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Celebrando nosso PRIDE e nosso LOVE

Andre e eu à luz vermelha do Cantón 
restaurante chinês e peruano

 


Por Sergio Viula


Celebrar o Dia do Orgulho LGBT é muito mais do que se divertir ou ir às compras, mas também não exclui nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, depois de quase 1 ano e meio de pandemia, decidimos celebrar o nosso amor e o nosso orgulho a dois. 

Para dar o tom do final de semana, Andre me presenteou com essas Havaianas com as cores do arco-íris já na quinta-feira.


Ganhei na quinta-feira, 24 de junho.



Reservamos um quarto no hotel Mirasol em Copacabana e ficamos lá da noite de sexta, 25/06, até o início da manhã de segunda-feira, quando partimos para as nossas batalhas diárias de trabalho. 

Hoje, 28 de junho, é comemorado o Dia do Orgulho LGBT. A data é marcada por comemorações, ações e revivindicações em prol dos direitos civis das pessoas LGBT ao redor do mundo. Então, há muito pelo que lutar, mas também há o que celebrar. 

E o simples fato de estarmos vivos, apesar da pandemia e da violência que nos cerca, já dá a tudo isso contornos ainda mais fluorescentes.







Momentos tranquilos para recarregarmos as baterias


Não nos arriscamos em badalações por aí, mas saímos um pouco dos limites da casa que amamos e que tem sido nosso esconderijo contra o corona por quase 1 ano e meio. 

Nosso final de semana foi marcado por momentos a sós, curtindo o conforto do nosso quarto no Mirasol, inclusive com direito à banheira de hidromassagem. 

Aproveitamos o terraço também, que fica apenas um andar acima do nosso. Escolhemos um horário em que pudéssemos desfrutar do espaço ao ar livre e sem outras pessoas à volta. Foi assim que tomamos nossas deliciosas caipirinhas e conhecemos uma bar tender fantástica, que nos contou suas histórias de superação, especialmente sobre sua emancipação de crenças castradoras e de um casamento violento. Que pessoa linda, doce e guerreira! Pessoas heterossexuais e homossexuais podem enfrentar situações muito semelhantes por motivos diferentes, mas geralmente existe um fio que conecta todas essas violações - o machismo, que é pai da misoginia (no caso dela) e da homofobia (no nosso).


Caipirinha no terraço do Marisol só para nós. ^^


Em outro momento, tivemos a oportunidade de conversar com duas funcionárias da loja Kopenhagen - uma que fica no shopping Cassino Atlântico, uma galeria acessível a pedestres embaixo do hotel Fairmont. Foi uma oportunidade incrível de troca. Pude contar um pouco da minha história pessoal, assim como da nossa história a dois para elas, que ficaram visivelmente encantadas e comapartilharam outras histórias de amigos delas conosco. Tomamos um café delicioso e ainda compramos uns chocolates - trufas e línguas de gato.


Lígua de gato
Cantón - Rua Rodolfo Dantas


Depois de um bom banho, jantamos num restaurante que é chinês e peruano ao mesmo tempo. Seu nome é Cantón. Fica na mesma rua do nosso hotel - Rodolfo Dantas, do outro lado da calçada lateral ao Copacabana Palace. Que lugar lindo e que comida maravilhosa! Andre comeu um delicioso e bem servido prato de Ceviche e eu comi um suculento prato cujo ingrediente principal é polvo. E que explosão de sabores!





No domingo, fomos ao shopping Leblon, onde comprei uns presentinhos para o meu pai. O aniversário dele é dia 11 de julho. Chegamos assim que o shopping abriu para evitarmos aglomeração, e não nos demoramos lá mais do que uma hora.


A luta continua!


Como trabalho remotamente, cheguei em casa antes do Andre, já que ele teve que se dirigr ao trabalho. Uma missão já me aguardava aqui - dar apoio a um adolescente que está sofrendo pressão homofóbica dentro da própria casa. A denúncia já havia sido feita por mim mesmo ao Disque 100, que afirma ter encaminhado o caso para o Conselho Tutelar da cidade do rapaz, mas este alega não ter recebido. Não me fiz de rogado. Entrei em contato com o Disque 100 de novo, que reenviou o caso, e liguei novamente para o Conselho Tutelar para solicitar que ficassem atentos. É inadmissível que órgãos que devem proteger a criança e o adolescente falhem tão escancaradamente em fazer o mínimo, que é visitar a casa da vítima. Continuarei em cima do caso e se houver prevaricação, tomarei outras providências.

É isso, gente - renovar as forças para continuar lutando, mas nunca deixar de viver no presente, seja por causa de experiências passadas boas ou ruims, seja por causa de boas ou más expectativas em algum futuro próximo. A vida é agora!

Mas, como não existe almoço grátis, faremos o que fazemos a maior parte do tempo para manter nossas contas em dia - trabalharemos, e muito, porque do céu não vem. 

Conheça a emocionante história desse adolescente gay e sua nova família



O site de notícias Gay Star News publicou em 25 de março deste ano uma história de amor incrível por parte de uma família que adotou um jovem de 15 anos que estava doente e com pensamentos suicidas depois que sua família biológica o rejeitou por ser gay.

Segundo a escritora e ativista LGBTI Cathy Kristofferson, referindo-se aos EUA: “Jovens se assumem para seus pais e são rejeitados por aqueles pais a um índice de 50%, com 26% sendo imediatamente expulsos de casa, tornando-se instantaneamente sem-teto e muitos optando por isso depois de abusos físicos e verbais.”

“Fortalecidos pelos avanços da igualdade e da aceitação com a visibilidade de peso que a comunidade gay adulta tem recebido ultimamente, os jovens são encorajados a se assumirem cada vez mais cedo enquanto ainda dependem dos pais que podem facilmente rejeita-los.”

Foi isso que aconteceu com Corey. Ele não teve uma vida fácil. Ele era um cara forte e popular na escola, mas aos 15 anos, já havia sofrido muito abuso.

Seus pais eram religiosos conservadores . Seu pai biológico batia em Corey às vezes e o negligenciava. Corey foi criado pensando que pessoas gays não eram apenas pecadoras, mas o pecado em si mesmo. Seu pai biológico garantiu que Corey soubesse que todas as pessoas gays eram mortas em algum ponto antes de chegarem à idade avançada.

Corey foi cuidadoso em manter sua orientação sexual em segredo. Ele era atlético e popular com como um homem ‘mulherengo’. “Era tudo para evitar que todos soubessem”, diz ele.

Por fim, ele começou a contar a algumas pessoas mais distantes da família. Ele começou a se sentir exposto e vulnerável em casa. Se o assunto surgisse, ele não poderia mais se esconder e disfarçar. Qualquer segurança que ele tenha sentido antes não existia mais. Sua ansiedade e ódio de si mesmo estavam em alta o tempo todo.

Uma noite, o tema da orientação sexual veio à tona. Enquanto Corey se preparava para sair, uma notícia sobre direitos gays foi transmitida pela televisão. Corey fez um comentário sutilmente positivo. O pai biológico dele explodiu. “Se algum viado vivesse nessa casa, eu atiraria na cabeça dele com uma espingarda”, berrou.

Corey saiu de casa imediatamente. Ele estava se sentindo febril, apavorado, doente. Será que seu pai sabia? Teria sido aquilo uma ameaça para ele, ou só um lembrete de que ele vivia numa cova de ódio?

Na festa, Corey ficou bêbado e ainda mais doente. Ele acabou voltando para casa. A febre continuava. Seus pais, suspeitando de algo, o ignoraram. Vários dias depois, às 2 da madrugada, ele estava de pé, sem conseguir dormir, delirante e com pensamentos suicidas.

Do outro lado da cidade, uma mulher chamada Mindy estava fechando a casa. Seu marido Dale estava dormindo profundamente, assim como seus dois filhos. Só a sua filha Aubrey continuava acordada. Quando ela passou por Aubrey, que estava diligentemente escrevendo sem eu computador, Mindy mandou que ela desligasse e fosse para a cama.

De repente, ela viu algo por cima do ombro de sua filha. Uma frase escrita na caixa de diálogo: “Estou desesperado. As coisas estão tão ruis que eu quero cortar meus pulsos. Não estou brincando.”

Mindy se intrometeu. “Quem é esse?” - perguntou a Aubrey. Esta lhe disse que era Corey, alguém que ela tinha encontrado no baile. Aubrey explicou que ele estava doente, mas seus pais o ignoravam. Para a surpresa de Aubrey, Mindy declarou: “Vamos busca-lo.”

Algum instinto materno dominou Mindy. “Era como seu eu estivesse possuída. Eu sabia que precisava agir, e fazer algo, mas tudo o que eu fiz foi contra a minha natureza e não como eu geralmente ajo pessoalmente.”

Quarenta minutos mais tarde, Mindy e Aubrey estavam no trailer em que Corey vivia com sua família. Ele saiu de casa e entou na van. Seu pai saiu e exigiu saber o que Mindy estava fazendo.

A normalmente honesta Mindy contou uma mentira. De maneira casual, especialmente para quase três da madrugada, ela disse: “Ah, Oi! Desculpe incomodar. Tínhamos convidado Corey para ir às montanhas conosco. Achamos que começar cedo seria o melhor a fazer.”

O pai biológico de Corey decidiu flertar e perguntou a Mindy quando ela o levaria para as montanhas. Mindy riu timidamente, fez sua parte no jogo e flertou de volta. Depois de alguns minutos, a van seguia seu caminho com Corey dentro dela.

Quando eles voltaram para casa, Mindy levou o maior choque da noite. Com a luz acesa, ela pôde ver que Corey estava quase azul, ele tinha pneumonia, e ela sabia que sem sua intervenção, ele teria provavelmente morrido.

Seu marido Dale estranhou. “Eu desci as escadas de manhã para fazer o café e ali estava esse garoto dormindo no meu sofá. Ele não estava lá quando eu fui para a cama!’

Ao longo das semanas seguintes, os pais biológicos de Corey não procuraram saber onde ele estava. Finalmente, depois dos devidos cuidados, ele estava saudável de novo e voltou à casa, onde a crescente consciência de sua homossexualidade era o assunto não falado. Finalmente, ele decidiu confiar em sua mãe. Ele achou que ela era oprimida e passiva, e provavelmente guardaria o segredo para si mesma.

Não foi o que aconteceu. Ela chamou o pai biológico de Corey que entrou em casa explodindo e berrando a plenos pulmões.

“Ele gritava sobre como um viado estava morando em sua casa e que ele não podia acreditar que o diabo estivesse em sua presença. Eu me tranquei no quarto quando meu irmão chegou a casa. A primeira coisa que meu pai lhe disse foi como seu irmão não passava de um viado sem valor.” - Corey recorda-se.

Os três membros da família tentaram invadir seu quarto por horas. Mais tarde, eles se retiraram, e Cory pôde escapar para o banheiro cuja porta e trance eram bem mais fortes. Ele sentou-se num canto do banheiro com seus pertences guardados numa bolsa de papel, temendo por sua vida. Nas primeiras horas da manhã, quando os três já haviam desmaiado, ele escapou de casa – para nunca mais voltar.

Ele voltou para a casa de sua amiga Aubrey. Não era mais só Aubrey e Mindy em seu socorro. Papai Dale e os irmãos Andrew e Mason o apoiaram como fizeram durante o período de sua doença; Para eles, aquele era o lugar dele. Ele estava em casa.

A princípio, eles não sabiam que ele era gay. Eles apenas entenderam que ele precisava deles. Quando descobriram que ele era gay e que tinha sido expulso de casa por causa disso, não fez diferença, nem mesmo para o conservador papai Dale. Eles já o amavam, e por alguma razão não aparente, eles precisavam dele também.

A família se reuniu para que todos dissessem o que achavam. Foram unânimes; cada membro da família queria que Corey ficasse permanentemente.

Depois de algum barulho criado pela família biológica um ano depois e da reprovação da pequena comunidade contra a nova família Corey, a família teve uma audiência na corte. Eles estavam muito nervosos e tinham documentado todos os eventos que levaram à adoção. Observavam a porta da corte esperando ver seus adversários chegarem. Eles esperaram e observaram. O tempo passou. Mas a família biológica de Corey não apareceu. Eles não tinham qualquer argumento para contestar a adoção, nenhuma preocupação. Seu filho era gay e eles deixaram claro que o haviam abandonado em função disso.

Para Corey, Mindy, Dale, Aubrey, Andrew e Mason, o dia ficou conhecido como o dia do “você é nosso”. Uma família tinha Corey, e Corey tinha uma família. Aubrey, Andrew e Mason tornaram-se incansáveis defensores de Corey e dos direitos LGBTI em geral. Mason, com 11 anos de idade, o qual anteriormente não se interessava por coisas for a do mundo de um garotinho, fez um projeto de arte sobre a liberdade do arco-íris e dedicou-o a seu irmão mais velho.

Mindy descreve os eventos dos últimos três anos: “Eu quero que o mundo saiba que Corey é um lindo ser humano. Eu quero que saibam que toda dor que ele tenha passado ou que ainda venha a passar vale a pena.”

“Por que vale a pena? Porque o amor é a força mais poderosa. Eu quero que o mundo veja a dor de Corey e saiba que não é necessária. A sexualidade é uma parte tão pequena de quem somos. Primeiro e mais importante, Corey é um ser humano amável, genuíno, carinhoso e inteligente. Por quem ele se sente atraído e com quem ele vai se casar não importa.”

“Tenho certeza que seu parceiro será tão gentil e amável quanto ele.” Não é disso que o mundo precisa? Eu quero que o mundo saiba que defender as pessoas que não podem se defender sozinhas é fundamental para a nossa sobrevivência. Defender o que é certo não é sempre fácil, mas está sempre certo.”

Para Dale, é um pouco mais simples. Ele ainda vê o pai biológico de Corey pela pequena cidade.

“Ele sabe como fazer uma pose” – diz Dale. “Ele sorri e age como se nada fosse grande coisa. Ele diz: ‘Obrigado. Aprecio o que você está fazendo pelo meu garoto.’

Nesses encontros, Dale não diz muito. Ele se vira e caminha, enquanto cochicha para si mesmo: “Tenho novidades para você. Ele não é o seu garoto. Ele é o meu garoto.”


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Texto original escrito por Bob Watson para o Gay Star News. 

Traduzido e adaptado por Sergio Viula para o Blog Fora do Armário.


The Language of Love - Kim Ho - English and Portuguese




English

This short 'will melt your heart' (The Advocate). Growing up, coming out and learning to speak THE LANGUAGE OF LOVE. In THE LANGUAGE OF LOVE 17 year old Charlie struggles to find the words to be true to himself...and his best friend.

A wry, delicate take on first love and awakening sexuality from a young man's perspective, THE LANGUAGE OF LOVE is written and performed by Kim Ho, under the mentorship of leading Australian playwright Tommy Murphy, and directed by Laura Scrivano, for The Voices Project from the Australian Theatre for Young People (atyp).


Português

Este curta "vai derreter seu coração" (The Advocate). Crescer, se assumir e aprender a falar A LINGUAGEM DO AMOR. Em A LINGUAGEM DO AMOR, Charlie, de 17 anos, luta para encontrar as palavras certas para ser verdadeiro consigo mesmo... e com seu melhor amigo.

Uma visão irônica e delicada sobre o primeiro amor e o despertar da sexualidade sob a perspectiva de um jovem, A LINGUAGEM DO AMOR foi escrito e interpretado por Kim Ho, sob a mentoria do renomado dramaturgo australiano Tommy Murphy, e dirigido por Laura Scrivano para o projeto The Voices Project, do Australian Theatre for Young People (atyp).

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