Para isso, os/as interessados/as deverão participar das Pré-Conferências Regionais de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT, que acontecem entre os dias 02 e 18 de setembro. A 1ª Pré-Conferência Regional será em Nova Friburgo, no dia 02 de setembro, no Centro Administrativo César Guinle (Avenida Alberto Braune, 224, Centro, em frente a Prefeitura). Grifo deste blogueiro

Veja abaixo como participar.

1 - Dos objetivos da Conferência Estadual
A II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT foi convocada pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, através do Decreto n.º 43.126 de 10 de agosto de 2011 e tem como objetivos:

I – Avaliar, discutir e propor as diretrizes para a implantação de políticas públicas e os s nacional e estadual de promoção da cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais;


II – Avaliar, discutir e propor ações e metas do Programa Estadual “Rio Sem Homofobia” e propor estratégias para o seu fortalecimento;

III – propor diretrizes para a implantação de políticas públicas de combate à pobreza e a discriminação contra a população LGBT; e
IV – Eleger os/as delegados/as do Estado do Rio de Janeiro para a II Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
2 – Das Pré- Conferências Regionais

O processo de organização da II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT será conduzido por 10 Pré-Conferências Regionais de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT, conforme o seguinte calendário:

1 – Regional I – Sede: Nova Friburgo - 02/09/11
Bom Jardim, Cachoeira de Macacu, Carmo, Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Nova Friburgo, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro, Teresópolis e Trajano de Morais

2 – Regional II – Sede: Macaé – (a confirmar)
Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra

3 – Regional III – Sede: Volta Redonda – (a confirmar)
Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio das Flores, Valença, Volta Redonda, Engenheiro Paulo de Frontin e Mendes

4 – Regional IV – Sede: Petrópolis - 09/09/11
Areal, Comandante Levi Gasparean, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Pati do Alferes, Sapucaia, Três Rios, Vassouras, Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto

5 – Regional V – Sede: Natividade - 10/09/11
Bom Jesus de Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula, Varre-Sai, Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá

6 – Regional VI – Sede: Cabo Frio - 11/09/11
Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Silva Jardim

7 – Regional VII – Sede: Angra dos Reis - (a confirmar)
Angra dos Reis, Mangaratiba, Parati e Rio Claro

8 – Regional VIII – Sede: Rio de Janeiro - 16/09/11
Rio de Janeiro

9 – Regional IX – Sede: Niterói - 17/09/11
Maricá, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá

10 – Região X – Sede: Belford Roxo - 18/09/11
Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica e Itaguaí

3- Dos Objetivos das Pré-Conferências Regionais

1)  Interiorizar e ampliar a participação do movimento LGBT e gestores públicos locais;

2) Discutir os objetivos I, II e III da 2ª Conferência Estadual LGBT;

3) Discutir agenda regional de políticas públicas para a promoção da cidadania LGBT; e

4) Eleger os/as delegados/as da regional para 2ª Conferência Estadual LGBT

4- Da participação nas Pré-Conferências Regionais

Poderão participar das Pré-Conferências Regionais qualquer pessoa inscrita até 03 dias antes da data da realização da Pré-Conferência Regional, exceto as pessoas que irão participar da Conferência Regional 1 (Nova Friburgo) que poderão se inscrever até as 10h do próprio dia da Conferência.

As inscrições serão feitas através de ficha de inscrição própria no qual constam campos de preenchimento exclusivo para a Sociedade Civil e para o Poder Público, não podendo o/a participante se inscrever nas duas modalidades. O/A participante deverá fazer a opção da Pré-Conferência Regional que irá se inscrever, só podendo participar de uma Pré-Conferência.

Qualquer pessoa interessada poderá se inscrever através da ficha de inscrição que deverá ser enviada para o e-mail da Pré-Conferência Regional que optou, ou pelo Disque Cidadania LGBT (0800 0234567), que funciona 24 horas por dia.

 Relação de emails Pré-Conferências Regionais
Regional
Email
I
lgbtregional1@gmail.com
II
lgbtregional2@gmail.com
III
lgbtregional3@gmail.com
IV
lgbtregional4@gmail.com
V
lgbtregional5@gmail.com
VI
lgbtregional6@gmail.com
VII
lgbtregional7@gmail.com
VII
lgbtregional8@gmail.com
IX
lgbtregional9@gmail.com
X
lgbtregional10@gmail.com

5 – Da Comissão Organizadora Estadual

A II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT é organizada por uma comissão composta pelos seguintes membros:
Poder Público

I – Secretaria de Estado da Casa Civil – CASA CIVIL – Dino Junior
II – Secretaria de Estado de Governo – SEGOV – Eliana Guerra
III – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG – Cláudia Turco
IV – Secretaria de Estado de Segurança – SESEG – Diego Senna
V – Secretaria de Estado de Saúde– SES – Mônica Dantas
VI – Secretaria de Estado de Educação – SEEDUC – Rita de Cássia Rodrigues
VII – Secretaria de Estado do Ambiente – SEA – Elizabeth Karam
VIII – Secretaria de Estado de Trabalho e Renda – SETRAB – Maria Christina Menezes
IX – Secretaria de Estado de Cultura – SEC – Juliana Lopes
X – Secretaria de Estado de Turismo – SET – Mirian Cutz
XI – Secretaria de Estado de Esporte e Lazer – SEEL – Renato Quintanilha
XII – Defensoria Pública Geral do Estado – DPGE – Luciana Mota
XIII – Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos – SEASDH – Claudio Nascimento
XIV – Secretaria de Estado de Defesa Civil – SEDEC – Aline Rodrigues
Sociedade Civil
I – Associação de Gays e Amigos de Nova Iguaçu e Mesquita – AGANIM – Marisa Justino
II – Associação de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro – ASTRA-RIO – Bárbara Aires de Oliveira
III - Central de Movimentos Populares – Márcia Regina Marçal
IV – Grupo Arco-Íris da Cidadania LGBT – Júlio César Carneiro Moreira
V – Grupo Arraial Free – Esther da Silveira Silva
VI – Grupo da Diversidade Sexual – Adriano Dias de Melo
VII – Grupo Diversidade de Teresópolis – Luciano do Nascimento Lima
VIII – Grupo Diversidade de Niterói – Victor de Wolff Rodrigues Martins
IX – Grupo Ellos – Ana Cristina Soares dos Santos
X – Grupo Iguais – Tathiana Gomes Vidal
XI – Grupo Pluralidade e Diversidade – Roger Sousa dos Santos
XII – Grupo Unidos pela Diversidade – Denise Barcellos da Silva
XIII – Instituto Arco-Íris de Direitos Humanos e Combate à Homofobia – Marcelle Cristiane Esteves
XIV – Movimento D’ELLAS – Ana Paula Theodoro
Informações: 0800 0234567 (Disque Cidadania LGBT)
Um país justo só se conquista com a sua participação!!!!!
 
Cláudio Nascimento
Presidente da II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para LGBT do Rio de Janeiro

Excelente campanha portuguesa de inclusão




A Rede Ex Aequo de Portugal lançou uma excelente campanha de inclusão nas escolas portuguesas. Eles têm um site muito bom.

Dentre os diversos materiais que eles disponibilizam, eu gostaria de destacar os seguintes e incentivar a leitura dos interessados na área de educação inclusiva:

Para professores:
https://rea.pt/arquivo/professores.pdf


Perguntas e respostas sobre orientação sexual e identidade de gênero:
https://rea.pt/arquivo/perguntas.pdf


Para mais informações sobre o projeto, envie email para inclusao@rea.pt

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


O Brasil não pode perder a oportunidade de desenvolver projetos inclusivos de qualidade, como é o caso do Projeto Escola sem Homofobia. Tem muita gente ignorante, que nada sabe de pedagogia, psicologia, política (no sentido filosófico do termo), sociologia, e mesmo assim fica dando pitaco homofóbico. Só por aí, já se vê a necessidade da educação inclusiva. Essa gente mal educada não consegue enxergar o valor da boa educação: aquela que constrói uma sociedade igualitária, diversificada, pacífica e produtiva. Traduzindo: uma sociedade justa e feliz!

Deputados, Senadores, Ministros do Supremo Tribunal Federal e Presidente Dilma, é hora de reunir os três poderes e fazer valer a inclusão e a paz nas escolas. Mostrem que os senhores foram bem educados, não só nos conhecimentos específicos de suas áreas de atuação, mas em humanidades também. Aprovem o Projeto Escola sem Homofobia. Não deixem a superstição e a ignorância falarem mais alto do que o Direito.

Portugal está dando um banho de inclusão comparado com o Brasil...

Outro homofóbico quer mais poder!

Vereador Carlos Apolinário (Foto Internet)

🗳️ “Ditadura gay”? Só se for no seu delírio evangélico, vereador! 🌈


Mais uma do folclórico vereador Carlos Apolinário, aquele que parece ter perdido o rumo no tempo e espaço — e continua achando que defender direitos humanos é um golpe contra a fé dele.

Em 2010, Apolinário (DEM-SP) teve a coragem de escrever um artigo dizendo que vivemos numa tal de “ditadura gay”. Isso porque uma lei estadual passou a punir empresas que discriminam pessoas LGBTQIA+. Segundo ele, se uma empresa tiver 200 funcionários e perder a licença por praticar homofobia, “todos serão punidos com a perda do emprego”. Eita, que dó... da empresa que comete discriminação!

Apolinário ainda acusa o movimento LGBT de fazer um “intenso lobby” pra mudar as leis de racismo e quer convencer a galera de que estamos tentando punir “quem apenas tem opinião diferente”. Olha, vereador, a gente jura que queria só respeito, dignidade e segurança pra viver. Mas se sua “opinião” nos ofende, nos violenta ou nos apaga, aí não é opinião — é discurso de ódio, mesmo que venha vestido de terno e gravata evangélica.

Curioso como quem dita regra dentro de templo, manda em voto, proíbe roupa, beijo e pensamento, é o primeiro a gritar “ditadura gay” quando a gente só quer existir em paz.

A boa notícia? A democracia tá aí! E o voto é secreto. Então, nessas eleições, faça barulho no silêncio da urna:

❌ NÃO vote em candidato homofóbico.
✅ SIM, vote em quem respeita a diversidade e luta por direitos iguais.


Você não precisa estar fora do armário pra fazer isso. Só precisa estar fora do time da hipocrisia. 🌈

Algumas coisas que pouca gente sabe sobre a semana do Orgulho Gay em São Paulo

Casal gay e seus filhos, na Parada LGBT+ de São PauloFoto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Foto publicada pelo Jornal O Tempo em 02/06/2024


Parada do Orgulho LGBT+: Muito além da festa, um ato de resistência e cidadania


Postagem original: 07/06/2010
Atualizada em 06/04/25


Muita gente ainda pensa que a Parada do Orgulho GLBTT é só festa. E olha… que bom que é festa! Não podia mesmo ter cara de enterro. A celebração da diversidade, da vida e da alegria é uma resposta poderosa a séculos de silêncio, repressão e violência. Mas é importante lembrar: não é festa.

A Parada é também um grito coletivo por visibilidade, respeito e direitos iguais. É um dos maiores atos políticos do mundo em defesa da população LGBT+. E isso ficou evidente nas várias atividades que antecederam a 14ª edição da Parada de São Paulo, que aconteceu num domingo histórico na Avenida Paulista.

“Ser lésbica é um direito!” – Lésbicas e bissexuais marcham por visibilidade

No sábado que antecedeu a Parada, cerca de 2.500 pessoas, segundo a Liga Brasileira de Lésbicas, participaram da 8ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo. Com o tema "Ser lésbica é um direito! Autonomia e liberdade por um mundo de igualdade!", o evento reuniu mulheres e apoiadores desde o meio-dia, na Praça Oswaldo Cruz, e seguiu até o Boulevard 9 de Julho, com música, faixas e reivindicações.

Entre as principais pautas, estavam o acesso igualitário ao serviço de apoio à gravidez assistida pelo SUS, visibilidade, respeito e saúde. O presidente da ABGLT, Toni Reis, esteve presente, reforçando o apoio de toda a comunidade à luta das mulheres lésbicas e bissexuais.

Representatividade bi: “Quero ser referência para os bissexuais”

Durante a caminhada, a ativista Daniela Furtado trouxe uma bandeira pouco vista por aqui, mas já bem conhecida fora do Brasil: a bandeira do movimento bissexual. Daniela expressou o desejo de fundar uma associação de bissexuais no país para ampliar o espaço desse grupo dentro e fora do movimento LGBT+. “Quero ser referência para os bissexuais”, disse. Representatividade importa — e muito.

Vote contra a homofobia, defenda a cidadania!

O tema da Parada deste ano não poderia ser mais direto: “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”. Um chamado claro à ação política. A 14ª edição mobilizou milhões de pessoas e chamou a atenção também pelo seu impacto econômico: a expectativa era de 3 milhões de participantes e R$ 200 milhões gerados para a cidade, segundo a São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB).

A Parada contou com o apoio da Prefeitura de São Paulo, do Ministério do Turismo e de diversos parceiros. A primeira grande atividade aconteceu na 10ª Feira Cultural LGBT, na quinta-feira, no Vale do Anhangabaú. Lá, o coordenador do Mês do Orgulho, Manoel Zanini, reforçou os propósitos políticos e sociais do evento.

Ser drag é ser livre: humor, arte e resistência

A feira também foi palco da Oficina de Montagem para Drags, comandada pela maravilhosa Dindry Buck, que explicou o essencial: “Para ser uma drag, você tem de ter o espírito alegre, divertido, irreverente. Isso é o primordial. O resto é só detalhe”. A oficina reuniu drags de todos os tipos, mostrando que não há padrão para o brilho. Ser drag é arte, é performance, mas também é resistência — e é político.

A festa é nossa, mas o futuro também

A TV Gazeta cobriu os bastidores da organização da Parada e destacou que, além de ser um dos maiores eventos LGBT+ do mundo, a Parada de São Paulo é o segundo evento que mais movimenta dinheiro na cidade — só perde para a Fórmula 1. Isso mostra o quanto a presença LGBT+ movimenta não apenas corações, mas também a economia.

Então, da próxima vez que alguém disser que “a Parada é só festa”, mostre esse post. Mostre os vídeos, as histórias, as bandeiras. Mostre que por trás da música e do glitter, existe luta, memória, coragem e amor.

Porque celebrar o orgulho é, acima de tudo, defender o direito de existir plenamente.

Rua Frei Caneca ganha posto de turismo gay

Frei Caneca - São Paulo


🏳️‍🌈 São Paulo inaugura o primeiro Centro de Informações Turísticas Gay do Brasil – e a homofobia reage


Hoje, 20 de maio de 2010, São Paulo dá um passo importante no reconhecimento e no respeito à comunidade LGBTQIA+. A prefeitura da capital paulista, por meio da SPTuris (São Paulo Turismo), inaugurou o primeiro Centro de Informações Turísticas (CIT) Gay do Brasil, localizado na Rua Frei Caneca, um dos pontos de maior visibilidade da população LGBT na cidade.

A proposta é simples e sensata: valorizar um público que já frequenta, movimenta a economia e transforma a cidade há décadas. A SPTuris mapeou 91 estabelecimentos comerciais gay friendly na capital paulista, entre eles:

  • 8 shoppings

  • 25 cafés e bares

  • 23 boates

  • 20 restaurantes

  • 8 saunas

Além disso, o guia inclui parques, museus e atrações culturais. A intenção é clara: fazer com que o público LGBT não visite São Paulo só na época da Parada, mas se sinta bem-vindo o ano todo. E faz todo sentido, já que a cidade costuma receber cerca de 400 mil turistas LGBT durante a Parada – movimentando impressionantes R$ 180 a R$ 190 milhões na economia local.

💡 CIT Gay: respeito e acolhimento

O centro vai funcionar no Casarão Brasil, sob administração da Abrat-GLS (Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Os atendentes são bilíngues (português e inglês) e foram treinados para oferecer orientações seguras e personalizadas: como chegar a determinado bar, que tipo de ambiente é cada boate, quais são as exigências dos estabelecimentos, entre outros.

Segundo Almir Vieira Nascimento, da Abrat-GLS:

“Eles foram treinados pela SPTuris, visitaram alguns desses locais e conhecem as preferências e exigências desse público.”

🎉 Apoio da sociedade civil organizada

A iniciativa recebeu aplausos de diversos setores. Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia, celebrou:

“Ótima ideia porque mostra o reconhecimento de São Paulo a esse público que consome e gasta. A cidade é a capital gay da América Latina.”

👏🏽 COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:

A prefeitura de São Paulo está de parabéns! Os homossexuais recebem a boa-nova com alegria. Os homofóbicos se ressentem, como sempre. Porém, o discurso deles vai ficando mais insuportável para a maior parte da sociedade à medida que o esclarecimento das mentes vai avançando e o dogma imbecilizante vai ficando nitidamente ultrapassado. Gente como Apolinário não devia perder nenhuma oportunidade de ficar calado quando se trata de qualquer assunto GLBTT. Eles só fazem demonstrar cada vez mais claramente o nível de estupidez a que estão submetidos por sua escravidão aos interesses de certos grupos evangélicos, especialmente (não exclusivamente) os pentecostais e neo-pentecostais.

🤦🏽‍♂️ E aí vem o Apolinário...

Como era de se esperar, bastou o prefeito Gilberto Kassab anunciar uma medida acertada e respeitosa para que o vereador Carlos Apolinário, do DEM (partido do prefeito, aliás), corresse ao microfone para protestar... em nome do preconceito. Em discurso na Câmara Municipal, com transmissão ao vivo pela TV Câmara, o nobre edil afirmou que:

“O governo municipal transformou os gays em uma categoria especial de pessoas.”
“Não deveria ter um espaço exclusivo para gays. Tinha de ser para todos, para qualquer atividade, seja umbandista, evangélico, gay ou lésbica.”

Mas ele não parou por aí. Criticou ainda a portaria da prefeitura que permite o uso do nome social por pessoas trans e travestis em documentos da administração pública, dizendo:

“Do jeito que as coisas estão indo, logo alguém vai apresentar um projeto transformando São Paulo na capital gay do País.”

Bom... e por que não? A julgar pelas reações dos intolerantes, São Paulo já é uma referência de acolhimento e diversidade. Que seja, então, a capital gay do País, sim — pelo menos até o dia em que todas as cidades brasileiras saibam lidar com a pluralidade humana com o mínimo de decência.

🔇 Silêncio conveniente

Apesar de o plenário estar lotado no momento do discurso de Apolinário — com 47 dos 55 vereadores presentes — ninguém se manifestou contra. Kassab, procurado para comentar as falas do correligionário, preferiu o silêncio. Mas José Police Neto, líder do governo, ainda se manifestou:

“O prefeito quis mostrar respeito e colocou uma empresa, a SPTuris, para intermediar a viabilização da central. Não vejo problema.”

🔊 Resposta da Parada

Alexandre Santos, presidente da organização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, rebateu:

“Nós não queremos direitos diferentes de ninguém. Independentemente de partido, o governo municipal tem reconhecido nossas demandas e isso é um aspecto positivo que alguém homofóbico não consegue enxergar.”

📍 Conclusão:

A homofobia institucional ainda vive e fala alto — mas cada vez menos convence. Enquanto isso, São Paulo, apesar de seus conflitos e contradições, segue abrindo caminhos. E a cada passo, mais gente se sente autorizada a existir.

A criação do CIT Gay é mais do que uma política de turismo — é uma política de respeito. E quem não gosta, que se retire discretamente para seu próprio armário.

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