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A Falácia Religiosa Contra os Direitos LGBT

Fonte: Site Eleições Hoje


Esse tipo de argumento, frequentemente usado por fundamentalistas religiosos, pode ser identificado como uma falácia do falso dilema ou da inversão da vítima e do agressor. Ele se baseia na ideia de que a defesa dos direitos das pessoas LGBT+ representa uma ameaça à liberdade de expressão e crença dos cristãos conservadores, quando, na verdade, o que está em questão não é o direito de crença, mas sim o direito de discriminar ou incitar preconceito contra um grupo vulnerável.

Como essa falácia opera?

  1. Confusão entre liberdade de expressão e discurso discriminatório
    A liberdade de expressão protege opiniões, mas não protege discursos que incitam ódio, discriminação ou violência contra grupos historicamente marginalizados. Quando um grupo religioso fundamentalista diz que sua "liberdade de expressão" está sendo censurada porque não podem pregar contra a homossexualidade ou transgeneridade em espaços públicos ou institucionais, o que de fato está sendo contestado é o uso desse discurso para justificar discriminação e violação de direitos.

  2. Inversão da vítima e do agressor
    Muitas vezes, essa argumentação tenta colocar os cristãos fundamentalistas como vítimas de perseguição por simplesmente expressarem suas crenças. No entanto, quem sofre violência, exclusão e desigualdade são as pessoas LGBT+. A resistência a práticas discriminatórias não é uma forma de perseguição; é uma defesa contra abusos.

  3. Falsa equivalência entre crença religiosa e direitos civis
    O direito de ter e praticar uma religião é fundamental, mas ele não se sobrepõe aos direitos de outras pessoas à dignidade e à segurança. A religião não pode ser usada para justificar a negação de direitos civis a um grupo da sociedade. Isso é similar ao que aconteceu em momentos históricos de luta por direitos civis, como na segregação racial dos EUA, quando argumentos religiosos eram usados para justificar a desigualdade.

O que realmente está em jogo?

  • Pessoas LGBT+ não estão tentando "calar" religiosos, mas sim garantindo que possam existir sem serem atacadas ou discriminadas em espaços públicos, locais de trabalho, na política e na cultura.
  • Direitos iguais não são privilégios, e permitir que todos vivam sem medo de violência ou exclusão não prejudica ninguém.
  • Críticas a discursos de ódio não são censura, mas sim um mecanismo de defesa para impedir que ideias prejudiciais causem danos reais.

Não caia nessa falácia

A noção de que há uma "ditadura LGBT" ou uma "perseguição aos cristãos" é uma falácia propagada para evitar debates sobre privilégios históricos e para tentar manter um status quo de discriminação sob o disfarce de liberdade religiosa. O que se busca, na realidade, é equidade e respeito mútuo dentro de uma sociedade plural.

Nazifacistas são presos em ato pró-Bolsonaro em São Paulo



Estrelas ninjas encontradas com manifestantes Nazistas


Manifestação em favor do deputado Jair Bolsonaro termina em tumulto e detenções na Paulista, em SP

SÃO PAULO - A manifestação em defesa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) realizada neste sábado na avenida Paulista, em São Paulo, acabou em confusão e detenções. O protesto foi organizado por grupos conhecidos como "ultradefesa", "união nacionalista" e "carecas". Eles afirmam defender os "direitos da família".

Onze manifestantes foram levados pela polícia para identificação e averiguação, após serem identificados por investigadores como suspeitos de outros crimes. O deputado envolveu-se em uma polêmica ao participar do programa 'CQC' e dizer que seus filhos não correm o risco de 'namorar negras'.

Além disso, pedaços de madeira, metal e "estrelas ninja" foram apreendidos pelas autoridades, que policiaram a área e formaram um cinturão para evitar o confronto com um grupo de ativistas gays, que compareceram para denunciar a homofobia. O grupo anti-Bolsonaro, com cerca de 50 pessoas, chamou o protesto de "racista" e "fascista".

Além do policiamento em todo o trecho da Paulista, cerca de 30 policiais civis e militares, alguns à paisana, circularam no vão do MASP, onde o protesto aconteceu. De acordo com policiais que estavam no local após a dispersão da manifestação, oito pessoas foram identificadas por envolvimento em atividades sob investigação, que incluem a participação violenta em outros protestos de caráter racista ou homofóbico, inclusive no manuseio de artefatos explosivos. Um deles foi identificado como "Johnny". Outras três pessoas seriam do movimento anarquista e se recusaram a informar ou mostrar documento de identificação.

No programa 'CQC', da TV Bandeirantes, no mês passado, Bolsonaro afirmou que não discutiria "promiscuidade" ao ser perguntado pela cantora Preta Gil, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra. Bolsonaro também disse, no programa, que os filhos dele não são gays porque tiveram uma boa educação.

Não é homofobia: uma história real



Por Ruleandson do Carmo


Eu tinha dois anos de idade e gostava de imitar Michael Jackson, quando o via dançando na TV. Era louco com ele. Saí um dia com meu pai e fiquei murmurando a música do Michael e rebolando com minha mãe. "Seu filho já nasceu boiola", disse o amigo do meu pai que só parou de rir quando fomos embora. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Aos quatro anos comecei a dançar Ballet no Núcleo Artístico em Belo Horizonte, meus pais, irmão, avó e madrinha estavam nas apresentações e premiações, o restante da família e amigos não: "Isso não é coisa de homem. Não faz essas coisas de mariquinha", eles diziam. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

No pré-primário a professora me colocava sempre junto das meninas, pois os meninos me batiam, e não gostavam de sentar "perto da bichinha". Não era homofobia, eles apenas estavam se expressando.

Na primeira série pedi à diretora para apresentar uma peça de teatro na escola, apresentei e alguns me xingaram de "boiola, bicha" etc. Meu pai foi à escola reclamar e a professora disse a ele "tratam seu filho assim porque ele não é normal". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

Na quarta série um colega de sala me deu um tapa na cara e gritou comigo, "veadinho, essa vozinha de galinha". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Na quinta série, no colégio, o diretor e a pedagoga mandaram chamar minha mãe. "Seu filho dança ballet, escreve teatro, só anda com as meninas, não joga futebol. Seu filho tá virando veado e a senhora apoia, não faz nada?". Minha mãe me defendeu, a chamaram de louca e ela me levou embora, aos prantos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

Também na quinta série, participei das Olimpíadas da escola, na modalidade salto à distância. Quando você corre e pula, naturalmente seus olhos arregalam. Quando pulei, jogaram areia nos meus olhos e gritaram "pula, bichinha". Fiquei alguns dias com os olhos feridos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

Algumas mães e irmãs de alguns dos poucos amigos homens que tinha pediram a eles, na minha frente, para se afastarem de mim, pois poderiam "ficar mal falados". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.

Entre a sexta e a oitava série, me batiam de vez em quando no final da aula, me derrubavam nas aulas de educação física, alternavam meus apelidos entre "RuleBambi" e "Bailarina", e sempre repetiam "vira homem, veado". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

Na oitava série eu queria dançar quadrilha. Nenhuma das meninas quis dançar comigo, elas riam "Ah, Ru, você tinha que ser mais homem ou dançar com homem". Fiquei triste, e a professora de educação física disse "eu danço com você". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.

No segundo grau mudei de escola e lá apanhei também. A diretora me mudou de sala, os novos colegas riam, mas não me batiam. Não era homofobia. Eles estavam apenas se expressando.

Quando trabalhei de garçom junto com meu pai, um dia fui sozinho. O cara que ficou de chefe no lugar do meu pai ordenou que "carregasse sozinho os botijões. Vamos ver se ele é homem mesmo". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Na faculdade, um colega de turma me agrediu fisicamente, pois eu o abracei quando o vi durante o almoço. "Tá me estranhando? O que você quer?", me disse ele. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Formado, trabalhando em um jornal impresso em início de trajetória, meu chefe me comunicou minha demissão "meu sócio, dono das máquinas disse que não quer veado no jornal". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.


Pouco depois uma amiga me convidou para a festa da irmã, eu e nosso grupo de amigos. Todos ganharam dois convites. Eu ganhei só um. Quando pedi o segundo convite ela me disse "Ru, é uma festa de família, não fica bem se você for acompanhado". Não era homofobia, ela e a família dela estavam apenas se expressando.

Certa vez, na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, estava sentado na praça com meu par, um cara passou e cuspiu em nós. "Que nojo" ele disse, fomos defendidos por um policial. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Em 2008, escrevi sobre o preconceito contra gays e divulguei o texto no Orkut. Uma comunidade dita católica contra "homofacistas" (como alguns chamam os gays anti-homofóbicos) fez uma série de denúncias contra meu perfil ao Google, dizendo ter conteúdo impróprio, me perseguiram e ameaçaram virtualmente. Tive que criar outra conta no Orkut. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

São alguns dos tristes trechos dos quais me recordo. Já fui e sou desacreditado, oprimido e violentado verbal e fisicamente por pessoas que nunca esconderam o motivo para tal: eu ser gay. Mas, não se preocupe, não vou me fazer de vítima, não vou culpar a sociedade ou algum participante bronzeado, prateado ou dourado do Big Brother Brasil. Não, não era homofobia, nunca é. Eles sempre estavam e estão apenas se expressando. Eu também.

Inimigos públicos dos gays no Brasil em 2010

Veja quem são os inimigos públicos dos gays no Brasil 2010 


Terra - Cena G 

Da mesma forma que as ONGs e veículos de comunicação do exterior, apresentamos uma lista com as 10 pessoas que são publicamente contra os homossexuais e que de alguma forma expressaram homofobia.

A lista está repleta de políticos, principalmente parlamentares ligados a igrejas evangélicas.

Quem encabeça a lista é o senador Magno Malta (PR-ES), que afirmou que o movimento gay quer criar um império homossexual e que ser gay é pecado. Magno Malta faz vista grossa no Senado para os projetos que apóiam os gays. O senador é o responsável maior pelo trancamento de pautas importantes para os Direitos Civis dos homossexuais. Há 15 anos está no Congresso o projeto de lei que prevê a união estável de pessoas do mesmo sexo e há 4 anos tramita uma lei que criminaliza a homofobia e equipara o preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros ao preconceito racial.

Confira a lista e a razão de cada inclusão:


1º - Magno Malta – Senador capixaba, opositor ferrenho do projeto de lei que equipara a homofobia ao racismo.


2º – Silas Malafaia - Pastor da Assembléia de Deus, que mantém um blog em que ofende e chama homossexuais de abominações.


3º – Walter Brito Neto – Deputado Federal pelo PRB-PB que propôs um projeto de lei para impedir casais homossexuais que adotem crianças.


4º – Bispo Rodovalho – Deputado pelo DEM/DF, promoveu uma manifestação contra a provação do PL 122 que prevê a criminalização da homofobia.


5º – Júlio Severo – auto-intitulado ativista cristão. Em seu blog, promoveu calúnia contra ativistas gays e a intolerância, saiu do país em março de 2010, segundo seu blog para não responder a uma denúncia do MP.


6º – Rosângela Justino – psicóloga que prega a terapia de conversão. Proibida de falar sobre seus métodos desde 2009, após sofrer Cesura pelo Conselho Federal de Psicologia, pode ainda perder seu registro profissional.


7º – Marcelo Crivella - Senador pelo PRB-RJ. Afirmou que a homossexualidade “é antinatural” e faz campanha contra leis que garantem direitos aos gays.


8º- Roberto Requião – Governador do Paraná. Além de ofender os gays publicamente com brincadeiras de mau gosto, seu governo levou o estado a ser campeão de crimes contra homossexuais e não há nenhuma lei que combata o crime de ódio contra homossexuais no estado.


9º- Marcelo Dourado – do BBB10, disse que a lésbica Angélica deveria apanhar por ser abusada e por diversas vezes pregou a violência. 


10º- Juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, da 9ª Vara Criminal de SP. Julgou em 2007 o caso Richarlyson e afirmou em sentença de arquivamento que futebol não era jogo para homossexuais e que gays deveriam fundar uma federação – o magistrado está Censurado desde 2008 pelo Tribunal de Justiça paulista. 

(Todas as fotos acima já haviam sido publicadas em outros sites, mas a foto do Juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho não foi encontrada. Uma pena...) 


Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=200947

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