Mostrando postagens com marcador direito trans. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador direito trans. Mostrar todas as postagens

Como mudar seu nome e gênero na certidão de nascimento



Você sabia que desde 06 de abril de 2018, você que é transexual pode fazer retificação de gênero no cartório de registro civil, ou seja, mudar seu gênero e nome diretamente em sua certidão de nascimento, sem processo judicial e sem necessidade de cirurgia de redesignação?

A decisão foi tomada pelo STF em abril e o procedimento já está normatizado pela Corregedoria Nacional de Justiça, CNJ, desde 29 de junho deste ano.

Não deixe para depois. O procedimento nos cartórios é mais simples do que você imagina.

Toda pessoa maior de 18 anos poderá requerer a averbação do prenome e do gênero, a fim de adequá-los à identidade autopercebida, conforme informa a CNJ.

Documentação necessária


É preciso apresentar, obrigatoriamente, documentos pessoais; comprovante de endereço; certidões negativas criminais e certidões cíveis estaduais e federais do local de residência dos últimos cinco anos. A pessoa deve apresentar ainda certidão de tabelionatos de protestos do local de residência dos últimos cinco anos e certidões da justiça eleitoral, da justiça do trabalho e da justiça militar (se for o caso).

Se for desejo da pessoa (não é obrigatório), ela pode juntar laudo médico que ateste a transexualidade/travestilidade; parecer psicológico que ateste a transexualidade/travestilidade e laudo médico que ateste a realização de cirurgia de redesignação de sexo.

Ainda segundo a regulamentação, ações em andamento ou débitos pendentes não impedem a realização da alteração pretendida. Esta, uma vez realizada, será comunicada aos órgãos competentes pelo ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais (RCPN) onde o requerimento foi formalizado. Isto quer dizer que o requerente poderá alterar todos os seus documentos a partir de então.

De acordo com o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Márcio Evangelista, a normatização da CNJ confere padronização nacional e segurança jurídica ao assunto.

Esse normativo da Corregedoria Nacional de Justiça está alinhado à decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4275-DF, que reconheceu a possibilidade de transgêneros alterarem o registro civil sem mudança de sexo ou mesmo de autorização judicial.

Querido(a) amigo(a) transexual ou travesti, não passe mais constrangimento por se expressar de um modo no dia a dia e ser identificado de outro modo em sua documentação. Procure o cartório de registro de pessoas naturais e realize a retificação do seu gênero e nome na sua certidão de nascimento. É muito mais do que um simples nome social.

Mas, atenção: Uma vez retificados o nome e o gênero na certidão de nascimento, a pessoa não poderá mais alterá-los no cartório, sendo necessária uma ação judicial e ficando a cargo da justiça autorizar o não uma nova modificação.

Parabéns ao STF e ao CNJ por promoverem justiça na garantia de direitos para as pessoas transexuais e travestis. E parabéns, principalmente, às pessoas trans e travestis, juntamente com seus aliados, que nunca desistiram de lutar por esse direito.

Igreja da Inglaterra vota esmagadoramente a favor de acolher as pessoas transgêneras

O arcebispo de Cantebury Justin Welby (segundo, à esquerda) 
durante a Eucaristia em York Minster. Credit: PA.



ITV REPORT
9 July 2017 at 5:22pm
http://www.itv.com/news/2017-07-09/church-of-england-vote-overwhelmingly-in-favour-of-welcoming-transgender-people/

Traduzido por Sergio Viula com pequenas adaptações


O corpo governante da Igreja da Inglaterra votou esmagadoramente em favor de acolher as pessoas transgêneras.

O Sínodo Geral apoiou a moção que diz haver uma necessidade de que as pessoas transgêneras sejam "acolhidas e afirmadas em suas igrejas paroquiais" como parte do "longo e frequentemente complexo processo" de transição.

Trinta bispos votaram a favor e apenas dois contra, enquanto 127 membros leigos votaram a favor e 48 contra, e o clero apoiou a moção com 127 votos a favor em contraste com apenas 28 contra.

A moção convoca a Casa dos Bispos "a considerar fornecer alguns materiais litúrgicos recomendados a nível nacional que possam ser usados ​​em igrejas paroquiais e capelanias para fornecer uma resposta pastoral à necessidade de pessoas transgênero serem afirmadas após seu longo, angustiante e muitas vezes complexo processo de transição".

A moção proposta pelo Rev. Chris Newlands também convoca a igreja a prover orientação para ajudar o clero a oferecer serviços a pessoas transgêneras que marquem sua transição.

Abrindo o debate, o Rev. Newlands, do Sínodo Diocesano de Blackburn, disse: "Eu espero que possamos fazer uma declaração poderosa para dizer que acreditamos que as pessoas trans são apreciadas e amadas por Deus, que as criou, e está presente ao longo de todas as mudanças de suas vidas."

O bispo de Worcester, Dr. John Inge, disse: "Nossa resposta precisa ser amável e aberta e acolhedora e a aprovação dessa moção seria um importante fator para tanto."

O sínodo rejeitou uma emenda proposta pelo Dr. Nick Land da Diocese de York, que pedia que a Igreja determinasse os argumentos teológicos antes que qualquer liturgia, ou costumes, fossem adotados.

O voto veio depois que os bispos esmagadoramente apoiaram a moção que conclamava à proibição da "anti-ética" terapia de conversão (N.T.: leia-se "cura gay") para gays cristãos.

----------------

COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Parabéns à Igreja da Inglaterra pelo vanguardismo e pelo esforço em eliminar a discriminação com base em gênero e orientação sexual, uma vez que já ordenou bispos de orientação sexual gay e lésbica e agora se abre ainda mais, acolhendo as pessoas trans de uma maneira tão clara.

Toda vez que setores da sociedade trabalham para eliminar o preconceito LGBTfóbico, a sociedade se torna mais saudável e feliz. Isso é muito bom!

A verdade, porém, é que a igreja - seja ela qual for - precisa mais de vocês do que vocês da igreja.

O Brasil já tem igrejas que têm pessoas LGBT como pastores e pastoras. Leia mais sobre Teologia Inclusiva aqui:
https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2018/06/o-que-biblia-nao-diz-sobre.html


Postagens mais visitadas