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CEDS-Rio: Um dia para celebrar a diversidade, lutar por direitos que são de todos e reforçar a luta contra o preconceito

Um dia para celebrar a diversidade, lutar por direitos que são de todos e reforçar a luta contra o preconceito





Por: João Felípe Toledo e Juliana Prado
Fonte: Site da CEDS-Rio

Pelo terceiro ano consecutivo, a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro (CEDS-Rio) estará presente, neste domingo (13), das 10h às 16h, na 18ª Parada do Orgulho LGBT, em Copacabana.

Uma exposição com as ações e campanhas realizadas até hoje pela CEDS-Rio será montada no lounge Rio Sem Preconceito CEDS/SMS situado na Avenida Atlântica, entre as Ruas Sá Ferreira e Almirante Gonçalves, na altura do Posto 5. Neste mesmo espaço, será disponibilizado à imprensa presente na cobertura da Parada um centro de mídia com computadores e acesso à internet para facilitar a transmissão de informações do evento em tempo real.

Serão exibidas em seis totens as ações realizadas pela CEDS, desde que foi criada, em fevereiro de 2011. “Somente ao conhecer nossos direitos, podemos exercer nossa cidadania de maneira plena. Convidamos a população para ver um pouco do nosso trabalho, que visa a garantir a defesa dos cidadãos e cidadãs vítimas de preconceito e crimes de ódio”, explica Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio.

O programa Rio Sem Preconceito, as campanhas Rio Carnaval Sem Preconceito, o Prêmio Rio Sem Preconceito, o Projeto DAMAS – de inserção social e profissional de travestis e transexuais – e a exposição “Mães Pela Igualdade” serão algumas das realizações presentes na mostra.

Além destas atividades, o lounge Rio Sem Preconceito contará com a distribuição de preservativos e a participação de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. Será possível saber mais sobre o programa de atenção básica de saúde do município, as Clínicas da Família, além da campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Esta ação, em dezembro de 2012, testou 42 mil cidadãos em HIV e sífilis.

“No espaço, o público presente na Parada poderá conhecer sua unidade de atenção primária de referência, onde é possível realizar consultas, exames, vacinação, retirar medicamentos e insumos, além de receber informação sobre promoção e prevenção. O município do Rio é pioneiro no cuidado com o Programa de Atenção Integral à Saúde da População de Transexuais e Travestis. As Clínicas da Família asseguram a esse grupo assistência à saúde. É o reconhecimento do direito constitucional à saúde a todos os cidadãos e cidadãs, como preconiza o SUS”, informa Hans Dohmann, secretário municipal de Saúde.

Números alarmantes


Apesar das ações e mobilização crescentes no Brasil contra os crimes de ódio em geral, os números da violência contra a população LGBT são alarmantes. Para se ter ideia, de acordo com dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2012 registrou-se um aumento de 46% (quarenta e seis por cento) de crimes contra os LGBTs.

A intolerância não se restringe ao grupo de LGBTs. As mulheres, por exemplo, também estão na roda viva da violência. E de forma crescente. Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), publicados recentemente, dão conta de que a cada 90 minutos morre uma mulher no país.

O Brasil ainda amarga uma triste estatística, que mostra que as denúncias de intolerância religiosa cresceram mais de sete vezes em 2012 em relação ao ano anterior. “Só a união de todos os cidadãos pode reverter esse quadro de intolerância que se abate sobre nosso país”, alerta Tufvesson.

Daí a necessidade, segundo o coordenador, de programas de amplo de combate a todo e qualquer tipo de discriminação. Tufvesson reforça a importância de que cada um tome para si a luta contra a discriminação: “Eu não preciso ser negro para lutar contra o racismo. Não preciso ser mulher para lutar contra o machismo. Não preciso ser judeu para lutar contra o antissemitismo. E você não precisa ser gay para lutar contra a homofobia”.

Dia do Orgulho Gay: "Da escuridão ao arco-íris" por Cláudio Nascimento



Da escuridão ao arco-íris

Por Cláudio Nascimento


Desde a década de 70, vários países celebram o Dia do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) no dia 28 de junho. Esta data é conhecida popularmente como o Dia do Orgulho Gay. Isto porque no dia 28 de junho de 1969, ocorreu na cidade de Nova Iorque, a Revolta de Stonewall.

Stonewall Inn era um bar de frequência LGBT que sofria todas as noites repetidas batidas policiais sem justificativas, sempre com muitas humilhações, constrangimentos e violência. Até que naquele dia, os frequentadores se revoltaram contra a polícia. A resistência durou três noites, mudando para sempre a postura da comunidade LGBT daquela cidade, pois trouxe para a sua perspectiva conceitos como orgulho, resistência, consciência, dignidade e atitude.

Aquele dia marcou o início do movimento moderno LGBT em prol da liberdade de expressão e igualdade de direitos, a partir de estratégias como o resgate da autoestima, a construção de referências positivas e a promoção de ações de visibilidade da causa. Desde então, esta data é celebrada por meio de paradas, manifestos e outros eventos culturais, numa expressão de orgulho - e não de vergonha - de assumir publicamente a orientação sexual e identidade de gênero LGBT. Antes, eram realizadas atividades somente neste dia, mas hoje esse movimento toma vários meses: entre maio e outubro de cada ano.


As Paradas

No Brasil, as Paradas do Orgulho LGBT se tornaram importantes instrumentos de expressão e visibilidade desta população. Em 1995, na cidade do Rio de Janeiro, tive a oportunidade, com vários amigos e ativistas do Grupo Arco-Íris e outros grupos do Movimento LGBT carioca, de realizar a primeira Parada do Orgulho Gay, com mais de três mil pessoas, ao final da 17ª Conferência Mundial de Gays, Lésbicas e Travestis, realizada em um hotel em Copacabana. Na sequência, várias cidades brasileiras começaram a realizar Paradas e hoje São Paulo tomou a cena mundial, como a maior Parada em prol dos direitos LGBT do planeta.

Desde o nascimento do Movimento LGBT brasileiro no final da década de 70 até os dias de hoje, podemos perceber um amadurecimento e uma organização no pensar político em prol da população LGBT. O 28 de junho passou a ser uma data muito importante para que nós reflitamos sobre o que já conseguimos e o que queremos. Demorou muito para que o poder público tivesse uma consciência de que pode e deve ser o promotor da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e, além disso, proteger e garantir os direitos desses cidadãos toda a vez que eles forem violados.


Rio Sem Homofobia

O Governo do Rio de Janeiro tem trabalhado para a construção de um estado para todos, sem distinção de orientação sexual e identidade de gênero. Criamos o Programa Estadual Rio Sem Homofobia, uma política governamental que orienta o conjunto dos órgãos públicos para o enfrentamento da homofobia e também para a promoção dos direitos de LGBT. Hoje, a população conta com um serviço telefônico gratuito e 24 horas – o Disque Cidadania LGBT (0800 023 4567) - para atender LGBT em situação de discriminação ou que buscam informações sobre direitos. Ao longo de vinte meses de funcionamento, o serviço já recebeu mais de 7.500 ligações da população.

Outro serviço estadual que criamos foi o Centro de Referência da Cidadania LGBT, equipamento público, que conta com advogados, psicólogos e assistentes sociais. Funciona de segunda à sexta-feira, das 9 às 18 horas. Hoje, já são quatro unidades: uma no Rio de Janeiro, na Central do Brasil; mais uma em Duque de Caxias, outra em Nova Friburgo e, por último, em Niterói. Até o final do ano, inauguraremos mais dois centros e, até 2014, o estado do Rio de Janeiro contará com treze Centros de Referência LGBT, construindo assim a primeira Rede Estadual de Proteção Básica a vítimas de homofobia em nosso país.

Os centros já receberam mais de 2500 pessoas LGBT, além de seus familiares e amigos, gerando com isso mais de 10 mil atendimentos e encaminhamentos para as áreas de assistência social, segurança, justiça etc.


Uniões estáveis homoafetivas

O dia 5 de maio de 2011 foi um novo marco para a história dos LGBT no Brasil. O Supremo Tribunal Federal, após dois longos dias de debates, reconheceu por unanimidade as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo. A ação, promovida pelo Governo do Rio, assinada pelo Governador Sérgio Cabral e coordenada pela Procuradoria Geral do Estado do RJ, foi uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que alegou que o não reconhecimento da união homoafetiva contrariava preceitos fundamentais como igualdade, liberdade (da qual decorre a autonomia da vontade) e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da nossa Constituição Federal.

Com discursos históricos, marcando um novo momento na civilização brasileira, a Suprema Corte amplificou um conjunto de valores e direitos que desafia a nação brasileira para um novo e moderno patamar frente à garantia dos direitos humanos. Para comemorar o primeiro ano dessa conquista, o Governo do Rio, o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública do Estado do RJ farão a segunda cerimônia coletiva de uniões estáveis homoafetivas, a realizar-se no dia 1º de julho deste ano.

É bem evidente que quando os governos trabalham de maneira integrada e atenta para a questão dos direitos humanos e a diversidade cultural, a gestão de uma política para LGBT é facilitada e tem maior chance de êxito. No Dia do Orgulho LGBT, o estado do Rio de Janeiro se orgulha em contribuir para que a discriminação contra essa população não vá pra frente, porque um lugar tão maravilhoso como o Rio não pode combinar com preconceito e homofobia.

Cláudio Nascimento
Superintendente da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos
Coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia


Um arco-íris de felicidades.
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Um diálogo com os heterossexuais não-homofóbicos

Nota de repúdio e lamento ao amor que odeia
Ou um diálogo com os heterossexuais não-homofóbicos


https://redeafrolgbt.blogspot.com/2012/06/nota-de-repudio-e-lamento-ao-amor-que.html 




Há uma singular correspondência entre o presente que os evangéligos fundamentalistas pretendem dar à comunidade LGBT no dia do Orgulho Gay e o assassinato do jovem José Leonardo no município de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, no último domingo 24 de junho. Enquanto os deputados fundamentalistas querem submeter a autonomia do Conselho de Psicologia aos seus dogmas religiosos, para permitir a cura da homossexualidade, eles espalham conscientemente um discurso do ódio, com a conivência tácita de parcela expressiva das bancadas progressistas. E, como todo discurso do ódio, não podem controlar as consequências.

José Leonardo morreu após receber várias pedradas. O irmão José Leandro dele teve a face afundada. Trata-se de um típico crime de ódio, motivado e justificado por um discurso do ódio, nesse caso contra pessoas supostamente gays. Elementar entender quais signos foram associados aos jovens para “definir” que eram, na opinião do grupo agressor, um casal gay. Eles estavam demonstrando afeto, andando abraçados.

É um comportamento comum entre irmãos, pais e filhos e amigos, gays ou heterossexuais. Essa não é a primeira notícia de agressão contra parentes confundidos com casais gays. Em julho do ano passado, um homem teve parte da orelha decepada por uma dentada após ser agredido por um grupo de homens que, aparentemente, confundiram o afeto com seu filho com uma relação homossexual. À época, a vítima pergunta se um paí não podia abraçar seu filho. O novo caso ocrrido na Bahia ajuda a responder.

De lá para cá, outros casos de agressões ocorreram contra pessoas que reivindicavam identidade heterossexual, sempre legitimidas por uma suposta “confusão”. Eles apontam para algumas questões. Primeiro: o discurso do ódio tem aumentado as agressões morais e físicas contra pessoas gays, travestis, transexuais e lésbicas. Segundo: o mesmo discurso também oferece legitimidade social para práticas covardes de agressão que atingem, também, a pessoas heterossexuais. Terceiro: o discurso gera medo e obriga as pessoas a escolherem entre aqueles que agridem ou aqueles que são agredidos. Quarto: as novas práticas geram subjetividades que alteram o comportamento social, em direção à uma sociedade mais hostil, fragmentada e violenta.

É bastante interessante notar que os deputados e senadores evangélicos legimitam o ódio para, suportamente, defender as famílias em seu discurso. Ou seja, o amor deles se demonstra com ódio aos demais. O que o fundamentalismo evangélico tem a dizer à família das vítimas? Que amor cristão é esse, que não pode ser demonstrado publicamente? Quando acreditamos que existem formas de amor legítimas e outras não, é preciso definir a linha de separação entre as duas. Nessa separação, o que é legítimo também perde, tendo de se submeter diante do imperativo de controlar e excluir o ilegítimo. Toda a discriminação gera perdas para a sociedade como um todo, e não apenas para os grupos submetidos a ela.

Não é à toa que os deputados evangélicos querem promover a heterossexualidade condenando a homossexualidade. Também não é à toa que os homofóbicos que agridem lésbicas, travestis e gays precisem reafirmar seu “heterossexualismo”. O problema do qual somos vítimas é, na verdade, um problema do agressor. Os homofóbicos odeiam porque não têm amor alguma para defender.

A Rede Afro LGBT lamenta a morte do jovem José Leonardo e se solidariza com seu irmão gêmeo José Leandro, com sua esposa e filho ainda não-nascido, e sua família em Pernambuco. Esperamos que esse caso ajude os heterossexuais a perceberem a importância de rejeitar a discriminação mesmo quando legitimada por um discurso de “amor”.

O Dia do Orgulho Gay jamais foi uma data para comemorar: 28 de junho é um marco da organização política de LGBT na luta por igualdade na diferença. Não queremos promover uma auto-segregação, mas partimos de uma resistência à exclusão imposta a nós. Na direção oposta, nossa luta é um diálogo com a heterossexualidade, no sentido de demonstrar que não há nada de anormal que necessite ser curado ou exterminado em qualquer expressão sexual. Nós sempre soubemos que a homofobia, na verdade, era um problema de toda a sociedade.

Quando a bancada evangélica usa o Congresso para reafirmar discursos obsoletos de cura das homossexualidadas a favor das heterossexualidades, a realidade demonstra que gays e heterossexuais precisam se unir para curar a homofobia.


TODAS E TODOS PELA CRIMINAÇÃO DA HOMOFOBIA!

APROVAÇÃO DO PLC 122 JÁ!

Rede Nacional de Negras e Negros Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Coordenação Nacional

Beijos homoafetivos.

Nilton Luz
Rede Nacional de Negras e Negros LGBT
Assessoria do Mandato Popular Vereadora Marta Rodrigues
https://redeafrolgbt.blogspot.com/  e  https://forumbaianolgbt.blogspot.com/
Contatos: 71 9969-2424 / 9169-9159 / @blackmean / niltonsluz@hotmail.com (msn)
Fonte: https://redeafrolgbt.blogspot.com/2012/06/nota-de-repudio-e-lamento-ao-amor-que.html

Confira os Eventos do Dia do Orgulho Gay em seu Estado




AMAZONAS – MANAUS

O que: Mostra de Longa-Metragens de temática LGBT – “Mostra Diversidade de Cinema”
Quando: 26 a 29 de junho
Horário: 18h
Local: Casarão de Idéias (Rua Monsenhor Coutinho, 275, Centro, Manaus, AM)

SÃO PAULO – SANTO ANDRÉ

O que: Sessão Solene da Câmara de Vereadores
Quando: 26 de junho
Horário: 19h
Local: Câmara Municipal de Santo André – Praça XV Centenário, 02, Santo André, SP

RIO DE JANEIRO – NOVA IGUAÇU

O que: Semana da Diversidade – Evento Cultural
Quando: 28 de junho
Horário: 19h
Local: Centro Cultural Silvio Monteiro – R. Getulio Vargas, 51, Nova Iguaçu, RJ

O que: Semana da Diversidade – Debate
Quando: 29 de junho
Horário: 19h
Local: Câmara de Vereadores – R. Prefeito João Luiz do Nascimento, 38, Centro

O que: Semana da Diversidade – 1º Mix de Cinema LGBT
Quando: 30 de junho a 08 de agosto
Horário: Variado
Local: a confirmar

RIO DE JANEIRO – NITERÓI

O que: Ação do Orgulho LGBT
Quando: 28 de junho
Horário: 09h
Local: Praça Araribóia – Barcas, Centro, Niterói

O que: Debate – de Stonewall a Cidadania em nosso país
Quando: 28 de junho
Horário: 17h
Local: Centro de Referência LGBT de Niterói

PARAÍBA – JOÃO PESSOA

O que: Comemoração do Dia Mundial do Orgulho LGBT
Quando: 29 de junho
Horário: a confirmar
Local: a confirmar

PARÁ – BELÉM

O que: Audiência Pública sobre Orgulho LGBT
Quando: 22 de junho
Horário: 9h
Local: Câmara de Vereadores de Belém, Tv Curuzu, 1755, Marco

MARANHÃO – SÃO LUÍS

O que: Atendimento as mulheres sem distinção de raça/etnia/orientação sexual
Quando: 20 de junho
Horário: 9h e 11h
Local: Defensoria Pública e Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar

PARANÁ – CURITIBA

O que: Um dia para não ser esquecido: 28 de Junho – Dia do Orgulho LGBT
Quando: 30 de junho
Horário: 18h30min
Local: Grupo Dignidade – Praça Marechal Floriano Peixoto, 366, cj 46, Centro, Curitiba

SERGIPE – ARACAJU

O que: Prevenção no FORRÁ-CAJU
Quando: 28 de junho
Horário: 18h30min
Local: Festa Popular FORRÁ-CAJU

MINAS GERAIS – IPATINGA

O que: Manifestação Pública
Quando: 28 de junho
Horário: 13h
Local: Praça 1º de maio

O que: Manifestação Pública
Quando: 29 de junho
Horário: 13h
Local: Praça Três Poderes e Cel Fabriciano

O que: Manifestação Pública
Quando: 30 de junho
Horário: 13h
Local: Parque Ipanema

RIO GRANDE DO SUL – PORTO ALEGRE

O que: Luzes da Cidadania – Ocupação e Vigília na Redenção
Quando: 28 de junho
Horário: 19h
Local: Parque Redenção, em frente ao Monumento do Expedicionário

SANTA CATARINA – FLORIANÓPOLIS

O que: Curso de Formação e Prêmio Direitos Humanos
Quando: 28 de junho
Horário: 18h
Local: Teatro Álvares de Carvalho

SANTA CATARINA – FLORIANÓPOLIS

O que: Curso de Formação Sentinela
Quando: 27 de junho
Horário: 18h
Local: Prefeitura de Florianópolis

O que: Prêmio Direitos Humanos
Quando: 28 de junho
Horário: 18h
Local: Teatro Álvares de Carvalho

TOCANTINS – PORTNO NACIONAL

O que: I Seminário Municipal de Diversidade Sexual e Saúde Pública
Quando: 26 de junho
Horário: 18h
Local: Centro Cultural Durval Godinho, Centro

MATO GROSSO DO SUL – CAMPO GRANDE

O que: 16º Espaço de Conversação – Tema: Orgulho LGBT
Quando: 28 de junho
Horário: 08h
Local: Auditório da Casa de Assistência Social e Cidadania, R. Mal. Cândido Mariano Rondon, 713, Centro

RIO GRANDE DO NORTE – NATAL

O que: Exibição do Filme “Stonewall” com debate
Quando: 28 de junho
Horário: 17h
Local: Sala C6 Setor II, UFRN
Fonte: ABGLT

LUIZ MOTT: 28 DE JUNHO: DIA DO ORGULHO GAY E DA CONSCIÊNCIA HOMOSSEXUAL




28 DE JUNHO: DIA DO ORGULHO GAY E DA CONSCIÊNCIA HOMOSSEXUAL


Todos os oprimidos têm um dia de luta: 8 de março, Dia da Mulher; 19 de abril, Dia do Índio; 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Faz sentido existir também um Dia dos Homossexuais? Sim! Os gays também têm seu dia - 28 de Junho. Os gays, lésbicas, travestis e transexuais representam mais de 10% da população mundial. No Brasil são mais de 20 milhões de seres humanos desprezados, discriminados, violentados, assassinados. Só nos últimos 30 anos mais de 3500 homossexuais foram barbaramente executados, vítimas da homofobia - a intolerância à homossexualidade. A cada novo dia um LGBT é assassinado no Brasil! Porque tanto desprezo e violência? simplesmente porque os homossexuais são considerados marginais, doentes, pecadores, e nossa sociedade cristã legitima o terror contra os gays, lésbicas e transgêneros. As causas da homofobia já foram detectadas pelos cientistas sociais: de um lado a mentalidade machista que confere apenas ao “sexo forte” a hegemonia social, relegando para a condição de subumanos quem não é macho: as mulheres, tornadas “sexo frágil”, e o “terceiro sexo”, os gays. Do outro lado, explica-se a homofobia pela reconhecida insegurança dos machões face ao estilo de vida revolucionário dos gays, que vêm nos homossexuais perigosa ameaça a sua hegemonia, posto abdicarem do privilégio de dominar as fêmeas em função de viverem uma relação igualitária com outros machos. A moderna psicanálise ensina que todos aqueles que odeiam e querem a destruição dos homossexuais , no fundo, têm mal resolvida sua própria (homo)sexualidade, vingando-se nos homossexuais egosintônicos seus desejos homoeróticos reprimidos.


POR QUE UM DIA DA CONSCIÊNCIA HOMOSSEXUAL?

Os gays lutaram duro para ter um dia no ano. Tudo começou em 28 de junho l969, em Nova York, quando os homossexuais, cansados de apanhar da polícia, que toda noite invadia seus espaços de lazer, reagiram e ganharam a batalha contra a prepotência policial. Nos anos seguintes, os LGBT do mundo inteiro adotaram 28 de junho como o “Dia do Orgulho Gay”, também chamado de DIA DA CONSCIÊNCIA HOMOSSEXUAL. Nas principais cidades do mundo os gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e simpatizantes enchem as ruas proclamando: É legal ser homossexual! Em S.Francisco, Nova York, nas principais cidades do Canadá e da Europa, autoridades e políticos se juntam a milhões de homossexuais que saem às ruas para defender seus direitos de cidadania. No Brasil, desde 1981 o Grupo Gay da Bahia comemora esta data, e nos últimos anos, as paradas GLBT se espalharam pelo resto do país. Mais de um milhão de pessoas participam todos os anos das paradas de SP, RJ, Salvador, Fortaleza, Belém.


POR QUE NÃO TER VERGONHA DE SER E DEFENDER O HOMOSSEXUAL?

Foram necessários muitos anos de resistência, luta e contestação para que chegasse um dia, na década de 60, em que os negros pudessem declarar: “Negro é bonito!”. Serão necessárias ainda quantas gerações para que todas as pessoas reconheçam que mulheres e homossexuais devem ter os mesmos direitos que os machões; que a cor escura da pele do índio ou do negro não implica em inferioridade? Não existe raça superior, não existe sexo superior, não existe sexualidade/gênero superior. Sexo é prazer, comunicação, vida. A livre orientação sexual é um direito inalienável de todo ser humano, seja homossexual, bissexual ou heterossexual. Ser homossexual não é doença: desde l985 o Conselho Federal de Medicina, desde 1993 a Organização Mundial da Saúde e desde 1999, o Conselho Federal de Psicologia excluíram a homossexualidade da classificação de doenças. Ser homossexual não é crime e teólogos modernos defendem que o amor entre pessoas do mesmo sexo não é pecado. A discriminação sim é proibida pela Constituição.



O QUE QUEREM OS LGBT?

O povo GLBT quer simplesmente ser tratado como ser humano, com os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos. Queremos cidadania plena! Os gays não desejam mudar a orientação sexual de ninguém mas também não aceitam que queiram “curá-los” ou “convertê-los” - do mesmo modo como os negros e índios lutam para que sejam respeitados na sua especificidade pluri-cultural.

Neste Dia Mundial do Orgulho Gay e Consciência Homossexual, em todo o Brasil, nas Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas e em Brasília, estão sendo lidos discursos como este, rompendo a conspiração do silêncio e do ostracismo que até hoje paira contra mais de 10% de cidadãos e cidadãs homossexuais, cujo único "pecado" é amarem seus semelhantes. Que chegue logo o dia em que não mais seja necessário que os negros, índios, homossexuais e mulheres tenham apenas um dia especial no ano para denunciar o preconceito e discriminação de que são vítimas.

Que nos unamos contra o preconceito e a ignorância para que seja logo realidade o que nossa Constituição Cidadã prognosticou em seu Artigo 3o, parágrafos I e IV: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. “ Equiparação da homofobia ao crime de racismo e casamento igualitário já! Direitos iguais, nem menos, nem mais!


Luiz Mott
Secretario de Direitos Humanos do Grupo Gay da Bahia e
Professor Titular do Departamento de Antropologia da UFBA

28 de Junho: Dia do Orgulho Gay. Celebre-o!




28 de Junho: Dia do Orgulho Gay


Sugestões de entretenimento e cultura
ao mesmo tempo para esta semana do Orgulho Gay.


Confira!


Atualizado em 01/02/2025


Ótimas sugestões para celebrar a diversidade sexual e de gênero, além de aprofundar conhecimento sobre o Dia do Orgulho LGBT+! Aqui estão algumas recomendações de livros, vídeos e outras opções culturais:


📚 LIVROS

  1. Sobre História e Direitos LGBTQIA+"História da Homossexualidade no Brasil" – João Silvério Trevisan
  2. "Devassos no Paraíso" – João Silvério Trevisan
  3. "Stonewall: O Nascimento da Revolução LGBT" – Martin Duberman
  4. "Gay Brasil" – João Silvério Trevisan e outros autores
  5. "Manifesto Contrassexual" – Paul B. Preciado
  6. Sobre Identidade de Gênero"Eu, Travesti" – Fernanda Farias de Albuquerque e Márcia Zanelatto
  7. "Transgender History" – Susan Stryker
  8. "Viagem Solitária" – João W. Nery
  9. Literatura LGBTQIA+"O Terceiro Travesseiro" – Nelson Luiz de Carvalho
  10. "Orlando" – Virginia Woolf
  11. "O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios" – John Henry Mackay
  12. "Fun Home – Uma Tragicomédia em Família" – Alison Bechdel (HQ)
  13. "Azul é a Cor Mais Quente" – Julie Maroh (HQ)


📽️ FILMES E DOCUMENTÁRIOS

  1. Sobre o Movimento LGBTQIA+"The Death and Life of Marsha P. Johnson" (Netflix) – Documentário sobre a ativista trans negra Marsha P. Johnson.
  2. "Before Stonewall" – Documentário sobre a luta LGBTQIA+ antes dos protestos de Stonewall.
  3. "Milk" – Filme sobre Harvey Milk, o primeiro político gay assumido nos EUA.
  4. "Paris is Burning" – Documentário sobre a cultura dos bailes LGBTQIA+ em Nova York nos anos 1980.
  5. Ficção LGBTQIA+"Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" – Filme brasileiro sobre um romance gay adolescente.
  6. "Moonlight" – Drama sobre um jovem negro lidando com sua sexualidade.
  7. "Me Chame Pelo Seu Nome" – Romance gay baseado no livro de André Aciman.
  8. "Tomboy" – Filme francês sobre uma criança explorando sua identidade de gênero.


🎭 SÉRIES E TEATRO"Pose" (Star+) – Série sobre a cultura ballroom e a comunidade trans nos anos 80/90.

  1. "Heartstopper" (Netflix) – Série LGBTQIA+ juvenil inspirada nos quadrinhos de Alice Oseman.
  2. "Sex Education" (Netflix) – Aborda diversidade sexual e identidade de gênero de forma educativa e divertida.
  3. "RuPaul’s Drag Race" – Reality show de drag queens que impulsionou a cultura drag para o mainstream.


🎶 MÚSICA LGBTQIA+Pabllo Vittar – Ícone pop LGBTQIA+ brasileiro.

  1. Gloria Groove – Cantora e drag queen brasileira misturando pop e rap.
  2. Liniker – Cantora trans brasileira que mistura MPB e soul.
  3. David Bowie, Freddie Mercury, George Michael – Artistas lendários que desafiaram normas de gênero e sexualidade.


🎨 OUTRAS OPÇÕES CULTURAIS

  1. PodcastsHQ da Vida – Sobre diversidade sexual e de gênero.
  2. E aí, Gay? – Discussões sobre a vivência LGBTQIA+.
  3. Não Podia Ser Mulher – Sobre feminismo e questões LGBTQIA+.
  4. Eventos e Paradas LGBTQIA+Parada do Orgulho LGBT de São Paulo – A maior do mundo!
  5. Mostras de Cinema LGBTQIA+ – Como a "Mostra Mix Brasil".
  6. Casas de Cultura LGBTQIA+ – Como a Casa 1 (SP), que oferece apoio e eventos culturais.

NOTA OFICIAL DO GRUPO ARCO-ÍRIS EM COMEMORAÇÃO AO 28 DE JUNHO – DIA MUNDIAL DO ORGULHO LGBT

Julio Moreira


NOTA OFICIAL DO GRUPO ARCO-ÍRIS EM COMEMORAÇÃO AO 28 DE JUNHO – DIA MUNDIAL DO ORGULHO LGBT



Há 42 anos nascia o moderno movimento LGBT, após a Rebelião de Stonewall em 28 de junho de 1969, quando homossexuais cansados de sofrer perseguições enfrentaram a polícia de Nova Iorque. Apesar de ter sido uma situação violenta, a reação deu à comunidade - até então no "armário"- a primeira sensação de orgulho comum a partir deste incidente amplamente divulgado.

Com a iniciativa das paradas comemorativas a Rebelião de Stonewall surge um movimento popular com representatividade em vários países do mundo, com ações que promovem a visibilidade da comunidade LGBT para uma cultura de combate aos preconceitos e discriminações, além da inclusão dos direitos LGBT na pauta política de cada nação do planeta.

Em 1978, o Brasil fazia o seu Stonewall, com o surgimento do Somos: Grupo de Afirmação Homossexual, por influência da publicação o Lampião da Esquina, um importante instrumento que dava voz a uma classe então marginalizada, em plenos anos de chumbo da ditadura militar.

Muitos anos se passaram e o preconceito e a discriminação deixaram o seu rastro de sangue e ódio com mais de 3.500 assassinatos de homossexuais, contabilizados desde 1963. Somente no ano passado foram 260 assassinatos, segundo o boletim anual do Grupo Gay da Bahia. Um dos casos que mais sensibilizou a opinião pública foi o do adolescente Alexandre Ivo, de 14 anos, morador do município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Sem falar nas travestis que são sem dúvida, as principais vítimas dessa violência e as mulheres lésbicas que são violentadas em sua própria feminilidade.

Muitos homossexuais ainda sofrem discriminação e perseguição no ambiente familiar, na escola, no trabalho, nas igrejas e em outros espaços públicos e privados. O Projeto de Lei da Câmara 122/06, que propõe tornar crime a homofobia no Brasil, sofre grande perseguição de setores conservadores e religiosos. O nosso Legislativo Federal avança por passos lentos. Por pressão destes setores conservadores, propostas de ações educativas como a distribuição do material do kit escola sem homofobia, do Ministério da Educação, são vetadas pela Presidenta da República.

Apesar de todos esses entraves, temos obtido muitos avanços representados pela implementação de políticas públicas, em nível nacional, como o Programa Brasil sem Homofobia, lançado em 2004, que evoluiu através da 1º Conferência Nacional LGBT para o Plano Nacional de Promoção da Cidadania LGBT. Também conquistamos iniciativas locais, como as campanhas de visibilidade de leis e direitos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; e o Programa Estadual Rio sem Homofobia, que lançou uma campanha publicitária exposta em várias mídias como TV, rádio, jornais etc. Além disso, através de uma iniciativa do Governador Sérgio Cabral, foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, em que se discutiu a equiparação da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Por unanimidade, os Ministros do Supremo reconheceram o status de entidade familiar às uniões homoafetivas, preconizado pelo artigo 1.723 do Código Civil.

Ainda ontem, numa decisão também histórica, a 2ª vara de família de Jacareí, cidade do interior de São Paulo, converteu a união estável de um casal homossexual em casamento civil, abrindo um novo precedente na garantia da igualdade de direitos no Brasil.

Todos nós contribuímos para essas mudanças, sejam através de movimentos organizados ou de atitudes individuais. Diante dessas conquistas, o Grupo Arco-Íris, em seus 18 anos de luta, acredita que a sociedade brasileira está caminhando para a democracia plena. Para isso, precisamos cada vez mais ter uma atitude transformadora. A bandeira do movimento LGBT com as cores do arco-íris representa a diversidade humana e somente através da junção de todos esses espectros é que formaremos uma só cor: a da PAZ!

VIVA O ORGULHO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS.

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2011

Julio Moreira

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