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Programa Hipertensão da Rede Globo conta com dois gays em seu quadro de participantes



🎬 Reality, armário e representatividade: 

O que Boninho nos revela (e esconde) em Hipertensão


Prestes a estrear mais uma edição do reality Hipertensão, o diretor Boninho — sempre ativo no Twitter — resolveu lançar uma isca para a audiência: revelou que há pelo menos dois participantes gays no elenco, mas ainda dentro do armário. Ou seja, eles não devem se assumir durante o programa… pelo menos não de imediato.

A declaração reacende uma questão que paira no ar toda vez que um reality show estreia: até que ponto os participantes LGBTQIA+ se sentem à vontade — ou seguros — para viverem sua verdade diante das câmeras?

Não é a primeira vez que Boninho “entrega” a presença de pessoas LGBTQIA+ nos programas da Globo. No início daquele mesmo ano, ele havia feito o mesmo com o Big Brother Brasil 10, sugerindo que havia pessoas não heterossexuais no elenco. A diferença é que, ao fazer isso sem o consentimento dos participantes, ele joga luz sobre uma orientação sexual que ainda é privada — e que só deveria ser revelada pela própria pessoa.

Quando um seguidor reclamou de “gays demais” nos programas, a resposta de Boninho foi certeira e até irônica:

“Sorry, mas uma boa parte do mundo é gay… O que fazer???”

A frase é boa — afinal, sim, uma boa parte do mundo é gay, bissexual, trans, queer ou simplesmente não hétero. E quanto mais essas pessoas aparecem na mídia — especialmente em programas de grande audiência como Hipertensão ou BBB — maior a chance de quebrar estereótipos, combater o preconceito e ampliar a compreensão da diversidade sexual e de gênero.

Mas há um porém: a representatividade real só acontece quando as pessoas podem se mostrar como são, sem medo. Colocar “gays escondidos” num reality pode aumentar a tensão dramática, mas também evidencia o quanto ainda é difícil ser quem se é — até num programa que se vende como um “experimento social”.

O prêmio de Hipertensão era alto: R$ 500 mil. Mas talvez o prêmio mais valioso para os participantes LGBTQIA+ fosse outro: a liberdade de poder viver sua verdade diante de milhões, sem medo de rejeição, ataques ou julgamentos.

E isso, a gente sabe, ainda não está garantido.

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