Mostrando postagens com marcador literatura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador literatura. Mostrar todas as postagens

Zeus e Ganimedes: A paixão entre um deus e um príncipe de Tróia

Zeus e Ganimedes


Por Sergio Viula

Zeus é conhecido, entre outras coisas, por sua impetuosa inclinação ao amor com humanas - coisa que sua divina esposa, Hera, não tolerava, especialmente quando essas relações geravam descendentes - filhos hibridamente constituídos pelo encontro entre seu divino marido e mulheres mortais. Porém, nem só de mulheres terrenas alimentava-se o desejo de Zeus. Ele também amou deusas e ninfas.

Entretanto, nenhuma de suas paixões é tão celebrada até hoje como aquela que o senhor do Olimpo experimentou com um homem. O nome do "crush" divino era Ganimedes, filho de Tros, homem que deu à Tróia seu nome. Ganimedes era um príncipe de rara beleza e isso atraiu a atenção de Zeus.

Ganimedes representava uma irresistível mistura de inocência e virilidade - seu rosto ainda imberbe e seu corpo perfeito eletrizaram o desejo do deus que controlava inclusive os raios, mas não podia resistir ao amor. Numa tarde de primavera, enquanto o príncipe de Tróia desfilava despreocupadamente entre os rebanhos de seu pai, Zeus pensou rapidamente num estratagema para se aproximar de seu predileto.

O mais poderoso entre os olímpios transformou-se numa águia e foi pousar perto de seu favorito. Ganimedes, sem saber do que se tratava, aproximou-se da ave para acariciar sua plumagem, ao que foi subitamente envolvido e tomado pelas garras do esplêndido pássaro, sendo alçado por ele num voo colossau.

Dominado pelo desejo, Zeus não hesitou em possuir o jovem Ganimedes ali mesmo, em pleno voo, enquanto o conduzia até os domínios olímpicos - coisa que ele nunca havia feito com suas amantes terrenas.

Chegando ao Olimpo, Ganimedes foi recebido com honrarias. Para surpresa de todos, não houve perseguição por parte da vingativa Hera, ainda que pudesse sentir-se enciúmada pela beleza do jovem.

Tirado definitivamente de seu habitat original, Ganimedes passou a ocupar a honrosa posição de servir o néctar aos deuses - tarefa que até então pertencera a Hebe, filha legítima de Zeus com Hera, e deusa da juventude.

A lenda do rapto de Ganimedes ilustra tanto a beleza quanto a licitude do amor entre um homem mais velho e um jovem - costume amplamente aceito entre os gregos. Platão utilizou essa lenda para justificar seu amor por seus discípulos.

Ganimedes foi honrado pelos gregos como sendo a constelação de Aquário e pelos astrônomos modernos como uma das luas de Júpiter - deus romano equivalente ao grego Zeus.

O professor, pesquisador e escritor William Soares dos Santos honrou o amor entre Zeus e Ganimedes em seu livro RARO (Poemas de Eros). Leia o poema abaixo:




Encontre o livro na Livraria Travessa:
https://www.travessa.com.br/raro-poemas-de-eros-1-ed-2018/artigo/56b173b8-bc5b-43db-957e-af29ec9bc354

Outros livros de William Soares dos Santos:

POEMAS DA MEIA-NOITE (E DO MEIO-DIA)
https://www.travessa.com.br/poemas-da-meia-noite-e-do-meio-dia-1-ed-2017/artigo/56ce55dd-7c4d-4161-a2ad-a586f8417fad

RAREFEITO: POEMAS (1990-2014)
https://www.travessa.com.br/rarefeito-poemas-1990-2014-1-ed-2015/artigo/adb89e28-efdd-48f6-ba41-be2646fa193d

UM AMOR
https://www.travessa.com.br/um-amor-1-ed-2016/artigo/acc11a5f-a26c-4e7d-895c-e7179a33c4d5


LEIA TAMBÉM ESSA POSTAGEM:


A homossexualidade no Egito antigo

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2018/05/homossexualidade-no-egito-antigo.html

Um Amor - por William Soares dos Santos

Esse é o meu exemplar do livro UM AMOR, 
escrito por William Soares dos Santos pela Editora Ibis Libris


O livro pode ser adquirido na Livraria Travessa:
http://www.travessa.com.br/um-amor/artigo/acc11a5f-a26c-4e7d-895c-e7179a33c4d5

Veja essa resenha no Portal Subversa:
http://canalsubversa.com/?p=4051


William Soares dos Santos - autor de UM AMOR.

Conheça o site do autor:
http://williamsoaresdossantos.com.br/index.html

Veja o que publicou o Jornal de Letras sobre a obra e o autor.

Boa leitura!







Eu com UM AMOR.
Abri logo depois de chegar em casa hoje e amei.
Tirei essa foto só para dizer:
Obrigado, William!


ADQUIRA O SEU AQUI:
http://ibislibris.loja2.com.br/6623581-Um-amor

Um Rio de Cores - Arena Carioca Dicró: cultura e resistência. Veja como foi.

Por Sergio Viula

RIO DE CORES:
Coletânea de contos e poesia

Uma parceria entre a prefeitura do Rio e a Editora Metanoia



Depois da música e da literatura, o teatro e a dança. Assistimos Frida-me com Márcio Cunha Dança Contemporânea

E tudo isso de graça, minha gente! É a prefeitura e a sociedade civil se mobilizando para oferecer experiências culturais fantásticas no Rio de Janeiro. Fique ligado e aproveite os próximos eventos de Um Rio de Cores: Coletânea de Contos Homoafetivos e Coletânea de Poesias Homoafetivas.






Foi uma noite de cultura e resistência, arte em diversas linguagens para falar de diversidade em todos os sentidos.

1) Lançamento das coletâneas de contos e poesias, fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e a Editora Metanoia: Um Rio de Cores;

2) Música com bandas da periferia tematizando preconceitos, amores, resistência cultural, política, social;

3) Espetáculo de coreografia "Frida-me" no teatro da Arena Carioca Dicró para fechar a noite com chave de ouro.

Veja onde acontecerão os próximos eventos desse lançamento e participe. Você receberá um exemplar de cada livro sem qualquer custo. Além disso, sempre há autores presentes num gostoso bate-papo com o público. Confira abaixo as datas e locais:



Veja o resultado de uma enquete sobre literatura lésbica feita no Dia da Visibilidade Lésbica



No Dia da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto de 2005, lancei uma enquete através do bate-papo do Grupo de Literatura com Temática LGBT no Facebook. A pergunta era simples e direta:

"VC já leu algum livro com tema lésbico? Lembra do nome e da autora/autor? #visibilidadelésbica"

A pergunta foi enviada para 200 pessoas, divididas em quatro grupos de 50. O resultado foi fechado no dia seguinte. Veja o que foi encontrado:

No grupo 1:

SETE pessoas responderam, mas só UMA tinha lido e era uma mulher. Vários livros foram citados pelos outros participantes e todos eles eram off-topic. Houve uma discussão acalorada entre dois participantes que chegaram a se estranhar, porque um criticava o descaso da comunidade LGBT para com seus autores, especialmente os mais recentes. Os livros lésbicos citados nesse grupo foram:

Livros lidos citados no grupo:

All Star xadrez, de Dandara Pinheiro
As rosas e a revolução, de Karina Dias

Um dos participantes nem sabia por que estava naquela conversa. Pelo jeito, nem lembra que um dia solicitou entrada no Grupo de Literatura LGBT, que é fechado e só se ingressa por solicitação própria. A regra principal do grupo é: "Se não for literatura com temática LGBT, não publique aqui. É spam."

No grupo 2: 

DEZESSETE pessoas responderam. Só UMA (um homem) havia lido. Todas as outras pessoas falaram sobre livros gays, filmes gays, alguns comentaram sobre Cassandra Rios e Virgínia Wolf, mas já haviam dito que nunca tinham lido um livro com temática lésbica sequer.

O que havia lido citou "O lesbianismo no Brasil", de Luiz Mott. Interessante que tenha sido sobre lésbicas, mas na voz de um gay - o que não desmerece o livro. Muito pelo contrário, Mott escreve lindamente.

Um dos respondentes, que obviamente faz parte do Grupo de Literatura com Temática LGBT, assim como os demais, disse, contudo, que não gosta de ler, mas que pretende ler algum dia para ver se pega o gosto.

Livro lido citado no grupo:

"O Lesbianismo no Brasil", de Luiz Mott.

No grupo 3:

DEZESSEIS pessoas responderam. SETE haviam lido algum livro com temática lésbica. Uma pessoa pediu para alguém atualiza-la sobre como ela entrou nesse grupo. Outra disse que também não sabia.

Livros lidos citados:

Frente e Verso, de Lucia Facco, Laura Bacellar e Hannah Korich
O último dia de outono, de Valéria Melki Busin
Lua de prata, de Valéria Melki Busin
Contos com temática lésbica, de Rose Madeo
Romances lésbicos, de Cassandra Rios
O Diário Roubado, de Régine Deforges
Carol, de Patrícia Highsmith
Entrevistando Jenifer, Paola Milano
Poemas Escolhidos de Elizabeth Bishop, Paulo Henriques Britto
Um Porto para Elizabeth Bishop, Marta Góes

No Grupo 4:

SEIS pessoas responderam. Somente UMA pessoa havia lido, apesar de alguns respondentes terem falado sobre autoras lésbicas como a escritora Rose Madeo, por exemplo.

Livro lido citado:
A noite tem mais luzes, Cassandra Rios

OBSERVAÇÕES MINHAS A PARTIR DESSA ENQUETE:

Sobre o desempenho dos quatro grupos, cada um com 50 pessoas, totalizando 200 pessoas perguntadas, dentro de um universo atual de 4.202 pessoas no Grupo de Literatura com Temática LGBT, gostaria de destacar os seguintes dados:

200 perguntados.

46 respondentes.

10 pessoas leram algum livro com temática lésbica.

14 livros diferentes com o tema foram citados.

Os outros 36 respondentes falaram sobre tudo, inclusive literatura gay, bissexual e transgênero. Portanto, totalmente off-topic em relação à pergunta geradora da conversa, cujo recorte era literatura lésbica, especificamente.

Das 134 pessoas que não deram a mínima para a pergunta, muitas saíram da conversa antes mesmo da primeira resposta ter sido dada no grupo.

Algumas pessoas eram autoras e aproveitaram para fazer (ou só fizeram) propaganda de seus livros, em vez de responder a pergunta geradora da conversa.

As autoras mais discutidas foram Rose Madeo, Karina Dias, Cassandra Rios e Elizabeth Bishop.

Duas editoras foram nominalmente citadas: Metanoia e Escândalo. Claro que foram citados livros da Editora Malagueta, mas seu nome não veio à baila. Vale lembrar que as editoras Escândalo e Malagueta encerraram suas atividades recentemente. E isso é outro sintoma do descaso da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros para com as produções que a contemplam. No caso da Malagueta, especificamente as lésbicas, já que a editora era dedicada exclusivamente ao tema. Mas, o que impede que os GBT leiam esse material ocasionalmente, pelo menos. Eu sou gay, li várias obras delas, e simplesmente adorei!

Entre os que responderam, alguns nem sabiam o que estavam fazendo numa discussão como essa, e o disseram com todas as letras.

Só consigo imaginar que a razão para isso tenha sido o esquecimento de que haviam aderido a um grupo fechado de Literatura com Temática LGBT em algum dia do passado recente ou remoto - o que parece revelar uma tendência dos membros das redes sociais para quererem fazer parte de algo que pode parecer chique (será que é mesmo?), apesar de não haver qualquer afinidade pessoal de fato com o tema do grupo.

Aparentemente, essa é uma tendência geral no Facebook: estar num grupo sem ter interesse nele. E faz até algum sentido quando o administrador adiciona gente que nunca solicitou entrar. Porém, no caso do Grupo de Literatura com Temática LGBT em apreço, só se entra por solicitação própria e com a aprovação do administrador.

Como funciona o Grupo Literatura com Temática LGBT no Facebook?

Em linhas gerais, as pessoas postam sem moderação prévia. Contudo, se não for relacionado à literatura com temática LGBT, a postagem será retirada do grupo assim que for identificada e sem qualquer aviso prévio, uma vez que isso já está estabelecido na descrição do grupo e na foto de capa do mesmo. O lema do grupo é claro: Se não for literatura com temática LGBT, não publique aqui. É spam.

Por causa dessa intransigência para com o "desvio" do tema do grupo, esse é o único que eu conheço cujos conteúdos são realmente exclusivamente de livros, autores, resenhas de livros, trailers de livros, comentários sobre editoras, dicas para escritores, etc.. Há outros no Facebook, mas apesar de terem o nome de literatura, estão abarrotados de filmes, dicas de maquiagem, pegadinhas do Sílvio Santos e outras atrações que têm seu valor, mas que não pertencem ao universo da persistente - e muitas vezes ignorada - literatura LGBT.

Assim, se você sentir desejo de participar desse grupo, porque curte o tema ou quer conhece-lo melhor, seja bem-vindo, seja bem-vinda! ;)

E por último...

A todos os que responderam e fizeram comentários, meu muito obrigado. Aos que me honraram com alguma menção pessoal carinhosa, dois "muito obrigados".

A todos os que não responderam, faço a seguinte pergunta, que não precisa ser respondida em voz alta (pode ser apenas pensada):

É muito difícil dizer "Não" ou "Sim, o livro X"?

Se a reposta fosse negativa, uma palavra bastaria. Se fosse positiva, uma pequeníssima frase.

Como essa pergunta partiu de um grupo de interesse e foi enviada apenas para membros aleatoriamente escolhidos, sendo a primeira vez que isso acontece, cabe a reflexão.

E se você faz parte do grupo, mas não foi perguntado, não se aborreça com isso. Porque, como dito acima, as pessoas foram contatadas aleatoriamente dentre os membros do grupo. A culpa não é das estrelas... kkkkkkk

Um abraço a todas e todos! E mais leitura, galera! Especialmente, de obras escritas pelas nossas irmãs e irmãos de arco-íris.

Filhos sem deus - Ensinando à criança um estilo ateu de viver



Deseja adquirir?
 
Veja aqui:

https://www.amazon.com.br/Filhos-Deus-Ensinando-Crian%C3%A7a-Estilo/dp/8561635010/ref=sr_1_1


Encontrei essa delícia de livro na Biblioteca Estadual, que fica na Av. Presidente Vargas, quase em frente ao prédio do Itamaraty, no centro do Rio de Janeiro.

Recomeendo muitíssimo essa leitura.

Texto leve e direto ao ponto.

Gotas de Sangue no Branco - Ricardo Rocha Aguieiras - 3 minutos de prosa com Sergio Viula



Através de Rodrigo e Antonieta, mas também de muitos ouros, Aguieiras aborda o melhor e o pior na busca por sentido e por felicidade em meio à solidão que a todos ronda, mas que a alguns se impõe de modo peculiarmente insuportável. Recomendo muito.

Adquira o seu aqui:

https://loja.metanoiaeditora.com/index.php?route=product/product&product_id=97

1º de Maio - Dia do Trabalho - foi dia de arte para nós

BIBLIOTECA






A Biblioteca Estadual do Rio de Janeiro (Biblioteca Parque Estadual), situada ao lado do Campo de Santana, na Av. Presidente Vargas, foi reinaugurada em 29 de março deste ano (2014). Emanuel e eu fomos visitar o espaço nesse dia 1º de maio. A biblioteca está linda! É verdade que ainda será preciso acrescentar muita coisa ao acervo, mas há obras sobre os mais variados temas que podem ser confortavelmente desfrutadas em sofás e poltronas num espaço amplo, limpo e bem iluminado.






A Biblioteca oferece uma videoteca também. O usuário pode pegar o DVD, escolher uma das cabines de vídeo, e assisti-lo em tela grande e confortavelmente instalado num sofá fofinho e exclusivo.






Existe um espaço para leitores especiais. A biblioteca está equipada para atender pessoas que não podem ler com os olhos, mas tem dedos para ler e ouvidos para ouvir - braile e áudio suprem essa necessidade.



A Biblioteca Parque Estadual homenageia 
Vinícius de Moraes por ocasião de seus 100 anos.





















MUSEU



Depois da Biblioteca Parque Estadual, fomos ao Museu de Belas Artes. O acervo é maravilhoso! Só tirei duas fotos, porque sou daqueles que acham que galeria de arte e câmera não combinam. O negócio é desfrutar a obra, e não querer sequestra-la com uma bugiganga eletrônica, seja ela qual for.

Porém, duas obras chamaram minha atenção (nada inocente) por causa do aspecto suave dos retratados. Eu diria que, mais do que suave, a atitude deles tem muito de feminilidade. E eu adooooro!

Uma foi a de João Batista, logo abaixo. A cena poderia ter sido de qualquer 'amiga' numa sauna, já entediada por não encontrar um 'boy' sequer para animar seu dia, apesar 'dela' ter ficado ali, só de toalhinha.



Vítor Meireles - Florianópolis, SC 1832 - Rio de Janeiro, RJ 1903
"São João Batista no Cárcere", circa 1852
Óleo sobre tela, 88,7 x 105,9 cm
sem assinatura
Transferência, Escola Nacional de Belas Artes, 1937


A outra foi a de Francisca de Rimini. Recortei o homem, cujo nome é Paolo, e que - pasmem! - não está bancando a 'loka' ou dando um 'piti' na cena. Ele era, na verdade, o amante de Francisca. Quando o marido dela, Giovani Malatesta, descobriu a traição, matou os dois. O episódio, meio histórico, meio literário, teria ocorrido no século 13 em Rimini, Itália.


Paolo - o amante de Francisca, à esquerda.


Francisco Aurélio de Figueiredo
Areia, PB, 1856 - Rio de Janeiro, RJ, 1916
Francisca de Rímini, 1883



TEATRO



Depois da biblioteca e do museu, fomos ao teatro Glauce Rocha, em frente à saída estação do metrô da Carioca, na Av. Rio Branco, 179.

Fomos assistir ‘Calango deu! Os causos da Dona Zaninha’.

Gente, o espetáculo é maravilhooooso! Uma hora e meia de boa prosa mineira, cheia de trocadilhos, histórias que misturam folclore, humor, enigmas, e por aí vai.

Suzana Nascimento segura a plateia com muita competência, fazendo com que nos sintamos realmente na casa de Dna. Zaninha.

A plateia aplaudiu em pé e demoradamente num teatro lotado. Suzana Nascimento e toda a equipe por trás do espetáculo merecem.

O ingresso sai por 20 reais (a inteira) - menos do que um ticket no cinema onde costumo assistir meus filmes favoritos. Só que teatro com essa qualidade não tem comparação! É uma experiência totalmente diferente e - se depender das fofocas de Dona Zaninha - muito mais divertida.


Calango deu! Os causos da Dona Zaninha



Sobre o evento

Entre um cafezinho e uma boa cachaça mineira, Dona Zaninha conta, canta e conduz a plateia a outras paragens – verídicas ou fantasiosas – mas recheadas de humor, poesia e memória! Com Suzana Nascimento no papel de Dona Zaninha e Isaac Bernat na direção, a peça fica em cartaz de 30 de abril a 4 de maio, sempre às 19h.

O espetáculo integra a programação do projeto Ocupação Para Todos!, selecionado por edital para ocupar o espaço da Funarte até o mês de julho.
Serviço

Calango deu! Os causos da Dona Zaninha
Dias 30 de abril, 1, 2, 3 e 4 de maio, às 19h
Dia 2, debate após a sessão
Ingresso: R$ 20 (inteira)
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 90 min

Texto, direção musical e atuação: Suzana Nascimento
Cia Caititu
Direção: Isaac Bernat

Local: Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, nº 179 – Centro, Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2220-0259
Horário de funcionamento da bilheteria: de 4ª a domingo, das 14h às 20h

FRENTE E VERSO: ESSAS BREJEIRAS MALAGUETAS ARRASAM!


Que delícia ler Frente e Verso da Editora Brejeira Malagueta. O livro constitui-se de textos em forma de artigos como aqueles de colunas de jornal, escrito em linguagem franca, acessível e divertida, mas falando muito sério sobre temas que interessam principalmente às lésbicas. Não sei se é meu lado lésbico (risos), mas adorei o livro. Há conceitos que se repetem aqui e ali, mas levando em consideração a dificuldade que algumas lésbicas e gays têm de absorvê-los e colocá-los em prática, posso dizer que esse reforço é bem-vindo e, de certa forma, didático.

Os textos dialogam com coisas do dia-a-dia das lésbicas, mas também enfoca coisas interessantes sobre gays. Adoro o modo como as autoras colocam a mulher no centro das tramas e das discussões nos livros da Brejeira Malagueta. É realmente uma editora única!

Através da leitura, vamos relembrando diversos acontecimentos na história recente do Brasil e do mundo, tanto na política, como na cultura, na mídia, etc.

Minhas amigas lésbicas e leitoras do blog Fora do Armário certamente curtirão essa leitura. 

Quem desejar, pode adquirir o seu exemplar aqui: 
http://editoramalagueta.com.br/livraria/livros-da-editora-malagueta/frente-e-verso.html


Águas Turvas - por Helder Caldeira



Resenha por Sergio Viula


Terminei de ler Águas Turvas há exatos cinco minutos. O romance, escrito por Helder Caldeira e publicado pela Quatro Cantos, começa de modo despretensioso e vai ganhando densidade e profundidade à medida que a leitura avança, brindando o leitor diversas com surpresas e emoções variadas.

A trama construída ao redor da família Thompson é multifacetada e ninguém escapa à sua cota de contribuição para o inesperado. A noção de máscaras usadas no desempenho dos papéis sociais, especialmente em família, fica muito nítida depois que as peças são devidamente colocadas no tabuleiro. E a metáfora do jogo e da estratégia cabe bem aqui. Mas, nem tudo é calculado. A trama é recheada de sentimentos e situações inesperados, inusitados, instintivos.

Justin é apaixonante. Gabriel também. Matthew, então...

Depois da leitura, até parece que já estive em Holden - setting da maior parte dos acontecimentos.

Provavelmente, não serei o único leitor a identificar semelhanças com pessoas reais. Há sempre alguém como tia Mildred ou "vovó" Nancy por aí.

Amei a leitura. Quando comecei, não podia imaginar quão envolvente e inadiável ela se tornaria.

Agradeço sinceramente a Rosana Martinelli por me conceder o privilégio de conhecer Águas Turvas.

Agradeço ainda mais especialmente a Helder Caldeira por ter escrito a obra.

E, finalmente, parabenizo a Editora Quatro Cantos pelo excelente trabalho de editoração e por apostar no potencial de histórias assim.

A todos os que lerem essa singela recomendação de leitura, um conselho: MERGULHEM! ;)

---------------------------------------------




O jovem médico brasileiro Gabriel Campos decide fazer especialização em Worcester, Massachusetts, depois da morte dos pais. Justin Thompson, herdeiro de uma abastada família republicana de Holden, no mesmo estado, dirige uma rede de revendedoras de automóveis em plena crise econômica de 2009. A trajetória desses dois homens é permeada por um turbilhão ininterrupto de acontecimentos, que prendem irreversivelmente o leitor até o último parágrafo e constroem uma emocionante história de amor.

ÁGUAS TURVAS TAMBÉM FOI COMENTADO NA TV SENADO.

Fiquei feliz em saber.

https://www.facebook.com/photo.php?v=690828937641600&set=vb.346161045441726&type=2&theater

Publicação by Águas Turvas.

Diário de um Analisando em Paris - Claudio Pfeil



Diário de um Analisando em Paris - por Claudio Pfeil


ADQUIRA O SEU AQUI: 
https://www.amazon.com.br/Di%C3%A1rio-Um-Analisando-em-Paris/dp/8564250993

Claudio e Marcio: um casal em perfeita sintonia


Claudio Pfeil e Paulette Diniz


Claudio Pfeil e Sergio Viula

Claudio Pfeil: fila para autógrafos.

Claudio Pfeil e Rosamaria Murtinho

Charmosos!


----------------------------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:


Fui ao lançamento do livro DIÁRIO DE UM ANALISANDO EM PARIS na Livraria Travessa da Visconde de Pirajá, Ipanema.

Impressionante o número de pessoas que prestigiou, inclusive a atriz Rosamaria Murtinho, a Tamara, mãe de Edith em Amor à Vida. Foi MARA! Parabéns, Claudio Pfeil (autor) e Marcio Almeida (revisor)

O livro provocou fila na livraria. Amei a dedicatória. Estou terminando Águas Turvas e logo vou começar a ler o teu lindo DIÁRIO DE UM ANALISANDO EM PARIS.

O autor Claudio Pfeil é meu amigo e foi meu professor na UERJ. É um cara super bem-humorado, simpático, com especialização na Universidade de Sorbonne, casado com outro cara nota 10, o Marcio Almeida, e dono de uma escrita extremamente cativante e inteligente. Recomendo muito o livro.

ADQUIRA O SEU AQUI:

https://www.amazon.com.br/Di%C3%A1rio-Um-Analisando-em-Paris/dp/8564250993


Catálogo de Ofertas da Livraria Saraiva: Cadê a literatura com temática LGBT?


Saraiva: Cadê a literatura com temática LGBT?

Escrevo esse post no dia 28 de dezembro de 2013, sábado. Ontem, aproveitando meu recesso de final de ano, decidi dar uma volta pela cidade e visitar alguns pontos interessantes e descontraídos do Centro e da Zona Sul. Um deles foi a livraria Saraiva em frente ao Consulado dos EUA, na Av. Presidente Wilson. Eles têm uma pequena cafeteria que transforma qualquer momento numa oportunidade de relaxamento. O calor do lado de fora estava insuportável e o ambiente é refrigerado. Outro fator convidativo. 

Paguei quase onze reais num café expresso duplo + uma água mineral com gás, mas valeu a pena. Sossego não tem preço. Sentei-me e comecei a folhear o catálogo da livraria, cuja capa ilustra esse post (acima). 

Um teste de última hora

De repente, tive uma ideia. Decidi verificar quantos livros com temática gay, lésbica, bissexual ou transgênero eu encontraria no catálogo. Afinal, existem inúmeros títulos no Brasil e no exterior e, certamente, algumas dessas obras merecem estar num catálogo como esse. São livros de todos os gêneros: contos, crônicas, romances, ensaios, biografias, autoajuda, etc. E, para quem não costuma ler essas obras, vale lembrar que muito dessa produção não é de cunho erótico no sentido popular. Claro que existem obras voltadas para o prazer sensual, exclusivamente. Mas, não é esse material que eu tenho em mente quando me refiro ao catálogo da Saraiva, é claro.

Decidi dedicar-me ao garimpo. Vasculhei todas as páginas do catálogo que anunciavam livros. Sim, porque o catálogo também anuncia CDs, DVDs, jogos eletrônicos, etc.

Encontrei duzentas e vinte e duas (222) indicações de livros, mas se eu tivesse separado os packs ou as séries em unidades, o número seria ainda maior. 

Agora, sabem quantos livros com temática LGBT eu encontrei? 

UM (01)! Apenas um título! E mesmo assim porque era de autoria da cantora Daniela Mercury e da jornalista Malu Verçosa. O título e a capa não deixam dúvidas: Daniela e Malu: Uma História de Amor

Não só isso, mas o leitor ainda podia economizar um dinheirinho. O livro que costuma custar 29,90, sai agora por 26,90. Aos curiosos que tiverem acesso ao catálogo, o anúncio encontra-se na página 12. 

E isso é tudo! 

Há quem faça diferente

Mas nem todas as livrarias silenciam diante do tema. Enquanto a Saraiva ignorou obras de autores consagrados e best-sellers com viés LGBT, a Livraria Cultura, como eu já escrevi em outro post, dedicou várias páginas de sua revista oficial, a Revista Cultura, a um artigo sobre preconceito, especialmente homofobia e transfobia, dando uma verdadeira aula de cidadania e civilidade. 

Uma sugestão 

Bem, fica registrada nesse momento minha perplexidade diante do silêncio da Saraiva a respeito de obras que poderiam ser de grande utilidade e deleite para o público leitor, mas que ficaram de fora de seu catálogo, como de costume. Tomara que algo mude, pois foi graças a Daniela e Malu - e só graças a elas - que a literatura com temática sexodiversa teve 0,04% do espaço concedido a livros no catálogo. Seria muito mais justo que a literatura com tema gay, lésbico, bissexual e transgênero ocupasse, pelo menos, 5% do catálogo. De 222 livros, isso significaria onze. 

Melhor ainda se a livraria criasse uma página exclusiva no catálogo. Nesse caso, oito livros seria o número ideal, levando em conta a formatação de página adotada pela publicação. Seria fácil de localizar e fácil de ignorar - ao gosto do freguês. 

Então, fica a dica. ;)

Sergio Viula

Em tempo:

Recebi neste dia 02/02/14 a seguinte mensagem de um novo amigo holandês que está lendo EM BUSCA DE MIM MESMO:

De um novo amigo holandês, falando sobre EM BUSCA DE MIM MESMO (por e-mail hoje 02/01/14), veja tradução e logo abaixo o texto original em inglês: Antes de tudo, por favor, deixe-me expressar minha admiração por sua coragem em abertamente se retratar como um pregador evangelista que "cura homossexuais". Eu imagino que isso estatisticamente aconteça uma vez em um milhão de vezes, ou menos. A maioria das pessoas que entram num tal sistema de crenças, nunca sai de novo, e se [alguém] o faz, permanece em silêncio sobre isso. Sua fala a respeito desse processo deve ser extremamente valiosa para muitas pessoas. 

 ------------------------------------------------------- 

A fala do holandês em suas próprias palavras:

"First of all, please let me express my admiration at your courage to openly retract as an evangelist preacher who 'heals homosexuals’. I guess that statistically that happens only once in a million times, or less. Most people who enter such a belief system, never get out again, and if they do, they remain silent about it. Your speaking out about this process must be extremely valuable for many people."

Sobre o livro EM BUSCA DE MIM MESMO.
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

UM ALERTA para Escritores e Editoras do segmento LGBT



Um alerta importante para escritores e editores que trabalham temas não-heteronormativos

Àqueles que abordam a vida pela ótica da sexodiversidade, da transgeneridade e da pós-generidade através da literatura.


Dia desses, um amigo me solicitou indicação de livros com temática LGBT, cujos conteúdos eu considerasse realmente interessantes e bem escritos. Sugeri uns quatro títulos diferentes. 

Em seguida, ele me confidenciou/desabafou o seguinte:

"Obrigado, Sergio... eu tenho lido algumas coisas, mais especificamente literatura de ficção de alguns escritores e tenho achado muito água com açúcar. Preocupam-se demais com o conteúdo, isto é, em ficcionalizar a vida gay, mas não apresentam nenhuma qualidade literária. Pois estou ficando meio entojado do que venho lendo e é perigoso virar trauma. hehehehe"

Honestamente falando, ele tem motivos para ficar "entojado" (implicante, enjoado) por causa desse e de outros motivos.

Eu mesmo, apesar de ser entusiasta quanto à literatura que escapa à heteronormatividade e à ditadura de gênero, tenho que reconhecer que ele tem razão. 

E essa foi a minha resposta: 

"Isso é verdade. Nem tudo tem qualidade literária, mas desses livros eu gostei muito. Em termos de qualidade de texto, eu diria que "Uma Leve Simetria" encaixa-se bem no que se espera de um texto bem escrito e de uma estória bem costurada."

Já entrego aqui qual foi um dos quatro livros que indiquei, mas está valendo. O livro merece mesmo esse carinho.

Mas, antes que alguém pense que o problema se restringe a uma ou duas editoras, quero deixar claro que tenho encontrado problemas em livros de várias delas, algumas até muito queridas.

Os problemas são os mais variados: palavras grafadas equivocadamente, pontuação mal feita, erros no uso de maiúsculas e minúsculas, concordância verbo-nominal que mais parece discordância verbo-nominal, frases mal construídas, especialmente quando são ligadas por pronomes relativos, gênero gramatical mal aplicado, etc.

Não estou mencionando aqui livros que poderiam ter metade do volume, caso não se repetissem tanto. 

Reconheço que esses mesmos livros mal cuidados em termos de língua portuguesa podem apresentar enredos ótimos, personagens ricos e estilos variados, mas, ao ficarem devendo quanto à estrutura lingüística, entregam em bandejas de prata motivos justos para que os críticos, que já olham desconfiadamente para a literatura que produzimos, atirem contra ela com a munição que nós mesmos fornecemos. 

Escritores e editoras LGBT, não publiquem apressadamente. Não atropelem o copydesk (ou copidesque, para os que odeiam americanismos). Não contratatem revisores que não tenham excelente domínio da língua portuguesa. Se preciso for, revisem mil vezes o conteúdo, porque capa, gramatura de papel, cor da página, tamanho/estilo do tipo, arte-final,  nada disso vai compensar a pobreza do enredo, do estilo ou da linguagem apresentados. 

Mas, nem tudo é copidesque. Muitas vezes, pessoas se aventuram a escrever qualquer coisa, de qualquer jeito, acreditando que os leitores e a crítica terão, para com ele/ela, a mesma condescendência que ele/ela tem para consigo mesmo(a). Escrever exige tempo, solidão, pensamento, emoção, coragem, criatividade, dedicação, capacidade de dizer o mesmo de modo diferente e o diferente do mesmo modo. O que resultar de menos do que isso dificilmente merecerá ser lido.

Faço esse alerta com toda a humildade e na expectativa de que possamos oferecer e adquirir material de qualidade em todos os sentidos. 

O amor que não podia dizer o nome abriu espaços onde só havia barreiras. Agora que pode falar de si tão abertamente, deve fazê-lo da forma mais incontornavelmente bela possível. 

Editoras especializadas em material relacionado ao amor/identidade/cultura/vida que escapam à heteronormatividade não podem tratar esse conteúdo com menos capricho do que as editoras não especializadas, as quais, vez por outra, se aventuram nesse campo e dificilmente deixam a desejar.

Sergio Viula

Administrador do Blog Fora do Armário
Autor de Em Busca de Mim Mesmo
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

Escritores LGBT de todos os tempos. Seu nome está aqui?




LGBT writers of all times. I just couldn't any Brazilian writer here and there are a few of good ones. ;) The list comes from  

Escritores LGBT de todos os tempos. Só não consegui achar nenhum escritor brasileiro aqui e existem alguns bons deles. ;) A lista vem de  http://www.glbtq.com/alpha/literature_a-b.html


O blog Fora do Armário adoraria contribuir para reunir informações sobre escritores LGBT brasileiros. Para isso, gostaria que todos os escritores que tomarem conhecimento dessa iniciativa escrevessem por extenso o seguinte:


NOME DO AUTOR
OBRA(S)
EDITORA DE CADA OBRA
ANO DE LANÇAMENTO
NÚMERO DO ISBN (SE HOUVER)
E-MAIL PARA CONTATO COM O AUTOR

COMO DEFINE SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL? GAY, LÉSBICA, BISSEXUAL, HETEROSSEXUAL, OUTRA (QUAL?)?

COMO DEFINE SUA IDENTIDADE DE GÊNERO: MASCULINA, FEMININA, TRANSGÊNERO, INTERSEXO, OUTRA (QUAL?)? 

Escreva as informações no espaço para comentários abaixo desse post. Vamos reunir tudo aqui. Precisamos registrar nossa memória. Povo sem memória é povo sem história, e vice-versa.

Toda essa informação será automaticamente direcionada para o meu e-mail. Vou sistematiza-la e divulga-la em breve.

Não adie. Se você é escritor(a), forneça essas informações no ato da leitura desse post, se possível. Evite ficar de fora (novamente... risos). Vamos colocar as cores do Brasil no meio desse arco-iris de letras.

Vale para todos os que já escreveram e lançaram, mesmo que não vivam de literatura - o que ainda é praticamente impossível no Brasil. Pessoas que não são representadas pela sigla LGBT diretamente, ou seja, heterossexuais, por exemplo, que tenham obras homoeróticas são bem-vindos/bem-vindas. Basta fazer menção da orientação sexual/identidade de gênero nos dados solicitados acima.

REPASSE O LINK DESSE POST PARA TODOS OS SEUS AMIGOS ESCRITORES/ESCRITORAS LGBT, BEM COMO EDITORAS QUE PUBLICAM MATERIAL VOLTADO PARA O PÚBLICO LGBT.  

Agradeço a todos e todas.

Sergio Viula

Postagens mais visitadas