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Veja como foi o encontro para falar sobre "As Falácias da Reversão Sexual"

Sergio Viula e Tatiana Lionço, 
que foi a moderadora da palestra-conversa


A palestra começou pontualmente às 18:30 e estava prevista para durar uma hora e meia, com perguntas em seguida, enquanto o povo quisesse ficar. E ficaram mesmo. O bate-papo só acabou às 22h. Foram três horas e meia de troca, muito conteúdo, interação e descoberta de talentos que já atuam em prol da diversidade sexual e do combate à homofobia em Brasília e arredores, mas que ainda não haviam se olhado de perto. ^^ O encontro foi riquíssimo e foi transmitido em tempo real pelo livestream do Twitcam. Graças a isso, o número de pessoas assistindo pode ter sido muito maior ainda. E tudo isso foi resultado do empenho dos organizadores e colaboradores.

Fatos que me chamaram muito a atenção:

1. As pessoas envolvidas são extremamente conscientes de seu papel na luta por direitos humanos. Estão profundamente comprometidos com a luta pelos direitos LGBT, que são direitos humanos, obviamente.

2. A Cia. Revolucionária do Triângulo Rosa (promotora do evento) dialoga com outras minorias, além dos LGBT.

3. A Cia. Revolucionária do Triângulo Rosa não conta com recursos governamentais. Ela funciona à base de muito empenho e muito amor por parte dos seus integrantes e colaboradores. Até a minha passagem foi paga por um colaborador, sem o qual a minha vinda não teria sido possível ou teria sido mais difícil. O Triângulo Rosa também providenciou acomodações num hotel muito agradável. Tudo isso feito à base de muita força de vontade.

4. O clima entre os integrantes do Triângulo Rosa e outros participantes do evento é festivo, mas responsável, pessoalmente comprometido, politica e socialmente engajado e intelectualmente profícuo. Fiquei muito impressionado com o nível acadêmico e capacidade crítica de todos, inclusive dos mais jovens.

Ficam aqui registrados meus agradecimentos públicos a todos os que tornaram esse encontro possível, especialmente esse charmoso grisalho da foto abaixo que custeou meu voo, e também agradeço ao Marcelo Galo, ao Sandro Candiles, ao Luth Laporta, ao Sávio Ivo, à Tatiana Lionço, que conduziu brilhantemente a abertura, bate-papo e fechamento, além de outras pessoas cujos nomes me escapam agora, inclusive os de dois amigos que jantaram conosco. Perdoem-me a falha. Acrescentarei assim que perguntar ao Sandro e ao Marcelo. ;)


O subsolo do Balaio Café ficou lotado.







A Cia. Revolucionária Triangulo Rosa é um coletivo de pessoas que apoiam mas que não conseguem ser reconhecidas na sigla LGBT; que sentem na pele a opressão relacionada à sua vida sexual ou à sua apresentação social da feminilidade e/ou masculinidade

e que desejam um mundo onde os rótulos sexuais serão superados.

Poder para os sexodiversos!


Siga no Facebook:
https://www.facebook.com/ciarevolucionaria.triangulorosa



A palestra contou com apresentação e PowerPoint. Aqui eu me refiro a um dos slides na tela.


Gente bonita, inteligente e interessada.


O público realmente surpreendeu.


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo

Foto: Savio Ivo

Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Foto: Savio Ivo


Essa é a fachada do Balaio Café.


Bate-papo enquanto aguardávamos o jantar. O meu pedido foi um frango tailandês. Adogu! ^^

As Falácias da Reversão Sexual Hoje, 18 de agosto - 18:30

As Falácias da Reversão Sexual

Palestra com Sergio Viula (audiovisual e bate-papo)

Hoje, 18 de agosto - 18:30
Local da Palestra: Balaio Café - no Subsolo.
Cln 201 - Bl B s/n - LJ19
Brasília - DF
(0xx)61 3327-0732


COMPAREÇA. :)


Palestra audiovisual e bate-papo.



Local da Palestra: Balaio Café - no Subsolo.
Cln 201 - Bl B s/n - LJ19
Brasília - DF
(0xx) 61 3327-0732
COMPAREÇA. :)

Estão proibidas as 'terapias de conversão' para jovens gays na Califórnia

EUA: Senado da Califórnia passa lei que proíbe "terapia de conversão" para jovens gays





Quarta-feira, 30 Maio 2012
Fonte: PortugalGay


O Senado votou esta quarta-feira uma proposta para proibir psicoterapeutas na Califórnia de usar uma espécie de terapia para tentar "converter" os menores de gays para heterossexuais.

O senador Ted Lieu disse que a terapêutica é baseada em "ciência-lixo" que foi desacreditada por muitos na comunidade médica. "Não é apenas que as pessoas estão perdendo tempo e dinheiro com terapias que não funcionam", disse Lieu. "Estas terapias são perigosas."

Ele disse que avançou com a proposta SB 1172 depois de ouvir relatos sobre jovens homossexuais que cometem suicídio ou que vivem em depressão após terapeutas os pressionarem com culpa para mudarem a orientação sexual.

O Senado votou 23 contra 13 para aprovar a medida e enviá-lo à Assembleia para apreciação.

O projeto é contestado por David Pickup, um psicoterapeuta Glendale que representa a "Associação Nacional para a Pesquisa e Tratamento da Homossexualidade". Ele defende que esta medida iria interferir com o fornecimento de ajuda a jovens vítimas de violação que tenham questões de identidade sexual.

A medida também tem a oposição do senador Alan Lowenthal da Associação Psiquiátrica da Califórnia Estado que defende que alguns profissionais médicos estão preocupados com a lei ser "muito vaga e poder proibir a sua capacidade de se envolverem em discussões sobre a sexualidade."

Lieu disse que estava disposto a trabalhar com psicólogos e psiquiatras para tratar de suas preocupações enquanto o projeto de lei avança para ser analisado pela Assembleia. E esclarece: "Ser gay ou lésbica ou bissexual não é uma doença ou transtorno mental, pela mesma razão que ser heterossexual não é uma doença ou um transtorno mental", disse Lieu. "A comunidade médica é unânime em afirmar que a homossexualidade não é uma condição médica."

Esforços de mudança de orientação sexual apresentam riscos à saúde críticos, incluindo vergonha, depressão, diminuição da auto-estima, retraimento social, abuso de drogas, auto-mutilação e até suicídio. Para os menores, que muitas vezes são submetidos a essas práticas, por insistência dos pais que não sabem, ou não acreditam, que a prática é prejudicial, os riscos de consequências a longo prazo de saúde mental e física são particularmente graves.

Em 2007, a American Psychological Association convocou uma comissão para estudar a questão. A comissão fez uma extensa análise de estudos revistos por especialistas e concluiu que os esforços para mudar a orientação sexual não são susceptíveis de serem bem sucedido e envolvem algum risco de dano.

A Associação de Psicologia Americanos, a Associação Nacional de Assistentes Sociais, a Academia Americana de Pediatria, a Associação Americana de Terapia Familiar e Matrimonial, e a Associação da Califórnia de Terapeutas de Família emitiram declarações de posição de cautela sobre os esforços de mudança de orientação sexual.

Recentemente, o Dr. Robert Spitzer, o autor de um estudo frequentemente citado pelos proponentes para validar os esforços de mudança de orientação sexual como uma prática terapêutica legítima, emitiu um pedido formal de desculpas à comunidade LGBT e rejeitou as interpretações do seu trabalho.

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SURPREENDA-SE:
EM BUSCA DE MIM MESMO
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O lobo, a embusteira e o guarda-roupa




Autor: Walter Silva, PB.

Esse artigo foi postado no site de Andrea Freitas (fonte abaixo) e chegou a mim via Benjamim, listeiro do Yahoo e ativista. Recomendo muito a leitura.

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25/11/2011


O lobo, a embusteira e o guarda-roupa


A dignidade inerente e a igualdade de cada indivíduo é um axioma fundamental dos direitos humanos internacionais.

Não é, portanto de surpreender que o direito internacional condene afirmações que negam a igualdade de todos os seres humanos.

A Declaração Universal dos direitos humanos, adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1948, considera que:

" Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação'' (artigo sétimo)

Na contramão das leis internacionais está o ativismo dos discursos de ódio.

O discurso de ódio não encontra proteção junto ao direito de livre expressão na maioria dos países democráticos, inclusive caindo freqüentemente na categoria da Difamação, que consiste em atribuir falsamente a alguém determinado fato ofensivo à sua reputação (artigo 139 do código penal).

A agenda política e religiosa antigay particularmente é pródiga na arte da difamação.

Desde que Anita Bryant, cantora Gospel americana, ajudou a fundar o movimento contra os direitos civis de homossexuais a mais de 30 anos, que a direita reacionária e religiosa busca formas de demonizar os gays na sociedade, apelando tanto para a mentira descarada, quanto para a teoria da conspiração, se valendo de táticas de manipulação semântica e da retórica da "conseqüência desastrosa''.

Um exemplo recente dessas práticas perniciosas pode ser encontrado no pueril artigo intitulado `'Estatuto gay, ditadura gay ou estatuto da superioridade gay?'' redigida por Marisa Lobo, evangélica caricata e nova musa dos ativistas de ódio do neo pentecostalismo.

Marisa, que se proclama "psicóloga cristã'' sugerindo aí sub-repticiamente uma bizarra e estreita relação entre a atividade psicoterápica e as fronteiras insidiosas da superstição, dirigiu toda sua fúria uterina contra o projeto do Estatuto da Diversidade, cuja principal meta consiste em'' promover a inclusão de todos, combater a discriminação e a intolerância por orientação sexual ou identidade de gênero e criminalizar a homofobia, de modo a garantir a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos''.

O curioso artigo de Marisa foi escrito sob a forma de réplica aos pontos destacados pelo Estatuto, e redigido em linguagem simplória, recheado de erros de sintaxe e acentuação gráfica, em tom de clamor, quiçá expressando o íntimo desejo da autora em imitar o hipócrita gesto Luterano das 95 teses fixadas outrora na porta da capela de Wittemberg.

Marisa saiu do anonimato empunhando a bandeira da "moralização do Conselho federal de Psicologia'' acusando o presidente do conselho de perseguição religiosa e "denunciando'' o apoio do conselho "ao Kit (sic) gay'' nas escolas, que fazia exposição de `'cenas obscenas'' (outra mentira difamatória amplamente divulgada), coisa que ela, "como mãe e psicóloga'' não pode admitir.

Além disso, Marisa é fundadora do "Corpo de Psicólogo (sic) Pró Família'' entidade que segundo ela deve promover o debate de assuntos tais como "ditadura gay'', "kit gay'', "pedofilia'' e "preconceito''.

PSICOLOGIA CRISTÃ?

No ataque atabalhoado ao Estatuto da diversidade Marisa faz uso das populares táticas de demonização, insistindo na paranóia da "teoria da conseqüência desastrosa'', deixando claro que a adoção de leis de inclusão para minorias sexuais irá provocar a "destruição'' das famílias (sem explicar exatamente como).

A embusteira cristã não possui nem o traquejo malandro de Bolsonaro nem a verve pestilenta de Silas Malafáia, mas já aprendeu direitinho o caminho das pedras.

Autopromoção baseada em ativismo de ódio é um negócio podre, mas em alguns casos bastante rentável; prova disso é destaque entusiasmado dado a Marisa pela imprensa gospel, inclusive elevando-a à categoria de "doutora'' (site notícias gospel prime).

Não é para menos.

Na sua `'análise'' do estatuto da diversidade, que contou com a ajuda de um certo "Dr. Matheus Sathler'', advogado especialista em distorção e elucubrações fantasiosas, Marisa se revela uma promissora versão tupiniquim de Anita Bryant.

A primeira lição no manual dos difamadores é a `'manipulação semântica''; trocando "diversidade'' por "ditadura'', ou "inclusão'' por "privilégio'' por exemplo, produz-se a inversão de valores, onde o oprimido se transforma em opressor.

É tão clichê que eu me pergunto como é que ainda funciona.

Dado que o impacto emotivo das palavras geralmente é mais importante que o contexto objetivo, ainda que haja um conflito entre a idéia expressa e a forma, isso passará despercebido com facilidade.

Marisa sabe das coisas, é "psicóloga'' e "doutora'', ainda por cima, é "cristã''.

Não obstante, é risível a farsa da adulteração dos princípios do estatuto.

Logo de entrada, o manipulador de mamulengo que fala pela boca do "dr. Sathler'' diz:

"O que tenho a dizer sobre o 'Estatuto da superioridade gay' é que os homossexuais mostraram as suas intenções nefastas e espúrias de uma só vez a toda população brasileira''

Eis aí sem maiores delongas a difamação.

E aqui ele revela o propósito do discurso de ódio e da propaganda difamatória:

"Esse Estatuto nos deu a legitimidade que precisávamos para derrubarmos todo o avanço gay já realizado com a nossa, até então, apatia e indiferença''

É tal, pois, o objetivo único da difamação; a supressão dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo LGBT, explicitado sem grandes pudores.

Mais adiante o sinistro e misterioso "Dr. Sathler'' faz uma esquisita exegese do artigo 71:

"Art. 71 – O poder público adotará programas de formação profissional, de emprego e de geração de renda voltadas a homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transexuais e intersexuais, para assegurar a igualdade de oportunidades na inserção no mercado de trabalho''

Art. 71º – "Cria cursos de aperfeiçoamento em prostituição com recursos e funcionários públicos para capacitar homossexuais que queiram se "aperfeiçoar profissionalmente" Dr. Matheus Sathler

Francamente, alguém que consegue extrair da frase "programa de formação profissional'' o equivalente a "programa de aperfeiçoamento em prostituição'' por princípio não deveria ser levado à sério, excusando-se a situação onde essa atitude fosse objeto de escrutínio médico.

Com efeito, a sanha perversa em oprimir minorias e distorcer medonhamente a realidade transformando-a em um irreconhecível monumento ao desespero deveria ser objeto de estudo das neurociências.

Dr Sathler continua a explanação.

O artigo 86 parece ser motivo especial de contrariedade:

"86 – O encarceramento no sistema prisional deve atender à identidade sexual do preso, ao qual deve ser assegurada cela separada SE HOUVER RISCO à sua integridade física ou psíquica''

"O gay não poderá sofrer os transtornos físicos e psíquicos dos presídios superlotados" Dr. Matheus Sathler

Doutora Marisa, psicóloga e cristã, complementa:

"Ora bolas se estão lá presos é porque cometeram crimes e devem ser punidos como qualquer ser humano com o rigor da lei porque para os gays teriam essas regalias?''

"Isso é o que chamamos de instituir e legalizar o preconceito em nosso Brasil''

Doutora Marisa entende que estupro, tortura e outras violências físicas e emocionais correspondem a "punição''; pior, doutora Marisa, numa demonstração cristã tão peculiar de "amor ao próximo'' interpretou "proteção à integridade física e mental'' como "regalia''.

O festival de abobrinhas continua, mas estes exemplos bastam para provar o que digo; o ativismo de ódio da direita religiosa é um apanhado de mentiras sórdidas, técnicas de retórica, distorção da realidade e difamação pura e simples. (grifo deste blogueiro)

Em algumas entrevistas Marisa espertamente mostra-se arredia ao abordar o tema da "terapia da reorientação sexual'' (curandeirismo cristão), mas no seu site pessoal exibe farta documentação a este respeito, numa clara apologia da prática de terrorismo conhecida por "terapia de reversão''.

O post "Homossexualidade masculina - está resolvido?'' assinado por um tal de Luciano Garrido (provavelmente outro fantoche igual o "Dr.Sathler'') é uma colagem lamentável de uma série de trechos de artigos escritos por charlatães profissionais, onde a apologia à "terapia reparativa'' é inequívoca e escancarada.

O engraçado é que no final da compilação é a própria Marisa quem assina a postagem.

De acordo com a resolução do CFP, os psicólogos "não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades". A Resolução determina ainda que "os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

Doutora Marisa assim como outros da mesma laia segue comendo pelas beiradas, porém.

É realmente uma pena que ela não dê a seus pacientes a chance de ver o outro lado das terapias de reversão da homossexualidade, a exemplo do atual escândalo das clínicas de abuso sexual e tortura de mulheres lésbicas no Equador.

Doutora Marisa não age movida por zelo profissional.

Por trás de seu ativismo evangélico repugnante existe uma agenda política, um discurso manjado e desgastado da extrema direita caquética, repetido à exaustão tanto aqui quanto no exterior somado à demanda incansável da indústria de fabricação de falsos "especialistas em homossexualidade''.

Assim é que nas colagens de Marisa o fundador da NARTH (instituição antigay) Josefh Nicolosi, conhecido nos EUA por suas idéias malucas tais como encorajar os clientes a beber Gatorade compulsivamente, a fim de tornar-se "menos gay'', aparece citado como `'autoridade'' no assunto.

As terapias "reparadoras'' promovidas pela NARTH são alvo de repúdio e consideradas prejudiciais pela Associação Americana de Psicologia, pela Associação Americana de Psiquiatria e pela Associação Americana de Medicina.

Nicolosi também foi acusado de distorcer dados acadêmicos deliberadamente na pesquisa sobre orientação sexual da Dra Lisa Diamond da universidade do Utah.

Dona Marisa, por seu turno, resolveu assumir para si a representação da farsa maniqueísta própria do alto escalão no gabinete do demônio, um papel que lhe cai pessimamente, entretanto; faltam-lhe os elementos essenciais do Ofício.

Inteligência escassa, pouca cultura e nenhuma intimidade com a retórica dão a ela somente o grau de neófita em papagaiação.

"Psicóloga'' de profissão, Cristã por mérito e embusteira por vocação, é também o prenúncio do ressurgimento do grande lobo negro do ativismo de ódio, ávido de sangue e morte, lobo travestido com a pele da ovelha vitimista.

Trata-se inclusive de mais uma tentativa patética das forças reacionárias para empurrar todos os LGBT de volta ao armário e sufocar sua identidade dentro do incômodo guarda roupa da heteronormatividade compulsória.

Por Walter silva

Fonte: http://andreafreitas.wordpress.com/2011/11/25/o-lobo-a-embusteira-e-o-guarda-roupa/


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DICA DESTE BLOGUEIRO


A melhor resposta que você vai obter contra os argumentos e práticas desses movimentos anti-gays atualmente vem exatamente de alguém que já esteve entre os principais ativistas dessa falácia, e que, por isso mesmo, desperta o ódio dessa gente que fica sem palavras diante de sua própria nudez.

Entrevista teve repercussão Internacional



O site Eleições Hoje fez uma entrevista comigo domingo passado. De lá para cá, a revista A Capa online publicou artigo sobre a entrevista. Depois, foram a revista Trip e o site Mundo Mais. O Estadão deu nota via Twitter. Tudo isso em português.

O blog The Flying Pot Project (versão inglesa de O Bule Voador) me pediu uma tradução da entrevista para a língua inglesa. Enviei e eles publicaram. Mandei o link para algumas pessoas no exterior, e a matéria explodiu lá fora. Se você colocar Sergio Viula no Google vai aparecer um monte de links estrangeiros reproduzindo a entrevista. Foram mais de 15 sites internacionais até agora (dia 04/11/11).

É mais um tapa na falácia dos movimentos de reorientação sexual.

Pouco depois, o The Huffington Post citou meu nome e a revista The Advocate me incluiu em matéria sobre o movimento ex-gay perdendo força cada vez mais.



Lembrando que uma entrevista é apenas aperitivo. Para quem quiser mesmo mergulhar nesse universo e entender mais sobre o chamado movimento 'ex-gay' e o que acontece ali, bem como a jornada de um sobrevivente, leia "Em Busca de Mim Mesmo".

Jovem gay submetido a sessão de 'cura' em Igreja foi eletrocutado, queimado e perfurado

Após meses de tortura, jovem considerou o suicídio, subindo no telhado de casa. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.


Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batistanorte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos.

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT
 (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série deentrevistas sobre a realidade de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto dezenas de milhares de vezes na internet.

Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve.

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.



Depois de meses de tortura, ele disse ter considerado o suicídio, subindo no telhado da casa onde morava. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Cada vez fico mais convicto de que "Em Busca de Mim Mesmo" é leitura obrigatória para todo cidadão, seja gay ou não.


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Ministra das Mulheres da Malasya diz que campo anti-gay viola a lei





21 de abril de 2011


Um campo construído para corrigir comportamento efeminado de meninos muçulmanos em idade escolar viola a lei e deve ser abolido, diz a ministra das mulheres da Malásia. Sessenta e seis garotos estudantes identificados por professores como efeminados começaram a receber aconselhamento essa semana para desencorajá-los de serem gays. Eles estão sendo submetidos a quatro dias de educação religiosa e física. Um oficial de educação disse que o campo foi planejado para guiar os meninos de volta "ao caminho apropriado na vida". Mas a ministra das mulheres, Shahrizat Abdul Jalil, disse que discriminar essas crianças baseado nem aparentes maneirismos femininos era traumático e prejudicial à sua saúde mental.


Fonte: BBC - https://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-13141466

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Enquanto a comunidade LGBT exige apenas respeito e esclarecimento quanto à legitimidade da diversidade sexual e é perseguida por fundamentalistas religiosos que alegam que isso é mera propaganda gay, quando na verdade é apenas uma maneira de valorizar a liberdade individual e os direitos básicos de todos os seres humanos, a Malásia, país islâmico, submete meninos à tortura mental desse tipo de reeducação ou reversão sexual, violando completamente os direitos básicos dessas crianças. Por que esses fundamentalistas que acusam os homossexuais de quererem "homossexualizar" a sociedade - pura calúnia - não protestam contra a violação dos direitos e da dignidade dessas crianças.

Como podem se calar diante de tamanho absurdo? Que bom que essa ministra corajosamente se posicionou contra esse absurdo, mesmo correndo o risco de despertar a ira dos fundamentalistas islâmicos de plantão.

No Brasil, precisamos aprovar o quanto antes leis que garantam os direitos civis da comunidade LGBT. Precisamos nos distanciar o máximo desse tipo de "barbárie" fundamentalista que se esforça para sobreviver ao esclarecimento que há algumas décadas vem abrindo caminho para uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

Escola sem Homofobia já!
Criminalização da Homofobia já!
Todos os direitos civis garantidos aos LGBT já!

O Brasil não pode continuar atrasado. São 500 anos desde a invasão, com todo tipo de massacre e desigualdade sob as bênçãos de um clero desumano e ambicioso e do descaso de políticos omissos, quando não corruptos. Que os políticos atuais demonstrem de forma concreta, na aprovação das leis que não mais podem esperar, que não são herdeiros desse baú de lama que a história testemunha. Que sejam avatares na construção de uma sociedade que reflita na prática a beleza do espírito da Constituição de 1988. São 23 anos esperando a concretização do que a Magna Carta diz em seu Artigo 5º:

"Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;"

Se homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, por que é que os homens e mulheres LGBT cumprem suas obrigações como todos os heterossexuais, mas não desfrutam dos mesmos direitos no que diz respeito à sua própria orientação sexual e identidade de gênero?

Congresso, Senado, Supremo Tribunal e Presidência da República, os senhores compõem o mais alta escalão dos Três Poderes. Cumpram a Constituição. É o mínimo que podemos esperar do poder que emana do próprio povo, que garantam os direitos desse mesmo povo, o que inclui as minorias. É legítimo garantir os direitos da comunidade LGBT no Brasil, assim como se tem feito com os heterossexuais da sociedade brasileira, de um modo geral.

Orientação sexual não se inverte





Orientação sexual não se inverte


por Conceição Lemes


Independentemente da cultura, quase 10% da população é homossexual, sendo 7% homens e 3% mulheres. Menos de 1% é bissexual. Os 90% restantes são heterossexuais. Isso ocorre em todo o mundo, inclusive no Brasil.

“Ninguém se torna homo, bi ou heterossexual por opção ou escolha”, afirma a psiquiatra e especialista em medicina sexual Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. “O que nos conduz para esta ou aquela orientação sexual é um conjunto de fatores biopsicossocioculturais.”

Hoje os especialistas acreditam que o indivíduo nasce com uma carga genética sobre a qual se assentam fatores educacionais, sociais e emocionais, que o vão moldando para a heterossexualidade, a homossexualidade ou a bissexualidade. Muitos estudos demonstram que alguns fatores que vão determinar a orientação sexual estão presentes muito cedo na vida, talvez até já ao nascimento.


E mais. Teoricamente, o que define a orientação sexual de todos nós não é a nossa prática, mas a nossa atração. Ou seja, fazer sexo com alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto não é, por si só, determinante de homo ou de heterossexualidade. Por outro lado, sentir-se atraído por pessoa(s) do mesmo sexo ou do sexo oposto é indicativo de orientação homo ou heterossexual, respectivamente.

“Orientação sexual não se inverte”, avisa Carmita. As tentativas para “corrigir” a homossexualidade, “tratando-a” por meio de psicoterapia, técnicas comportamentais e de convencimento, resultaram em depressões profundas, surtos psicóticos gravíssimos e até suicídios.

DE  ISMO  PARA  ADE


Os primeiros passos rumo à visão atual da medicina se deram na década de 1960, nos Estados Unidos. A Associação Psiquiátrica Americana decidiu estudar o assunto a fundo. Em 1980, baseada em evidências científicas, retirou o homossexualismo da lista de transtornos de preferência sexual, como a pedofilia (práticas e fantasias sexuais com crianças) e a zoofilia (sexo com animais). O sufixo ismo, que significa “doença”, foi então substituído por ade, que indica atividade, comportamento.

Em 1992, a Organização Mundial de Saúde (OMS), igualmente embasada em centenas de estudos, pôs a pá de cal sobre a questão: homossexualidade não é doença. Logo, é incorreto o termo homossexualismo; o certo é homossexualidade.

E sexo natural, que antes de 1992, era sexo com adulto, vivo e do gênero oposto, passou a ser aquele aquele que você pratica com ser humano adulto, vivo e cuja finalidade é o prazer e/ou a reprodução. Hoje, a homossexualidade é considerada uma forma natural de expressão da orientação sexual, assim como a hétero e a bissexualidade.


TREJEITOS ENGANAM



Por falar nisso, tem gente que afirma: Pelos trejeitos do homem ou da mulher sempre é possível saber se a pessoa é homossexual. Você concorda?

“Pois essa frase é mais uma das muitas ideias equivocadas sobre sexualidade”, alerta a professora Carmita, que frequentemente atende pais aflitos, achando que pelos trejeitos o filho ou a filha é homossexual. “Não é bem assim.”

Trejeito é um modo de se comportar diferente daquele adotado pela maioria do seu gênero. Numa criança de 5 ou 6 anos, pode ser apenas dificuldade de se identificar com o gênero ao qual ela pertence devido à ausência de modelos suficientemente claros na família. Mas isso não significa homossexualidade.

Como assim? Por exemplo, às vezes o pai é muito “machão” e esse excesso de virilidade pode inibir o filho de manifestar a sua fórmula máscula de ser. Por não se sentir tão poderoso, o menino acaba tendo então comportamento menos exuberante do que é esperado do ser masculino.

Já no caso de a menina parecer mais máscula, outras circunstâncias podem estar em jogo. Às vezes, por exemplo, a mãe é muito bonita e não sobra espaço para a filha como figura feminina. Aí, para não contrariar a expectativa materna ou mesmo paterna, a garota passa a querer ser diferente.

“Na faixa dos 5 ou 6 anos, é muito cedo para se alarmar”, antecipa Carmita. “O melhor é aguardar que a criança entre na escola.” Em geral, o simples contato com amiguinhos, amiguinhas, professor, professora, pai e mãe de colegas faz com que ela se identifique com modelos não oferecidos em casa e a questão se resolva. Porém, há casos em que os pais são bem resolvidos e mesmo assim a criança tem mais dificuldade para se identificar com o seu gênero. “Portanto, nada de precipitações”, insiste Carmita. “O mais adequado é acompanhar o desenvolvimento dessa criança.”


RESPEITE AS DIFERENÇAS


A adolescência é outra ocasião em que filhos são literalmente arrastados para os consultórios de especialistas por conta de “dúvidas” sobre sua sexualidade. Em geral, o raciocínio da família é o seguinte: Esse rapaz está com 16, 17 anos e não iniciou a sua vida sexual. Então, antes que comece a fazer bobagens, tem de resolver essa vergonha. Só que, em conversa reservada, frequentemente se descobre que ele tem namorado e não vê nada em si para ser corrigido. Porém, não tem ambiente em casa para revelar a sua preferência sexual.

Aí, o caminho é trabalhar a família para entender o que está se passando. É até possível que a orientação sexual não esteja ainda totalmente definida. Às vezes por medo, insegurança ou inabilidade, o jovem inicia a sua vida sexual na homossexualidade, depois percebe que era uma fase de experimentação e parte para a heterossexualidade. Outras vezes se dá o contrário. Devido à expectativa familiar e social, ele tenta, primeiro, a heterossexualidade. Posteriormente, aos 25, 30 ou 35 anos, se dá conta de que forçou a barra e assume a sua real preferência. O mesmo pode acontecer com as meninas.

“Pais e mães não devem se sentir culpados”, enfatiza Carmita. Primeiro, porque a homossexualidade não é uma opção. Segundo, a influência familiar é apenas parcela de uma situação muito mais ampla, que envolve inclusive carga genética. Terceiro, vocês não têm tanto poder quanto imaginam a ponto de definir a orientação sexual dos seus filhos.

Aliás, cabe exatamente aos pais de homossexuais combater o preconceito, dando-lhes força para que sejam respeitados e exijam o respeito pela sua condição. Só assim diminuiremos a necessidade que muitos ainda têm de viver escondhttps://www.bbc.co.uk/science/horizon/2003/godonbrain.shtmlidos. Guarde sempre isto: homossexualidade não é doença, é uma orientação sexual. Respeite as diferenças.


*A doutora Carmita Abdo é professora livre-docente da Faculdade de Medicina da USP e um dos 70 profissionais de saúde entrevistados por esta repórter para o livro Saúde — A Hora é agora, do qual é coautora.

Marília Gabriela: "Eu conheço ex-gays"

Marília Gabriela


A jornalista Marília Gabriela deu uma declaração, no mínimo, inusitada durante entrevista com a escritora Fernanda Young, que foi ao ar esta semana no canal por assinatura GNT. "Eu conheço alguns, poucos...", disse Marília para surpresa de Fernanda. "Ex-gay? Conhece?, perguntou a morena de boca aberta. "Conheço alguns poucos que se convenceram disso por força da religião. E fizeram tanta força que foram se adequando...", completou a jornalista.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


"Adequação" não é transformação, não é reversão de coisa alguma de fato! "Adequado" eu fui, e por 18 anos!!! Hoje, sou assumido, resolvido, feliz, sendo o que de fato sempre fui e nunca deixarei de ser (Aleluia!!! kkkk): GAY!

Recomendo a leitura de "Em Busca de Mim Mesmo". Esclarecedor, intimista, direito ao ponto.

Mesmo que você tenha lido muito sobre a homossexualidade, esse livro vai mexer com você. Muitos leitores que comentaram positivamente sobre o livro já haviam lido muita coisa sobre o movimento gay, o fundamentalismo religioso e a homoafetividade em si. Mesmo assim, disseram ter sido enriquecidos com a leitura. Alguns deles são leitores desse blog e mesmo assim encontraram prazer e informação na leitura.

Descubra você mesmo por quê...


Se desejar saber mais sobre os comentários e como adquirir o seu, 
clique na imagem do livro.

O link para o Amazon está aqui tambémhttps://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM/

Manifeste-se contra a inclusão de um aplicativo da Exodus no Ipod



A Exodus Internacional é um grupo que prega a reversão sexual, ou seja, a conversão de gays em heterossexuais. A Apple aprovou o aplicativo deles para o Ipod e está indiretamente contribuindo para a perpetuação dessa mentira. Acesse e assine o abaixo-assinado internacional para que eles removam esse aplicativo:

https://www.change.org/p/demand-that-apple-remove-ex-gay-iphone-app

Aproveite e veja porque essas ideias são nocivas e perigosas para os homossexuais desavisados:

EM BUSCA DE MIM MESMO: 

Jovem se mata depois de procurar reversão na igreja



O jovem Williams da Silva Barbosa, de 18 anos, cometeu suicídio, na noite de ontem (4). Segundo familiares ele estava depressivo. Para cometer o suicídio, Williams usou um lençol e pulou de cima da sua cama, o jovem residia na Rua “E”, no bairro Eldorado.

Familiares e amigos ficaram surpresos e, ainda em estado de choque, revelaram o suposto motivo que teria forçado a vítima cometer o suicídio por enforcamento: seria discriminação sexual, pois o mesmo era homossexual e estava tentando viver uma vida normal.

Williams frequentava uma igreja evangélica e estava acreditando que sua vida iria mudar.

Ainda segundo familiares, ao saber da sua opção sexual o pastor de nome não revelado por sua família não aprovou sua permanência na igreja.

Williams tentou falar por três vezes com o pastor de sua igreja mais não foi atendido pelo mesmo, “talvez seja esse o motivo de sua depressão” frisou Luizinha tia da vítima.

O corpo do jovem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Arapiraca, onde será submetido à necropsia e posteriormente será liberado para sepultamento.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

"...o mesmo era homossexual e estava tentando viver uma vida normal."

"Williams frequentava uma igreja evangélica e estava acreditando que sua vida iria mudar."

E ainda tem uns idiotas que acham que esse tipo de "PREGAÇÃO" seja uma forma de terapia, defendendo o SUPOSTO direito de colocar à disposição das pessoas (muitas vezes ignorantes sobre o risco que correm) esse tipo de "tratamento". Para começar, não existe motivo para terapia na homossexualidade em si. Terapia pode ser necessária para se livrar do "jugo" da discriminação e do preconceito internalizado que a sociedade (a igreja, principalmente) perpetuam.

A lamentável morte desse jovem não será chorada por aqueles que desprezam os homossexuais. Eles não assumirão sua parcela de culpa. Dirão apenas que esse é o fim dos pecadores sem arrependimento. Que o diabo veio para matar, roubar e destruir (soa parecido com a igreja?).

Mas, não estava esse jovem supostamente fazendo o que esses pregadores da morte aconselham?

Leia EM BUSCA DE MIM MESMO
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Fundador da Exodus sai do armário

Michael Bussee - ex-presidente da Exodus


COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

As pessoas familiarizadas com os movimentos de "cura" ou de "ajuda" criados por cristãos fundamentalistas e homofóbicos para "reverter" a homossexualidade dos que são atraídos para suas reuniões certamente já ouviram falar da EXODUS International. Aqui no Brasil, o MOSES (Movimento pela Sexualidade Sadia) e outros movimentos semelhantes são associados a essa rede de organizações semelhantes. Pois bem, publico abaixo o depoimento e pedido público de desculpas de um dos fundadores da Exodus, nos Estados Unidos, Michael Bussee.

Quero ressaltar que não me agrada publicar textos que fiquem pregando religião aqui. Abro uma exceção para o Michael Bussee somente porque o depoimento dele a respeito das falácias da EXODUS é muito importante para esclarecer aqueles que pensam que existe alguma verdade nesses "processos" de "reversão" de orientação sexual.

Os destaques em amarelo são por minha conta. No texto original não havia nenhum destaque para esta ou aquela palavra.

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Pedido de Desculpas do Ex-Líder da Exodus
Michael Bussee


Fonte: http://www.beyondexgay.com/article/busseeapology

Tradução: Sergio Viula para o blog Fora do Armário.


Meu nome é Michael Bussee. Eu quero agradecer a você por esta oportunidade de contar minha história. Trinta anos atrás, eu ajudei a criar a EXODUS International. Hoje, eu estou aqui para me desculpar; Hoje eu sou um terapeuta conjugal e familiar, um pai, um cristão evangélico, nascido de novo — e orgulhoso de ser gay. Mas trinta anos atrás, eu não era tão orgulhoso.

De fato, eu cresci odiando meus sentimentos gays. Eu passei por xingamentos, bullying e surras. Por que motivo as outras crianças pareciam odiar-me tanto? Eu não escolhi ter esses sentimentos e queria me livrar deles. Eu queria mais do que tudo ser “normal,” adequar-me — apaixonar-me, assentar-me, ter filhos. Eu queria desesperadamente ser heterossexual. Mas como?

Com aproximadamente 12 anos, eu comecei uma busca pessoal por uma “cura” para homossexualidade. Eu tomei a decisão de embarcar no meu próprio êxodo privado — para encontrar a saída para a homossexualidade. Minha busca levou-me a Deus. Como estudante do ensino médio, eu aceitei Jesus como meu Senhor e Salvador pessoal. Essa decisão mudou a minha vida pra sempre e eu continuo sendo um evangélico comprometido até hoje.

Então, em 1974, eu encontrei o Centro Cristão Melodyland (Melodyland Christian Center) em Anaheim e comecei a trabalhar como um de seus conselheiros voluntários via telefone. De começo, eu não disse a nada sobre meus sentimentos gays a ninguém. Afinal, eu tinha que me “purificar.” Eu disse ao diretor do aconselhamento telefônico que eu era um “cristão homossexual.” Ele me disse que “não havia tal coisa.” Ele disse que se eu era um cristão de fato, então “já não era mais gay aos olhos de Deus,”

Eu precisava acreditar que era heterossexual agora – e “determinar isso.” Deus faria o milagre com o tempo. “Continue orando” - diziam eles. Se eu tivesse fé suficiente, eu finalmente “ficaria livre.” Eu queria isso mais do que tudo e sinceramente acreditei que isso se tornaria verdade.

Naquele tempo, não havia ministério para gays em nossa mega igreja, então meu amigo Jim Kaspar e eu decidimos inventar um. Em 1975, nós criamos a EXIT - em inglês a palavra significa saída, mas aqui era uma sigla para “EX-gay Intervention Team,” ou seja, Equipe de Intervenção Ex-Gay (uma espécie de Caça-Fantasmas – só que gay!) Começamos oferecendo sessões de aconselhamento individual, grupos de apoio semanal, estudos bíblicos, e reuniões de oração. Apesar de não termos nenhum treinamento formal, e só termos nos intitulado “ex-gays” havia poucos meses, tornamo-nos, de repente, “especialistas.”

Pastores e terapeutas começaram a enviar clientes para nós. Escrevíamos materiais sobre “Como Ajudar o Homossexual” e dávamos “testemunhos de nossa mudança” em conferências da igreja e em talk shows no rádio e na TV – incluindo o Club 700 do Pat Robertson. Robertson insistia em perguntar se nós achávamos que havíamos tido “demônios gays” algum dia. Ele pareceu desapontado quando respondemos que “não.”

Em 1976, descobrimos que outros como nós estavam formando pequenos ministérios de “mudança” ou “libertação” em suas áreas. Em setembro de 1976, no Melodyland Christian Center em Anaheim, o EXIT recebeu a primeira confêrencia de “ex-gays” de todos os tempos. Um punhado de líderes de ministérios junto com aproximadamente 60 delegados votaram para formar uma coalisão de ministérios. Chamamos essa coalisão de EXODUS. Pensamos que, chamados como Moisés e dirigidos por Deus, nós poderíamos conduzir muitos gays e lésbicas para a “terra prometida” da heterossexualidade.

Preciso dizer que alguns tiveram uma experiência positiva de mudança de vida frequentando nossos estudos bíblicos e grupos de apoio. Eles experimentaram o amor de Deus e o acolhimento de outros que conheciam suas lutas. Houve algumas “mudanças” reais – mas nenhuma das centenas de pessoas que nós aconselhamos se tornou heterossexual.

Ao contrário, muitos dos nossos clientes começaram a se desestruturar – afundando em culpa, ansiedade e ódio contra si mesmo. Por que eles não estavam “mudando”? As respostas dos líderes da igreja tornavam a dor ainda maior: “Você pode não ser um cristão verdadeiro.” “Você não tem fé suficiente.” “Você não está orando e lendo a Bíblia o suficiente.” “Talvez você tenha um demônio.” A mensagem sempre parecia ser: “Você não é sincero o suficiente. Você não está se esforçando o suficiente. Você não tem fé suficiente.”

Alguns simplesmente caíram fora e nunca mais se ouviu falar deles. Eu acho que esses tiveram sorte. Outros se tornaram auto-destrutivos. Um jovem se embriagou e dirigiu contra uma árvore). Um dos líderes que trabalhavam comigo me disse que havia deixado a EXODUS e estava frequentado bares heterossexuais, procurando alguém que batesse nele. Ele disse que as surras o faziam sentir-se menos culpado, fazendo expiação pelo seu pecado. Um dos meus clientes mais dedicados, Mark, pegou uma lâmina e cortou suas genitais repetidamente, e depois colocou produto limpa-ralos sobre as feridas, porque depois de meses de celibato, ele havia tido uma “queda.”

No meio de tudo isso, minha própria fé no movimento EXODUS estava desmoronando. Ninguém estava realmente se tornando “ex-gay.” A quem estávamos enganando? Como um líder atual da EXODUS admitiu, éramos apenas “cristãos com tendências homossexuais que preferiam não ter aquelas tendências.” Ao nos denominarmos como “ex-gays,” nós estávamos mentindo pra nós mesmos e para os outros. Estávamos machucando pessoas.

Em 1979, um outro pioneiro da EXODUS (Gary Cooper) e eu decidimos deixar a EXODUS — e nossas esposas. Por anos, nós dois havíamos firmemente acreditado que o processo EXODUS nos tornaria heterossexuais. Ao invés disso, percebemos que havíamos nos apaixonado um pelo outro! Saímos do armário publicamente contra a EXODUS em 1991. Nossa história apareceu no documentário “One Nation Under God” (Uma Nação Sob Deus). Gary morreu de AIDS pouco antes do filme ser concluído.

Desde então, eu continuei a ser um dos mais persistentes críticos da EXODUS – não porque eu queira “negar esperança.” Pelo contrário, eu quero afirmar que Deus ama cada pessoa, e que o amor e o perdão de Deus realmente mudam vidas. Certamente mudaram a minha. Apenas nunca me fizeram heterossexual. Eu encontrei harmonia entre minha sexualidade e minha espiritualidade — e eu tenho esperança de que outros farão o mesmo. A jornada de cada um é diferente. Meu próprio êxodo tem sido uma jornada incrível.

Perdi muitos amigos e amores para a AIDS. Já fui demitido de dois empregos apenas por ser gay. E cinco anos atrás, eu sobrevivi a um violento e absurdo crime de ódio que quase levou minha vida. Eu fui espancado e esfaqueado nas costas por membros de uma gangue que gritavam “viado”, enquanto me atacavam. Meu melhor amigo, Jeffery Owens, não teve tanta sorte. Ele foi esfaqueado cinco vezes nas costas e sangrou até a morte na mesa de cirurgia.

Apesar de tudo isso, eu me considero um sobrevivente. Eu sou um homem gay cristão evangélico feliz; relativamente bem ajustado; tenho um relacionamento amoroso comprometido com um cara maravilhoso, meu parceiro Richard; e sirvo como ancião na minha igreja presbiteriana local. Eu amo a Deus e amo a vida.

E tenho esperança. Acredito que estamos abrindo caminho; grupos como a EXODUS vão encerrar suas atividades quando as pessoas não mais pensarem que precisam renegar quem realmente são para tentarem ser o que não são.

Até lá, àquelas pessoas maravilhosas (gays, ex-gays e ex-ex-gays) que têm abençoado minha vida e enriquecido minha jornada, sou sinceramente grato. E àqueles que eu possa ter ferido através do meu envolvimento com a EXODUS, peço sinceras desculpas.





Encontro da Nova Consciência - Campina Grande, PB (Fotos e comentários)


Encontro da Nova Consciência - Campina Grande, PB


Parti do Rio para Campina Grande (PB) na sexta-feira dia 12. Fiquei hospedado no Hotel Titão, próximo ao Açude Velho, um local inspirador. Passei a sexta-feira livre, mas assisti a abertura do Encontro, à noite, com diversas autoridades presentes.

Já no sábado de manhã, tive o privilégio de assistir a uma mesa sobre cineclubismo. O tema era "Cineclubismo: ontem e hoje" e foi apresentado por Bruno Gaudêncio (jornalista e escritor), João Matias de Oliveira (escritor) e Rômulo Azevedo (jornalista, professor e cineasta). Depois, fui ver a palestra de Ricardo Kelmer sobre "A Mensagem de Avatar ao Povo da Terra", baseado no premiado filme "Avatar".

À tarde, fui malhar na academia. Depois, fui jantar e assisti Biliu da Campina e sua banda tocando músicas nordestinas. Eles são fantásticos!

No domingo, dei minha primeira palestra "As Falácias da Reversão Sexual". A palestra foi à tarde, portanto fui à academia de manhã. Que surpresa desagradável foi pegar o Jornal da Paraíba e descobrir que lá estava uma matéria na qual um crente travesti dizia ter sido transformado em heterossexual depois que "aceitou" Jesus. Ele estava participando de um evento que tenta rivalizar com o Encontro da Nova Consciência. Trata-se de um evento evangélico chamado Encontro da Consciência Cristã. Dá para perceber até no nome a intenção de rivalizar. Só que logo depois do comentário do jornal sobre ele, vinha uma entrevista comigo "estapeando a cara" dessa falácia que ele prega. Fui ver se tinha versão online. Tinha, e mais detalhada. Coloquei aqui no blog no domingo de carnaval mesmo. Quem não viu, pode procurar nos posts anteriores a este.

A palestra foi muito bem recebida. A sala estava bem cheia. Antes de mim, falou o Augusto César Dias de Araújo (doutorando em Ciência da Religião pela UFMG). A palestra dele foi sobre "Religião e Homossexualidade". Foi excelente! Depois foi a minha.

Segunda-feira, dia 15, foi a vez da palestra sobre ateísmo. Meu tema era "Em Que Crê um Ateu". Dois outros ateus também falaram. O professor Sebastian Sanchez (UEPB) falou sobre "A Luta entre a Religião e a Ciência" - ele deu um panorama histórico sobre os embates entre ambas. Gilson Gondim (mestre em Ciência da Religião) falou sobre "Argumentos Ateus Contemporâneos". O Encontro foi fantástico e terminou depois da hora com a sala cheia.

Como eu não tinha nenhum compromisso de palestra na terça-feira, decidi ir para João Pessoa. Fui encontrar com dois amigos lá. Eles me conduziram pela cidade e mostraram diversos pontos turísticos e culturais maravilhosos.

Na quarta-feira, fiz o "check-out" do hotel e embarquei para o Rio.


Um encontro "divertido" no avião 😝

O mais incrível foi o que me aconteceu no vôo. Sentado e quase dormindo, abri o olho e vi uma pessoa vindo na minha direção pelo corredor. Ela estava indo ao banheiro que fica no fundo do avião. Quando abro o olho, ela dá de cara comigo, ela pára no corredor, prende a respiração, e volta. Era ROZÂNGELA JUSTINO!!!! E de onde ela vinha? Do Encontro da Consciência Cristã (o rival evangélico). Estava com camisa daquele encontro e tudo. Então, era ela quem estava por trás daquela propaganda que a coitada da travesti-enfiada-em-terno estava fazendo.

Ela passou a viagem inteira de Recife ao Rio vomitando. Era o tempo todo levantando e indo pro banheiro. Eu pensava: nada que ela vomite nesse banheiro é pior do que ela vomita contra os homossexuais por onde passa. O pior (para ela) é que cada vez que ela vinha do banheiro tinha que dar de cara comigo, e eu a encarava firmemente, olho no olho, até que ela baixasse a cabeça.


Mesma cidade, novo curso na vida! 😎

O mais interessante é que eu estive em João Pessoa, em Campina Grande, e em diversas outras cidades paraíbanas há quase 20 anos. As diferenças entre aquele tempo e hoje são notáveis: (1) Na primeira vez eu era missionário, agora ateu; (2) antes fui casado com uma mulher, agora voltei casado com um homem; (3) antes pregava, agora questiono todas as pregações; (4) antes dava testemunho de que Jesus "transforma", agora digo que Jesus até deforma, e por aí vai... A vida é mesmo incrível, não é???


Palestra sobre As Falácias da Reversão Sexual.


Palestra sobre As Falácias da Reversão Sexual

Palácio residência do Governador da Paraíba.

Monumento em homenagem a João Pessoa. Nego, do verbo negar, refere-se a resistência que ele fez ao revezamento do poder entre São Paulo e Minas Gerais, conhecido como a política do café com leite.

Estive na Primeira Igreja Batista de João Pessoa há quase 20 anos. Eu e minha equipe ficamos responsáveis pelas mensagens e oficinas do retiro de carnaval deles. Foram momentos marcantes. Duas décadas depois eu jamais faria isso de novo... nem que me pagassem. :)

Palestra no Encontro de Ateus


Na academia de Campina Grande

De um lado, o mosteiro, e do outro, uma sauna em João Pessoa

Na casa de Augusto dos Anjos

Shopping Boulevard em João Pessoa

Biliu da Campina se apresentando na Nova Consciência

Augusto dos Anjos - poeta

Olha só que livro chamou minha atenção imediatamente na biblioteca da Academia Paraibana de Letras.

Açude Velho. Campina Grande.

Calçadão do Açude Velho.

Almoçando no Shopping Manaíra.

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