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Líder indígena se reúne com quilombolas e LGBT contra declarações dos Deputados Luis Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB)

Por Toni Reis

Toni Reis
Secretário de Educação da ABGLT



Por convocação do líder indígena Marciano Rodrigues, da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul http://www.arpinsul.org.br/, participamos da reunião com Isabela da Cruz da FECOQUI/PR Federação das Comunidades Quilombolas do Paraná - http://fecoquipr.blogspot.com.br/ ; Sandro Glória da Juventude Indígena, Kretã Kaingang e Darci Frigo, advogado da Terra de Direitos http://terradedireitos.org.br/ e eu Toni Reis, Secretário de Educação da ABGLT www.abglt.org.br para discutirmos as declarações do Deputados Luis Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB).


Deputado Alceu Moreira (PMDB)



Deputado Luis Carlos Heinze (PP)


Em vídeo gravado durante uma audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara em Vicente Dutra, no norte do Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB) orientaram os produtores rurais a se organizarem contra os índios para defender suas terras.

Heinze critica o governo federal, em especial o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e insulta quilombolas, índios e homossexuais.

— O mesmo governo... seu Gilberto Carvalho também é ministro da presidenta Dilma. É ali que estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta, ali está alinhado. E eles tem a direção, que tem o comando do governo — afirma Heinze.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2014/02/em-video-deputado-gaucho-diz-que-quilombolas-indios-gays-lesbicas-sao-tudo-que-nao-presta-4417585.html

Decidimos fazer uma denúncia pública ao Procurador-Geral da República, ao Ministério Público (Procuradoria Federal de Direitos Humanos), à Presidência da República, ao Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, à Secretaria de Direitos Humanos, à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e à Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Faremos todos os documentos em conjunto e pedimos apoio de todas as ONGs de direitos humanos.

A Terra de Direitos ficou responsável por sistematizar as denúncias / representações em nome das entidades.

"Quase sempre minorias criativas e dedicadas transformam o mundo num lugar melhor." Luther King

Índígenas gays e Igrejas Homofóbicas #indiosgays



🏹 Índios LGBT+ na Amazônia enfrentam preconceito crescente com avanço de ideologias cristãs, aponta estudo da Funai


Relatório revela que, à medida que mais indígenas se assumem, também aumenta a violência contra eles — reflexo da influência das igrejas cristãs nas aldeias
Uma pesquisa recém-publicada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) trouxe à tona dados importantes — e preocupantes — sobre a realidade de indígenas assumidamente LGBT+ na região do Alto Solimões, no Amazonas. O estudo confirma o que já sabíamos há muito tempo: existem homossexuais nas tribos, e esse número tem crescido. O que surpreende a Funai, porém, é a escalada do preconceito dentro das próprias comunidades.

Na etnia Tikuna, por exemplo, há cerca de 30 mil indígenas, sendo aproximadamente 3.500 só na aldeia de Umariaçu 2. Desse grupo, 40% tem menos de 25 anos — e entre esses jovens, ao menos 20 são homossexuais assumidos. “Esse número cresceu em todas as comunidades. São meninos de 10, 15 anos”, relatou à Folha de S. Paulo o administrador da Funai na região, Darcy Bibiano Murati.

A existência de indígenas gays, inclusive travestis, já havia sido registrada desde os estudos de Darcy Ribeiro no século passado. Mas o que tem alarmado as autoridades agora é que, quanto mais jovens se sentem à vontade para sair da oca — nosso equivalente ao armário —, mais aumentam as reações de violência e rejeição dentro das tribos. A explicação? A mesma de sempre: a ideologia cristã ocidental.

A Funai e estudiosos da região observam que, com a crescente presença de missionários e grupos religiosos nas aldeias, os valores tradicionais indígenas estão sendo deturpados. O cristianismo, ao invés de contribuir com respeito e solidariedade, tem levado culpa, repressão e intolerância onde antes havia liberdade e diversidade.

✍️ Comentário do blog Fora do Armário

É inacreditável — ou melhor, bastante previsível — o estrago que a cristandade continua promovendo por onde passa. Com que direito grupos religiosos entram em comunidades indígenas e impõem seus dogmas? E mais: que tipo de “boas novas” são essas que só trazem dor, vergonha e opressão?

A igreja cria a culpa e vende a salvação. Cria um problema que antes não existia e oferece uma solução que mais parece um veneno com gosto de santidade. Ela inventa a doença e cobra pelo remédio, mas o efeito colateral é devastador: a dependência, o medo, a vergonha do próprio corpo e do próprio desejo.

É triste ver povos indígenas, tradicionalmente mais integrados à diversidade do que a sociedade branca urbana jamais foi, serem envenenados por essa cruz que se traveste de amor mas carrega o peso do julgamento. O cristianismo ocidental é herdeiro direto das Cruzadas e da Inquisição. Suas “reformas” são apenas cosméticos. Por trás do verniz, segue a mesma obsessão por controle, pureza e punição.

Esperamos que os jovens Tikuna e de outras etnias resistam. Que não se deixem paralisar por essa Medusa moderna que não tem serpentes no cabelo, mas sim um livro e uma cruz nas mãos. E que as autoridades passem a fiscalizar melhor a atuação desses “missionários” que, em nome de Deus, plantam o inferno nas moitas da Amazônia.

🌈💬 Conhece histórias parecidas ou quer dar sua opinião? Comenta aqui! A diversidade indígena também é resistência — e deve ser protegida.

#ForaDoArmário #IndígenasLGBT #DiversidadeÉResistência #DescolonizaEssaFé #CristianismoTóxico #DireitosIndígenasJá

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