Lobista de Washington perde patrocínio por querer banir gays do futebol americano
Fonte da foto: NY Daily News
Parcialmente traduzido e levemente adaptado por Sergio Viula para o Blog Fora do
Armário.
Jack Burkman, o lobista de Washington que anunciou que na
segunda-feira pressionará por um projeto de lei que proíba gays de jogarem na
Liga Nacional de Futebol Americano (National Football League) porque “estamos
perdendo nossa decência como nação”, perdeu um de seus clientes pagantes por
causa desse esforço.
A companhia DC Solar Solution (Califórnia), que pagou a ele
30 mil dólares no quarto trimestre de 2013, disse à revista TIME na
terça-feira que estava cortando relações. “A DC solar não aceita ou apoia as
visões homofóbicas do Sr. Burkman, e
desde que soubemos de seus esforços equivocados para produzir legislação
excluindo atletas gays do NFL, terminamos
nossa parceria com ele”, escreveram os executivos da DC Solar, Jeffery Carpoff e
Paulette Carpoff num pronunciamento. “A DC
Solar valoriza a diversidade dentro de nossa empresa e nas comunidades, e não
toleramos discriminação de qualquer espécie. Como uma empresa trabalhando para
abordar temas sobre o futuro do país, não temos intenção de trabalhar com
aqueles presos no passado.”
Diante do impacto comercial, Burkman disse que não recuaria
de sua busca por manter homens gays fora do futebol Americano profissional.
Enquanto isso, o maior crítico de Burkman é seu irmão
assumidamente gay, o anestesista de Seattle, Dr. James Burkman, que twittou uma pérola da ironia na terça feira para seu irmão
[homofóbico] o seguinte: “Having your
head up your ass is quite gay. No?” Essa frase é um trocadilho que significa agir como babaca, mas traduzido
literalmente seria como: “Manter a sua
cabeça no seu cu me parece bem gay. Não?” (grifo meu)
Matéria completa em inglês aqui: Jack
Burkman Lobbyist Looking To Ban Gay Pro-Football Players Loses Client |
TIME.com http://swampland.time.com/2014/02/26/lobbyist-trying-to-ban-gays-from-the-nfl-loses-client/#ixzz2wKBWc84x
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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO
Mais uma vez, uma empresa
consciente da sexodiversidade que compõe
a sociedade humana está agindo com absoluta propriedade. Nada disso, porém,
teria sido possível sem o trabalho de várias organizações voltadas para a
inclusão LGBT no mercado de trabalho e a reforma das políticas internas dessas
empresas para um ambiente mais saudável e seguro para todos, principalmente as
pessoas LGBT que durante tanto tempo foram discriminadas por sua orientação
sexual ou transgeneridade.
Isso também tem a ver com um
consumidor LGBT consciente, que sabe o poder que tem seu dinheiro na movimentação do mercado –
movimento que claramente se manifestou em San Francisco, principalmente na era
Milk. Sugiro que assistam Milk – a Voz da
Igualdade.
Parabéns às empresas que se colocam
francamente contra qualquer tipo de discriminação, inclusive a homofobia e a
transfobia. Isso é sinal de evolução como civilização.
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